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19/03/2017 1 HISTOLOGIA VEGETAL I PROFA. ALESSANDRA GUEDES SALVADOR, 2017. TECIDOS o O estudo dos tecidos biológicos chama-se histologia. o Tecido é um conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes entre si, separadas ou não por líquidos e substâncias intercelulares, que realizam determinada função num organismo multicelular. TECIDOS VEGETAIS São formados a partir de células apicais. Quando originam um tipo único de células, formam tecidos simples. Vários tipos de células – tecidos complexos. Simples Complexo ORGANIZAÇÃO DOS TECIDOS - SISTEMAS De acordo com a disposição dos tecidos no corpo vegetal podem ser estabelecidos os sistemas: Sistema Dérmico - DERMATOGENO Sistema de Condução – CÂMBIO VASCULAR Sistema fundamental – MERISTEMA FUNDAMENTAL 19/03/2017 2 MERISTEMAS • São células indiferenciadas, especializadas em dividir-se ordenadamente. A estrutura e fisiologia são diferentes de qualquer outra célula do corpo do vegetal. • Células meristemáticas: pequenas, paredes delgadas primárias, isodiamétricas, citoplasma abundante, núcleo grande, vacúolos ausentes ou pequenos e plastídios não diferenciados (protoplastídios). MERISTEMAS Estão classificados de acordo com Localização no corpo do vegetal em: apicais laterais intercalares Tempo de aparecimento: Primários ou apicais Secundários MERISTEMAS Função: Crescimento e cicatrização de injúrias. Autoperpetuação Produção de células somáticas Estabelecer padrões de desenvolvimento dos órgãos MERISTEMAS Apical caulinar Apical radicular Lateral 19/03/2017 3 MERISTEMAS Intercalar MERISTEMAS APICAIS Meristemas primários apicais são representados pelo dermatógeno (protoderme), procâmbio e meristema fundamental. MERISTEMAS INTERCALARES São zonas de tecido primário em crescimento ativo, situadas entre regiões de tecidos mais ou menos diferenciados. São interpretados como porções de meristemas apicais que se separam do ápice pelo aparecimento de tecidos diferenciados. As bases dos entrenós de gramíneas são constituídas por este tecido. DIFERENCIAÇÃO Diferenciação É a mudança de células de uma condição meristemática para uma condição complexa no corpo adulto da planta. Estas células diferenciadas podem atuar isoladamente – com os gametas ou podem agrupar-se em tecidos diferenciados, como tecido de revestimento, preenchimento e condução. Célula Meristemática Célula Especializada 19/03/2017 4 MERISTEMAS SECUNDÁRIOS Células que perderam sua função meristemática, transformando-se em células de outros tecidos e mais tarde voltaram ao estado embrionário, readquirindo a capacidade de divisão novamente. DESDIFERENCIAÇÃO MERISTEMAS SECUNDÁRIOS São células responsáveis pelo crescimento em espessura de caule e raiz, e tem comumente forma cilíndrica. Exemplo típico: tecidos de cicatrização, felógeno e Câmbio interfascicular. MERISTEMAS SECUNDÁRIOS TECIDOS PERMANENTES São os tecidos restantes de um vegetal e estão classificados de acordo com a função que desempenham: Revestimento: Epiderme e súber Sustentação: Colênquima e Esclerênquima Preenchimento: Parênquima Condução: Xilema e Floema 19/03/2017 5 PARÊNQUIMA Principal tecido fundamental e meristemático. Composto por células vivas, de morfologia e fisiologia variáveis, mas em geral de forma poliédrica e quase isodiamétricas. Mas podem ser alongadas ou lobadas de vários modos. Sem parede secundária. É encontrado em todos os órgãos da planta formando um tecido contínuo. Tais como: córtex e medula do caule, córtex das raízes, tecido fundamental do pecíolo e mesófilo das folhas. PARÊNQUIMA Reserva – Parênquima do tipo comum. Acumula reservas em solução ou sólidas. É encontrado em raízes, rizomas, sementes, polpas de frutas e partes de caules aéreos. Amido – amilífero Água - aqüífero Ar – aerênquima Óleo - oleífero PARÊNQUIMA Comum – constituído de células do tipo meato, conhecido como regular. Funciona como uma massa que contem outros tecidos. Ex.: Parênquima cortical, medular e fundamental. PARÊNQUIMA Clorofiliano - responsável pela fotossíntese, rico em clorofila localizada no interior de cloroplastos. Apresenta dois tipos: Parênquima paliçadico, formado por células cilíndricas, e o parênquima lacunoso, formado por células isodiamétricas. O parênquima clorofiliano é também conhecido como clorênquima. É encontrado no mesófilo das folhas, caules jovens, nas partes verdes das plantas. 