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ATPS ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (CEAD)
Administração – 6º semestre
Alessandro Barrocal 341185
Felipe de Carvalho Matos					 341186
Midiã Gomes da Silva 337102
Noriyuki Kanai 	 337113		 
Simone Domingues da Costa 336487
 
Pilar do Sul/SP
Setembro/2013
Curso: Administração
Disciplina: Administração Financeira e Orçamentaria
Turma N60- 6º semestre
Relatório apresentado como atividade avaliativa da disciplina de Tecnologias de Gestão do Curso de Logística do Centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera-UNIDERP, sob a orientação do professor a distância (EAD) Profº Tutor Luiz Manuel
 Palmeira e Tutora Presencial: Tatiane Dias de Góes Oliveira.
Pilar do Sul/SP
Setembro/2013
Sumário
Introdução........................................................................................ 04
Empresa – Móveis Bartira ............................................................. 05
Planejamento, Predição e Previsão ............................................... 10
Definição de ERP ( Enterprise Resource Planing) ...................... 12
5 S ..................................................................................................... 17
Conclusão ........................................................................................ 19
Bibliografias .................................................................................... 21 
Introdução
A administração de Produção e Operações evoluiu até sua forma atual através da combinação de práticas consagradas do passado, adaptando-se aos desafios de cada era, a fim de buscar novas formas de gerenciar o sistema de produção. Os principais acontecimentos que contribuíram para seu desenvolvimento foram Revolução Industrial, O Período Pós Guerra Civil e A Administração Científica. 
Dentre as áreas funcionais de uma empresa industrial, o setor de produção é o mais pressionado. As causas dessas pressões são inúmeras e vem, principalmente, como resultado da evolução concorrencial cada vez mais dinâmica, que por sua vez responde aos desafios lançados por uma sociedade sempre mais globalizada e também em constante mutação. 
Os aspectos externos induzem outros, que acabam sinalizando às empresas necessidades de mudanças em seu ambiente interno. Tais influências e necessidades associadas são resultantes do assim chamado por muitos novos paradigmas de produção. Em função disso é que surgiu uma nova tarefa, antes inexistente, de se examinar e definir continuamente o sistema de gestão de produção, em consonância com as exigências típicas das variações contextuais que vão ocorrendo. 
Grande parte das empresas industriais ou serviços enfrentam, nos dias de hoje, uma concorrência internacionalizada, além das já existentes em seu país de origem, tendo que experimentar assim, o sabor da concorrência em um mercado ampliado, em nível mundial. 
Nos últimos tempos, temos experimentado uma verdadeira invasão de empresas multinacionais de todas as partes do globo, que são atraídas não só pela beleza de nosso país, mas principalmente pelo interesse no enorme potencial de nosso mercado consumidor. 
Neste contexto, o grande desafio dos gerentes de produção, é buscar novas formas para o sistema de produção organizacional, de modo a obter vantagem competitiva na empresa e torná-la lucrativa e duradoura.
Empresa 
Nome da Empresa :Indústria de Móveis Bartira. 
Localização: São Caetano do Sul - SP, na atual área fabril de 110 mil m². 
Tipo de Segmento em que atua: Móveis em geral. 
Porte: Grande Porte. 
Produtos Comercializados: Dormitórios, cozinha, criados/cômodas, racks/estantes. 
Público-alvo: Lojas de atacado e varejo mais de 31 milhões de clientes (Casas Bahia e Ponto Frio ). 
Nome e cargo do contato: Fernanda Morales Bittencourt – Gerente de Operações.
Bartira em Números: 
* Mais de 100 mil m2 de área construída. 
* Produção mensal de mais de 100 mil dormitórios; 180 mil módulos de cozinha e 30 mil estantes e racks. 
* Volume de chapas de madeira utilizados em 1 ano atinge mais de 26 milhões de m2, o equivalente a quase 200 estádios do Maracanã. 
* Mensalmente, mais de 1200 carretas seguem para os Centros de Distribuição da rede carregadas com os móveis Bartira. 
* Produção anual de 4 milhões de itens.
