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Teoria dos Recursos Processo do Trabalho

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Princípios dos Recursos no Direito do Trabalho.
Duplo Grau de Jurisdição: O duplo grau de jurisdição deve ser interpretado dentro das instâncias ordinárias, ou seja, na interposição recursal, os autos serão remetidos a um Tribunal que irá reexaminar as matérias ventiladas. 
Em regra, o duplo grau de jurisdição, dar-se-á com a interposição de recurso ordinário contra a sentença prolatada na vara do trabalho ao TRT, entretanto, nas ações originárias dos respectivos Tribunais, tal princípio dar-se-á com a interposição de recurso ordinário ao tribunal hierarquicamente superior. 
Princípio da Taxatividade: O princípio da taxatividade é um sub-princípio da legalidade. Em observância à parte geral dos recursos, o princípio da taxatividade traduz-se no sentindo de que as partes somente poderão interpor os recursos previstos em lei. Portanto, não será admitido recurso criado pela inteligência jurisprudencial ou doutrinária. Sendo tal competência do legislador, em regra. 
Princípio da Unirrecorribilidade: Em regra, para uma decisão caberá somente um tipo de recurso. Todavia, cumpre destacar que, dependendo do caso, haverá a possibilidade da interposição de mais de um recurso contra uma mesma sentença atacada, caso que se faz, com a oposição de embargos de declaração contra uma sentença/acórdão e, posteriormente, a interposição de outro recurso para o Tribunal ad quem reexaminar a matéria fática ou jurídica. 
Princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias: Por este princípio, entende-se que em regra, as decisões interlocutórias não poderão ser recorridas por meio de recurso, em razão da celeridade do Direito Processual do Trabalho. 
É de se destacar também, que a doutrina criou a figura do “protesto judicial”. Uma vez que, não houver a possibilidade de se recorrer de uma decisão imediata, poderá o advogado requerer que conste em ata sua impugnação imediata, que será manifestada posteriormente pelo recurso adequado. 
Todavia, a exceção é patente neste caso. A regra, conforme dito anteriormente, é de que não haja a possibilidade da interposição de recurso contra decisão interlocutória, entretanto, haverá a possibilidade de recorrer contra decisão imediata nas seguintes hipóteses: a) Que houver acolhimento de exceção de incompetência, com a remessa dos autos ao Juízo competente ou ao Tribunal distinto ao que o Juízo se vincula; b) Suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo tribunal; c) de decisão proferida por Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou OJ do TST. 
Princípio da Fungibilidade: O princípio da fungibilidade se extrai de preceitos insculpidos no Código de Processo Civil. O princípio da fungibilidade, adotado no sistema processual alemão, com a finalidade de que se diminuam os erros das decisões judiciais, também foi adotado ao sistema processual pátrio. O princípio da fungibilidade nos diz que da interposição de um recurso de forma inadequada, este poderá ser “trocado” pelo recurso cabível àquela situação prática, desde que não haja erro crasso (grosseiro) e que haja o preenchimento dos pressupostos do recurso adequado. 
Princípio da não reformatio in pejus: As decisões recorridas pelas partes perdedoras não poderão ser reformadas para prejudicar àqueles que recorreram. 
Pressupostos processuais do Processo do Trabalho. 
Os pressupostos processuais do Processo do Trabalho poderão ser subjetivos ou objetivos. Sendo eles: 
Objetivos:
Os recursos deverão atender a observância do Princípio da Legalidade, ou seja, eles deverão estar previstos em lei (podendo estar previstos em lei ordinária ou até mesmo, em atos normativos, como por exemplo, o agravo regimental, que estará consagrado no regimento interno dos respectivos tribunais). 
Adequação: O recurso deve ser aquele que se preste para a revisão da decisão. 
Obs: De acordo com a Súmula 435 do STJ, será aplicada a ordem de julgamento insculpida no artigo 942 do CPC nos Tribunais do Trabalho. 
