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GESTÃO DE PROJETOS

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GESTÃO DE PROJETOS
PROF. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Gestão Educacional:
Prof.a Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de 
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios 
não vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande 
responsabilidade sobre as escolhas que 
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida 
acadêmica e profissional, refletindo diretamente 
em nossa vida pessoal e em nossas relações 
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade 
é exigente e busca por tecnologia, informação 
e conhecimento advindos de profissionais que 
possuam novas habilidades para liderança e 
sobrevivência no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade, 
capaz de formar cidadãos integrantes de uma 
sociedade justa, preparados para o mercado de 
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 5
1 - CONHECENDO OS CONCEITOS DE PROJETOS .................................................................................................. 6
2 - AS DIMENSÕES, FASES E A ELABORAÇÃO DE PROJETOS ............................................................................ 10
3- JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS DE UM PROJETO ............................................... 15
3.1. INTEGRAÇÃO ...................................................................................................................................................... 16
3.2. ESCOPO .............................................................................................................................................................. 17
3.3. TEMPO ............................................................................................................................................................... 17
3.4. CUSTO ................................................................................................................................................................. 17
3.5. QUALIDADE ....................................................................................................................................................... 18
3.6. RECURSOS HUMANOS .................................................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO À GESTÃO
DE PROJETOS
PROF. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
ENSINO A DISTÂNCIA
DISCIPLINA:
GESTÃO DE PROJETOS
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3.7. COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................................. 18
3.8. RISCOS .............................................................................................................................................................. 19
3.9. FORNECIMENTO ............................................................................................................................................... 19
4 - APROFUNDANDO ................................................................................................................................................ 21
5 - RESUMO ............................................................................................................................................................. 23 
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INTRODUÇÃO
Percebe-se um grande crescimento nas organizações baseadas em projetos, 
independentemente do tipo de organização – pública ou privada – existe uma mudança na forma 
de gerir pessoas e organizações, principalmente em uma sociedade voltada à aprendizagem e ao 
conhecimento.
Os projetos precisam ser vistos como uma forma essencial para o crescimento empresarial, 
sem esse recurso, as organizações passam a se estagnar e parar de crescer podendo até mesmo 
fechar suas portas.
A gestão de projetos é uma matéria de caráter multidisciplinar, cuja importância se 
revela a cada dia. Sua relevância é percebida desde as ideias que surgem no chão de fábrica 
das empresas, passando pelas inovações tecnológicas, até o desdobramento do planejamento 
estratégico de qualquer organização, afinal, todas essas fontes precisam da visão de projetos 
para se transformarem em resultados, pois com a utilização de uma metodologia para gestão 
de projetos pode-se trabalhar de maneira uniforme e gerar indicadores de gestão para facilitar a 
tomada de decisão.
Aproveite este estudo para compreender esses aspectos sobre projetos, buscando se inserir 
nessa dinâmica que objetiva levar as organizações a se tornarem empresas que desenvolvem 
potencialidades com foco em melhor se posicionarem em um mercado competitivo.
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1 - CONHECENDO OS CONCEITOS DE PROJETOS 
Percebemos que na atualidade, nos diversos cenários – locais, regionais ou até mesmo 
nacionais – existem diversos tipos de projetos com foco na educação, no uso de novas tecnologias, 
na comunicação, na formação, na capacitação profissional, para que seja possível desenvolver 
potencialidades dos colaboradores. Esse desenvolvimento de projetos leva a organização a 
um crescimento mais fortalecido, pois cria alicerces e conhecimento dentro da organização, 
melhorando todo o clima organizacional.
Figura 1 – Projetar. Fonte: Google Images.
O grande crescimento das atividades, com base em projetos educacionais corporativos, 
surge devido a diversos motivos, sendo um deles visto como um caminho seguro para que a 
organização consiga implantar mudanças e inovações em seu contexto. Isso faz com que as 
pessoas deixem de ser meras cumpridoras de funções para serem geradoras de ideias e conceitos 
diferenciados, melhorando a competitividade que é essencial no mercado atual.
Isso demonstra que, na atualidade, as organizações precisam estar em equilíbrio 
nos diversos ambientes envoltos em tecnologia, informação e comunicação, levando-nos a 
compreender que a organização de sucesso será aquela que consiga planejar, controlar, executar 
e avaliar as atividades voltadas a projetos.
Hoje, podemos ver a palavra “projeto” sendo empregada em vários contextos, como:
• Projeto arquitetônico (arquitetura).
• Projeto de lei (jurídico).
• Projeto pedagógico (educação).
• Projeto elétrico, hidráulico, mecânico, aeronáutico, naval etc. (engenharia).
• Projeto de software (informática).
• Projeto de marketing (administração).
• Projeto de pesquisa (educação, ciência, tecnologia).
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• Projeto de tese (educação).
• Projeto educacional (educação), etc.
Ao buscar a origem da palavra “projeto”, temos uma visão do termo em diversos contextos, 
segundo o Dicionário Aurélio (s.p.):
Projeto {Do lat. projectu, ‘lançado para diante’.}
1. Ideia quese forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano, intento, 
desígnio.
2. Empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema (por 
exemplo: Projetos Administrativos, Projetos Educacionais).
3. Redação ou esboço preparatório ou provisório de um texto (por exemplo: 
Projeto de Estatuto, Projeto de Tese).
4. Esboço ou risco de obra a se realizar.
5. Arquit. Plano geral de edificação.
Porém, mesmo conhecendo a origem da palavra “projeto”, se faz necessário entender 
seus conceitos e suas aplicações. Na visão de Maximiano (1997), Projeto é visto como um 
empreendimento que tem fim e possui objetivos bem claros e definidos para solução de um 
problema, aproveitar uma oportunidade, ou para sanar os interesses de umas pessoas ou de uma 
organização.
