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FISIOLOGIA VEGETAL A fisiologia vegetal estuda os fenômenos vitais que acontecem nas plantas. Estes fenômenos podem referir- se ao metabolismo vegetal; ao desenvolvimento vegetal; ao movimento vegetal ou a reprodução vegetal. FISIOLOGIA VEGETAL I- Célula vegetal. Relações hídricas. II-Absorção e transporte de água: III-Nutrição mineral: IV-Translocação de solutos: V-Fotossíntese: VI- Fotoperiodismo: VII-Fisiologia da Floração e frutificação: VIII- Reguladores vegetais: natureza e ação das auxinas, citicininas, giberelinas, ácido abscisíco, etileno, outros reguladores vegetais IX- Fisiologia da semente: germinação, dormência. FISIOLOGIA VEGETAL RELAÇOES HÍDRICAS - CÉLULAS - ÁGUA - PROPRIEDADES DA ÁGUA- FÍSICAS E QUÍMICAS - PROCESSOS DE TRANSPORTE DE ÁGUA - POTENCIAL HÍDRICO - MOVIMENTO DA ÁGUA ENTRE AS CÉLULAS TECIDOS - ABSORÇÃO E TRANSPORTE DE ÁGUA RELAÇOES HÍDRICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Básica • CASTRO, P.R.C.; KLUGE, R.A.; PERES, L.E.P. Manual de Fisiologia Vegetal: teoria e prática, Piracicaba: ed. Agronômica Ceres, 2005. 640p. • KERBAUY, G.B (Coord.). Fisiologia Vegetal. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2008.431p. • TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. Porto Alegre: ArtMed, 2009. 819p. Complementar • FILHO, J.M. Fisiologia de sementes e plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005.495p. • LARCHER, W. Ecofisiologia Vegetal. São Paulo: Rima Artes e Textos, 2005. 550p. • MARENCO, R.A.; LOPES, N.F. Fisiologia Vegetal: fotossíntese, respiração, relações hídricas e nutrição mineral.Viçosa: UFV, 2005, 451p. • PIMENTEL, C. A Relação da Planta com a Água. Seropédica, RJ:Edur, 2004. 192p. • RODRIGUES, T.J.D. Fisiologia vegetal-Hormônios das plantas. Jaboticabal:Funep, 2004, 78p. Dicotiledônea Visão geral da estrutura vegetal O desenvolvimento de raízes e sistema vascular avançado foram necessários para absorver e transportar água, enquanto a epiderme e estômatos foram necessários para conservá-la Diagrama de uma célula vegetal Parede celular- estrutura rígida, envolve externamente a membrana plasmática e o conteúdo celular. Membranas plasmáticas são lipoproteicas, contém proteínas integrais e periféricas. Regula entrada e saída de materiais. Permeabilidade seletiva. Primeira barreira na célula Vacúolo - responsável pelo equilíbrio hídrico da célula. Lamela média – cimenta paredes celulares Componentes característicos das células vegetais • Parede celular • Plastídeos • Vacúolo 1-Parede celular: estrutura rígida, envolve externamente a membrana plasmática e o conteúdo celular. É porosa e permite a passagem de água e o que estiver dissolvido na água. Composta por: celulose, compostos pécticos, lignina, suberina, cutina, proteína, hemi-celulose. Exerce pressão de turgescência para controlar o volume. Lamela média- entre as paredes primárias de células adjacentes. Cimenta. Composta por substâncias pécticas , gel, apropriada para função. 1- Parede celular 2- Plastídeos Plastídeos ou plastos são corpúsculos protoplasmáticos delimitados por uma membrana. São divididos em dois tipos: 1-PIGMENTADOS: a)CLOROPLASTOS : verdes, predomina o pigmento clorofila. b)CROMOPLASTOS: amarelo, vermelho, laranja, predominam os pigmentos carotenóides. 2- NÃO PIGMENTADOS OU LEUCOPLASTOS: c) AMILOPLASTOS: que sintetizam amido d) ELAIOPLASTOS: que sintetizam gorduras ou óleos. Vacúolo: delimitado pelo tonoplasto. Suco celular: água, íons, moléculas orgânicas, enzimas, macromoléculas. Célula jovem: ↓ tamanho, ↑número Célula adulta: 1 único vacúolo. 3- Vacúolos Á G U A ÁGUA Do volume total de água estimado no globo terrestre: Água salgada: 97,3% Água doce: 2,7% Gelo ou neve, nos icebergs e polos: 2% Água subterrânea: 0,6% Aproveitável pelas plantas: 0,1% A distribuição de água doce é irregular no globo terrestre 1/3 da superfície terrestre apresenta déficits de precipitação, em relação a evaporação. 