Sistema de Produção Móveis Bartira 
Os significativos investimentos realizados para expansão e otimização da capacidade de produção de Móveis Bartira, tem resultado em um processo produtivo extremamente flexível e adequado às exigências de mercado. O processo Industrial dos Móveis Bartira é dividido da seguinte forma: 
ENTRADA: 
A madeira maciça é a primeira matéria-prima utilizada na fabricação de móveis. Utilizamos madeira que tem como características a beleza de suas diferentes fibras e colorações, alta resistência física e mecânica, durabilidade e usinabilidade que possam ser emoldurada, torneada ou entalhada. A exemplo do mogno, virola, sucupira, cedro, ipê, cerejeira, araucária, jatobá, carvalho, andiroba, imbuia, etc. As quais depois de serradas subdividem em madeira compensada, obtida através da montagem de lâminas de madeira dispostas perpendicularmente, unidas por adesivo a base de uréia e formol, o que propicia grande resistência física e mecânica. 
PROCESSAMENTO: 
Corte 
Os móveis são produzidos a partir de painéis de madeira aglomerada crus ou revestidos. Nesta etapa, os painéis são seccionados de acordo com o processo de fabricação do produto. As máquinas utilizadas neste processo possuem alta tecnologia alemã (Homag); 
Pintura 
As partes internas e externas dos produtos passam pelo processo de pintura impressão especial, para uniformizar os padrões de cores. As máquinas utilizadas neste processo possuem tecnologia italiana (Maclinea); 
- Colagem de Borda 
As bordas, parte do processo de acabamento do móvel, revestem partes expostas do painel de madeira aglomerada. As máquinas utilizadas neste processo possuem tecnologia alemã (Homag); 
- Furação 
Processo para permitir a futura fixação das partes e montagem do móvel; 
- Pintura e Impressão 
Alta tecnologia de acabamento para garantir o máximo de brilho e beleza aos seus produtos, interna e externamente. As máquinas utilizadas neste processo possuem tecnologia italiana (Maclinea). 
3 – SAÍDA: 
Embalagem 
Neste processo, o móvel e a própria embalagem são submetidos à última inspeção de qualidade do processo de fabricação. Os móveis Bartira recebem uma embalagem de papelão com a devida proteção dos mesmos. 
A precisão e qualidade dos produtos Bartira é assegurada pela alta tecnologia das máquinas e equipamentos da linha de produção e, também, pelos diversos pontos de inspeção de qualidade durante o processo. Assim após os processos de embalagens são encaminhados aos seus representantes. 
Principais conceitos sobre o Consórcio Modular 
"Procuram-se investidores para trabalhar em parceria num consórcio. Além de capacidade técnica comprovada deverão atuar individualmente em suas áreas de especialidade, garantindo o cumprimento integral de prazos e especificações. Cada parceiro será responsável por todos os custos direta ou indiretamente envolvidos em sua área de atuação, sendo os resultados obtidos, rateados proporcionalmente a participação de cada um." 
O conceito do consórcio modular foi escolhido para estruturar o processo de fabricação na recém inaugurada fábrica de caminhões da Volkswagen em Resende. Ele reúne numa mesma fábrica 7 grandes empresasde autopeças, especialistas em cada etapa do processo produtivo. Operando sob o mesmo teto, com políticas integradas e decisões por consenso, se objetiva alcançar maior valor agregado ao produto fornecido, sendo a Volkswagen a aglutinadora e líder do consórcio. 
Neste conceito inovador a posição de fornecedor é substituída pela do parceiro, e o faturamento imediato substituído pelo lucro pós venda. O consórcio objetiva formar equipes flexíveis, otimizando os recursos disponíveis, para maximizar resultados, num modelo de alta competitividade. 
Colocando de lado a concepção bem estruturada, surge a seguinte questão: Como operar de forma eficaz o consórcio, eliminando as interfaces inerentes deste modelo? 
Não querendo entrar nos aspectos legais, sindicais e políticos, nos permitimos fazer uma reflexão sobre a operacionalização da logística de materiais que deveria respaldar este processo. 
Nenhum dos sete consorciados possuiu estrutura verticalizada que lhes permita assumir integralmente todos os produtos que fazem parte integrante do seu módulo. Só para exemplificar um consorciado que tenha a responsabilidade do fornecimento e montagem de instrumentos elétricos, terá necessariamente que instalar, por sinergia, faróis, lanternas, luzes de iluminação e sinalização. Como tal dependerá do fornecimento de componentes de outros fabricantes de autopeças. 
Surgirão adicionalmente de 6 a 10 novos fornecedores parceiros, num total de aproximadamente 56 empresas satélites, que farão parte indireta do consórcio em segundo nível. 