Projeto é uma sequência de tarefas com um início e um fim que são limitadas 
pelo tempo, pelos recursos e resultados desejados. Um projeto possui um 
resultado desejável específico; um prazo para execução; e um orçamento que 
limita a quantidade de pessoas, insumos e dinheiro que podem ser usados para 
completar o projeto. (BAKER & BAKER, 1998, p. 5)
Já Weiss e Wysoki (1992) afirmam que um projeto deve ser visto como um empreendimento 
complexo, que tem fim, com recursos limitados e deve haver envolvimento entre os setores e 
funções da organização com foco em atingir objetivos que solucionem os problemas encontrados 
ou criem inovação na organização. Estes conceitos devem ser vistos dentro da organização, com 
foco na educação corporativa, gerando aprendizagem, desenvolvimento interno, inovação e 
competitividade, por melhor aproveitar as potencialidades dos colaboradores. Neste sentido, 
podemos encarar o projeto como algo voltado à pedagogia do projeto, visto como um projeto de 
trabalho com foco em desenvolver conhecimento e melhora as habilidades individuais.
Podemos, então, definir o Projeto Educacional como um empreendimento que tem 
um fim definido, e objetivos claros e bem definidos, que visam solucionar problemas, gerar 
oportunidades, sanar necessidades dentro de um sistema organizacional que visa a geração de 
educação e conhecimento, para a melhoria e formação das habilidades e potencialidades humanas 
nos mais diferentes níveis de aprendizado.
Com isso, entendemos que os projetos educacionais não focam apenas em instituições de 
ensino, pois podem ser aplicados em empresas, sendo elas públicas ou privadas, além de serem 
benéficos para toda a sociedade, afinal, quando uma empresa consegue gerar conhecimento, pode 
agregar valor em todo o entorno onde está inserida. Entenda, todo projeto com fins educacionais, 
sendo ou não dentro de uma escola ou universidade, pode ser considerado um projeto de ensino 
e aprendizagem.
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Podemos perceber que, na atualidade, as organizações têm buscado especialistas em 
educação e projetos educacionais para desempenharem funções de planejamento, gestão 
e avaliação de projetos dentro das empresas. Se uma organização quer crescer e continuar 
competitiva, necessita da educação para um aprendizado constante e manter o conhecimento 
como foco central de uma gestão coerente e voltada para resultados.
Surge nesse novo contexto o chamado Capital Intelectual, que nada mais é do que um 
valor agregado que constrói, por meio de projetos educacionais, aprendizagem e conhecimento 
nos indivíduos que estão em atuação dentro de um contexto organizacional. Este capital 
intelectual pode ser visto com um diferencial competitivo das organizações, pois as pessoas são 
únicas e não podem ser copiadas. Este capital pode ser desenvolvido por meio de projetos de 
formação profissional continuada, cursos específicos, treinamentos e desenvolvimento de ações 
que geram novos conhecimentos.
É fato que também existem projetos que ajudam a organização no contexto ambiental, 
quanto ao melhor consumo de energia, além de questões sociais, como cidadania, sociedade e 
desenvolvimento sustentável, e projetos que são voltados para a formação e o desenvolvimento 
social e humano.
Veja que, na atualidade, várias mudanças vêm ocorrendo nas organizações e resultando 
em melhorias da gestão de pessoas, gerando capital intelectual. As organizações têm buscado 
cada vez mais Treinamento e Desenvolvimento para geração de conhecimento e aprendizagem 
constantes. 
A Educação Corporativa deve ser um projeto constante e bem aplicado dentro das 
organizações que querem continuar competitivas e que consigam se desenvolver constantemente 
para gerar inovação.
Sabemos que o capital intelectual é visto na atualidade como um recurso 
econômico, devido a vivermos em uma sociedade baseada em informação e 
conhecimento. A alta competitividade do mercado exige que as organizações 
tenham esse capital intelectual, atuando de forma eficiente e ajudando nas 
tomadas de decisão estratégicas das empresas e organizações.
Quando aliamos as tecnologias, a informação, o conhecimento e as pessoas, 
temos um conjunto de elementos que formarão nosso capital intelectual, um 
tema que tem sido alvo de estudos e pesquisas para buscar a melhoria da gestão 
do conhecimento nas organizações, pois esse capital intelectual é capaz de gerar 
lucros para as empresas. 
A gestão do conhecimento possibilita identificar e mapear os talentos, a criatividade 
e a capacidade de cada indivíduo dentro de uma organização, possibilitando, 
assim, o desenvolvimento contínuo das pessoas. Tudo isso, é visto de forma 
estratégica pelos pesquisadores atuais, e demonstra que o capital intelectual é o 
grande diferencial competitivo em nosso contexto econômico.
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/qual-e-o-
verdadeiro-significado-de-capital-intelectual/62410/ 
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As empresas precisam entender que o capital humano só se desenvolve com investimento 
da educação e no desenvolvimento das potencialidades, buscando sempre atingir vantagem 
competitiva por meio da adaptação nas mudanças do mercado.
Figura 2 – Organização. Fonte: Google Images (2018).
 
A gestão da organização tem buscado levar as pessoas, tanto com títulos acadêmicos como 
os que têm experiências a serem compartilhadas, a buscar formas de aprendizagem constantes 
para o alcance dos objetivos organizacionais. 
A liderança não pode ser controladora, e sim, motivadora, por meio do envolvimento 
de todos em reuniões, treinamentos, seminários, ou até mesmo, por meio da criação de uma 
universidade corporativa, sempre visando a educação continuada.
Em uma economia que trabalha de forma global, o dinheiro não é mais visto como o 
mais importante, mas sim o conhecimento e a inovação, que têm o capital humano gerador de 
inovação e vantagem competitiva. 
Só tome cuidado para não entender esse contexto de projeto educacional como algo 
apenas que visa o treinamento ou a qualificação da mão de obra, visto que temos que entender que 
a educação corporativa está relacionada a uma nova maneira de pensar e agir, com foco em uma 
aprendizagem contínua, tendo metas e objetivos bem traçados e agregando valor a organização.
Segundo Eboli (2002), o projeto educacional nas empresas tem por objetivo a criação de 
um sistema eficiente e eficaz que gera aprendizagem humana, e que desenvolve competitividade 
de mercado e criação de estratégias empresarial diferenciadas. Somando com esses conceitos, 
Meister (1999) afirma que a educação corporativa é o arcabouço estratégico que visa desenvolver 
e educar os funcionários, clientes, fornecedores e comunidade como foco em atingir as estratégias 
organizacionais.
