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Relatorio 1 MECSOLOS 2017 FINAL

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Campus Alegrete
Engenharia Agrícola
Disciplina de Mecânica dos Solos
Prof. DSc Wilber Feliciano Chambi Tapahuasco
Relatório I
Inspeção de Solo
Acadêmicos:
José Carlos Dotta Filho
Lucas Lazzarotto
Abril 2017
Sumário
1. Resumo ……………………………………………………………..3
2. Objetivo ……………………………………………………………..3
3. Materiais utilizados ……………………………………………….4
4. Metodologia ………………………………………………………..5
5. Apresentação dos resultados…………………………………...6
6. Análise dos resultados …………………………………………17
7. Conclusões ……………………………………………………….18
8. Bibliografia ….…………………………………………………….19
1 - Resumo
Este relatório traz como tema de abordagem a inspeção de solo
estudado na disciplina de Mecânica dos Solos, ministrada pelo professor Dr.
Wilber Tapahuasco. Nos dias 25 e 26 de abril de 2017 o grupo se dirigiu a um
terreno ao lado da casa de um dos membros do grupo (Fabiano) para
realização da primeira etapa de aula prática, sendo realizada uma abertura de
poço e coleta de amostra indeformada de solo, conforme instruídos pela norma
NBR 9604/86 - Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com retirada
de amostras deformadas e indeformadas. No dia 29 de março de 2017, no
laboratório de solos da UNIPAMPA foi realizada a segunda etapa de aula
prática, com denominação do teor de umidade do solo coletado, como prescrito
pela norma NBR 6457/86 e também foi realizado o ensaio de Frasco de Areia,
com base na norma NBR 7185/86 – Determinação da massa específica
aparente, “in situ”, com emprego do frasco de areia.
 
 2 - Objetivo
Primeiramente aplicar os aprendizados das aulas teóricas de acordo com as
normas da NBR já citadas e fazer a escavação de um poço com coleta de solo
deformada, determinar o teor de umidade do solo, preparação da amostra de
solo para determinações futuras de sua granulometria, aplicação do método
frasco de areia para a determinação de massa específica in situ, além de
determinação da massa especifica aparente com o emprego do ensaio frasco
de areia.
3 - Materiais Utilizados
Para a primeira etapa na limpeza da área, isto é, remoção da vegetação,
matéria orgânica e escavação do poço conforme a NBR 9604 foi utilizados os
seguintes instrumentos:
Para a segunda etapa no processo de ensaio de estufa conforme a NBR
6457, foi utilizado os seguintes materiais:
Para a terceira etapa na secagem para a umidade higroscópica foi
utilizado os seguintes materiais:
 Para a quarta etapa, o ensaio do Frasco de areia, foi utilizado os 
seguintes materiais:
4 - Metodologia
1ª ETAPA: ESCAVAÇÃO DO POÇO.
O grupo se deslocou até um terreno ao lado da propriedade do nosso 
colega (Fabiano), situada na Avenida Abílio Diniz nº 244, bairro Vila Grande na 
cidade de Alegrete, com elevação de 90m, para coleta de amostragem de solo 
conforme instruções da NBR 9604/86 – Abertura de poço e trincheira de 
inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas.
Conforme instruídos pela norma NBR 9604/86 e aulas teóricas 
ministradas pelo professor, foi delimitada uma área de 4m², destacadas com 
estacas, em área previamente limpa. No centro dos 4m² foi demarcada uma 
área de 1m x 1m, na qual foi escavado o poço. Do 1m² foi retirado os cm 
iniciais, por conta de possíveis resquícios de outros materiais que poderiam 
estar na área. A partir dos 25 cm descartados começamos a escavação do 
poço. O material escavado foi depositado ao redor da cavidade para posterior 
recolhimento e acondicionamento. 
Como proposto pelo professor, deveríamos recolher cerca de 35kg de
solo. Ao atingirmos a quantidade de solo desejada a escavação foi parada e o
solo recolhido e acondicionado em saco de rafia. Do centro da cavidade foi
recolhido 1kg de solo hermeticamente fechado para não perder umidade para
denominações posteriores.