Neste ponto surge a dúvida: Como integrar 56 empresas parceiras para fornecer componentes acabados, com entregas just-in-time? Sem um sistema eficaz, entregando componentes no ponto de uso, no momento da real necessidade, o JIT será aplicado na base do Jesus-is-Time. Nesta situação os produtos serão inevitavelmente transferidos ao pátio, incompletos, ou será montado o caminhão Frankenstein, ou seja, aquele com chassis de um modelo, cabine de outro e faróis de um terceiro. 
O Sistema Logístico de Materiais assumiu nos dias de hoje aspecto estratégico no processo produtivo. Com a globalização da economia e as fontes de abastecimento mundiais, o que importa é o fornecedor confiável, com custo adequado e qualidade compatível, não fazendo diferença em que parte do mundo ele se localize. Entretanto, sem uma logística eficaz, o que poderia representar vantagem competitiva, passa a ser prejuízo, na medida em que os produtos atrasam, gerando interrupções imprevistas nas linhas de montagem. 
A eficácia de um sistema logístico está relacionada com a cadência de uso dos produtos na linha de montagem, maior a regularidade de consumo, melhor frequência das entregas e mais reduzidos os níveis de estoque. O balanceamento do processo se faz da montagem do produto final para a fabricação dos componentes nos fornecedores. 
Além disso, os lotes de componentes têm que ser modularizados em quantidades proporcionais a fração do consumo diário, de forma a cadenciar o consumo por unidade de tempo. 
As embalagens devem ser desenvolvidas garantindo o acondicionamento dos componentes, sem risco de danos, desde o inicio da fabricação ao ponto de uso, preferencialmente retornáveis, eliminando calços e proteções de papelão que não agregam valor ao produto. 
Finalmente, o transporte dos produtos deve ser adequado com movimentação rápida e simples, eliminando tempos ociosos de carga e descarga. 
Estratégias de Manufatura 
O conceito de estratégia, tanto em operações como em serviços, vem evoluindo desde as contribuições de Skinner (1969). Considerado precursor da Estratégia de Operações, afirmou, em seu artigo seminal, que não havia ligação entre a estratégia da corporação e a função manufatura. 
De acordo com Corrêa e Corrêa (2004), a estratégia de operações envolve o desenvolvimento, em longo prazo, dos processos e recursos que permitem a criação de competências, para que a organização alcance níveis sustentáveis de vantagens competitivas. O objetivo da estratégia de operações é: 
 Garantir que os processos de produção e entrega de valor ao cliente sejam alinhados com a intenção estratégica da empresa, quanto aos resultados financeiros esperados e aos mercados a que pretende servir e adaptados ao ambiente em que se insere. (CORRÊA e CORRÊA, 2004, p. 56) 
Previsão de vendas 
A previsão de vendas é à base de todo o plano de marketing. Uma previsão fundamentada no potencial das vendas para o mercado baseia-se nas futuras necessidades dos clientes, e constitui uma medida das necessidades do mercado para um período de tempo definido no futuro. 
Permite o dimensionamento de infraestruturas, o aprovisionamento de produtos, a contratação ou redução de recursos humanos, decidirem sobre a eventual viabilidade de investimento num determinado negócio. 
Uma boa previsão de vendas deve ter em conta todo o circuito de transformação e distribuição posterior à saída da fábrica. Na fase de crescimento deve-se ter em consideração os efeitos de pipe-line oriundos da constituição de stocks e incorporação no ciclo de transformação, podendo conduzir a terríveis efeitos atuando uma redução de vendas repentina ao cliente final devido, por exemplo, alterações das circunstâncias econômicas. Este problema foi diminuído através da adoção do just-in-time. No caso de bens de consumo, a escolha de informação sobre stocks e vendas a clientes finais é frequentemente realizada com recurso das empresas especializadas para o efeito. 
O processo de previsão pode seguir duas vias alternativas: 
Previsão direta das vendas da empresa por adição das compras previstas dos clientes (previsão importante no âmbito do marketing organizacional) 
Previsão das vendas partindo da avaliação da procura em termos globais (previsão frequente no âmbito dos bens de consumo). 
É necessário que a previsão de vendas seja feita com cautela, pois o impacto nos demais departamentos é bastante expressivo e influencia os setores de produção, recursos humanos, finanças e a maioria dos outros departamentos da empresa. 
Uma vez que o administrador de vendas já tenha um quadro geral do seu mercado de atuação, ele deverá fazer uma previsão do que poderá ocorrer no período a ser planejado. O período que o planejamento compreende poderá ser mensal, anual ou qualquer outro, dependendo da administração e da situação ambiental. 