Tempestividade: O recurso deve ser interposto ou oposto no prazo previsto em lei. 
Preparo: Para o reclamante, se sucumbente e não beneficiário da Justiça Gratuita, não serão devidas as custas processuais.
 Para a reclamada, se sucumbente, serão devidas as custas e o depósito recursal. Embora muito se discuta acerca da isenção das custas e do depósito recursal, prevalece o entendimento de que mesmo se beneficiária da justiça gratuita, deverá a reclamada arcar com o depósito judicial. 
Obs: Para interpor recurso, deverá o reclamado garantir o Juízo mediante depósito judicial. 
Obs: A cada novo recurso interposto, deverá o recorrente depositar novamente, a fim de garantir o Juízo, quando o depósito satisfizer total o valor do total pleiteado, na próxima interposição recursal, não haverá necessidade de depositar novamente. Todavia, quando o valor atualizado do débito exceder o valor depositado, deverá o recorrente efetuar tal depósito. 
Obs: Quando houver condenação solidária de duas ou mais reclamadas, o depósito de quaisquer umas dessas excluirá a necessidade de efetuar o depósito em Juízo das demais reclamadas.
Representação regular: Na Justiça do Trabalho vigora o “Ius Postulandi”, todavia, se a parte contrária constituir advogado, este deverá juntar procuração. 
Obs: Via de regra, o advogado não poderá atuar em um procedimento judicial, quando não estiver munido de procuração “ad iudicia”, entretanto, poderá interpor recurso, nas hipóteses em que for concedido pela parte litigante o “mandato tácito”. 
Obs: Conforme preconiza o Código de Processo Civil, utilizado subsidiariamente à CLT, poderá o Juízo, quando denotar irregularidades, requer que o Patrono da parte litigante que não tiver juntado o mandato judicial, juntar aos autos no prazo de 5 dias. 
Transcorrido tal prazo, nas hipóteses em que a recorrente não juntar aos autos o instrumento de mandato, o Juízo não reconhecerá o recurso. Quando houver irregularidades não sanadas dentro do mesmo interregno pela parte recorrida, suas contrarrazões serão desentranhadas do processo e, consequentemente, serão consideradas sem efeitos. 
Pressupostos subjetivos: 
Legitimidade: Poderá recorrer de uma sentença quem detiver legitimidade processual para tanto. 
Possui legitimidade recursal, seguindo os ditames do artigo 996 do Código de Processo Civil, a parte vencida (entretanto, poderá a parte adversa opor embargos de declaração contra uma decisão que lhe foi favorável, entretanto, que foi obscura, ambígua, contraditória ou deteve erro material), pelo terceiro prejudicado (que deverá demonstrar seu interesse na causa) ou o Ministério Público como parte ou na condição de custus leges. 
Capacidade: A capacidade se divide em duas espécies. Sendo elas: A capacidade “Ad Causam” e a “Ad Processum”. A capacidade Ad Causam é condição da ação, enquanto a capacidade Ad Processum é pressuposto processual. Sendo de maneira respectiva, de forma sucinta, a primeira diz respeito de quem tem interesse jurídico o suficiente para ajuizar uma demanda judicial, ou seja, aquele que teve seus direitos violados tem interesse jurídico o suficiente para romper a inércia judiciária por meio de ação. Enquanto o outro é apenas uma das condições da ação, que significa por sua vez, a capacidade de estar em Juízo, como por exemplo, o menor púbere ou impúbere que rompe a inércia judiciária por meio de seu tutor ou assistente, respectivamente. 
Interesse: O recurso deverá ser útil à parte sob pena de não reconhecimento de tal recurso. Em regra, não é possível a juntada de novos documentos na interposição de recursos, excepcionalmente, se aceitarão novos documentos quando houver fatos supervenientes e justo impedimento para a juntada posterior de tal documento.