19/03/2017 6 PARÊNQUIMA CLOROFILIANO PARÊNQUIMA Parênquima do Sistema de Condução: Serve para o armazenamento de substâncias e como para o transporte a curta distância. COLÊNQUIMA Tecido vivo, simples, flexível, forte e plástico. Constitui o sistema de sustentação. As células são poligonais, apresentam paredes primárias espessas, em particular nos ângulos e as vezes em toda a extensão. As células do colênquima possuem campos de pontuações primários e são capazes de retomar a atividade meristemática. As células podem ainda conter cloroplastos e realizar fotossíntese. COLÊNQUIMA Localização: Abaixo da epiderme ou separado dela por meio de uma capa de células. Nos caules e pecíolos. Nas nervuras das folhas, aparece em ambos os lados. Flores e frutos. Próximo ao xilema e floema. 19/03/2017 7 COLÊNQUIMA Classificação de acordo com o tipo de espessamento: Colênquima angular – espessamento localizado nos ângulos da célula. O lúmen tem forma poligonal. COLÊNQUIMA Colênquima lamelar- espessamento localizados nas paredes tangencias externa e interna. COLÊNQUIMA Colênquima anular – O lúmen da célula apresenta-se circular. Último estágio de desenvolvimento do colênquima angular. COLÊNQUIMA Lacunar - as células apresentam espaços intercelulares, o espessamento ocorre próximo aos espaços 19/03/2017 8 ESCLERÊNQUIMA Tem função de sustentação. Tecido morto, as células têm paredes espessadas e lignificadas. As células podem ser distendidas, curvadas e torcidas em decorrência de sua elasticidade. As células esclerenquimaticas se diferenciam das colenquimáticas por possuírem paredes secundárias, geralmente lignificadas e quando adultas carecem de protoplasto. Apresenta dois tipos de células: fibras e escleritos. OCORRÊNCIA Faixas ou calotas ao redor dos tecidos vasculares, fornecendo uma proteção e sustentação. Cascas de frutos secos ou endocarpos de drupas, bem como nos envoltórios de sementes duras. Ocorrem também nos tecidos parenquimáticos, como por exemplo na medula e córtex de caules e pecíolo ESCLERÊNQUIMA Tipos de Células esclerenquimaticas Fibras – são largas ou estreitas, com extremos afinados. Podem ser encontradas em diversas partes da planta. As paredes são lignificadas. As fibras variam em forma, tamanho, espessura, quantidade e tipo de pontoações. ESCLERÊNQUIMA Escleritos – Células de formas variadas e frequentemente curtas. Podem ser encontradas em diferentes órgãos da planta, incorporadas a diversos tecidos, primários ou secundários. Encontram-se isoladas ou agrupadas. As pontoações deste tipo de célula, geralmente, são bem visíveis e do tipo simples. 19/03/2017 9 ESCLERÊNQUIMA De acordo com a forma, tamanho e características de sua parede podem ser classificados em: BRAQUIESCLEREÍDEO: Células curtas, isodiamétricas, parecidas em sua forma com as células do parênquima fundamental. ESCLERÊNQUIMA MACROESCLEREÍDEO – células alargadas, mais ou menos prismáticas. OSTEOESCLEREÍDEO – células colunares, com extremos alargados, em forma de osso. ESCLERÊNQUIMA ASTROESCLEREÍDEO – células ramificadasem forma de estrelas. ESCLERÊNQUIMA TRICOESCLEREÍDEO – células com paredes delgadas, semelhantes a pelos. ESCLEREÍDEOS FILIFORMES – células largas ou delgadas, semelhantes a fibras.
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