Planejamento, Predição e Previsão 
Planejamento: Processo lógico que descreve as atividades necessárias para atingir os objetivos. 
Predição: Processo de determinação de acontecimentos futuros com base em dados subjetivos. 
Previsão: Processo metodológico para determinação de acontecimentos futuros, baseados em modelos estatísticos, matemáticos e econométricos, mesmo modelos subjetivos porem com uma metodologia clara e pré-definida. 
Síntese Previsão de vendas: O sistema de previsão de vendas é o conjunto de procedimentos de coleta, tratamento e análise de informações que visa gerar uma estimativa das vendas futuras, medidas em unidades de produtos em cada unidade de tempo.
Detalhamento das etapas do ciclo da Administração de Materiais 
Necessidade do Cliente: aqui se inicia o ciclo porque o cliente é fator determinante da quantidade a ser produzida pela empresa. Como? As pesquisas de mercado que determinam o Market share (fatia de mercado) são indicadores de demanda, os dados históricos (estatísticos) são indicadores de venda, assim como as informações constantes do planejamento estratégico, as vendas realizadas por consultores de venda, representantes, distribuidores e, mesmo, os pedidos de compra encaminhados pelos clientes à empresa. 
Análise ( Sinal de demanda ): com base nas informações recebidas do cliente, etapa 1, a área de gestão de materiais consolida as informações e chega ao total a ser produzido, em comum acordo com a área de produção da empresa num sistema de produção puxada (filosofia Just-in-time – JIT) ou empurrada. Ao se determinar o quanto produzir é possível determinar os quantitativos de matéria-primae os demais insumos de produção. 
Reposição de Materiais: como a empresa dispõe dos dados e das condições oferecidas por cada um dos fornecedores, ela analisa o que é mais importante naquele momento para decidir sobre a compra. O que é mais importante naquele momento de fechar a compra dos insumos e matéria-prima: O preço? O prazo de entrega? As condições parceladas de pagamento? Cada empresa vive realidades momentâneas diferentes em determinados momentos. Às vezes, o preço a vista é melhor do que a prazo, mas ela vai decidir esta questão em função do seu fluxo de caixa, e às vezes opta por um preço maior, mas que será parcelado em algumas duplicatas. Diante destas questões que envolvem o processo decisório, a empresa toma uma decisão mais favorável e confirma a compra. A confirmação da compra é feita por um pedido formal, onde deve estar escrito e especificado detalhadamente todos os itens e as quantidades a serem adquiridas, pois, só assim, poderá realizar uma conferência minuciosa dos itens na recepção quando os mesmos forem entregues pelo fornecedor. Havendo um pedido formalizado por escrito o pessoal do almoxarifado irá saber se de fato a sua empresa realmente comprou aqueles itens, bem como realizar a conferência das especificações dos itens realmente adquiridos. No momento em que a empresa oficializou a compra, ficou definido de quem seria a responsabilidade do pagamento do transporte dos produtos adquiridos, em função do preço negociado (CIF ou FOB) e esta situação precisa estar clara na nota fiscal para que o produto comprado seja contabilizado pelo custo real de aquisição. 
Recebimento e armazenagem: esta atividade é realizada na plataforma da empresa que está recebendo o produto comprado. Neste ato, os conferencistas usam o pedido formal de compras para conferir especificações técnicas, preço, as condições de pagamento, a qualidade. No ato da conferência, aqueles itens que, por ventura, não foram comprados não podem ser recebidos pela empresa e devem ser devolvidos, assim como os itens que não estão dentro dos padrões especificados no pedido da compra. É preciso checar se a qualidade, prazo de validade estão dentro das conformidades. 
Movimentação interna: trata-se das operações de recebimento, após a conferência do pedido, de todos os itens adquiridos que são encaminhados para o controle de qualidade e entregues ao almoxarifado para que os produtos sejam depósitos e lançados no estoque para serem, posteriormente, utilizados no processo produtivo. Trata-se da liberação dos itens (matéria-prima e demais insumos de produção) para a linha de produção, mediante as requisições solicitadas pelo planejamento e controle da produção (PCP), atendendo as respectivas quantidades e especificações solicitadas. Produção é o ato propriamente dito de manufatura, onde ocorre o processo de agregação de valor ao produto, onde se inicia com a entrada de todos os insumos, matéria-prima e os demais recursos produtivos (recursos de input). Após o transcorrer do processo produtivo tem-se o produto acabado (output). 