Efeitos dos Recursos no Processo do Trabalho
No processo do trabalho prevalece o entendimento de que o recurso terá o efeito devolutivo, ou seja, o recurso devolve toda matéria para reexame do tribunal “ad quem” (a quem se endereça o recurso que, em regra, será ao Juízo da instância superior àquela que proferiu a sentençaque se pretende reformar).
Entretanto, também poderá haver efeito de retratação no Processo do Trabalho, nas hipóteses que, nas quais, a parte recorrente interpor Agravo de Instrumento contra decisão que “tranca” o recurso. Portanto, pode o Juízo se retratar da sentença que ele mesmo proferiu. 
Obs: Para que o recurso detenha efeito suspensivo, deverá a parte recorrente impetrar um mandado de segurança ou ajuizar uma tutela antecipada. 
Recursos em Espécie.
Pedido de Revisão (L. 5584/1970): 
O pedido de revisão, conforme o artigo 2º da Lei 5584/1970 terá cabimento nas hipóteses quando houver proposta de conciliação, que não houver acordo e o Presidente (Juiz), antes de haver instrução de julgamento atribuir valor à causa, quando o pedido for indeterminado. 
Procedimento: 
Em sede de razões finais, quaisquer umas das partes poderá impugnar o valor dado à causa pelo Juízo, se o Juiz mantiver o valor atribuído à causa, no prazo de 48 horas, poderá a parte interessadas endereçar ao Presidente do Tribunal Regional do Trabalho o pedido de revisão do valor da causa. 
Em regra, é necessário que no recurso conste em petição as razões recursais, a petição inicial e a ata de audiência em cópia autenticada pela Secretaria do Juízo, que deverá ser julgada em até 48 horas pelo Presidente do TRT. 
Nas hipóteses de que o valor da causa não exceder 2 salários mínimos vigentes à época, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar apenas a ata de conclusão da Junta quanto à matéria de fato. 
Breve Resumo. 
Embora não haja consagração expressa de tal recurso na CLT, o pedido de revisão do valor da causa é considerado recurso. Tal recurso poderá ser interposto nas hipóteses em que a causa tiver valor indeterminado, o Juízo fixar valor à causa e quaisquer umas das partes irresignar-se acerca do valor atribuído. 
Cumpre destacar que, embora o princípio da irrecorribilidade imediata seja regra no processo do trabalho, que diz respeito à irrecorribilidade recursal de sentenças interlocutórias. O pedido de revisão foge à regra, tendo em vista, que o momento para sua interposição dar-se-á após a fixação do valor à causa, que será dada por sentença interlocutória prolatada pelo Juízo. 
Embargos de Declaração (art. 1022 – 1026 do CPC + 874-A, CLT).
Os Embargos de Declaração, conforme preconiza os diplomas legais supracitados, serão cabíveis nas hipóteses em que o julgado detiver erro material, contradição, obscuridade ou ambiguidade e, também servirá, como peça para o prequestionamento de matéria Constitucional ou Infra-Constitucional, quando a parte recorrente tiver a intenção de recorrer aos Tribunais Superiores. 
Procedimento:
Os Embargos de Declaração, embora fruto de grande controvérsia doutrinária, são considerados recursos, tendo em vista que estão insculpidos no capítulo de Recursos, tanto na CLT, quanto no Código de Processo Civil. 
Estes fugirão à regra do efeito devolutivo, possuindo meramente efeito modificativo. Os Embargos serão opostos contra sentença ou acórdão e o próprio Juízo que proferiu sentença deverá sanar as omissões, contradições ou ambiguidades constantes na sentença.
A parte oporá Embargos de Declaração no lapso temporal de 05 dias, contados da data da intimação da sentença. 
A petição de embargos deverá constar o erro a ser sanado e devidamente corrigido pelo Juízo. Caso tal requisito venha a não ser cumprido poderão os embargos ser considerados protelatórios. 
Quando o Juízo entender que os Embargos podem modificar o Julgado, necessariamente deverá intimar a parte embargada para oferecer resposta aos embargos no prazo de 05 dias. 