Fotos da Primeira etapa, ESCAVAÇÃO DO POÇO:
Foto 1: Demarcação da área.
Foto 2: Todos integrantes presentes na atividade.
Foto 3: Poço de 1x1 ao centro da área 4x4.
Foto 4: Todos integrantes efetuando a retirada da camada orgânica.
Foto 5: Mostrando a profundidade do poço 1x1.
Foto 6: Todos integrantes presentes ao término da limpeza da área e coleta do solo.
Quando deu-se o término da coleta das amostras, em cumprimento ao
que determina a NBR 9604/ 5.1.16 o poço foi completamente coberto com solo
e o que restou da vegetação, assim com o intuito de impedir a entrada de água
ou mesmo o causar danos aos animais e a pessoas que por ventura ali
passarem.
2ªETAPA: ENSAIO EM SITU. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DE 
SOLOS, ATRAVÉS DE SECAGEM PELO MÉTODO DA ESTUFA.
No laboratório, primeiramente colocou-se a amostra em um recipiente, 
onde esta foi homogeneizada. Logo após, 3 cápsulas foram pesadas na 
balança de precisão, anotando-se seus respectivos valores. Em seguida, as 
cápsulas foram preenchidas com a amostra nº 2 e novamente pesadas. As 
cápsulas com a amostra foram alocadas em uma estufa à 105ºC para perda da
água durante 24 horas. Passado este tempo, as cápsulas foram retiradas e 
pesadas, também tendo seus valores anotados, seguindo a norma NBR 6457. 
Sob a orientação do ministrante da disciplina e a regência através da
NBR 6457, tivemos algumas particularidades. A norma específica que as
capsulas devem ser pesadas com tampa e que a quantidade de solo a ser
colocado nas capsulas deve obedecer um padrão de quantidade de material
em função de dimensões dos grãos. Enquanto o ensaio ministrado pelo
professor Dr. Wilber Tapahuasco, não teve estes parâmetros, por ser tratar de
um ensaio para fins acadêmicos. 
Em relação a aparelhagem o ensaio em situ, o laboratório dispunha de
quase todos os aparelhos para o ensaio, não estando de acordo com a NBR
6457 somente em relação ao dessecador contendo sílica gel, aparelho que que
o laboratório não possuí e que o professor não orientou a usar, pois trata de um
ensaio para fins acadêmicos. Em uma visita ao laboratório para troca de
informações com os técnicos foi passado que não há influência do uso do
dissecador com sílica em gel no resultado do teste de teor de umidade, se a
amostra for pesada logo após sair do forno/estufa, e que devido a isto vários
laboratórios por fazerem o procedimento desta maneira não utilizam o
dissecador com sílica em gel.
Fotos da Segunda etapa, ENSAIO EM SITU. DETERMINAÇÃO DO TEOR
DE UMIDADE DE SOLOS, ATRAVÉS DE SECAGEM PELO MÉTODO DA
ESTUFA:
Foto 7: Preparo do solo na forma metálica já no laboratório
.
Foto 8: Solo já nas capsulas, pesado e pronto para ir para a estufa.
Foto 9: Capsulas com solo, prontas, já na estufa para secarem a 105ºC por 24 horas
.
3ª ETAPA: SECAGEM HIGROSCÓPICA.
O ministrante da disciplina nos explicou em aula e em situ que este tipo 
de secagem tem por objetivo tornar viável o manuseio do solo presente em 
amostras à ensaios de caracterização, a partir da secagem higroscópica.
A amostra nº 1 de solo de 35kg, devidamente identificada foi trazida até
o laboratório de solos para que o professor verifica-se as mesmas, logo foi
levada até uma área coberta ao lado do Laboratório de Mecanização Agrícola
do Pampa - LAMAP, para onde foi colocada em uma bandeja redonda onde foi
levemente destorroada e acondicionada em uma prateleira metálica para
secagem higroscópica para ser melhor manuseada futuramente em práticas
acadêmicas.