Armazenagem do produto acabado: após a produção, geralmente o produto vai para ser armazenado, cujo depósito fica sob os cuidados do pessoal da expedição. Por questões de redução de custo, o ideal é que os produtos sejam expedidos para o cliente logo após o final da produção. Nem sempre é possível, por questões operacionais. 
Logística ( Expedição/Transporte ): trata-se da atividade logística que realiza todo o trabalho de controle de atendimento dos pedidos de venda. A expedição cuida de organizar a emissão da nota fiscal de venda e entregar os produtos acabados ao transportador, bem como providenciar o seguro dos produtos. Transporte é a atividade responsável em realizar a entrega do produto vendido ao cliente. 
Pós-venda: esta atividade pode ocorrer de várias formas: a primeira é quando o pessoal de marketing da empresa, serviço de atendimento ao cliente (SAC), liga para o cliente para saber se tudo foi entregue conforme o seu pedido, se eles estão satisfeitos, se tem algum problema, etc. Segundo, é quando a empresa compradora liga para a empresa vendedora para obter informações adicionais sobre o seu pedido e, terceiro, é quando é acionado o serviço de assistência técnica é acionado para realizar reparos, consertos e outras atividades realizadas ao serviço de atendimento quando o produto apresenta problemas de fabricação.
Definição de ERP (Enterprise Resource Planning) 
ERP é como as próprias iniciais o dizem: Planeamento de Recursos Empresariais, ou seja, é um sistema de informação que atua numa estrutura para integrar e automatizar muitos dos processos de negócios que devem ser realizados pelas funções de produção, logística, distribuição, contabilidade, finanças, recursos humanos, entre outras funções dentro de uma empresa. 
Em geral ERP é um software que é utilizado para integrar os mais diversos departamentos numa empresa. 
Os ERP caracterizam-se como sistemas de informações gerenciais que têm como objectivo principal a integração, consolidação e aglutinação de todas as informações necessárias para suportar as necessidades de informação para a tomada de decisão gerêncial de um empreendimento (CORREA et. al. 2001 e PADOVEZE, 2003). 
Segundo Schimidt Neto (2005), os distemas ERP foram desenvolvidos como uma consequência natural do processo de globalização que causou impactos directos nos sistemas de informação de gestão de empresas, conduzindo assim à necessidade de se mudar o foco dos seus produtos e serviços com que existisse uma gestão de recursos internos, para assim existir uma solução virada ao ambiente externo da empresa e para inteligência de negócios. 
Segundo Constantinides e Spathis (2004), numa pesquisa realizada a 26 empresas na Grécia, permitiu verificar que com a implantação dos sistemas ERP foi possível reduzir os custos, aumentar as vendas e facilitar as decisões de gestão dos processos e das operações. Apontou, ainda, que, entre as mudanças mais consideráveis na contabilidade estão as maiores possibilidades de gerar informações em tempo real, sobretudo as informações que podem incidir com tomada de decisões, em função da significativa diminuição do tempo necessário para criar os relatórios. 
Vantagens de um sistema ERP 
Algumas vantagens de um sistema ERP: 
• Reduzir custos; Eliminar o uso de interfaces manuais; Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência); Otimizar o processo de tomada de decisão; Eliminar a redundância de atividades; Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado ou seja minimizar o tempo de resposta a clientes e fornecedores; Reduzir as incertezas do lead-time; Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos processos internos da empresa; Menor volume de digitação; Maior transparência nas atualizações; Informações on-line; Redução de fraudes; Maior integridade dos dados. 
Desvantagens de um sistema ERP: 
Algumas desvantagens de um sistema ERP: 
• A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada; Altos custos que muitas vezes não comprovam o custo/beneficio; Dependência do fornecedor do pacote; Adopção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de um segmento; Redução do pessoal que gera problemas sociais; Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do módulo anterior. Logo as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real (on-line), ocasionando maior trabalho; Excesso de controlo sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à mudança e pode gerar desmotivação por parte dos funcionários. 
Alguns dos Fatores Críticos de Sucesso: 
• Infraestrutura adequada; Apoio da direção; Planejamento adequado; Definição clara das necessidades; Expectativas realistas; Marcos intermediário; Equipes competentes; Comprometimento; Ter uma visão clara dos objetivos que se querem cumprir. 