Em tese, os Embargos deverão ser julgados em até 05 dias após sua oposição, quando tal exigência não for possível, o Órgão Julgador deverá incluir os Embargos na pauta de julgamentos subsequentes à sua oposição. 
Seguindo o princípio da fungibilidade, quando o Juízo entender que os Embargos contiverem matérias de Agravo Interno, estes intimarão a parte Embargante para que, em 05 dias complementem as razões Recursais para adequá-las às exigências do Agravo Interno. 
Quando os Embargos atacarem Decisão Monocrática ou Unipessoal, a Decisão embargada será decidida pelo Julgador prolator da sentença. 
Nas hipóteses em que os Embargos forem admitidos pelo Juízo, a decisão prolatada fará parte da sentença atacada anteriormente. 
A oposição de Embargos gera a interrupção do prazo para a interposição de qualquer outro recurso. Quando os Embargos forem considerados intempestivos, ocorrerá a suspensão do prazo. 
À parte que opuser embargos com intuito protelatório, esta se responsabilizará de multa de até 2% sobre o valor da causa. Nas hipóteses em que o Juízo considerar dois embargos, um subsequente ao outro protelatório, não poderá a parte opor na mesma instância um 3º Embargos de Declaração. 
Breve Resumo:
Os Embargos se prestarão para sanar obscuridade, contradição, ambiguidade e, também caberá para pré-questionar matérias Constitucionais e Infra-Constitucionais, quando houver o intuito da interposição de um futuro recurso para questionar matérias constitucionais ou infra-constitucionais nas Cortes Superiores.
Este Recurso não detém efeito devolutivo, mas somente, efeito modificativo. A rejeição dos Embargos gera a interrupção do prazo, o seu não reconhecimento geram a suspensão. Quando providos, a sentença prolatada da interposição dos embargos integrará à Sentença ou Acórdão objeto de Embargos. 
Recurso Ordinário (art. 895, CLT)
O Recurso Ordinário se presta ao reexame da matéria ventilada em instância inferior hierarquicamente àquela que os autos foram remetidos, submetendo o pleito a um novo exame pelos Julgadores. 
A interposição do R.O dar-se-á nas hipóteses em que houver prolação de sentenças terminativas ou definitivas das Varas e Juízos do Trabalho, bem como das decisões terminativas ou definitivas dos Tribunais Regionais do Trabalho em sua competência originária, podendo decorrer de dissídios coletivos ou individuais. 
Cumpre destacar, que também é crível a interposição de Recuso Ordinário, quando o Juízo extinguir o processo sem resolução do mérito, bem como nas hipóteses em que o Juízo acolher ou denegar o pedido de reconvenção, nas hipóteses em que o Juízo não homologar o acordo pactuado entre as partes, julgar procedente a exceção de incompetência remetendo os autos de uma vara à outra ou de uma vara a um TRT em que este não seja subordinado. 
Procedimento
O recurso ordinário será interposto contra sentença ou acórdão terminativo ou definitivo que julgar originária um pleito individual ou coletivo, no lapso temporal de 08 dias contados da data da intimação da decisão. 
Após a interposição da referida peça processual, os autos serão remetidos ao Tribunal hierarquicamente superior ao prolator da sentença que se pretende o reexame. É cediço que, o referido recurso é análogo ao de Apelação no Processo Civil. 
Em atenção ao princípio do Contraditório e da Ampla defesa, a parte recorrida poderá apresentar contrarrazões no prazo de 08 dias. 
No Processo Trabalhista, o Juízo a quo verificará os requisitos processuais antes de remeter os autos ao Tribunal ad quem, ou seja, fará o Juízo de Admissibilidade o Tribunal ao qual se pretende recorrer, checando os pressupostos processuais antes de remeter os autos à instância superior. 
Quando o recurso tiver seu segmento denegado, a parte que ocorrer poderá “destrancar” o Recurso do Tribunal a quo interpondo Agravo de Instrumento contra o despacho denegatório que inadmitiu o referido recurso. 
