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Gestão da inovação e empreendedorismo Unidade 1 LAUREATE

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Adriana Galli Velhot
Gestão da Inovação 
e Empreendedorismo
03
Sumário
Capítulo 1 – Gestão da Inovação e Empreendedorismo ........................................................... 05
1.1 Mas, afinal, o que é inovação ................................................................................................... 05
1.1.1 Áreas segundo o Manual de Oslo ................................................................................. 07
1.1.2 Tipos de inovação ............................................................................................................. 07
1.1.3 Inovação de produto ou serviço..................................................................................... 07
1.1.4 Inovação em processo ...................................................................................................... 09
1.1.5 Inovação em marketing ................................................................................................... 09
1.1.6 Inovação organizacional ................................................................................................. 10
1.1.7 Inovação quanto ao grau de novidade ....................................................................... 10
1.1.8 Inovação radical ............................................................................................................... 10
1.1.9 Inovação incremental ........................................................................................................ 10
1.1.10 A destruição criativa de Schumpeter e as ondas de inovação ............................. 10
1.2 Empreendedorismo ...................................................................................................................... 14
1.2.1 O que é ............................................................................................................................... 10
1.2.2 Tipos de empreendedores .............................................................................................. 10
05
1 Introdução
Neste módulo, você terá contato com dois conceitos, inovação e empreendedorismo. Nesta 
perspectiva, muitas empresas destacam-se no mercado por os utilizarem como formas 
estratégicas de se manterem competitivas no mercado.
Vejam o caso da Apple e do Google, por exemplo. São duas empresas que têm na sua 
cultura o DNA inovador. Elas se preocupam em ir além das necessidades latentes do mercado 
e investigam, a todo o tempo, oportunidades para trazerem produtos e serviços que ainda não 
experimentamos, mas que estamos aptos a consumir.
Além disso, as startups, fase inicial de empresas que trazem ao mercado novas ideias, um novo 
modelo de negócios, e que precisam de investidores para pô-las em prática apesar de certo 
grau de incerteza que as cercam, colocaram o empreendedorismo em um patamar mais alto. 
Muitos hoje querem ter seu próprio negócio, mas nem sempre sabem como geri-lo.
Nós o convidamos agora a iniciar uma jornada para conhecer melhor esses dois conceitos 
diferentes, mas muito próximos, e que tanto têm chamado à atenção neste novo milênio cercado 
pela tecnologia.
1.1 Mas, afinal, o que é inovação?
De uns anos para cá, a palavra inovação tem sido muito pronunciada. Mas, de fato, será que 
ela está sendo bem contextualizada? Será que, quando se ouve que algo é inovador, realmente 
ele está sendo referenciado da forma correta?
Então, afinal, o que é inovação?
Existem fatores muito importantes que precisam ser compreendidos para que realmente se 
forme o conceito de inovação. A primeira relação que vem à mente quando se ouve a palavra 
inovação é que está se tratando de algo novo. (Tidd, Bessant, Pavitt, 2008). De fato, para 
inovar é preciso estabelecer uma relação com o novo ou melhorar significativamente algo que 
já exista, mas ao ponto de isso ser considerado uma quebra de paradigma.
Uma quebra de paradigma refere-se a mudar de padrão, deixar de fazer sempre da mesma 
forma algo que já se sabe fazer do mesmo jeito, e isso requer uma certa curiosidade, uma 
vontade de explorar a novidade, de ser criativo.
Capítulo1Gestão da Inovação e 
Empreendedorismo
06
Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Laureate International Universities
Muitas vezes por uma necessidade passa-se a explorar novas formas de fazer algo que já 
não dá mais conta de atender as expectativas das pessoas. Portanto, essa novidade precisa 
atender a uma demanda de mercado, gerar valor. Nesse caso, existe uma parte considerável 
da população disposta a absorver a inovação que surge.
Nesse contexto, cria-se um valor que proporciona desenvolvimento à economia e, nesse sentido, 
proporciona progresso e mantém a atividade econômica em combustão.
A inovação é, portanto, algo novo ou significativamente melhorado que foi absorvido pelo 
mercado, proporcionando o crescimento da economia. (Bessant e Tidd, 2009).
NÓS QUEREMOS SABER!
O Manual de Oslo é a publicação que norteia os conceitos e as metodologias na área da 
inovação. Ele foi elaborado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico). A OCDE é uma organização internacional composta por 30 países, que tem como 
objetivos coordenar políticas econômicas e sociais, apoiar o crescimento econômico sustentado, 
aumentar o emprego e a qualidade de vida dos cidadãos e manter a estabilidade financeira, 
entre outros.