Móveis Bartira – ERP Moveleira 
Qual sistemautilizado e quais módulos ele abrange? 
O Sistema Integrado para Indústria Moveleira foi elaborado a partir das necessidades da empresa do ramo de fabricação de Moveis que utilizam a matéria-prima em madeira na fabricação dos seus produtos, e precisam economizar o tempo com a informatização, agilizando os processos existentes na empresa. Desenvolvemos uma linha de produtos específicos e personalizados, tendo como destaque o sistema ERP Moveleira, usando todo o processo da entrada da madeira ate a saída do móvel pronto. 
O Sistema ERP Moveleira controla desde o primeiro contato com seu fornecedor de matéria-prima até a expedição do produto acabado para o cliente, ordem de fabricação, passando por todos os processos administrativos na empresa. O sistema controla o processo de produção e fabricação dos produtos com código de barras, bem como a emissão de notas fiscais eletrônica, pedidos, pagamento, recebimentos e vendas no período. Eliminando os processos de apontamentos manuais em papel, e planilhas em Excel o Sist ERP Moveleira irá controlar e agilizar o trabalho de toda a rotina dos produtos fabricados pela empresa. 
O sistema é eficaz e de utilidade para a empresa? 
Sim, com a competitividade do mercado, necessitamos de ferramentas que facilitem o processo de forma que ele se torne cada dia mais eficiente e moderno. Após a implantação do ERP Moveleira a empresa estudada aumentou muito o seu nível de transparência nos processos e agilidade, mas para obter sucesso foi fundamental analisar e alinhar os seguintes itens: 
• Gestão centrada nos clientes; Foco nos resultados; Comprometimento da direção; Responsabilidade social; Valorização das pessoas; Visão de futuro de longo alcance; Gestão baseada em processos e informações; Ação pró-ativa e resposta rápida; Aprendizagem contínua. 
O sistema é utilizado em sua totalidade? 
Hoje podemos dizer que sim, porém, na implantação, a empresa optou em fazê-la por módulos, para que houvesse treinamento específico e maior gerenciamento. Como toda inovação houve problemas no início, porém, foram entendidos e resolvidos, onde, a empresa muitas vezes obteve a ajuda do próprio sistema. 
Os funcionários são treinados e entendem de todos os processos? 
Como foram mencionados acima, os colaboradores passaram por treinamentos específicos na implantação com a empresa que desenvolveu o sistema, e agora juntamente com o Departamento de Treinamento – RH é desenvolvido treinamentos contínuos. 
Síntese – ERP 
História 
Foi na década de 50 quando se deu o inicio dos conceitos modernos de controlo tecnológico e gestão corporativa, a tecnologia existente na época baseava-se nas gigantescas “mainframes”. A automatização era bastante cara e lenta. 
No inicio da década de 70 verificou-se uma expansão econômica e maior disseminação computacional que viria a provocar o aparecimento dos MRP’s (o avô dos ERP’s), MRP (Material Requirement Planning [Planeamento das requisições de materiais]) que tinham como missão possibilitar o planeamento do uso de matérias-primas e administração das mais diversas etapas dos processos produtivos. 
A década de 80 seria o continuar da evolução que marcou o início das redes de computadores ligados a servidores (eram assim mais baratos e mais fáceis de utilizar). Os MRP’s passam a MRP’s II (Manufacturing Resource Planning – Planeamento dos Recursos de Manufatura). Na prática estes MRP’s II já podiam designar-se de ERP pela abrangência de controlos e a sua forma de gerência. 
Assim sendo o nome de ERP ganharia nos anos 90’ bastante força graças em grande parte a evolução das redes de comunicação entre computadores e também por ser uma ferramenta importante na gestão de vários sectores. 
A evolução foi tal que a segunda metade da década ficou marcada pelo enorme “boom” de vendas dos programas de gestão existentes. 
Importância das ERP para as empresas 
No mundo moderno em que vivemos os desafios que muitas vezes as empresas enfrentam e também a complexidade das relações profissionais com que se deparamos dificultam cada vez mais a gestão por parte de executivos e superiores. Tendo este cenário, o aumento da competição entre organizações é um facto que é decisivo para a sua sobrevivência e possível triunfo no mercado. 