Na visão de Quartiero & Cerny (2005), os projetos educacionais estão centrados em 
uma sociedade do conhecimento, onde existe a transformação do indivíduo social por meio do 
conhecimento. 
O novo gestor e colaborador trabalha focado nas competências individuais e no melhor 
desempenho dos trabalhos em grupo, de forma interligada,responsável, solucionando problemas, 
com isso gerando conhecimento, crescimento e vantagem competitiva.
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Um outro conceito importante dentro do ambiente de projetos é o do Gerenciamento do 
Conhecimento, que visa avaliar as informações históricas e as novas informações da organização, 
para a geração contínua de aprendizagem e estratégicas que leva a organização ao objetivo traçado.
Perceba que os principais conceitos sobre projetos visam a melhoria no processo de 
aprendizagem e geração de conhecimento, sempre com vistas em um aprimoramento na gestão 
do capital humano e intelectual da organização.
Os projetos voltados para a educação corporativa devem ser vistos como ferramentas 
estratégicas que levam a empresa a um patamar diferenciado e que desenvolve potencialidades 
pessoais que geram um diferencial competitivo em um mercado altamente exigente e em 
constante mudança.
2 - AS DIMENSÕES, FASES E A ELABORAÇÃO DE 
PROJETOS 
Quando pensamos em um projeto, é possível perceber duas dimensões que o permeiam: 
O Planejamento e a Gestão. Por definição, um planejamento é visto como a preparação 
antecipada de um trabalho ou ação por meio de busca de informações e metodologia que leve 
a um resultado satisfatório. Já a gestão ou administração, é vista como a capacidade de levar 
um processo, trabalho, pessoas ou recursos até o fim de algo que foi planejado com foco em 
resultados. Essas dimensões são essenciais e precisam ser compreendidas e dominadas para que 
um projeto aconteça com qualidade e eficiência, sempre focado na geração de conhecimento 
organizacional.
Para que tenhamos esses resultados de forma eficiente, primeiramente, precisamos 
entender o foco do projeto. Definimos, então, qual o problema a ser resolvido, qual a importância 
do projeto e como ele pode transformar a realidade, com isso, começamos a entender os caminhos 
que devemos seguir na sua elaboração.
O bom planejamento é essencial para que um projeto aconteça, além da boa gestão desde 
o início do projeto, até o seu término, sempre visando corrigir possíveis falhas e implementar 
ações, quando necessárias, para que o foco do planejamento possa ser atingido. Essa gestão 
precisa estar voltada para a inovação, deve ser flexível e estar preparada para encarar as mudanças 
constantes no ambiente interno e externo da organização.
Os projetos voltados para a educação corporativa precisam ter alto grau de inovação, 
desde o seu planejamento, passando pela execução, sendo bem aplicado na implementação até o 
seu fechamento.
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/capital-
intelectual-e-sua-importancia-para-as-organizacoes/27681/ 
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A implementação deve ser gerida de forma contínua e eficiente, visando levar o projeto 
ao seu objetivo previsto no planejamento. 
Por definição, a gestão de um projeto é vista como a ação e técnica de gerenciamento 
que controla e conduz o projeto até o seu objetivo. É fato que dentro desse conceito, a gestão não 
é apenas executar algo que está planejado, mas deve ser encarada como algo que pode modificar 
e adaptar situações para o melhor rendimento do processo. Essa gestão é necessária para que 
exista uma estrutura de controle, e processos com a finalidade de atingir resultados traçados 
anteriormente no planejamento.
Figura 1 - A correta gestão de projetos. Fonte: o autor.
Esta preocupação com a gestão pode levar a organização a resultados excepcionais, que 
agregam valor e geram conhecimento constante. 
Lembre-se que os projetos podem ser aplicados em diversas áreas e geram enormes 
benefícios, quando bem aplicados e planejados.
Tipos de projetos Exemplos
Administração Campanha de redução de custos
Construção Prédio, usina siderúrgica
Eventos Feiras, shows
Manutenção Revisão de aeronaves
Pesquisa e desenvolvimento Novos produtos
Qualidade Implantação de ISO 9000
Tabela 1 - Tipos de projetos. Fonte: o autor.
Dentro do enfoque de nosso estudo, o projeto tem por objetivo criar um resultado único 
e diferenciado, proporcionando agregação de valor, conhecimento e aprendizado contínuo na 
organização. Um projeto não é feito só de boa vontade, e sim, por meio de dedicação constante, 
planejamento, gestão e foco em resultados. Para tanto, vamos conhecer quais são as fases de um 
projeto e sua importância no contexto do planejamento e gestão do projeto.
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Figura 2 - Fases de um projeto. Fonte: o autor.
Existem algumas variações nos nomes destas fases de projetos, porém não alteram sua 
compreensão ou definição. Estudos indicam que os projetos podem apresentar 5 fases, que 
demonstram como um projeto é executado e precisa de planejamento e cuidados em cada uma 
dessas fases.
Essas fases, conforme a figura anterior, são as seguintes, na visão de Dinsmore (1992, p. 
22-23): 
Concepção: busca identificar as necessidades da organização, avalia as questões de 
viabilidade, pensa em alternativas para o projeto, além de buscar orçamentos e cronogramas para 
uma boa execução do projeto. Nesta fase, também se faz necessário definir a equipe de trabalho.
Planejamento: aqui se faz necessário programar o capital intelectual (recursos humanos), 
os materiais e as finanças; e, se necessário, gerar protótipos, analisar e aprovar a execução.
Execução e Controle: precisa cuidar das atividades programadas, monitorar e controlar 
cada ação, e se preciso for, fazer os ajustes necessários para que tudo ocorre com eficiência e 
qualidade.
Final: o caminho depois de percorrido chega ao encerramento do projeto, observando 
se houve resultados positivos ou negativos, treinando e realocando recursos, se necessários, para 
uma continuidade em busca dos objetivos organizacionais.
