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CEL0239_EX_A10_201602469407 » de 50 min. Lupa � Aluno: TATIANE SAKAMOTO RIBEIRO Matrícula: 201602469407 Disciplina: CEL0239 - OFICINA LITERÁRIA Período Acad.: 2016.1 EAD (G) / EX � Prezado (a) Aluno(a), Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3). Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS. 1. Os versos a seguir são do poeta, cronista e compositor Vinícius de Moraes e fazem parte do poema "A um passarinho". Vinícius pertenceu à geração de Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Jorge de Lima e Murilo Mendes, todos de grande destaque na poesia brasileira a partir da década de 1930. Para que vieste/ Na minha janela/ Meter o nariz?/ Se foi por um verso/ Não sou mais poeta/ Ando tão feliz! Neste versos, o eu lírico encontra-se: reflexivo e repleto de indagações existenciais que se dirigem à natureza, no caso, ao passarinho. feliz e decidido, o eu lírico renuncia ao posto de poeta, visto que condiciona a atividade de escrever versos ao estado de tristeza. animado, disposto a criar versos, pois associa a inspiração poética ao estado de felicidade. interrogativo, com muitas dúvidas a respeito da felicidade e escolhe o passarinho como o seu interlocutor privilegiado. agressivo e irritado com o incômodo causado pelo canto feliz do passarinho, uma vez que o eu lírico está indeciso quanto a ser ou não ser poeta. Gabarito Comentado 2. José Régio (1901-1969) é um dos autores mais importantes da segunda geração do Modernismo português, o Presencismo, e um dos fundadores da revista Presença, que dá nome ao movimento. Leia o soneto "Narciso" e, em seguida, responda a questão. Dentro de mim me quis eu ver. Tremia,/ Dobrado em dois sobre o meu próprio poço.../ Ah, que terrível face e que arcabouço/ Este meu corpo lânguido escondia!/ Ó boca tumular, cerrada e fria,/ Cujo silêncio esfíngico bem ouço!/ Ó lindos olhos sôfregos, de moço,/ Numa fronte a suar melancolia!/ Assim me desejei nestas imagens./ Meus poemas requintados e selvagens,/ O meu Desejo os sulca de vermelho:/ Que eu vivo à espera dessa noite estranha,/ Noite de amor em que me goze e tenha,/ ...Lá no fundo do poço em que me espelho! De acordo com o soneto de José Régio, considere as afirmativas a seguir. I - ao contrário de Narciso, personagem mitológico condenado a nunca conhecer a sua face externa sob o risco de morrer, o poema de José Régio explicita que o eu lírico busca conhecer a sua face interna. Há uma nítida preocupação com a autoanálise. II - o eu lírico se decepciona com o que encontra ao dobrar-se sobre o seu próprio poço. A sugestão é de que o poço tem pouca água, pois o seu reflexo é visto muito lá no fundo. O eu lírico acha terrível o que encontra, sofre e deseja de se reconciliar consigo mesmo. Passa a viver à espera do momento, da noite estranha, em que possa, finalmente, como Narciso, seduzir-se com o que vê, ou seja, gostar de si mesmo, ideia reforçada pelos versos do segundo terceto. III - o eu lírico, assim como Narciso, contempla a sua própria face e expressa fascinação, encantamento e prazer com o que encontra. Deseja ficar consigo próprio no fundo do poço em que se espelha, evidenciando egocentrismo e autossuficiência. Assinale a alternativa correta. Somente a afirmativa II é correta. As afirmativas I e II são corretas. Todas as alternativas são corretas. Somente a afirmativa I é correta. As afirmativas I e III são corretas. Gabarito Comentado Gabarito Comentado 3. Considere o poema, de Manuel Bandeira: Nova poética Vou lançar a teoria do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco muito bem engomada, e na primeira esquina passa um caminhão, salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama. É a vida. O poema deve ser como a nódoa no brim: Fazer o leito satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, as virgens cem por cento e as amadas que envelheceram sem maldade. Sobre o poema, não se pode afirmar: A vida no poema, objetiva retirar o leitor acomodado de sua passividade, fazer com que o indivíduo apático e insípido passe