A primeira edição do Manual de Oslo, em 1992, estava centrada na inovação tecnológica de 
produto e processo (TPP) na indústria de transformação. O Manual tornou-se referência para 
várias pesquisas que examinaram a natureza e os impactos da inovação no setor comercial. A 
segunda edição, em 1997, expandiu as possibilidades de inovação para o setor de serviços.
Hoje temos a terceira edição, lançada em 2005, com atualizações nas áreas de marketing e 
organizacional. (Manual de Oslo, 2006).
Segundo o Manual de Oslo, que é a publicação que tem como objetivo orientar e padronizar 
conceitos e metodologias nesta área, e sobre o qual falaremos no próximo subitem, 
A inovação é a implementação de um bem ou serviço novo ou melhorado, ou um processo, ou 
um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, 
na organização do local de trabalho ou nas relações externas. (Manual de Oslo, 2006 p. 55)
O Manual também explica que atividades de inovação são etapas científicas, tecnológicas, 
organizacionais, financeiras e comerciais que conduzem, ou visam conduzir, à implementação de 
inovações. E a empresa inovadora é aquela que implementou uma inovação durante o período 
de análise.
Agora que já se sabe o que é inovação, é importante entender um pouco sobre criatividade, 
pois ela é, muitas vezes, o ponto de partida para iniciar a geração de ideias que fomentam a 
novidade que está sendo construída para ser trazida ao mercado.
A criatividade é muito bem-vinda para projetar ideias novas, originais e que ajudam a 
desenvolver um pensamento ainda não explorado sobre um contexto existente. Todas as pessoas 
têm essa capacidade, e ela geralmente surge da necessidade de resolver algum problema.
Albert Einstein disse uma frase que se tornou muito popular: 
A criatividade é a inteligência se divertindo.
07
Se pensarmos desta forma, a fase inicial da inovação, que explora esta geração de ideias, é a 
mais divertida. É a fase em que se permite errar, corrigir o erro e aprender com ele.
NÓS QUEREMOS SABER!
Você sabe diferenciar invenção de inovação?
Uma distinção muito mais simples entre a invenção e a inovação resume-se aos verbos “conceber” 
e “usar” (ROMAN e FUETT JÚNIOR, 1983). 
Sendo assim, quem concebe e quem usa? 
Faça um exercício e tente relacionar produtos que você conheça que possam ser classificados 
em cada um desses dois conceitos..
Há também um conceito que, segundo Betz (1994), é importante de ser mencionado paraque 
não seja confundido com inovação, que é a invenção. A invenção é toda a ideia que foi levada 
até o fim, prototipada, porém não ganhou escala no mercado, ou seja, não foi adotada pelo 
mercado; não houve interesse comercial. No momento em que ela gera viabilidade comercial e 
retorno financeiro aos envolvidos, ela se torna inovação.
NÃO DEIXE DE LER
De Onde Vem as Boas Ideias?, de Steve Johnson, é um livro muito bom para ler um pouco mais 
sobre criatividade, invenção e inovação. Ele faz um apanhado geral de vários tempos históri-
cos e de como algumas inovações revolucionaram a forma como as pessoas se relacionaram 
com o mundo.
1.1.1 Áreas segundo o Manual de Oslo
Apesar de o Manual de Oslo reconhecer que, em qualquer área da economia, pode surgir 
inovação, existem áreas mais propícias a se observar essas atividades; nesse caso o Manual 
refere-se às empresas comerciais. Essas áreas estão relacionadas aos tipos de inovação que 
podem ocorrer.
1.1.2 Tipos de inovação
Dentro das áreas, as inovações podem ser de produto ou serviço, de processo, de marketing e/
ou organizacional.
1.1.3 Inovação de produto ou serviço
O Manual de Oslo (2006, p. 57) padroniza que:
 • Uma inovação de produto ou serviço é a introdução de um bem ou serviço novo ou 
significativamente melhorado no que concerne as suas características ou usos previstos.
08
Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Laureate International Universities
 • Melhoramentos significativos para produtos existentes podem ocorrer por meio de mudanças 
em materiais, em componentes e em outras características que aprimoram seu desempenho.
 • As inovações de produtos no setor de serviços podem incluir melhoramentos importantes 
no que diz respeito a como as inovações são oferecidas, à adição de novas funções ou 
características em serviços existentes, ou à introdução de serviços inteiramente novos.
