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Adriana Galli Velho Gestão da Inovação e Empreendedorismo 3 Sumário CAPÍTULO 4 – Gestão da inovação e empreendedorismo ....................................................... 5 4.1 Gerenciamento de projetos ...................................................................................................... 5 4.1.1 Conceitos ............................................................................................................................ 5 4.1.1.1 Como estruturar (metodologia) ............................................................................. 7 5 Introdução Você sabia que pode iniciar um projeto talhado no empreendedorismo e na inovação estabelecendo algumas práticas já vistas até aqui nesta disciplina? Chegamos ao final das unidades que compõem estes assuntos, e você provavelmente, nesse momento, se pergunta como alinhar todas essas questões e desenvolver seu próprio projeto? Neste último módulo, vamos elaborar algumas questões em conjunto e assumir um protagonismo além do que estudamos e buscamos com os conteúdos já explorados. O exercício é: tente abstrair tudo que foi visto até agora e formule algo que lhe ajude a perceber como estas novas competências podem nos levar além, não só em um novo negócio, mas também na forma como lidamos com os problemas cotidianos. 4.1 Gerenciamento de projetos 4.1.1 Conceitos Para iniciar a concepção de projeto, é preciso entender seu conceito. Você sabe o que isto significa? Um projeto parte de algumas premissas básicas, um problema, incertezas, ideias, objetivos e busca por um resultado. Como então equacionar este quebra-cabeças? Vamos contextualizar de maneira mais clara: Projeto é um empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento e de um período de tempo dados”. (PROCHONW, Schaffer, 1999 apud ONU, 1984). Conforme a definição anterior, projeto é um plano, um planejamento que se desenvolve para resolver um problema. Ideias são lançadas e ordenadas de forma a gerar uma solução. Um projeto precisa estar formalizado num documento onde serão definidas atividades a serem executadas, afim de alcançar os objetivos propostos. Capítulo4Gestão da inovação e empreendedorismo 6 Gestão da Inovação e Empreendedorismo Laureate International Universities Esse formato de trabalho permite aos envolvidos construir equipes, distribuir tarefas, enxergar o desenvolvimento das atividades e até mesmo corrigir possíveis erros que se apresentem durante sua elaboração. Pensando em nível organizacional, um projeto pode ser necessário para modificar uma situação atual ou trazer algo novo, inovar. Esse formato pode estar revestido de ‘construir novas instalações para o funcionamento da empresa, implantar uma nova linha de produtos, conquistar novos mercados, fazer uma campanha publicitária ou promover um trabalho educativo entre seus empregados.” (WEISZ, 2009, P.23). Nesse sentido, você se aproxima novamente dos conceitos iniciais desta disciplina quando nos remete a saber o que é e que tipos podem ser atribuídos à inovação tecnológica, como nos exemplos acima, inovação de produto, processo, marketing ou organização. Por essa ótica, a inovação tecnológica não acontece somente em função dos processos desenvolvidos nos laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), mas também através da difusão, transferência de outros meios já estudados nas outras unidades. NÃO DEIXE DE VER... A dica de filme para explorar a Gestão de Projetos de uma forma descontraída é ver: MoneyBall - O homem que mudou o jogo. (disponível em: Youtube) É a história de um gestor de um time de baseball sem chances de vencer o campeonato nacional que desenvolve junto com seu parceiro economista um programa de estatística que faz com que o time consiga se reerguer. O que chama a atenção é a forma como ele constitui sua gestão com base em um projeto inovador. Mas você possivelmente está se indagando: Ok, mas como se estrutura um projeto? A seguir, você terá acesso ao formato deste tipo de planejamento. 