12 % é extremamente árida. O conteúdo de água nas plantas varia com o tipo e a idade do órgão vegetal Raízes – 70 a 95 % Caules – 50 a 80 % Folhas – 70 a 95 % Frutos – 80 a 95 % (suculentos) Sementes – 5 a 15 % (secas ao ar) Alface: 80 a 95 % do peso da biomassa fresca Cenoura e morango: 90 % Cevada: 10 % Amendoim: 5 % Importância da água para os vegetais Reagente: água doa elétrons para a fotossíntese. Reagente básico nas reações de hidrólise (por exemplo: a quebra de amido em glicose). Meio de transporte de solutos e gases. Afeta a divisão celular (por afetar a síntese de RNA, DNA e de materiais constituintes da parede celular). Afeta o crescimento celular (expansão e consequentemente o crescimento do vegetal). Influi na turgescência das raízes e consequentemente na penetração delas no solo. Afeta a forma e a estrutura dos órgãos vegetais (a beleza das flores está na sua turgescência). Participa nos processos de abertura e de fechamento dos estômatos. Afeta a viscosidade e a permeabilidade do protoplasma e a atividade das enzimas envolvidas. Produto final da atividade respiratória. Efeito de resfriamento como tampão de temperatura. Afeta a translocação de assimilados. Importância da água para os vegetais RELAÇÕES HÍDRICAS A ÁGUA E AS CÉLULAS VEGETAIS A ESTRUTURA E AS PROPRIEDADES DA ÁGUA ÁGUA: pequeno tamanho da molécula e natureza polar - atua como solvente universal- Água tem natureza polar formando um dipolo ESTRUTURA DA MOLÉCULA DE ÁGUA Ponte de hidrogênio Água atua como solvente universal Água neutraliza íons ou moléculas, circundando-as formando uma capa de moléculas de água- camada de solvatação. Orientação das moléculas de água na superfície de um íon Orientação das moléculas de água em superfícies de macromoléculas carregadas Alto calor específico Alto calor latente de fusão e vaporização PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA CALOR ESPECÍFICO: é a quantidade de energia requerida para elevar 1°C na temperatura de uma massa de 1g (água = 1 caloria por grama – 4,184 J g-¹). � A água precisa absorver muita energia para aumentar a sua temperatura. Também precisa liberar muita energia para baixar sua temperatura. �Planta: ajuda a estabilizar as flutuações de temperatura. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA CALOR LATENTE DE FUSÃO e VAPORIZAÇÃO: o calor de fusão e de vaporização são também muito altos. Isto significa que, para passar do estado líquido para o sólido (congelamento), a água precisa liberar muita energia ( dificulta o congelamento). A passagem da água do estado líquido para vapor (evaporação) exige também a absorção de muita energia sob a forma de radiações. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA COESÃO: atração mútua entre moléculas. Atração intermolecular que ocorre com as moléculas de água resultando na formação das pontes de hidrogênio. ADESÃO: atração da água a uma fase sólida. � Parede celular ou a superfície de um vidro. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA TENSÃO SUPERFICIAL: é a energia necessária para aumentar a área de superfície. Moléculas de água em uma interface ar-água são mais fortemente atraídas pelas moléculas de água vizinhas do que pela fase gasosa do outro lado da superfície. A água tem uma tensão superficial maior que qualquer outro líquido, exceto mercúrio. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA TENSÃO SUPERFICIAL Devido a ↑ tensão superficial, a água tem dificuldades para se espalhar e penetrar nos espaçosde uma superfície. (Ex: estômatos) TENSÃO SUPERFICIAL � Ácidos graxos e certos lipídios podem concentrar-se na superfície (interface) e reduzir muito a tensão superficial. � Surfatantes: moléculas que possuem regiões polares (hidrofílicas) e apolares (hidrofóbicas). � Surfatantes (adicionados aos fungicidas e herbicidas nas pulverizações): quebra a tensão superficial – uma distribuição mais uniforme nas superfícies foliares. A alta tensão superficial é a razão também da água suportar o peso de pequenos insetos Hemiptera: Gerrideo CAPILARIDADE: movimento da água ao longo de um tubo capilar. A capilaridade é explicada através das propriedades de coesão, adesão, tensão superficial e força de tensão. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS DA ÁGUA FORÇA DE TENSÃO (ou força tênsil): a coesão proporciona à água uma grande resistência à tensão. FORÇA DE TENSÃO: Capacidade de resistir a uma força de arraste, ou ainda, é a tensão máxima por unidade de área que uma coluna de água pode suportar antes de quebrar. Seringa Selada Empurrar o êmbolo: pressão hidrostática positiva Puxar o êmbolo: pressão hidrostática negativa Para quebrar a coluna de água (tensão): energia suficiente para superar a força de atração (coesão) entre as moléculas de água Para que o fluxo seja mantido é necessário que Tensão não supere a Coesão FORÇA DE TENSÃO A água em pequenos capilares pode resistir a tensões mais negativas que -30 MPa (o sinal negativo indica tensão, em oposição à compressão). A pressão é medida em unidades denominadas megapascais (MPa). 1 MPa (Megapascal) = 10 bars = 9,87 atm Processos de transporte de água 1. FLUXO DE MASSA: movimento de grupos de moléculas em massa, na mesma direção, em resposta a um gradiente de pressão. Pressão pode ser produzida por compressão mecânica ou gravidade. . pressão hidrostática pela gravidade FLUXO DE MASSA Governado por pressão determina o transporte de água de longa distância Responsável: � transporte no xilema � maior parte do fluxo de água no solo � paredes celulares de tecidos vegetais 2. DIFUSÃO: envolve movimento espontâneo, ao acaso, de partículas ou moléculas individuais. A difusão de uma substância ocorre quando há diferença no potencial químico em duas partes ou regiões de um sistema. Processos de transporte de água A. Compartimentos com diferentes concentrações (R1 > R2). B. Compartimentos após o equilíbrio (R1 = R2). Partículas em contínua movimentação (mov. termocaótico) Verifica-se o movimento de um potencial alto para um potencial baixo. Exemplo: movimento de água quando um copo de água é colocado em um espaço fechado (moléculas tendem a saturar o espaço), movimento de um soluto (sal) colocado em um copo com água. Difusão DIFUSÃO O movimento térmico de moléculas leva à difusão – a mistura gradual de moléculas e eventual dissipação de diferenças de concentração. O fluxo de difusão de uma substância (Js) pode ser determinado pela Lei de Fick: Js = - Ds ∆Cs /∆x Js = número de moléculas que passa em área determinada por unidade de tempo ∆Cs = diferencial de concentração ∆x =diferencial de distância Ds = coeficiente de difusão da substância O sinal negativo indica que o movimento é do maior para o menor potencial químico. Difusão DIFUSÃO Cálculo de difusão para uma molécula Coeficiente de difusão em água: 10-5 m2 s-1 Demorou 8 anos para difundir 1 m na água Demorou 0.6 segundo para difundir 5µm (distância típica de células de folha). A difusão em soluções pode ser eficaz dentro de dimensões celulares, mas é muito lenta para o transporte de massa por longas distâncias. DIFUSÃO Responsável: � Transpiração � Movimento de nutrientes e água do solo para chegar até as raízes � Água e gases no interior da planta � Possibilita o suprimento de CO2 para a fotossíntese Processos de transporte de água 3. OSMOSE: movimento da água através da membrana semipermeável. É um caso particular de difusão em que duas soluções estão separadas por uma membrana com permeabilidade seletiva. Movimento que ocorre por diferença do potencial água. Representação do Osmômetro A. Início da osmose B. Pressão aplicada acelerando o equilíbrio dinâmico movimento da água através