Dentro das possibilidades de verificar a inovação em um produto, pode ser considerada uma 
alteração de material ou componente que venha a trazer um benefício muito significativo no 
objeto em questão, tornando-o mais eficiente.
Um exemplo de inovação em produto é o discman. A chegada do CD atualizou a tecnologia 
existente no walkman e produziu um novo produto dentro do mesmo contexto de escutar músicas 
(Figura 1).
Figura 1: Discman e Walkman Sony. Com a chegada da tecnologia que envolvia os novos dis-
cos (CDs), o walkman começa a perder escala para o novo device, o discman. O propósito é o 
mesmo: mobilidade ao ouvir música. Mas a tecnologia envolvida traz uma grande mudança.
VOCÊ O CONHECE?
Akio Morita - Presidente da Sony
Dizem que Morita era um fervoroso apreciador de óperas e que ele gostava de escutá-las no 
escritório, na Sony.
Ele não gostava de importunar as outras pessoas com o som e então teve o insight de fazer um 
produto que permitisse a audição individual. Assim, iniciou um processo criativo que o levou a 
experimentar várias ideias, algumas boas horas de pesquisa e desenvolvimento, até resultar no 
primeiro walkman da Sony.
09
1.1.4 Inovação em processo
Quanto à inovação em processo, o Manual de Oslo (2006, p. 58) garante:
 • Inovação em processo é a implementação de um método de produção ou distribuição novo 
ou significativamente melhorado.
 • Os métodos de produção envolvem as técnicas, equipamentos e softwares utilizados para 
produzir bens e serviços.
Se pensarmos em um novo software de gestão que venha a resultar em tomadas de decisão 
e melhor gerência dos processos, estaremos diante de uma inovação deste tipo. Este exemplo 
está ilustrado na Figura 2.
Figura 2: O código de barras é um exemplo de inovação dentro dos processos de automação, 
pois ele trouxe mais agilidade na coleta de informações diversas.
1.1.5 Inovação em marketing
No que se trata de reconhecer uma inovação em marketing, as disposições do Manual de Oslo 
(2005, p.59) garantem:
 • Inovação em marketing é a implementação de um novo método de marketing com mudanças 
significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no posicionamento do 
produto, em sua promoção ou na fixação de preços.
 • Inovações de marketing compreendem mudanças substanciais no design do produto, mas 
não alteram as características funcionais ou de uso do produto.
 • Novos métodos de marketing em posicionamento de produtos envolvem a introdução de 
novos canais de vendas.
 • As inovações em fixação de preços envolvem o uso de novas estratégias de fixação de 
preços para comercializar os bens ou serviços de uma empresa.
Deve-se cuidar para não confundir inovação em marketing com as questões relativas ao 
próprio marketing e seu posicionamento, que estão sob a tutela desta disciplina. A inovação 
em marketing trata sobre a forma como as mudanças que agem sobre o marketing irão gerar 
valor e grau de novidade na forma de conduzir as propostas.
Um bom exemplo quando se fala em design de embalagem é o das empresas de bebidas, que 
armazenavam seus líquidos em barris e passaram a engarrafá-los para melhor conduzirem sua 
logística, pensando nas questões de estocagem e transporte. Nesse sentido, passaram a ganhar 
novas possibilidades de negócios, transportando suas bebidas e fazendo-se conhecer em outros 
mercados. Essa nova proposta vislumbra uma inovação em marketing.
10
Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Laureate International Universities
NÃO DEIXE DE VER...
O vídeo da Johnnie Walker, “O homem que andou ao redor do mundo” (disponível no Youtube).
Ele narra a trajetória do empreendedor Johnnie Walkere de sua empresa inovadora, contan-
do como ele teve o insight de engarrafar a bebida utilizando uma garrafa quadrada com um 
rótulo diferenciado, que são considerados inovações em marketing.
1.1.6 Inovação organizacional
Quanto à inovação poder ser considerada como organizacional, o Manual de Oslo (2005, 
p.61) trata:
 • Inovação organizacional é a implementação de um novo método organizacional nas práticas 
de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações 
externas.
 • As inovações organizacionais em práticas de negócios compreendem a implementação 
de novos métodos para a organização de rotinas e procedimentos para a condução do 
trabalho.
 • As inovações na organização do local de trabalho envolvem a implementação de novos 
métodos para distribuir responsabilidades e poder de decisão entre os empregados.