4.1.1.1 Como estruturar (metodologia) Quando se fala em projeto, é necessário entender que é uma prática que exige um gerenciamento, ou seja, é preciso planejar as atividades que serão desenvolvidas concentradas em atingir os objetivos inicialmente traçados para solucionar algum problema. (BRUZZI, 2002). Dessa forma, Bruzzi (2002) orienta que é interessante dividir esta programação em etapas que podem estar bem sequenciadas, ou podem ainda se sobrepor. As etapas dividem-se em: • Criação (definição): a definição correta do problema, a qual tangibiliza os fatores de sucesso, a forma de administrá-lo e sua mensuração; 7 • Planejamento: Perguntas norteadoras são adequadas para ajudar na compreensão do que é preciso identificar. Qual produto-serviço será fornecido?; Quando será fornecido?; Quanto custará?; • Execução: prazos estipulados para cada fase do projeto até sua entrega, finalização; busca de financiamentos, caso necessário; • Controle: importante definir critérios de controle para que não haja desvio de rota e perda de motivações; • Finalização (encerramento): fase em que se estabelece os fechamentos, análises e reflexões sobre as lições aprendidas. Nakagawa (2013) propõe iniciar-se com um aquecimento que pode ajudar na formulação posterior de um projeto mais robusto. Se você não tem uma ideia (fase de criação) para um negócio, não tem dinheiro e não sabe como abrir um negócio, mas sente-se estimulado nessa competência que é o empreendedorismo, pode começar explorando algumas técnicas e ideias ou até o que outros já fizeram. Para começar, o autor sugere que se inicie com a questão: Como? E inicie uma pesquisa sobre negócios criativos em vigência pelo mundo. Você pode conversar com pessoas que tiveram acesso a informações relativas a negócios criativos. Após, ele sugere que você acesse o site springwise.com, um celeiro de novos produtos e negócios. Finalmente, Nakagawa (2013) oferece uma busca ao Google, utilizando palavras-chave como: negócio, criativo, inovador e empreendedor. O autor criou uma ficha técnica (Nakagawa, 2013. P.60), a seguir demonstrada na figura 1, que pode ajudar a colocar essas ideias no papel de forma mais organizada, e elas são determinantes para desenvolver algo inovador e começar um projeto que faça esta ideia realmente funcionar. Ideia de negócio Como funciona? Por que ela é (foi) muito criativa? Dos seus amigos e conhecidos Negócio País-região Site Do Springware Negócio País-região Site Da sua busca na internet Negócio País-região Site Figura 1: Projeto de Pesquisa: por que não pensei nisso antes? Fonte: Nakagawa, 2013. P.60. Após a criação da ideia, é necessário de mapear o encadeamento do produto-serviço, através de um planejamento. Quando se propõe gerenciar um projeto, nos colocamos a um passo à frente do que pode surgir, pois é possível relacionar algumas vantagens relacionadas como essenciais, segundo Larson, Gobeli e Gray (1991), que são o controle, a inovação, a adaptação 8 Gestão da Inovação e Empreendedorismo Laureate International Universities e a continuidade (possibilidade de menor interrupção). Isso é uma forma de ter certezas nas tomadas de decisão. A inovação tecnológica prevê um projeto sistematizado em itens bem específicos que, juntos, formalizam a integralização do projeto. Segundo Weisz (2009), os seguintes itens devem ser privilegiados: • Objetivo: as perguntas relevantes aqui desenvolvidas são o que? e como?. O que se quer com o projeto e como se obterá tais resultados. Para tanto, os objetivos devem ser claros. “Dizer que o objetivo de um projeto é aumentar os lucros da empresa ou melhorar o bem-estar da sociedade, ainda que esses possam ser o benefício último almejado, não dão uma clara ideia do que consiste o projeto”. (WEISZ, 2009. P.37). Há uma missão dentro do espectro da organização do objetivo, que é sua adequação à realidade e demais objetivos da organização. É importante também quantificar o aumento dos lucros ou mesmo trazer indicadores quantitativos do quanto de melhoria do bem-estar se poderia buscar, ou seja: mostrar que a especificidade é desejável. • Justificativa: a pergunta em jogo aqui é Por quê?. Por que executar? Há benefícios estruturais, financeiros, econômicos? Há importância em desenvolvê-los? É interessante aos investidores? Existe algum projeto semelhante sendo executado? A justificativa está diretamente relacionada aos benefícios gerados pelo projeto. Os benefícios podem ser intrínsecos ou extrínsecos. Os intrínsecos estão ligados à empresa, aos ganhos dos investidores; já os extrínsecos justificam sua conexão com o ambiente externo, a sociedade. ; • Escopo: o escopo relaciona a dimensão do projeto; até onde se consegue ir, qual sua abrangência. • Metodologia de P&D: aqui se indica como proceder para se obter êxito com o projeto. É necessário explicar como se desenvolverá as atividades que estão incluídas no projeto. Existem técnicas específicas para a metodologia. Weisz (2009, p.41) identifica algumas delas: A metodologia pode incluir atividades técnicas