da membrana diminui em parte devido a diluição do soluto e em parte pela pressão hidrostática devido ao aumento do volume no tubo Processos de transporte de água � Osmose: ambos os tipos de gradientes influenciam o transporte � Difusão: as substâncias movem-se a favor de um gradiente de concentração. � Fluxo de massa: governada por um gradiente de pressão. AQUAPORINAS: proteínas que aumentam a permeabilidade das membranas biológicas à água e são amplamente distribuídas nos diferentes organismos A. Individualmente, por difusão através do plasmalema. B. Por fluxo de massa, através de aquaporinas. AQUAPORINAS: são proteínas integrais de membrana, as quais formam canais seletivos à água através da membrana. PROPRIEDADES DA MOLÉCULA DE ÁGUA coesão adesão tensão superficial força de tensão PROCESSOS DE TRANSPORTE DE ÁGUA Fluxo de Massa Difusão Osmose ENERGIA LIVRE DA ÁGUA Todos os seres vivos necessitam de Energia. Reações bioquímicas, acúmulo de solutos e transporte de longa distância são todos movidos por um acréscimo de Energia Livre na planta. Energia Livre: é a energia de um sistema qualquer que está disponível para realizar trabalho. Um grande volume de água possui mais Energia Livre do que um pequeno, sob condições idênticas. Potencial Químico: é uma maneira termodinâmica de descrever a energia livre associada com a capacidade de substância realizar trabalho. (água move-se da região de maior para a região menor potencial químico). Potencial Químico: quantidade de Energia Livre por mol de qualquer substância. Potencial químico da água = POTENCIAL DE ÁGUA (OU HÍDRICO) - letra grega psi (Ψ) - Ψw = a diferença existente entre o potencial químico da água no sistema (ou solução) e o potencial químico da água pura, sob as mesmas condições de temperatura e pressão. É uma medida da energia livre da água por unidade de volume (J m-3) -equivalente a unidades de pressão – Bars, Pascal e atmosfera 1 MPa (Megapascal) = 10 bars = 9,87 atm POTENCIAL HÍDRICO Por definição o Ψw da água pura é igual a zero. As medidas do potencial de água são sempre comparadas a esse Ψw igual a zero, que é da água líquida e livre, à pressão atmosférica, à mesma temperatura do sistema. Para melhor entender a movimentação da água nos vegetais, torna-se necessário o conhecimento de diferentes componentes (forças) que participam desse processo: - presença de solutos - superfícies adsortivas - pressão - gravidade COMPONENTES DO POTENCIAL HÍDRICO Ψw = Ψs + Ψp + Ψg + Ψm COMPONENTES DO POTENCIAL HÍDRICO Ψw = potencial água total Ψs = potencial osmótico (função da concentração do suco celular) Ψm = potencial mátrico (função das forças de atração e capilaridade) Ψp = potencial pressão (função da turgescência da célula) Ψg = potencial gravitacional ⇒ Planta: É uma resposta principalmente ao conteúdo dos vacúolos, característicos da maioria das células vegetais. (valores na faixa de - 0,1 a - 0,3 MPa) ⇒ Solo: resulta da presença de solutos na água do solo e de sua interação com as moléculas de água. POTENCIAL OSMÓTICO ou POTENCIAL DE SOLUTO (Ψs) Representa o efeito de solutos dissolvidos sobre o Ψw . Os solutos reduzem a energia livre da água por diluição desta. Quanto maiora concentração de solutos, menor é o potencial osmótico (inversamente proporcional). Em qualquer condição que não haja soluto, como água pura, o Ψs é zero; isso significa que a presença de solutos reduzirá o Ψs, que assumirá valores negativos. POTENCIAL OSMÓTICO Para soluções diluídas de substâncias não dissociáveis, como a sacarose, o potencial osmótico pode ser estimado pela equação de van’t Hoff: Ψs = -RTcs R = constante dos gases (8,32 J mol-1 K-1) T = temperatura absoluta (em K) cs = concentração de solutos da solução, expressa como osmolalidade (moles totais de solutos dissolvidos por litro de água, mol L-1). Sinal negativo = indica que os solutos reduzem o potencial