Dentre as possibilidades de inovar como métodos organizacionais, há exemplos como a 
utilização de capacitações em sistemas de educação que visem melhorar significativamente o 
desenvolvimento dos funcionários no cerne de suas carreiras. Esses sistemas de educação podem 
prever capacitação tecnológica, treinamentos específicos, entre outros.
Outro exemplo é o gerenciamento de uma cadeia de fornecedores, uma adaptação de 
benchmarking ou, ainda, os repositórios de melhores práticas.
1.1.7 Inovação quanto ao grau de novidade
Quanto ao grau de novidade envolvido na inovação, Tidd e Bessant (2015) referem-se que ela 
pode se apresentar como radical ou incremental.
1.1.8 Inovação radical
A inovação radical refere-se a um produto inédito no mercado. Por exemplo, quando a televisão 
veio ao mundo fez uma revolução no mercado, pois houve a quebra de paradigmas de ter um 
produto que reproduzia imagens e sons sendo de uso doméstico.
Outra situação que pode ocorrer é uma mudança significativa que afeta tanto o modelo 
de negócio (proposição de valor, cadeia de suprimentos, cliente-alvo) quanto a tecnologia 
(produtos e serviços, tecnologias de processo, tecnologia capacitadora) de uma empresa.
11
1.1.9 Inovação incremental
A inovação incremental, no caso de um produto, gera uma mudança significativamente melhorada 
no que já existe. Por exemplo, novas funções e novo design de um aparelho celular.
No caso de modelo denegócios e tecnologia de uma empresa, a inovação incremental faz uma 
mudança em alguns elementos dos produtos citados anteriormente.
Tanto a inovação radical quanto a inovação incremental são importantes para que o mercado 
e as empresas mantenham-se ativos. A primeira requer maiores esforços no que tange a 
investimentos, à pesquisa e ao desenvolvimento (P&D) e tempo de maturação, enquanto a 
segunda pode ocorrer com mais frequência, mantendo a empresa mais atrativa em comparação 
com seus concorrentes.
Novas versões
de carros a motor,
aviões, televisão
Novas gerações,
p.ex., MP3 e
downloads vs CD
e fita cassete
Energia a vapor,
era da informação,
biotecnologia
Melhoria dos
componentes
Novos
componentes
para sistema
já existentes
Materiais
avançados
para melhorar
o desempenho
dos componentes
Nível de
sistema
Incremental Radical
(”fazer o que faze-
mos de melhor”)
(”novo na
empresa”)
(”novo para
o mundo”)
Nível de
componente
Figura 3: Dimensões da inovação.
Fonte: Tidd, Bressant, 2015, p.41.
A Figura 3 mostra como a inovação radical e incremental podem agir no fluxo de atividades 
em que o grau de novidade está envolvido. Pode se compreender que a atualização de um 
modelo de carro não reproduz o mesmo grau de novidade que trazer ao mercado um conceito 
de carro inédito.
Quando se fala numa nova energia como, por exemplo, a que está descrita no quadrante 
superior direito, que cruza o nível de sistema com inovação radical e foi nova inclusive para o 
mundo, sendo um dos fatores envolvidos na Revolução Industrial, a quebra de paradigma foi 
social. (Tidd, Bressant, 2015).
12
Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Laureate International Universities
NÃO DEIXE DE VER...
O filme Piratas do Vale do Silício, ou Piratas da Informática, conta a história do início da rev-
olução da tecnologia da informática doméstica e a “guerra” travada entre Steve Jobs da Ap-
ple e Bill Gates da Microsoft.
Assista a esse filme com as lentes de quem já tem proximidade com os conceitos de inovação 
até aqui estudados.
1.1.10 A destruição criativa de Schumpeter e as ondas de inovação
“O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa. É o impulso fundamental 
que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, 
novos mercados e, implacavelmente, sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e 
mais caros.”
Schumpeter (1942)
VOCÊ O CONHECE?
Figura 4: Joseph Alois Schumpeter.
Joseph Alois Schumpeter (1883 – 1950) foi um 
economista que desenvolveu um estudo na área da 
teoria econômica, descrito no livro Teoria do Desen-
volvimento Econômico, em que a base do crescimen-
to econômico, do progresso, no sistema capitalista 
está atrelada à figura do empresário que está mu-
nido unido da inovação tecnológica experimentará 
uma vantagem estratégica.