de pesquisa bibliográfica, uso de ferramentas de busca de patentes, os tipos de ensaios laboratoriais, a maneira como se dará o ganho de escala, a prova de conceito etc. A metodologia proposta para um projeto de P&D a ser realizado costuma ser uma primeira ideia da rota tecnológica a ser adotada. Pela própria natureza incerta do desenvolvimento tecnológico, uma metodologia pode revelar-se inadequada e outros caminhos podem ter que ser tomados, frequentemente, após um esforço ter sido despendido na rota que se revelou errada. • Atividades: quais atividades estão incluídas no projeto para que ele seja bem sucedido? Nesta etapa, é importante definir bem o que será executado, pois isso se relaciona com o escopo e com a metodologia. É base também para definição do cronograma e podem vir em formato de lista; • Identificação dos recursos necessários: o que é preciso para se dar conta do projeto? Aqui é o momento de se elencar todos os recursos necessários para que o projeto se concretize. Por exemplo: mão de obra – quem são as pessoas, onde elas estão e o quanto será gasto neste quesito. São definidos o momento, a qualidade, a quantidade e o local necessário; • Cronograma físico: esta etapa traduz todo o tempo de envolvimento com o projeto, define qual prazo e em que momento as atividades serão desenvolvidas. Essa definição categoriza o tempo e define as prioridades; 9 • Orçamento: a partir da definição dos recursos, é possível definir os custos e planejar o orçamento. Nesse caso, a viabilidade do projeto também é mensurada aqui, pois com a previsão de quanto será gasto pode se ter noção se há possibilidade de implementá-lo; • Cronograma físico-financeiro de P&D: este segundo cronograma é um panorama de quanto vai ser gasto em cada atividade no tempo em que ela estará ativada. É necessário para dar uma ideia ao investidor ou gestor de quanto será gasto em cada etapa (mês) do projeto. É uma estimativa de valores futuros e dá uma certa segurança nessa questão tão delicada do projeto; • Projeto de investimento em inovação tecnológica; • Estudo de viabilidade; • Identificação de fontes de recursos financeiros. As três últimas etapas se relacionam ainda mais com o próximo item da unidade que visa a estabelecer uma análise quanto à viabilidade dos projetos, relacionados à inovação e empreendedorismo. NÃO DEIXE DE LER AProject Model Canvas: Gerenciamento de Projetos Sem Burocracia – José Finocchio Junior Dentro da mesma visão criativa de modelagem canvas, você pode pesquisar um pouco mais e explorar possibilidades menos tradicionais de elaborar um projeto inovador. É um livro que aborda um método colaborativo de gestão de projetos, envolvendo todos os stakeholders, além das sensibilizações lúdicas com mapas e usos de post its. Aproveite a leitura e tente utilizar as técnicas! O item anterior priorizou as atividades referentes à pesquisa e desenvolvimento (P&D), até as questões relativas ao cronograma físico-financeiro. Weisz (2015, p.49) lembra que o Valor da Tecnologia é a geração de valor. A composição disso é determinada da seguinte forma: A tecnologia gerada é um ativo intangível para a empresa, a saber: o conhecimento, a competência para resolver um problema, para produzir um bem ou serviço. Esse ativo intangível, portanto, possibilitará à empresa realizar negócios e auferir ganhos ao longo de exercícios futuros. É importante lembrar, no entanto, que a concretização desse negócio, a efetiva produção de um bem ou serviço, ou mesmo a solução de um problema de uma empresa, normalmente só se dará após providências que se seguem a P&D. A inovação tecnológica propriamente ocorre quando o conhecimento gerado se traduzir em um uso para alguma atividade humana. 10 Gestão da Inovação e Empreendedorismo Laureate International Universities Para que se atinja este objetivo de traduzir a inovação tecnológica em usabilidade conveniente para as pessoas, é necessário se desenvolver um Estudo de Viabilidade Econômica. Thomson (2005) define esse tipo de estudo como um processo estruturado que serve para identificar oportunidades e problemas, bem como determinar objetivos, relacionar situações, definindo os resultados que levem ao sucesso. Tudo deve ser seguido de avaliação de custos e benefícios que determinam as alternativas de solução ao problema. Assim, quando as fases de P&D já estiverem encaminhadas, com uma tecnologia iniciada, desenvolve-se então outras três fases: projeto conceitual, engenharia básica e projeto executivo. • Projeto conceitual: define as alternativas