4ªETAPA: FRASCO DE AREIA
Primeiramente dentro do laboratório foi montado o conjunto do frasco de
areia(frasco+funil), o frasco foi completado por uma areia de quartzo, a bandeja
foi colocada em uma superfície plana para que o conjunto fosse encaixado no
concavidade da bandeja, logo após o registro do funil foi aberto deixando
escoar areia suficiente para preencher o funil, após cessar, fechar novamente o
registrodo funil e pesar, assim determinando o M3 que nada mais é o
M1(frasco cheio de areia)-M2(frasco sem parte da areia, que preencheu o
funil). Repetiu-se numero de vezes conforme se pede na norma.
M3 é a massa de areia que preencheu o funil. Logo após foi montado
novamente o conjunto com frasco cheio de areia e assim denominado M4. Foi
pego o conjunto montado com peso M4 e colocado sobre um cilindro de
volume conhecido e foi deixado o registro aberto até completar o cilindro, assim
que completado o volume do cilindro o registro foi fechado e o conjunto foi
novamente pesado com a areia restante e o seu peso foi denominado M5, a
massa de areia que preencheu o cilindro foi chamada de M6 e calculada
através da equação M6=M4-M5-M3. Foi calculado a massa especifica da areia
através do M6 dividido pelo Volume do cilindro.
Na sequencia fomos até a área externa atrás do LAMAP, onde foi limpo
um terreno e tornando ele mais plano para que a bandeja pudesse ali ficar
nivelada. Com auxilio de uma mareta e talhadeira foi escavado uma cavidade
cilíndrica no terreno bem no orifício da bandeja. Retirando o solo, o mesmo foi
condicionado em uma bandeja para futuramente ser levado para laboratório
para determinar o teor de umidade. Na sequência foi montado o conjunto
novamente com o frasco cheio de areia sendo denominado M7 e o conjunto foi
instalado na bandeja sobre o solo e o registro foi aberto e assim deixou que
toda a areia escoasse até preencher o funil, o rebaixo da bandeja e o orifício
cilíndrico feito no solo. O conjunto com a areia restante foi pesado e
denominado M8. E para descobrir a quantidade de areia deslocada que
preencheu o funil, o rebaixo da bandeja e o orifício cilíndrico no solo(chamada
de M9) foi feita a seguinte equação: M9=M7-M8. Para descobrir a quantidade
de areia presente somente no orifício cilíndrico no solo(M10) foi feita a seguinte
equação: M10=M9-M3.
Fotos da quarta etapa, FRASCO DE AREIA:
Foto 10: Pesagem do Frasco de areia.
Foto 11: Todo conjunto do Frasco de Areia com a bandeja .
Foto 12: Todos integrantes presentes fazendo a atividade a campo no campus da
universidade, com a coordenação e supervisão do professor Dr. Wilber Chambi
Tapahuasco.
Foto 13: Acadêmicos fazendo a coleta de solo para determinação de umidade do volume
retirado durante ensaio frasco de areia.
CÁLCULOS
Para determinação do teor de umidade, foi usado:
H= (((M1 - M2)/(M2-M3)) *100)
H = teor de umidade, em %
M1 = Massa do solo úmido mais a massa do recipiente, em g.
M2 = Massa do solo seco mais a massa o recipiente, em g.
M3 = Massa do recipiente (cápsula metálica com tampa ou par de vidro de
relógio com grampo), em g.
Para o Ensaio do Frasco de areia, foi feita a risca todo processo dos
cálculos passo a passo conforme a NBR-7185. 
5 - A presentação de Resultados
Foram usados 3 repetições, bem como rege a NBR6457.
Sobre a escavação do poço, foi obtido os seguintes resultados ao que se refere
a teor de umidade:
Foi usado para apresentar os cálculos de umidade do solos, resultados
com aproximação de 0,01%. Assim como rege a NBR6457.
Para determinação do teor de umidade do volume de solo retirado no
ensaio do Frasco de areia usou-se os mesmos padrões:
6 - Análise de Resultado 
Com base na metodologia e resultados obtidos, podemos identificar em
comparação as normas seguidas NBR 9604 (Abertura de poço e trincheira de
inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas) e
NBR 6457 (Amostras de solo – Preparação para ensaios de compactação e
ensaios de caracterização) com o que foi realizado nas aulas práticas. 