Schumpeter dizia que, para a economia entrar em expansão, saindo de um estágio de 
equilíbrio, é necessário que haja inovação. Essa inovação pode vir no formato de um novo bem 
no mercado, um novo método de produção ou de comercialização de produtos, ou novas fontes 
de matérias-primas, podendo ainda alterar a estrutura de um mercado vigente, quebrando um 
monopólio. (Tidd, Bessant e Pavitt, 2008).
A Teoria do Desenvolvimento Econômico trata também sobre o papel crucial que empresários 
têm ao quebrar com as estruturas antigas e criar novas e estimular novos desejos, além do 
papel do crédito bancário em financiar a inovação. Nesse sentido, Schumpeter classifica os 
seguintes três fatores como essenciais no embasamento de sua teoria:
 • Crédito bancário
 • Empresário inovador
 • Inovações tecnológicas
13
Ele cunhou um termo, dentro de seus estudos, que explica a maneira capitalista de trabalhar 
o desenvolvimento econômico gerando o progresso, que é consequência desse movimento. O 
termo é destruição criativa.
NÓS QUEREMOS SABER!
O que é destruição criativa?.
É o processo em que novas tecnologias chegam ao mercado e destroem as antigas, assim como 
novas formas de produção tomam o lugar das anteriores e novos produtos substituem os anti-
gos.
Com relação ao desenvolvimento econômico, há ainda a Teoria do Fluxo Circular. Nessa teoria, 
o autor cita que o empreendedor atua trazendo a inovação ao mercado e, caso ela seja bem-
sucedida, ele obtém o lucro. O próximo passo é necessariamente a imitação, que causa uma 
difusão, generalizando o lucro. O Fluxo está representado na Figura 5.
Empreendedor
Generalização
do Lucro
Difusão
Imitação
Lucro
SucessoInovação
Figura 5: Teoria do Fluxo Circular da inovação.
Essa visão, relacionada à destruição criativa e ao desenvolvimento econômico, permite entender 
um pouco mais sobre as ondas de inovação (Figura 6), que são períodos históricos muito 
importantes para entender o contexto da evolução tecnológica.
14
Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Laureate International Universities
As ondas da inovação
1785
Primeira onda Segunda onda Terceira onda Quarta onda Quinta onda Sexta onda
1845 1900 1950 1990 2020
Previsão
Fonte: Maxwell (2009).
60 Anos 55 Anos 50 Anos 40 Anos 30 Anos 20 Anos
Água
Têxteis
Ferro
Vapor
Trilhos
Aço
Eletricidade
Produtos Químicos
Motor de combustão interna
Petroquímica
Eletrônica
Aviação
Redes digitais
Software
Novas mídias
Energia Limpa “Renovável”
Biotecnologia
Nanotecnologia
Figura 6: As ondas da inovação.
A amplitude das ondas está diminuindo na medida em que o tempo avança. Pode-se constatar, 
a partir da observação da Figura 6, que, na primeira onda, a inovação acontecia com menos 
intensidade, proporcionando um ciclo de riqueza maior. Esse período, que ocorreu durante a 
Era Industrial, durou 60 anos. Essa Era proporcionou ainda mais duas ondas. Quando entramos 
na quarta onda, entramos também no que se chama Era do Conhecimento. A quarta onda 
inicia em meados dos anos 1900, sendo que, no final desse século, temos um boom tecnológico 
em função da internet, dos computadores domésticos e da globalização. Nesse momento, a 
velocidade de informação e conhecimento passa a ditar uma nova forma de se conectar com a 
tecnologia, diminuindo consideravelmente o tempo de maturação das novidades no mercado.
Cada vez mais as empresas precisam investir em inovação para continuarem ativas no mercado. 
O início de cada onda de inovação é a época de ouro dos empreendedores. Caso consigam ser 
pioneiros neste momento, com novidades tecnológicas adicionadas à produção, conquistarão 
mais mercados.
A figura desse empreendedor torna-se essencial para o processo de inovação, conforme vimos 
neste módulo. Schumpeter o trata como um ser iluminado que, com uma visão apurada, aproveita 
as mudanças e os avanços tecnológicos para proporcionar processos inovadores ao mercado.
1.2 Empreendedorismo
Este módulo mostrou a estreita ligação entre empreendedorismo e inovação. É difícil falar de 
um termo sem conectar ao outro. Neste contexto vamos entender o que é e quem de fato são 
estes agentes.