hídrico da solução em relação ao estado de referência da água pura. Ex.: solução de sacarose (0,1 M a 20°C) ΨS = -0,244MPa. POTENCIAL DE PRESSÃO (Ψp) Se dá em função da turgescência da célula, ou seja é a pressão exercida pela solução sobre a parede celular. � Pressões positivas: aumentam o Ψw � Pressões negativas: diminuem o Ψw Ψp na célula= 0 (zero) quando flácida = + (positivo) quando túrgida POTENCIAL DE PRESSÃO (Ψp) �Célula: pressão hidrostática positiva (pressão de turgor ou pressão de turgidez, aumenta a energia livre pois diminui a distância entre as moléculas). � Xilema: pressão hidrostática negativa (tensões ou sucções são negativas). �Floema: pressão hidrostática positiva. POTENCIAL MATRICIAL ou MÁTRICO (Ψm) A água interage com a superfície de uma fase sólida. Função de forças de atração e capilaridade. (ex: água e fubá) Sólidos ou substâncias insolúveis em contato com água pura ou solução aquosa atraem moléculas de água e diminuem o Ψw. Contribuição pequena para o potencial de água. • Solos: resulta da interação entre a água e as partículas do solo. A argila tem grande número de cargas negativas, portanto, há maior atração com as moléculas de água. Solos secos – potencial mais negativo. • Sementes (embebição): é absorção de um solvente por uma substância coloidal. A força que a água é retida, depende da natureza da matriz. Também da carga elétrica. • Paredes celulares (colóides hidrófilos:ex: proteína, celulose, amido, pectinas). POTENCIAL MATRICIAL ou MÁTRICO (Ψm) Exemplos onde ele ocorre: POTENCIAL GRAVITACIONAL (Ψg) A gravidade faz com que a água mova-se para baixo, a não ser que uma força igual e oposta se oponha à força da gravidade. Ψg depende da: - altura (h) da água acima do estado de referência dela, - densidade da água (ρw), - aceleração da gravidade (g). Ψg = ρw gh Célula: desprezível (comparado aos potenciais osmótico e pressão). Importância insignificante dentro de raízes ou folhas. � Significativo: movimentos de água em árvores altas. POTENCIAL GRAVITACIONAL Ψ w = Ψ s + Ψp + Ψg + Ψm POTENCIAL HÍDRICO MOVIMENTO DA ÁGUA ENTRE CÉLULAS E TECIDOS Explica o transporte de água nas plantas A água entra na célula ao longo de um gradiente de Ψw . No tecido vegetal, em condições isotérmicas, o Ψw pode ser determinado pelo somatório de seus componentes, Ψp e Ψs. Ψw = Ψp + Ψs POTENCIAL HÍDRICO – transporte de água nas plantas Para um melhor entendimento da movimentação da água no vegetal torna-se necessário o conhecimento dos componentes que participam desse processo. Esses componentes hídricos estão presentes no sistema solo-planta-atmosfera Para ocorrer o movimento da água na planta deve haver uma diferença entre o potencial de vapor d’água para na atm ao redor das folhas e o potencial da água no solo. solo planta atm Ψm +Ψs Ψp +Ψs MOVIMENTO DA ÁGUA NO SOLO O que mais afeta é a variação da quantidade de água no solo. Quando ↑ quantidade de água no solo (irrigação ou chuva) o potencial ↑. Quando a água é retirada (pelas raíes, percola, evapora) ↓o potencial (fica + negativo). Para as raízes absorverem água, o potencial deve ser inferior que o potencial do solo. Ψw = Ψm + Ψs Para entender o transporte de água nas plantas temos: Movimento da água entre células e tecidos Movimento da água entre células e tecidos Valores de Ψw de vários tecidos (MPa) Água pura 0,0 Folhas em turgor máximo - 0,01 Maioria das raízes em solos secos - 0,2 Folhas em solos bem irrigados (crescimento bom) - 0,5 Folhas em solos secos (crescimento lento) -1,0 Água do mar - 2,5 Folhas em solos muito secos (crescimento cessado) - 3,0 Folhas de espécies de deserto - 6,0 Sementes seca e viáveis para a germinação - 20,0 O conceito de potencial hídrico ajuda a avaliar o status hídrico de uma planta deficiência de água no solo e planta leva às seguintes mudanças fisiológicas
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