acessórias ao projeto, como os estudos de localização, quanto e o que será produzido, o se precisará adquirir de terceiros, escolha tecnológica, época de implantação… • Engenharia Básica: especificações técnicas, como equipamentos a serem utilizados. • Projeto Executivo: detalhes do projeto, como por exemplo, os custos e os prazos, e listas de insumos e alguns desenhos detalhados importantes para se dar vida e orientação ao trabalho. A figura 2, a seguir, apresenta como é o desenho de um projeto com início, meio e fim, com a finalidade de visualizar as etapas dimensionadas nesta unidade. Essa determinação ajuda a nortear toda a concepção do projeto e não esquecer nenhum ponto a ser alinhado durante seu desenvolvimento. TempoEscopo Recurso Qualidade Financeiro Escopo Planejamento Execução e controle Encerramento Alocação de Recursos Relatórios Revisão Controle Encerramento e AvaliaçãoInicio Definição Escopo Riscos Comunicação Figura 2: sugestão para desenho de esquema de fases do projeto. 11 NÓS QUEREMOS SABER! Você deve estar se perguntando: que projetos podem se derivar desta estrutura de metodologia? Um exemplo bem legal é o da Coca-cola, que pensou em como reaproveitar suas garrafas pet. Partiu-se de um problema muito sério, que é o reaproveitamento das garrafas plásticas, que acabam virando lixo e provocando dese- quilíbrio ambiental. Existe uma grande geração de valor sustentável em se desenvolver proje- tos responsáveis desta monta: além de contribuir com o meio ambiente, reitera um compromisso de marca muito importante, valor intangível extremamente importante hoje em dia. A Coca-cola, a partir dessa justificativa, desenvolveu o kit 2nd Lives (segunda vida), que per- mite dar novas vidas à garrafa, depois de consumido o produto. São16 novas oportunidades de se utilizar a garrafa como, por exemplo: apontador, refil de shampoo, brinquedos infantis, arminha que joga água, halteres ou spray, entre outros. Todas as etapas de projeto de desenvolvimento de produto e de viabilidade econômica foram desenvolvidas. Assista o vídeo (Disponível em: Youtube). Equalizar as questões relacionadas com a Gestão da Inovação. Essa disciplina abordou essas questões; portanto reforçar o entendimento sobre o que faz uma gestão eficaz é uma prática que pode estar sempre ativa. Aprender a gerenciar a inovação, segundo Tidd, Bessant e Pavitt (2008), é um processo de aprendizagem que inclui compartilhar experiências (compreender sucessos e fracassos já vivenciados), explorar novas ideias e conceitos, experimentar alternativas para problemas básicos e refletir sobre a perspectiva de como sempre fazer melhor, aprimorando a forma como se conduz a inovação nas empresas. 12 Gestão da Inovação e Empreendedorismo Laureate International Universities Fases do Processo Estratégia Mecanismos de implementação eficazes Contexto organizacional apoiador Relacionamentos externos eficazes Figura 3: Rotinas importantes para a Gestão da Inovação Fonte: Adaptado de Tidd, Bessant e Pavitt (2008, p. 578) Na figura 3 (acima), você pode observar que o processo de Gestão da Inovação requer foco em atividades que definem a forma como será conduzido todo o trabalho. A posição da empresa, os caminhos tecnológicos que ela escolhe trilhar e os processos organizacionais que segue fazem parte das estratégias de gestão. Questões relacionadas a relacionamentos externos abrangem desde o mercado a concorrentes, fornecedores e afins. Quando se fala em mecanismos de implementação eficazes, tratam-se da capacidade de se transformar as ideias, conhecimentos em valores comerciais. Já o contexto organizacional apoiador é aquele que aceita e recebe de braços abertos as ideias criativas e torna o ambiente propício para que elas emerjam e sejam implantadas. Para fechar as considerações finais acerca dos temas abordados, há um assunto que é importante para envolver a gestão dentro desta percepção de promover um DNA inovador na organização, para se apropriar as soluções de problemas pelo viés criativo, empreendedor e inovador, a mensuração da inovação. As mensurações dos resultados devem fazer parte da Gestão de Projetos de Inovação e da própria Gestão da Inovação. A garantia de tangibilizar o sucesso é uma forma de aceitar e promover o processo inovador dentro das empresas. O desempenho inovador pode vir no formato de vários tipos de inovação e indicadores. Dentre eles, Tidd, Bessant e Pavitt (2008) destacam: • Mensuração de resultados (outputs) de vários tipos: como o número de patentes registradas é uma forma de auferir inovação; • Mensuração de resultados operacionais ou de processos: aqui podem entrar, por exemplo, pesquisas de satisfação de cliente para se avaliar a melhoria de algum processo ou produto; • Mensuração de resultados: comparação com outros setores ou outras empresas; • Mensuração de resultados de sucesso estratégico: quando ao final do processo a melhoria do desempenho global da empresa pode ser atribuída à inovação implementada. 