Essa sequência também leva o nome de Ciclo de Vida de Projetos, pois demonstra como 
acontece o projeto do começo ao fim. Lembrando que um projeto pode ser aplicado novamente, 
desde que ao final se busque informações para avaliar se o projeto foi um sucesso completo ou 
precisa de alguma mudança para ocorrer novamente. 
Precisamos, é claro, tomar cuidado, pois essas fases acabam demonstrando que um 
projeto só funciona de forma linear e não tem flexibilidade para pular, ou até mesmo, alterar fases, 
quando necessário. Podemos perceber que o planejamento não é interrompido em nenhuma das 
fases, pois se faz necessária a implementação constante do projeto para que ele atinja os objetivos. 
As interações em cada fase servem para corrigir ou adaptar o que for preciso dentro do contexto 
do projeto, lembre-se, o foco sempre é atingir os melhores resultados possíveis. O mercado, as 
pessoas e a organização são flexíveis e mudam constantemente, logo, os projetos não podem ficar 
de fora desse contexto.
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Para cada fase, podemos identificar algumas atividades essenciais para seu bom 
andamento:
1. Concepção: Desenvolvimento da visão geral do projeto.
• Reconhecer que vale a pena efetuar um Projeto
• Identificar e definir o problema ou situação geradora
• Determinar o que o Projeto vai realizar
• Definir a abrangência do Projeto
2. Planejamento: Definição dos objetivos, resultados esperados, recursos necessários, 
custos e prazos.
• Refinar e detalhar o escopo do Projeto
• Listar as atividades e tarefas necessárias aos resultados desejados
• Sequenciar as atividades da maneira mais eficiente possível
• Definir um cronograma e atribuir recursos a cada atividade programada
3. Execução: Organização, coordenação e direcionamento de equipes
• Organizar e coordenar equipes; atribuir tarefas
• Resolver conflitos e problemas
• Manter comunicação efetiva com os envolvidos no projeto
• Garantir o provimento de recursos para realizar o planejamento
4. Controle:Acompanhamento da execução do projeto
• Monitorar a execução e identificar desvios em relação ao plano
• Adotar ações corretivas para manter o curso planejado
• Reescalonar as atividades, na medida do necessário
 Adequar recursos disponíveis e/ou abrangência do projeto
5. Final: Avaliação dos resultados do projeto
• Verificar, analisar e avaliar os resultados alcançados
• Elaborar relatórios finais
• Disseminar os resultados alcançados
• Consolidar o aprendizado como projeto; formular novas propostas
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É preciso tomar muito cuidado com o controle em todos os processos do projeto, para 
que o que foi planejado não se perca no caminho ou nem seja executado. Os projetos passarão 
por diversas variáveis e por isso esse controle é essencial, nos mínimos detalhes, pois sem controle 
isso pode impactar na má execução do projeto ou na sua inviabilidade.
Um projeto só atinge seu objetivo quando consegue cumprir prazos e orçamentos, 
ter qualidade e satisfazer as expectativas os envolvidos com o projeto. Um bom controle e 
planejamento leva a organização ao sucesso e à maximização de seus resultados em um mercado 
altamente competitivo.
Podemos entender que em um projeto existem fatores que levam ao sucesso, ou também, 
podemos chamar de Fatores Críticos de Sucesso (FCS). Esses fatores podem variar de organização 
para organização, porém, são fatores que precisam ser cuidados e avaliados constantemente.
Nesse sentido, podemos verificar alguns possíveis Fatores Críticos de Sucesso:
• Administrar conflitos;
• Aprimorar as habilidades comportamentais;
• Concentrar-se em garantir adequada comunicação entre as interfaces;
• Continuidade do pessoal do projeto (baixa rotatividade).
• Controlar e avaliar resultados;
• Dar respostas rápidas aos clientes;
• Elaborar planos de contingências;
• Estabelecer metas claras para atingimento;
• Garantir gerente de projeto competente;
• Garantir mecanismos de ataque de problemas;
• Garantir mecanismos de controle;
• Garantir membros do grupo de projeto competentes;
• Manter canais de comunicação adequados;
• Planejar e definir marcos intermediários;
• Preocupar-se em montar a melhor equipe possível;
• Preparar-se para o inesperado;
• Ter adequado apoio da alta administração;
• Ter capacidade de realimentação;
• Ter suficiente alocação de recursos.
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Aqui, começamos a entender a importância de um bom planejamento e gestão de um 
projeto, principalmente, com foco educacional dentro da organização. Para que um projeto 
nasça e tenha sua vida plena e bem utilizada, é necessário ter um foco principal, que visa o 
desenvolvimento de vantagem competitiva e crescimento intelectual da organização. Em projetos 
genéricos, podemos verificar que o foco pode ser:
• Produtos melhorados: a exigência de mercado pede evolução constante dos produtos, 
sempre com controle e planejamento.
• Novos produtos: às vezes, se faz necessário desenvolver novos produtos para atingir os 
objetivos do mercado exigente.
• Mudanças na organização: em certos momentos, é necessário que haja mudanças, 
alianças estratégicas com outras organizações, ou mudanças na estrutura, para que seja possível 
atingir os objetivos traçados no planejamento organizacional.
• Gestão estratégica: para sanar as constantes exigência do mercado, é necessário um foco 
estratégico, atentando-se aos desejos e necessidades do mercado, além de entender as pessoas que 
permeiam a organização na execução do projeto.
• Melhorias organizacionais: é essencial que as organizações tenham uma orientação 
que vise aprimoramento de processos. Isso gerará resultados positivos ao final do projeto.
A elaboração de um projeto acontece quando problemas, necessidades, oportunidades e 
desafios surgem, porém, esses fatores estão ligados a algumas circunstâncias que deram origem a 
esse projeto – que começa a ser elaborado quando surge uma necessidade específica, ou surge a 
buscar para aproveitar uma oportunidade mercadológica. Isso demonstra que um projeto vem ao 
encontro das necessidades do novo gestor, que busca gerar conhecimento e aprendizagem dentro 
de sua organização, com objetivo de sanar as necessidades e desejos de seu mercado consumidor 
de produtos ou serviços.
3- JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E RESULTADOS 
ESPERADOS DE UM PROJETO 
Vimos até aqui as definições e a importância dos projetos, mas também precisamos 
entender que o que justifica um projeto é a necessidade de encontrar soluções para problemas 
que surgem durante a vida de uma organização, podendo ser com o desenvolvimento de novos 
processos ou produtos até mudanças estruturais com foco em maximizar resultados.
Outro detalhe que precisamos perceber é que um projeto também pode surgir a partir 
de interesses e conhecimentos individuais ou coletivos. Com isso, percebemos que um projeto 
surge pela necessidade de resolver um problema que será resolvido e desenvolvido por um grupo 
empreendedor.
Vários problemas podem justificar o surgimento dos projetos, e cada um desses 
problemas leva o nome da fonte geradora do projeto, que só será efetivamente realizado se o 
grupo empreendedor entender a real necessidade de sua execução.
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Dentro do contexto de Educação Corporativa, Eboli (1999) afirma que o desenvolvimento 
de um projeto de educação corporativa só acontece se todos compreendem a importância da 
educação e do aprendizado dentro da organização.
Lembre-se que dentro das organizações existem interesses em jogo, desejos e experiências 
diferentes, e isso deve ser levado em conta, ao desenvolver um projeto, pois se faz necessário 
deixar claro o motivo pelo qual ele será elaborado e aplicado na organização.
Precisamos, primeiramente, ter clareza na definição dos problemas ,para justificar a 
elaboração de um projeto, principalmente, se voltado para as questões de educação corporativa. 
Todo problema tem suas causas, mas também tem efeitos que, se mal trabalhados, podem 
criar problemas de clima organizacional, relacionamentos internos e, até mesmo, acabar com a 
autoestima dos colaboradores.
Freire (2003) afirma que o ato de ensinar não é apenas passar conhecimento, mas desenvolver 
a possibilidade do indivíduo produzir seu próprio conhecimento com experiências que vivencia. 
No ambiente empresarial, este autoconhecimento pode acontecer pela disponibilização de 
práticas educacionais que melhoram a comunicação, melhoram os relacionamentos e estimulam 
a aprendizagem, por meio de treinamentos e práticas que levam as pessoas a aprenderem e gerar 
conhecimento.
De acordo com o Project Management Institute (PMI), o “Universo de Conhecimento” 
necessário para se gerenciar projetos é composto por nove áreas distintas. Porém, não existe 
uma concordância irrestrita a respeito, mas uma tentativa para se organizar o conhecimento 
necessário ao bom gerenciamento de projetos.
Figura 3 – Project Management Institute. Fonte: Google Images (2018).
3.1. Integração
• Tabela Geral do Projeto (esquema genérico);
• Lista Preliminar do Escopo;
• Plano de Gerenciamento do Projeto;
• Dirigir e Gerenciar a Execução do Projeto;
• Monitorar e Controlar o Projeto como Trabalho;
• Acompanhar o Projeto o Tempo Todo;
• Controlar as Mudanças Integradas;
• Finalizar Processos do Gerenciamento do Projeto.
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3.2. Escopo
• Estabelecer fronteiras entre determinadas tarefas, atividades, contratos, atribuições, 
responsabilidades e missões (término e início de um trabalho);
• Deve ser gerenciado por planejamento, interface e documentação dos itens que passam 
de uma área para outra;
• Coordenação diária com reuniões periódicas;
• Acompanhamento contínuo (follow-up) para não se perder o foco do projeto;
•A gerência do escopo do projeto ajuda a definir exatamente o que precisa ser feito por 
parte de cada elemento que atua no projeto.
3.3. Tempo
• A corrida contra as datas estabelece o ritmo de trabalho em projetos;
• O tempo é um padrão importante para avaliar o sucesso;
• A correta administração do tempo (juntamente com o controle sobre os custos) tem 
feito a diferença entre o bom e o mau resultado na implementação de um projeto;
• No planejamento e no controle das atividades do projeto, principalmente aqueles mais 
complexos, algumas técnicas de rede com uma relação de interdependência, tais como PERT/
CPM, são utilizadas com maior frequência.
3.4. Custo
• Pode-se expressar um projeto, em números, somando-se os custos em equipamentos, 
materiais, mão de obra, assistência técnica, bens imóveis e financiamentos;
• Até o tempo pode ser ali representado e, por conseguinte, ser agregado;
• A gerência de projetos é responsável pelo controle dos custos globais para mantê-los 
dentro dos limites orçamentários;
• Projetos resumem-se em Dinheiro;
• É o dinheiro que faz com que o projeto progrida e é a razão da sua existência (gerar mais 
dinheiro ou benefícios para o proprietário ou organização patrocinadora).
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3.5. Qualidade
• Uma das metas principais: qualidade (veja o posicionamento no mercado);
• Nos projetos industriais, os padrões são ditados por especificações, que são utilizadas 
no monitoramento do desempenho do projeto;
• Onde não existem especificações tão detalhadas para se estabelecer padrões de qualidade, 
espera-se um mínimo de qualidade funcional;
• Se não for apresentado um mínimo de qualidade funcional, não somente o projeto, mas, 
também, produto e/ou serviço estarão fora do mercado;
• A defesa da qualidade de um projeto permanece como uma das responsabilidades 
primordiais de um Gerente de Projetos.
3.6. Recursos Humanos
Precisa ser gerenciada de três formas diferentes:
• Administrativa: atender às necessidades burocráticas do funcionário tais como 
recrutamento, salário, férias e demais benefícios;
• Alocação de mão de obra: quantidade, qualificação e tempo necessário;
• Motivação e comportamento: atenção gerencial por meio de treinamento e 
desenvolvimento.
3.7. Comunicação
• São de extrema importância para um bom entendimento e desenrolar das atividades do 
projeto;
• Comunicações Formais atendem ao planejamento organizacional, ao planejamento 
estratégico, ao planejamento do projeto propriamente dito, às normas, aos padrões e aos 
procedimentos;
• Comunicações Interpessoais também requerem atenção, para que se possa interagir 
com eficácia;
• Comunicações com a Comunidade fazem parte das relações públicas e visam não só 
quebrar resistências, mas também influenciar o público.