As empresas devem ter como principais objetivos satisfazer as necessidades do mercado quanto ao fornecimento de produtos e serviços em condições de preço adequado e uma qualidade cada vez melhor, procurando deste modo a que se antecipem a outras empresas, desta mesma forma faz com que o mercado se reabasteça, o que faz com que o seu leque de necessidades seja maior e assim as empresas tem que ir em busca de novas tecnologias. 
As tecnologias que vão em busca têm como grande missão melhorar os seus processos e eliminar os seus desperdícios, ou seja tecnologias que modernizem a sua gestão, pois o principal objetivo de uma boa gestão é ter poucos custos e bons lucros. Quando as empresas conseguem fortalecer-se no mercado com novas tecnologias tornam-se também referências para outras que vão querer também experimentar os novos modelos de gestão. 
Técnicas Japonesas 
Veremos a importância das técnicas japonesas utilizadas nas indústrias em gerais, em como ela ajuda no andamento da organização, e quais são os problemas que podem ocorrer usando essas técnicas, em especiais veremos algumas técnicas como 5s, Kaizen, Poka-yoke e Manutenção Produtiva Total, comentando um pouco delas, e com um exemplo de empresa se ela trabalha com alguma técnica japonesa. 
5 S 
Criado no Japão após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de auxiliar na reconstrução e reestruturação do país que necessitava reorganizar suas indústrias e melhorar a produção devido à alta competitividade do mundo pós-guerra, o programa 5S é uma ferramenta administrativa que auxilia na implantação da qualidade, organização e otimização do ambiente de trabalho e dos processos nas empresas. 
O Programa 5S é assim chamado devido a primeira letra de 5 palavras japonesas: Seiri (utilização), Seiton (ordenação), Seiso (limpeza), Seiketsu (higiene) e Shitsuke (autodisciplina). O programa tem como objetivo mobilizar, motivar e conscientizar toda a empresa para a Qualidade Total, através da organização e da disciplina no local de trabalho. 
Para facilitar a memorização, o SEBRAE utiliza outra sigla para ensinar estes conceitos em português. É o programa De OLHO: 
De=> de Descarte 
O=> de Organização 
L=> de Limpeza 
H=> de Higiene 
O=> de Ordem mantida 
A metodologia possibilita desenvolver um planejamento sistemático, permitindo de imediato maior produtividade, segurança, clima organizacional e motivação dos funcionários, com melhoria da competitividade organizacional. 
Os propósitos da metodologia 5S são de melhorar a eficiência através da destinação adequada de materiais (separar o que é necessário do desnecessário), organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a manutenção e melhoria do próprio 5S. 
Kaizen 
A expressão japonesa “Kaizen” significa mudar (“kai”) para melhor (“zen”). Portanto este termo está associado aos métodos que buscam a melhoria contínua dos processos. 
Estes métodos, executados em ritmo extremamente veloz por equipes multidisciplinares, tem como principal foco a identificação e eliminação de desperdícios existentes nos processos, o que possibilita um aumento drástico de produtividade e qualidade, traduzidos em melhorias como: redução dos tempos de processamento, ganho de espaço físico, redução de estoques em processo, ganho de capacidade produtiva, melhoria da qualidade dos produtos e redução dos custos. 
Para o Kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma melhoria tenha sido implantada, seja ela na estrutura da empresa ou no indivíduo. O Sistema de produção da Toyota é conhecido pela sua aplicação do princípio do Kaizen. 
Para o Kaizen, trabalha-se e vive-se de forma mais equilibrada e satisfatória possível, se pelo menos três quesitos forematendidos: estabilidade financeira e emocional ao empregado, clima organizacional agradável e ambiente simples e funcional. 
Poka-yoke 
Poka-yoke é um dispositivo a prova de erros destinado a evitar a ocorrência de defeitos em processos de fabricação e(ou) na utilização de produtos. Conceito que faz parte do Sistema Toyota de Produção e foi desenvolvido primeiramente por Shigeo Shingo, a partir do princípio do "não custo". Um exemplo é a impossibilidade de remover a chave da ignição de um automóvel se a sua transmissão automática não estiver em "ponto morto", assim o motorista não pode cometer o erro de sair do carro em condições inseguras. 
Segundo Shingo (1996, p.55), inspeção sucessiva, auto inspeção e inspeção da fonte podem ser todas alcançadas através do uso de métodos Poka-yoke. O Poka-yoke possibilita a inspeção 100% através de controle físico ou mecânico. Quanto às funções de regulagem do Poka-yoke há duas maneiras onde ele pode ser usado para corrigir erros: 
• Método de Controle: Quando o Poka-yoke é ativado, a máquina ou linha de processamento para, de forma que o problema possa ser corrigido. 