Em relação às custas processuais, é de se destacar as obrigações do reclamante e do reclamado. Quando o reclamante figurar como recorrente e este for beneficiário da justiça gratuita ficará isento do recolhimento das custas e não efetuará depósito recursal, sendo que esta segunda obrigação processual incumbe somente ao reclamado. Ao passo que, o polo passivo das lides trabalhistas deverão arcar com o depósito judicial, a fim de garantir o Juízo, bem como recolheras custas devidas à interposição recursal. Tratando-se de sucumbência recíproca, nas hipóteses em que ambas as partes recorrerem, quem ficará obrigado a elidir as obrigações recursais, será a reclamada. 
Obs: Recurso Ordinário no Procedimento Sumaríssimo
O recurso será imediatamente distribuído e, quando recebido no Tribunal ad quem, o Relator deverá liberar tal recurso em dez dias e a Secretaria da Turma deverá incluí-lo à próxima pauta de audiência. 
No julgamento do R.O., o acórdão poderá conter apenas a certidão de julgamento com a indicação suficiente para a parte dispositiva. 
Nesta senda, entende-se o cabimento do R.O às seguintes hipóteses: das decisões terminativas do feito, como por exemplo, do acolhimento da exceção de incompetência, no indeferimento da Petição inicial. 
Não cabe R.O. da decisão de homologação de acordo, exceto quando o INSS discordar das verbas discriminadas pelo acordo para fins fiscais. 
O R.O terá efeito meramente evolutivo.
Os depósitos recursais dar-se-ão nos valores de R$ 9.189,00.
Recurso de Revista
Inicialmente, destaca-se que o Recurso de Revista será admitido em hipóteses extraordinárias, tendo por finalidade uniformizar a jurisprudência do TST, sendo cabível quando uma decisão proferida em grau de Recurso Ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho que:
Derem ao mesmo dispositivo da lei federal interpretação diversa de que outro TRT atribui-la; 
Derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva, Sentença normativa ou regulamento empresarial interpretação divergente ao retrotranscrito; 
Violarem literalmente disposição de lei federal ou afronta direta à Constituição. 
Desta forma, entendemos que não se prestará o Recurso de Revista ao reexame fático da lide, não podendo reexaminar provas e fatos, ficando atrelado tão somente ao julgamento de Direitos. 
Portanto, conclui-se que, o Recurso de Revista serve tão somente para examinar acórdão prolatado pelo TST nas ações de dissídios individuais, que se encontrarem em fase recursal, que excedam as hipóteses transcritas acima.
Procedimento:
Insta destacar que, o Recurso de Revista será interposto contra acórdão que afrontar as hipóteses transcritas no artigo 896, a, b e c, ou seja, somente estarão sob o crivo do TST em sede recursal matérias unicamente de direito, não se atentando ao conteúdo fático da lide. 
A interposição do recurso far-se-á contra acórdão prolatado pelos Tribunais Regionais Trabalho, no prazo de 08 dias contados da data da intimação de acórdão. Após a interposição, a parte Recorrida, em atenção aos Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa, será intimada para apresentar suas contrarrazões no prazo de 08 dias. 
O efeito deste será meramente devolutivo, portanto, não há a possibilidade de efeito de retratação, bem como efeito suspensivo na interposição do RR. Destaca-se também que em sua interposição, o Recurso será dirigido ao Presidente do Tribunal em que o acórdão foi proferido, podendo este negar ou proceder pelo segmento do mesmo, trancando-o ou remetendo-o ao TST respectivamente. 
Na interposição do Recurso, deverá o recorrente expor suas razões recursais todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida que deverão ser impugnados especificamente, demonstrar o prequestionamento que poderá ser feito por meio de Embargos de Declaração e indicar de forma explícita e fundamentada a contrariedade do dispositivo ofendido pelo acórdão atacado, copiando a decisão e indicando analiticamente sua contrariedade em razão ao dispositivo legal. 