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3.8. Riscos
Em um ambiente estável, as decisões podem ser baseadas em experiências, em dados 
históricos e conhecimentos práticos;
Regras simples: Se acontecer “A” faça “X”, se acontecer “B” faça “Y”, isto significa uma 
atenção e preparo constantes de todos os envolvidos;
Decisões tomadas em condições de risco ou incerteza não são programáveis, portanto, a 
equipe deverá se adaptar à nova situação;
Flexibilidade (e não o personalismo) é característica mandatória para que o grupo 
apresente bom desempenho.
3.9. Fornecimento
No gerenciamento de projetos, é necessário tratar com terceiros que fornecem serviços, 
materiais e equipamentos;
O destino do projeto depende da capacidade de bem escolher os fornecedores e os 
prestadores de serviços, com termos contratuais adequados;
A coordenação das atividades de terceiros, seu acompanhamento e avaliação de 
desempenho são de suma importância.
Perceba que a busca para atuar nessas áreas do conhecimento gera uma “justificativa” 
para elaborar um projeto, podendo levar a empresa, e todos os envolvidos, a desenvolver 
aprendizagem e conhecimento, por meio de novas experiências que serão criadas a partir do 
projeto. Fato que gera a necessidade de compreender o que é essa justificativa de um projeto. 
Principalmente, porque um projeto só deve acontecer se sua justificativa for clara e bem definida. 
Diante disso, podemos afirmar que a justificativa é um elemento essencial na negociação e 
aprovação de um projeto junto aos envolvidos com a sua realização, visto que tem o foco de criar 
fundamento e aprofundamento do contexto do projeto, e ajuda na compreensão do motivo da 
existência do projeto. A justificativa irá apresentar mais dados sobre o projeto: material teórico, 
dados estatísticos, dados que apresentam a situação antes do projeto. Com isso, será possível 
avaliar os resultados que serão alcançados após a execução do projeto.
Após entender a importância da justificativa do projeto, precisamos compreender quais 
são os objetivos do projeto elaborado, e isso deve ser visto como de extrema importância dentro 
do planejamento do projeto.
Note que a Comunicação de Informações Gerenciais é também muito importante 
para que cada um na organização saiba, de forma oficial, qual a real situação do 
projeto, de cada área e de cada pessoa envolvida, se for o caso. Dessa forma, deve 
acabar, ou pelo menos diminuir, com os rumores provenientes da chamada “rádio 
peão”.
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Ao tratar da produção de bens, prestação de serviços ou geração de educação corporativa, 
há uma grande necessidade de melhorar de forma contínua para atender as necessidades variadas 
que surgem nas organizações e no mercado consumidor. Essa melhora nos leva a desenvolver 
projetos que consigam sanar essas necessidades que surgem diariamente, com isso, temos 
objetivos a atingir com a elaboração de projetos.
Na visão de Slack (2002, p. 119), existem cinco objetivos que precisamos atingir com a 
gestão de projetos: Qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo. Esses objetivos 
devem servir de base para a elaboração dos projetos e dentro da educação corporativa. Deve 
haver qualidade do início ao fim do processo de desenvolvimento de conhecimento, sem perder 
tempo (rapidez), mas gerando confiança entre os envolvidos no processo. 
Entendo que as pessoas são diferentes e tem necessidades específicas, nos levando a ter 
flexibilidade dentro do contexto. Claro que tudo isso deve ser avaliado e calculado para que os 
custos estejam dentro de um planejamento viável para a empresa.
Definir quais vão ser os objetivos de um projeto é algo de extrema relevância dentro 
do planejamento. Dentro dessa aula, podemos perceber que um objetivo é visto como ter um 
propósito, uma intenção, algo que se deseja atingir por meio do projeto a ser realizado. Com 
isso, podemos dividir os objetivos em geral e específicos.
Na visão de Oliveira (2010, p. 36) “o objetivo geral precisa dar conta da totalidade do 
problema da pesquisa, devendo ser elaborado com um verbo de precisão, evitando ao máximo 
uma possível distorção na interpretação do que se pretende pesquisar”. Olivera (2010, p. 37) 
ressalta que “os objetivos específicos fazem o detalhamento do objetivo geral e devem ser iniciados 
com o verbo no infinitivo”. Podemos utilizar como verbos para construir os objetivos gerais: 
Analisar, Avaliar, Caracterizar, Discutir, Diagnosticar, Investigar, Implantar, Estudar, Promover, 
Pesquisar, Realizar, Determinar.
-Já dentro dos objetivos específicos se costumam utilizar os seguintes verbos: Indicar, 
Desenhar, Colaborar, Cotejar, Descrever, Desenvolver, Utilizar, Divulgar, Elaborar, Empreender, 
Explicar, Evidenciar, Facilitar, Focalizar, Fornecer, Identificar, Interpretar, Investigar, Levantar, 
Localizar, Promover, Realizar, Reconhecer, Reunir, Sugerir, Traçar, Verificar.
Um detalhe importante é que precisamos entender que os objetivos estão diretamente 
ligados com os resultados que se esperam ao realizarum projeto. É muito raro pensarmos em 
objetivos sem ligá-los a algum resultado que estamos esperando conquistar. 
Porém, algo que devemos entender é que um projeto pode chegar ao seu final e não 
conseguirmos perceber se os resultados foram atingidos. Com isso, podemos perceber que os 
resultados são consequências do projeto que dependem das variações em sua execução e isso 
acaba sendo incontrolável e impreciso, pois envolvem pessoas e ambientes dinâmicos.
É fato que sobre os produtos ou serviços que são projetados temos o controle direto, o 
que não controlamos são seus resultados e impactos dentro do contexto do projeto. Por isso, 
precisamos diferenciar produtos e serviços de resultados e impactos, veja a seguir um exemplo:
- Situação geradora: baixo rendimento dos alunos em matemática no Programa de 
Educação de Jovens e Adultos.