a sentir na própria pele a marca da vida. Manuel Bandeira ironiza a poesia que se ocupa de um mundo tão amplo, rico e plural como o mundo dos homens. O papel do caminhão é sórdido como o do poeta: é a vida que fica impressa no brim branco do passante; é a vida que deve ser impressa no branco do papel. O poeta aponta, ironicamente, a existência da poesia sem a marca suja da vida, ou seja, a poesia orvalho, cujos assuntos poéticos são os amores cor-de-rosa escritos em versos certinhos e rimados. O quinto verso, muito longo, sujeito de roupa de brim branco engomadinha sugere a típica figura do cidadão que aceita a vida sem qualquer questionamento, cuja roupa atende às convenções sociais. Gabarito Comentado 4. Leia, abaixo, o poema de Carlos Drummond de Andrade e assinale a única alternativa que reflete o sentimento do Eu lírico. Os Inocentes do Leblon Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe imigrantes? trouxe um grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. (Carlos Drummond de Andrade -http://drummond.memoriaviva.com.br/alguma-poesia/inocentes-do-leblon/) Crítica ao tráfico de mulheres Crítica à censura Crítica à elite Crítica ao contrabando Crítica ao tráfico Gabarito Comentado 5. Considere o poema, de Mauro Mota: Arte poética Elabora o poema como a fruta elabora os gomos, a fruta elabora o suco, a fruta elabora a casca, elabora a cor e sobre- tudo elabora a semente. Marque a alternativa que não corresponde a uma possível leitura do poema: Nos dois últimos versos, cor e semente se referem apenas ao poema. No primeiro verso, o verbo elaborar está no imperativo e o sujeito, na segunda pessoa do singular, tu; isso mostra que o poema é dirigido a alguém, a quem o poeta expõe sua concepção de poesia. A apresentação da teoria poética do autor é feita por meio de uma comparação entre o poeta, que faz o poema, e a fruta, que faz o fruto. A primeira palavra do poema já nos introduz a ideia clara de que o fazer poético é um trabalho. Em elaborar, está presente a noção de que arte poética é fruto de uma obra, de um trabalho cuja matéria-prima é a palavra. Gabarito Comentado 6. Leia o poema Sentimento do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade, e responda o que se pede: Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor. Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes. Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis. Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando a recordação dosineiro, da viúva e do microcopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer esse amanhecer mais noite que a noite. Acerca do poema seria inválido afirmar: O eu-lírico do poema, apesar de nos revelar que a realidade sempre nos espanta, visto que é dura e desafiante, faz um apelo para que se deixe de sonhar. O poeta revela, neste poema, uma visão de mundo extremamente pessimista, com um amanhecer mais noite que a noite. Sentimento do mundo pode ser entendido também como um poema sobre o próprio fazer literário (minhas lembranças escorrem), onde os poemas ("escravos") surgem como armas. Os versos da terceira estrofe, indica que apesar da ajuda incompleta dos companheiros de vida (Camaradas), o poeta não consegue decifrar os códigos existenciais e perde, humilde, desculpas. O poeta inicia o poema indicando suas limitações e impotência perante o mundo, nos versos, tenho apenas duas mãos/ e o sentimento do mundo. _1523625953.unknown _1523625957.unknown _1523625959.unknown _1523625960.unknown _1523625958.unknown _1523625955.unknown _1523625956.unknown _1523625954.unknown _1523625945.unknown _1523625949.unknown _1523625951.unknown _1523625952.unknown _1523625950.unknown _1523625947.unknown _1523625948.unknown _1523625946.unknown _1523625941.unknown _1523625943.unknown _1523625944.unknown _1523625942.unknown _1523625937.unknown _1523625939.unknown _1523625940.unknown _1523625938.unknown _1523625935.unknown _1523625936.unknown _1523625933.unknown _1523625934.unknown _1523625931.unknown _1523625932.unknown _1523625930.unknown
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