13 Capacidade para provar a mudança Consciência para necessidade de mudança Inovadora. Tem tecnologia e está capacitada Sabe que precisa mudar e tem aprimorado sua capacidade Sabe que precisa mudar, mas não sabe como Não sabe como mudar Empresa Tipo 1 Empresa Tipo 2 Empresa Tipo 3 Empresa Tipo 4 Figura 4: Distribuição da capacidade de inovação Fonte: Tidd, Bessant e Pavitt (2008. P. 587). Ao concluir esta disciplina, fica a reflexão proposta por Tidd, Bessant e Pavitt (2008) sobre que tipo de inovação caracteriza a sua empresa? Você pode iniciar como uma sugestão de exercício um mapeamento, olhando para a empresa em trabalha. Caso ainda não esteja inserido no mercado de trabalho, faça o exercício relacionando a empresa de um amigo ou familiar. Tente dimensionar: a qual arquétipo sua empresa pertence? Como poderia iniciar ou melhorar um processo de Gestão da Inovação? Qual o nível de maturidade da minha empresa quanto aos processos de inovação? Nesse momento, você já tem informação e conhecimento suficientes para se aventurar pelos caminhos da inovação e do empreendedorismo. Tente, experimente, crie! Não tenha medo de correr riscos ou errar. Lembre-se que tudo isso faz parte do processo. 14 Gestão da Inovação e Empreendedorismo Laureate International Universities Síntese • Neste capítulo, vimos que projeto é um plano, um planejamento que se desenvolve para resolver um problema. • Compreendeu o que o projeto divide-se em cinco etapas: criação; planejamento; execução; controle e finalização. • Este capítulo também mostrou que a inovação tecnológica prevê um projeto sistematizado em itens bem específicos que, juntos, formalizam a integralização do projeto. São eles: objetivo; justificativa; escopo; metodologia de P&D; atividades; identificação dos recursos necessários; cronograma físico; orçamento; cronograma físico-financeiro de P&D; projeto de investimento em inovação tecnológica; estudo de viabilidade e identificação de fontes de recursos financeiros. • Mostrou também que após as fases de P&D já estiverem encaminhadas, com uma tecnologia iniciada, desenvolve-se então outras três fases: projeto conceitual, engenharia básica e projeto executivo. • Vimos que aprender a gerenciar a inovação é um processo de aprendizagem que inclui compartilhar experiências, explorar novas ideias e conceitos, experimentar alternativas para problemas básicos e refletir sobre a perspectiva de como sempre fazer melhor, aprimorando a forma como se conduz a inovação nas empresas. • Este capítulo também mostrou que o desempenho inovador pode vir no formato de vários tipos de inovação e indicadores, dentre eles: mensuração de resultados (outputs) de vários tipos; mensuração de resultados operacionais ou de processos; mensuração de resultados e mensuração de resultados de sucesso estratégico 15 BRUZZI, D. G. Gerência de projetos: Uma visão prática. São Paulo: Érica, 2002. CODAS, M. M. B. Gerência de projetos – uma reflexão histórica. Revista de Administração de Empresas, v. 27, n. 1, p. 33-37, 2004. LARSON, E. W.; GOBELI, D. H.; GRAY, C. F. Application of project management by small businesses to develop new products and services. Journal of Small Business Management, v.. 29,n. 2; pg. 30-41; Apr., 1991. NAKAGAWA, Marcelo. Empreendedorismo: elabore seu plano de negócio e faça a diferen- ça. São Paulo: Editora Senac, 2013. PROCHNOW, Miriam; SCHAFFER, W.B. Pequeno manual para elaboração de projetos. Rio do Sul: Ed. UFRS, 1999. THOMSON, A. Entrepreneurship and business innovation: the art of successful business start-ups and business planning. Perth, Australia: Murdoch Business School, 2005. Tidd, Joe; Bessant, John; Pavitt, Keitn. Gestão da Inovação. 3.ed. Porto Alegre: Bookmann, 2008. WEISZ, Joel. Projetos de inovação tecnológica: planejamento, formulação, avaliação, toma- da de decisões / Joel Weisz. – Brasília : IEL, 2009. ReferênciasBibliográficas Gestão da inovação e empreendedorismo 3.1 Quais são as metodologias e ferramentas de gestão? 3.1.1 Metodologias e ferramentas de gestão 3.1.1.1 Brainstorming
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