1.2.1 O que é
Empreendedorismo é um processo que proporciona algo novo, com valor, e que é a consequência 
de uma ação baseada em muito esforço, proatividade e risco. O ato de empreender é a 
capacidade de correr riscos, aceitar desafios, às vezes fracassar, mas estar sempre disposto a 
identificar oportunidades e aproveitá-las (Rogers, 2011).
A ação só existe porque há uma pessoa por trás, que é conhecida como empreendedor.
15
1.2.2 Tipos de empreendedores
O empreendedor é um agente de competências bem destacadas e diferentes. Além de ele 
ter esta vontade inabalável de desbravar oportunidades, ele muitas vezes pode se mostrar 
resiliente, visto que não se abate com possíveis fracassos, os quais servirão de aprendizado para 
novos empreendimentos. É uma figura comvisão de futuro, criativo e com propostas inovadoras.
Segundo Bolton e Thompson (2004), o empreendedor pode ser classificado em três tipos:
 • Empreendedor de negócios: observa o mercado, avista e aproveita oportunidades. Bill 
Gates é um exemplo desse tipo de empreendedor, pois revolucionou o mercado com o 
sistema operacional Windows.
Figura 7: Bill Gates, empreendedor de negócios.
 • Intraempreendedor: é o empreendedor interno, que trabalha dentro de uma empresa 
ajudando-a a passar pelas mudanças, promovendo novas possibilidades de negócios. Um 
exemplo de empresa que trabalha com o modelo de empreendedor interno é a 3M. O 
post-it foi criado pelo engenheiro Arthur Fry, funcionário da empresa, a qual disponibiliza 
uma parte de sua carga horária para que seus trabalhadores gerem ideias novas que 
possam se transformar em novos serviços.
Figura 8: Post-it da 3M – produto fruto do intraempreendedorismo.
16
Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Laureate International Universities
 • Empreendedor social: é aquele que se preocupa em garantir que as mudanças ou contextos 
sociais possam ser aproveitados em prol da comunidade. Kailash Satyarthi, prêmio Nobel 
da Paz de 2014, é empreendedor social da rede Ashoka. Seu trabalho resgatou mais de 
80 mil crianças da escravidão e do tráfico infantil. Sua metodologia consiste em, através do 
comportamento dos consumidores, influenciar o comportamento das empresas e implementar 
a conscientização e ética nas organizações.
Figura 9: Kailash Satyarthi, empreendedor social.
17
Síntese
 • Neste capítulo, vimos o quanto a inovação e o empreendedorismo são importantes e 
necessários para que as empresas se mantenham ativas no mercado e a economia possa 
propiciar o desenvolvimento de suas nações.
 • Você pode compreender o que é inovação, bem como ter ciência do Manual de Oslo, que 
ampara esta área com metodologia e conceitos definidos.
 • Foi importante também verificar os tipos de inovação e aprender que ela pode ser 
contextualizada em produto-serviço, processo, marketing e organizacional, bem como em 
grau de novidade, quando ela é radical ou incremental.
 • Da mesma forma, conhecer pensadores, como Schumpeter, que se preocuparam em estudar 
a maneira como a inovação vem se processando ao longo do tempo e como ela se relaciona 
com o mercado, é essencial para a compreensão da atuação da própria economia.
 • Esta unidade também mostrou o que é o empreendedorismo e quais são os seus tipos, 
mostrando que eles estão fortemente ligados à inovação.
 • Na próxima etapa, o foco será mais voltado para as empresas. Veremos formas de 
aproveitar a inovação como estratégia e vantagem competitiva.
18
Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Laureate International Universities
Bessant, John; Tidd, Joe. Inovação e Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.
Bolton, Bill; Thompson, John. Entrepreneurs: talent, temperament, technique. 2. ed. Burlington: 
Elsevier, 2004.
OECD/OCDE; FINEP. Manual de Oslo: proposta de diretrizes para coleta e interpretação de 
dados sobre inovação tecnológica. Brasília: Finep, 2006.
O homem que andou ao redor do mundo. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=wEKKe3OgN04>. Acesso em dezembro de 2015.
Rogers, Steven. Finanças e Estratégias de Negócios para Empreendedores. Porto Alegre: 
Bookmann, 2011.
Schumpeter. Joseph A. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Abril, 1982.
Tidd, Joe; Bessant, John; Pavitt, Keitn. Gestão da Inovação. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 
2008.
Tidd, Joe; Bessant, John. Gestão da Inovação Integrando Tecnologia, Mercado e Mudança 
Organizacional. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
ReferênciasBibliográficas

Outros materiais