Objetivo geral: contribuir para a melhoria do rendimento dos alunos em matemática, no 
programa de Educação de Jovens e Adultos.
- Objetivo específico: desenvolver metodologia de ensino baseada em jogos matemáticos 
visando à melhor aprendizagem dos alunos do programa de Educação de Jovens e Adultos.
- Processo (ações previstas, dentre outras): atividade de desenvolvimento de jogos 
matemáticos, usando materiais disponíveis na escola, experiência do corpo docente, realização 
de cursos etc.
- Produto esperado (dentre outros): jogos matemáticos desenvolvidos, construídos, 
testados e aplicados em sala de aula.
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- Resultado esperado (dentre outros): alunos com maior motivação e melhor 
desempenho no estudo e aprendizagem de matemática.
- Impacto (dentre outros): aumento do interesse dos alunos pela leitura de textos de 
matemática e participação em eventos educacionais envolvendo conhecimentos de matemática.
Em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, ter objetivos claros e projetos 
voltados para a educação corporativa é essencial para o crescimento das pessoas envolvidas 
e da maximização dos resultados dentro da organização. Todo projeto precisa ser visto como 
ferramenta que pode causar diferenciação e vantagem competitiva, além de enxergar as pessoas 
como diferencial estratégico e não apenas como um recurso limitado.
4 - APROFUNDANDO
Buscar uma educação corporativa é criar uma mudança comportamental nas pessoas, 
para que possam pensar de forma crítica, tendo a capacidade de desenvolver o autogerem 
ciamento e o aprimoramento da inteligência emocional (capacidade de lidar com as emoções de 
forma estratégica), buscando a cada dia melhorias nos processos. Isso passa por avaliar valores 
próprios, princípios éticos e seu relacionamento com os colegas de trabalho e a comunidade onde 
a empresa está inserida.
Para que as organizações consigam aplicar essa Educação Corporativa, é possível criar 
parcerias com universidades, escolas ou centros de treinamentos, desta forma, conseguindo levar 
ensino e aprendizagem aos colaboradores por meio do ensino e aprendizagem, unindo teoria e 
prática, gerando um aprimoramento e aumento de desempenho de cada pessoa.
A educação corporativa tem o foco de desenvolver a empresa ou organização como um 
todo, envolvendo empregados, fornecedores, clientes, gestores, acionistas e demais interessados. 
Essa educação visa colocar em prática as estratégias empresariais alavancando oportunidades e 
aumentando a chance de inserir-se em novos mercados e tendo uma visão maximizada de futuro 
para a organização.
Nessas parcerias entre empresas e instituições de ensino, pode haver vários formatos de 
educação, que seguirão leis e regras específicas para atender exigências da empresa, mas sem 
deixar de lado as regras e leis vigentes. As formas de educação podem ocorrer:
• Ensino à Distância;
• Educação Profissional;
• Pós-graduação em nível de especialização;
• Pós-graduação em nível de Mestrado Profissional;
• Cursos e treinamentos dentro da própria empresa.
As organizações que têm obtido sucesso nesse mercado altamente competitivo são aquelas 
que direcionam suas ações em desenvolver as habilidades e potencialidades de seus colaboradores 
por meio de treinamentos e ensino personalizado e específico. As instituições de ensino buscam 
atender todas essas demandas trabalhando todos os aspectos organizacionais como: finanças, 
tecnologia, marketing, recursos humanos, contabilidade, logística, entre outros.
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O projeto de educação corporativa deve ter claramente definido a missão, os objetivos e 
as estratégias de ação para executar dentro de um cronograma as ações necessárias para atingir 
o desenvolvimento de conhecimento entre os colaboradores. Isso gerará um fortalecimento da 
cultura organizacional, tornando a empresa mais dinâmica e focada em melhorias contínuas.
Quando o foco da organização é a educação contínua e não apenas um treinamento, 
o efeito é duradouro e de longo prazo. Porém, precisamos estar cientes de que nem todos irão 
mudar em um primeiro momento, pois é necessário mostrar às pessoas a importância e vantagem 
dessa mudança. Lembre-se, as pessoas não gostam de mudanças, e isso pode ser a grande barreira 
nesse processo.
Os treinamentos de curto prazo apenas visam a competição momentânea, sem a 
preocupação de desenvolver um mecanismo contínuo de desenvolvimento humano. A educação 
corporativa visa a competitividade por meio do desenvolvimento das pessoas, de forma eficiente 
e enxergando que as pessoas são um diferencial competitivo e capital humano.
Lembrando que esse novo modelo educacional não é milagroso, pois precisa que todos 
os envolvidos estejam comprometidos com todos os processos e que queiram desenvolver suas 
competências, por meio do ensino-aprendizagem, gerando conhecimento. Isso é uma mudança 
de cultura organizacional, com foco na continuidade da organização durante o tempo.
Na atualidade, temos várias tecnologias que facilitam que as pessoas tenham acesso 
à informação, isso também traz uma grande responsabilidade, pois com mais informação 
circulando, maior é a responsabilidade das pessoas em trabalhar essas informações para ter 
resultados positivos. 
As organizações de sucesso buscam cada vez mais o desenvolvimento e um processo 
educacional, retendo talentos e gerando a possibilidade de desenvolver profissionais preparados 
para as mudanças futuras.
A educação corporativa é uma ferramenta estratégica e deve ser utilizada para criar um 
diferencial competitivo, por meio do melhor uso do capital humano da empresa atendendo com 
isso as grandes exigências do mercado.
Título: Trabalhando com Projetos
Autor: Barbosa, Eduardo Fernandes / Moura,Dácio G.
Editora: Vozes
Sinopse: Este livro é uma contribuição literária para 
os educadores que buscam informações sobre 
gestão de projetos educacionais. A obra se concentra 
especificamente no “plano” e no decorrer dos capítulos 
perpassa a “concepção”, o “planejamento”, a “execução”, 
o “controle” e o “encerramento”. É um texto repleto de 
teoria e exemplificações. 