Destaca-se também, que o Relator do acórdão Recorrido ou o Presidente do Tribunal farão o Juízo de admissibilidade antes de remeter os autos ao TST como dito anteriormente. Seguindo a mesma regra do Recurso Ordinário, quando for denegado segmento ao Recurso interposto, a parte poderá destrancá-lo por meio de Agravo que será também interposto no prazo de 08 dias.
Não será cabível, de acordo com a Súmula 126 do TST o reexame probatório dos Tribunais a quo, portanto, conclui-se que somente apreciará matérias unicamente de direitos. 
O RR é de certa forma um dispositivo que vislumbra a uniformização da Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, seguindo os ditames do Código de Processo Civil no julgamento de Recursos Repetitivos. 
Ademais, cumpre destacar que o Recurso de Revista em observância às custas processuais, bem como ao Depósito Recursal, se submete às regras do Recurso Ordinário. Entretanto, o valor do Depósito Recursal que será devido pela Reclamada quando esta for Recorrente é mais elevado, sendo no valor de R$ 18.378,00. Todavia, quando esta já tiver garantido o valor integral da condenação em Juízo em primeira instância, não será devido tal depósito recursal, ao passo que, quando o valor somado do depósito recursal de ambas as instâncias forem excedentes aos valores depositados, o recorrente efetuará o pagamento da diferença entre ambos. 
Obs: Será cabível também nos acórdãos proferidos contra decisão recorrida em Agravo de Petição que viole frontalmente quaisquer preceitos consagrados na Constituição Federal. 
Breve Resumo
Como já mencionado anteriormente, o Recurso de Revista serve para situações extraordinárias, servindo, sobretudo, para uniformar as decisões prolatadas pelo TST. 
O RR somente poderá ser interposto contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho que viole as hipóteses consagradas na CLT. 
Embargos no TST
Inicialmente, iremos distinguir os tipos de Embargos existentes no ordenamento jurídico para fins didáticos. Os Embargos opostos no TST de nada se relacionam aos Embargos de Declaração opostos para sanar vícios processuais de Decisão que contiver contradição, omissão, ambiguidade ou erro material. 
Os Embargos opostos no TST irão se diferenciar em seu cerne, destrinchando-se em dois tipos de Embargos. Os Embargos opostos contra acórdão que julga dissídios coletivos se chamarão de Embargos Infringentes, ao passo que, em se tratando de dissídios individuais se chamarão de Embargos de Divergência. 
Procedimento:
Os Embargos opostos no TST, assim como todos os recursos trabalhistas terão o prazo de 8 dias para sua oposição. 
Os Embargos Infringentes poderão ser opostos contra decisão não unânime proferida em processo de dissídio coletivo, quando a competência originária for do TST, salvo se a decisão impugnada estiver em consonância com precedente jurisprudencial ou Súmula de Jurisprudência do TST. 
Os Embargos de Divergência por sua vez, serão opostos contra decisões divergentes de turmas em dissídios individuais, ou destas com decisão da Seção de Dissídio Individual, ou com Súmula e quem o julgar será a SDI-1 do TST. 
Portanto, conclui-se que os Embargos opostos no TST, tanto os infringentes, quanto os de divergência serão cabíveis quando a Turma Julgadora divergir ao prolatar o voto do acórdão. É de se ressaltar também que, outro órgão que julgará o acórdão recorrido, sendo a SDC e a SDI (Seção de Dissídios Coletivos e Individuais, respectivamente). 
Cumpre destacar também que, a decisão que negar seguimento aos Embargos opostos contra decisão não unânime ou de decisões que divirjam entre as Turmas no TST, caberá Agravo de Instrumento. 
Por fim, destaca-se que haverá recolhimento de depósito judicial para a interposição de embargos quando o Juízo não estiver garantido. 