• Método de advertência: Quando o Poka-yoke é ativado um alarme soa ou uma luz sinaliza, visando alertar o trabalhador. 
Manutenção Produtiva Total 
A Manutenção Produtiva Total (em inglês, Total Productive Maintenance - TPM) é um conceito de manutenção industrial que engloba todos os departamentos de uma empresa ou indústria. Para que as ações de Manutenção Produtiva Total obtenham sucesso, é imprescindível o engajamento total de todos os funcionários, desde o setor de manutenção, passando por supervisores, gestores, técnicos, equipe administrativa, financeira, de marketing e todos os demais. A MPT tem o objetivo de envolver todos os níveis e funções em uma organização para maximizar a eficácia global dos equipamentos de produção. Este método abrange os processos e equipamentos existentes em uma planta industrial, sempre com o intuito de reduzir falhas em máquinas, acidentes de trabalho e possíveis perdas na produção. 
Embora seja muito simples, MPT é um sistema revolucionário de manutenção perma¬nente que transforma as empresas. MPT é um programa que delega aos operadores a responsabilidade de conservar em boas condições de funcionamento os recursos. 
MPT ensina como prevenir quebras e como reparar em poucos minutos. 
MPT é uma necessidade após a implementação dos 5 “S” e Housekeeping. 
Qualquer empresa, de qualquer tamanho, pode melhorar com a implementação da MPT. Fornecedores para indústria automobilística, fabricantes de eletrodomésticos, máquinas e ferramentas nas indústrias de processo, siderúrgicas, de cimento, químicas, alimentícias, de papel e celulose, cerâmicas, farmacêuticas, de borracha, vidro, alumínio, petroquímicas, têxteis, gráficas, entre outras. 
Móveis Bartira – Técnicas Japonesas ( 5S ) 
Na empresa Móveis Bartira, hoje é utilizada a técnica do 5S, após, a implantação foi desenvolvida e integrada na “Cartilha do Colaborador”, documento que contém regras, dicas, e posições da empresa em relação a várias dúvidas e questões do dia a dia, as dicas referentes aos sistema 5S implantado, que são: 
Quais as 5 dicas básicas para a implantação e manutenção do Programa 5S na empresa Móveis Bartira? 
Comprometimento: prazos devem ser definidos para a conclusão de cada etapa do programa e todos devem estar comprometidos em assumir uma nova atitude. Cada um, melhor do que ninguém, sabe quais as mudanças que precisam ser feitas em seu próprio ambiente. Deve haver liberdade e encaminhamento para as sugestões de melhoria que surgirem. 
Comunicação: o ideal é trabalhar uma campanha de comunicação interna de impacto, motivadora e de fácil assimilação. As pessoas precisam entender qual a essência do programa e a simplicidade de sua filosofia, que pode ser aplicada em qualquer lugar. Precisam ser sensibilizadas em relação ao ganho em qualidade de vida com a implantação do programa 5S. 
Adesão exemplar: é importante que todos, de todas as escalas da hierarquia, participem, demonstrem interesse e respeito ao programa. O exemplo vem de cima. 
Fazer bem feito: o senso seguinte só deverá ser iniciado quando o anterior estiver totalmente concluído. O prazo é importante mas o resultado é muito mais! 
Motivação pelo sucesso: cada etapa conquistada deve ser comemorada!
Conclusão:
 A Administração da Produção e Operação tem mudado bastante nas últimas décadas tornando-se cada vez mais estratégica, garantindo o melhor uso dos recursos e o aproveitamento ideal dos insumos. Com esse monitoramento das operações, a produção passa a ser mais contínua, ganhando confiabilidade e flexibilidade para planejar e controlar a demanda por produtos, bem como assegurar à equipe de venda que os compromissos assumidos junto aos clientes sejam cumpridos. 
Esperamos que a qualidade e a competência sejam os aspectos preliminares básicos a serem evidenciados neste estudo.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	IDHM-Educação, 2000
Bibliografias 
* Livro Administração da Produção e de Operações ( PLT ); 
* Móveis Bartira, www.rgmoveis.com.br; 
* www.unianhanguera.ed.br 
* Correa et. Ed. 2001 e Padoveze, 2003; 
* www.docs.google.com 
* Vídeo – Metro Group; 
* Informações obtidas em sala de aula.
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