Tendo em vista que a prática teve fins acadêmicos, podemos observar
alguns passos que não se fizeram necessários a serem executados, bem como
o número de sondagens indicadas a serem feitas em um terreno, que seria
uma para cada 200m², para um maior conhecimento acerca das condições
geotécnicas do subsolo, também não foi preciso o uso de alguns materiais
assim como a corda para suporte do sarrílho, pois não foi escavado mais que
2m de profundidade, não sendo necessário a entrada e saída dos poceiros, e
as amostras foram retiradas manualmente com a ajuda de uma pá. Assim
como não foi preciso atingir o nível da água, uma vez que foi retirado apenas
35kg de solo, que foi preciso ser escavado 25cm de profundidade, sendo que
8cm foi de matéria orgânica. Outro parâmetro de aferição, é a condição de
conclusão do poço nos seguintes casos. Segundo a (NBR 9604) a) quando
atingir a profundidade prevista pela programação dos trabalhos; b) quando
houver insegurança para a continuidade dos trabalhos; c) quando ocorrer
infiltração acentuada de água que torne pouco produtiva a escavação e não for
imprescindível sua continuidade. E d) quando ocorrer, no fundo do poço,
material não escavável por processos manuais. Onde foi seguido a condição
de conclusão do poço “a”, pois o objetivo foi extrair 35kg de solo, sendo assim
após atingir este parâmetro, o poço foi concluído.
No que se refere ao teor de umidade, ao comparar a execução feita no
laboratório com a NBR 6457, a única diferença que pode-se notar, foi a
ausência de tampas para as capsulas metálicas, que são utilizadas para o
condicionamento das amostras para a pesagem e secagem na estufa. Quanto
ao resultado da elevada umidade do solo, o solo por apresentar uma parte
mais baixa com relação a rua e aos terrenos a sua volta, se mostrou na
profundidade de 25cm bastante úmido.
No que se refere ao Frasco de Areia a pratica foi conduzida pelo
professor, onde se seguiu praticamente tudo a risca conforme a norma. Com
relação aos resultados mostrou-se um método bastante prático e preciso dada
as devidas circunstâncias, no que se refere a uma possível futura atuação em
campo de obras e investigação de solo. Relacionado aos valores obtidos nota-
se que é um solo com uma umidade bem mais baixa com relação ao poço que
foi escavado pelos discentes, sendo um solo muito melhor de ser trabalhado.
7 - Conclusões
 Conclui-se que que este relatório foi de grande vália, pois cumpriu seu
principal objetivo, que para fins acadêmicos, era demonstrar tanto na pratica a
campo, como em situ, a real noção de como é uma investigação de solo. E ao
mesmo tempo aguçando o conhecimento e o senso crítico sobre a forma de
como foi orientado e estava sendo feito, em comparação as formas que se
deveriam ser feitos profissionalmente ou para projetos científicos, obedecendo
normas técnicas regentes para o mesmo. Tanto a escavação do poço, quanto o
teste de umidade em situ, umidade higroscópica, frasco de areia e no
aprendizado a campo com o próprio professor efetuando o teste conosco.
8 - BIBLIOGRAFIA
ABNT NBR 9604/1986 – Abertura de Poço e Trincheira de Inspeção em Solo, com
Retirada de Amostras Deformadas e Indeformadas. 
ABNT NBR 6457/1986 – Amostras de solo - Preparação para ensaios de compactação e
ensaios de caracterização.
ABNT NBR 7185/1986 – Solo - Determinação da massa específica aparente, IN SITU, com
emprego do frasco de areia
DAS, Braja M. Fundamentos da Engenharia Geotécnica – tradução da 6ª ed. Norte-
americana, ed. Thomson, 2007
PINTO, Carlos S. Curso Básico de Mecânica dos Solos – 2ª ed. Oficina de Textos, São
Paulo. 2002
TAPAHUASCO, Wilber F. C. Unidade 1 – Mecânica dos Solos I – Índices Físicos.
Unidade 1 Solos na Engenharia – Mecânica dos Solos I – Engenharia Agrícola – Moodle
Universidade Federal do Pampa – campus Alegrete.

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