OBS: Súmula 401 STF – Não se conhece do recurso de revista, nem dos Embargos de Divergência, do processo trabalhista, quando houver jurisprudência firme do Superior Tribunal do Trabalho no mesmo sentido da decisão impugnada, salvo se houver colisão com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 
Agravo de Instrumento
O Agravo de Instrumento tem a finalidade de “destrancar” um recurso quando este for denegado, ou seja, quando o Juízo a quo negar seguimento ao Recurso Interposto pela parte recorrida ao Juízo ad quem, caberá Agravo de Instrumento para remetê-lo ao Juízo em que o Recurso foi Endereçado anteriormente.
Embora saibamos que a regra do Direito doTrabalho é a irrecorribilidade das decisões imediatas, o Agravo de Instrumento é exceção para tal regra, portanto, há a possibilidade de recorrer de tal sentença interlocutória. 
Procedimento
O Agravo de Instrumento será interposto contra decisão interlocutória do Juízo de admissibilidade que denegar seguimento ao Recurso Interposto ao Juízo ad quem, no prazo de 08 dias. A parte contrária terá o mesmo prazo para apresentar contrarrazões ao Agravo interposto pela parte recorrente. 
A petição de agravo deverá conter as cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, bem como da comprovação do pagamento de guia recursal e de depósito judicial que será de 50% do valor do recurso que se pretende destrancar. 
Agravo de Petição
O agravo de petição é considerado o “Recurso Ordinário” da fase de Execução, portanto, é cabível das decisões em que o Juízo da execução prolatar. 
Terá cabimento para recorrer imediatamente das decisões que extinguirem ou terminarem o feito na fase de cumprimento de sentença. 
Procedimento
O agravo de petição é cabível para decisões terminativas ou extintivas do feito na fase de execução, que poderá ser interposto no lapso temporal de 08 dias, contados a partir da intimação da Decisão. 
O agravo poderá ser interposto da sentença que julgar os Embargos à Execução, a Exceção de Pré-executividade ou, até mesmo, a Decisão interlocutória que liquidar a sentença após seu trânsito em julgado. O agravante, ao interpor tal recurso deverá delimitar os valores e o que se pretende discutir em Juízo. 
O Agravo de petição em regra, será julgado pela autoridade que proferiu a sentença recorrida, em se tratando de Juízo de 1º Instância, quem será competente ao julgamento do presente recurso, será uma das Turmas do Tribunal a qual a Vara do Trabalho pertença.
Embora não seja devido o depósito recursal, as custas processuais deverão ser adimplidas da mesma forma. 
Agravo Interno
O agravo interno ou regimental está insculpido no Regimento Interno dos Respectivos Tribunais, possui rol taxativo para sua interposição e deverá ser interposto em 08 dias da decisão que se pretende recorrer, abaixo vemos as hipóteses que, nas quais, caberão o Agravo Interno.
O agravo interno é o recurso hábil para recorrer dos despachos do Presidente do Tribunal que denegar seguimento aos EDs Infringentes, de suspensão liminar ou decisão concessiva de mandado de segurança, de execução liminar, antecipação de tutela ou de sentença em cautelar, contra despacho concessivo de liminar, de despachos proferidos com efeito suspensivo, contra despachos proferidos pelo Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, quando o Relator negar o seguimento de recurso, quando o relator indeferir a inicial em ações originárias do Tribunal e quando o Presidente do Tribunal, de Turma, do Corregedor da Justiça do Trabalho ou Relator causar prejuízo a direito da parte. 
Recurso Adesivo 
O recurso adesivo é vinculado a outro recurso interposto pela parte diversa. Embora não tenha consagração expressa na CLT, este decorrerá das normas gerais do Processo Civil. 
Haverá a possibilidade de interpor recurso adesivo, nas hipóteses em que houver sucumbência recíproca na Decisão Prolatada pelo Juízo ou pela Turma Recursal e só submeterá ao Recurso Adesivo quando a parte teve a possibilidade de interpor o Recurso Principal e não o fez. 
Procedimento
Após a prolação de Decisão, quando houver sucumbência recíproca entre as partes (leia-se parcialmente procedente) e uma das partes interpuser Recurso Ordinário, Agravo de Petição, Recurso de Revista ou Embargos, poderá a parte contrária que não recorreu anteriormente, em suas contrarrazões apresentar o Recurso Adesivo, no prazo de 08 dias.
De sorte, o Recurso Adesivo se submeterá às regras de admissibilidade do Recurso Principal, portanto, quando não for reconhecido, o Recurso Adesivo também será. Subordinando-se também à desistência recursal, bem como à tempestividade do recurso interposto pela parte contrária, quando intempestivo considerar-se-á precluso o direito de recorrer adesivamente. 
Imperioso destacar que, embora o Recurso Adesivo não tenha consagração expressa na CLT e decorra de norma vigente do Código de Processo Civil, entendeu o TST que por ser recurso voluntário aplicado às normas do Processo Trabalhista, sua interposição dar-se-á em 08 dias e não em 15, conforme preconiza o CPC. Ademais, destaca-se também que o prazo para contraminutar o recurso adesivo, em atenção aos princípios do contraditório e da ampla defesa, dar-se-á também em 08 dias. 
Correição Parcial
A correição parcial ou reclamação correicional ainda é extremamente discuta doutrinariamente acerca de sua natureza jurídica. Há quem diga que a correição parcial tem natureza de Recurso, entretanto, a doutrina diverge neste sentido, para alguns é tão somente, o direito à petição das partes que litigam no processo trabalhista.
O que é unanimidade doutrinária, é que a possibilidade de se manifestar em correição parcial, ocorrerá nas hipóteses em que o Julgador, por ações ou omissões agirem contrários à boa ordem processual ou agir com atos atentatórios a esta. 
A doutrina diverge acerca de sua natureza jurídica da correição parcial. Parte da doutrina defende que a correição parcial não é recurso, pelo fato de que esta não está descrita no rol taxativo do artigo 895 da CLT, embora esteja consagrado nos regimentos internos dos respectivos Tribunais. 
Data vênia, concordo com o Professor Gustavo Garcia Barbosa aos dizeres de que a correição parcial é manifestadamente o direito à petição que o litigante possui nas diretrizes dos procedimentos trabalhistas. Ademais, destaca-se também que o recurso se presta ao reexame das matérias de mérito do processo, quando decididas pelo Julgador. A correição parcial por sua vez, decorre tão somente de omissões ou ações processuais do Julgador e não acerca de uma decisão que julga a matéria fática e jurídica do pleito recorrido. 
Ademais, cumpre destacar que a correição parcial poderá ser peticionada aos autos no prazo de 05 dias e não terá o recolhimento de custas, sendo encaminhadas ao Tribunal hierarquicamente superior ao Tribunal coator, para que este julgue e tome as decisões necessárias para a boa ordem processual. 
Recurso de Ofício 
O recurso ordinário “ex officio” será interposto pelo Juízo que decidir em um pleito, condenando parcialmente ou totalmente contrários aos interesses processuais da União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Autarquias ou Fundações de Direito Público federais, estaduais, distritais ou municipais que não explorem atividade econômica, em uma lide trabalhista. 
Portanto, conclui-se que o Recurso de Ofício foge à regra da voluntariedade da interposição de recurso no processo do trabalho. O legitimado à interposição de Recurso será o Juízo sentenciante, que remeterá os autos à instância superior, quando não houver recurso interposto pelas pessoas de direito público acima transcritas. 
Em observância à Súmula 303 do TST, será necessário o reexame da matéria prolatada pelo Juízo a quo quando quaisquer das pessoas de direito público forem condenadas parcial ou totalmente, salvo nas seguintes hipóteses: 
Quando a sentença for fundamentada com súmula ou OJ do TST; 
Quando a sentença for fundamentada com acórdão prolatado pelo STF ou TST em julgamento de recursos repetitivos; 
Quando a sentença for fundamentada sob a observância de entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
Quando a sentença for prolatada sob entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

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