Além de ser destinado a professores, promete interessar os estudantes das 
ciências humanas e sociais.
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Título: Ser e Ter
Ano: 2002
Sinopse: Na zona rural da França, o professor Georges 
Lopez educa 12 crianças, cujas idades variam de 4 a 11 
anos de idade. Ao longo de um ano, Lopez, que está perto 
de se aposentar, instrui todos em uma pequena sala de 
aula com as ferramentas tradicionais de ensino francês: 
repetição mecânica e ditado de passagens literárias 
para copiar. Com o passar da temporada, Lopez deve 
manter seus alunos disciplinados enquanto prepara as 
crianças mais velhas para os exames que determinarão 
seu futuro educacional.
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
Videoaula sobre Educação Corporativa e sua importância dentro do contexto 
mercadológico e profissional. Mostra como o mercado atual mudoue as empresas 
precisam acompanhar essas mudanças por meio de uma educação diferenciada.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=orr5_260cOU> 
5 - RESUMO
O grande crescimento das atividades, com base em projetos educacionais corporativos, 
surge devido a diversos motivos, sendo um deles visto como um caminho seguro para que a 
organização consiga implantar mudanças e inovações em seu contexto. Isso faz com que as 
pessoas deixem de ser meras cumpridoras de funções para serem geradoras de ideias e conceitos 
diferenciados, melhorando a competitividade, que é essencial no mercado atual.
Na visão de Maximiano (1997), Projeto é visto como um empreendimento que tem fim, 
e possui objetivos bem claros e definidos para solução de um problema, visando aproveitar uma 
oportunidade ou para sanar os interesses de umas pessoas ou organização. Podemos, então, 
definir o Projeto Educacional como um empreendimento que tem um fim definido, assim 
como objetivos claros e bem definidos, que visam solucionar problemas, gerar oportunidades, 
sanar necessidades dentro de um sistema organizacional, que visa a geração de educação e 
conhecimento, para a melhoria e formação das habilidades e potencialidades humanas nos mais 
diferentes níveis de aprendizado.
A Educação Corporativa deve ser um projeto constante e bem aplicado dentro das 
organizações que querem continuar competitivas e que consigam se desenvolver constantemente 
para gerar inovação. 
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As empresas precisam entender que o capital humano só se desenvolve com investimento 
da educação e com o desenvolvimento das potencialidades, buscando sempre atingir vantagem 
competitiva por meio da adaptação às mudanças do mercado.
A elaboração de um projeto acontece quando problemas, necessidades, oportunidades e 
desafios surgem, porém, esses fatores estão ligados a algumas circunstâncias que deram origem a 
esse projeto. Assim, um projeto começa a ser elaborado quando surge uma necessidade específica 
ou busca aproveitar uma oportunidade mercadológica. 
 
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02
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 26
1 - ELABORAÇÃO DE UM PROJETO ........................................................................................................................ 27
2 - PLANO E PLANEJAMENTO DE UM PROJETO .................................................................................................. 35
3 - CONTROLE E GESTÃO DE PROJETOS .............................................................................................................. 39
4 - APROFUNDANDO ............................................................................................................................................... 42
4.1. NÍVEL ESTRATÉGICO DO PROJETO ................................................................................................................. 43
4.2. NÍVEL TÁTICO DO PROJETO ............................................................................................................................ 43
4.3. NÍVEL OPERACIONAL DO PROJETO ............................................................................................................... 43
5 - RESUMO ............................................................................................................................................................. 45
ELABORAÇÃO E PLANEJAMENTO
DE PROJETOS
PROF. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
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DISCIPLINA:
GESTÃO DE PROJETOS
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INTRODUÇÃO
 
Um projeto bem elaborado envolve funcionários, clientes, fornecedores e comunidade em um 
processo de desenvolvimento educacional contínuo, cumprindo as visões estratégicas da empresa.
Projetos são fundamentais, principalmente em uma sociedade conhecida como “do 
conhecimento”, em que o grande foco é transformar uma realidade em um futuro promissor. Por 
isso, ao falar de elaborar projetos, estamos falando de planejamento, controle, gestão, ensino e 
mudança de mente, com foco em gerar resultados de desenvolvimento humano e organizacional. 
Por isso, precisamos compreender como funciona a elaboração de um projeto, principalmente 
os de educação corporativa. Além disso, é importante entendermos que todo projeto precisa de 
um plano de ação, ou vários, e um bom planejamento, pois, sem isso, se torna algo sem objetivo 
sem nenhum valor para gerar desenvolvimento. É fato que não existe execução de projetos sem 
que haja um controle adequado do projeto, avaliando cada fase e verificando a necessidade de 
mudanças ou correções para que os objetivos planejados possam ser atingidos. 
Isso tudo leva a compreender o contexto de uma gestão de projetos pautada em atingir 
resultados maximizados e que criem mudanças de comportamento para que a empresa ou 
organização esteja preparada para a luta diária que é atender o mercado com a qualidade que é 
exigida.
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1 - ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 
Já vimos o que é um projeto e como ele é importante dentro de um contexto organizacional 
para o desenvolvimento das potencialidades, principalmente no tocante a projetos educacionais 
corporativos.
Projetos são empreendimentos que fazem parte, consciente ou inconscientemente, do 
dia a dia de qualquer organização. A visão da empresa influenciará sensivelmente no sucesso dos 
projetos.
Um projeto possui algumas características pertinentes ao seu métier. Na visão de Vargas 
(2003, p. 15), essas características são a temporalidade (início, meio e fim), individualidade 
do produto ou serviço a ser desenvolvido (garantia de inovação), complexidade (clareza dos 
objetivos, condução das atividades, emprego dos recursos) e acrescente-se a mobilidade de 
certos parâmetros (prazos, custos, pessoal, material e equipamento e qualidade), constantemente 
revisados.
Figura 1 - Áreas da gestão de projetos. Fonte: o autor.
Características que ajudam a determinar um projeto:
• Possui um objetivo – todo projeto deve possuir objetivos que justifiquem a sua existência 
e que sirvam de norte para os trabalhos que serão desenvolvidos. Na verdade, o surgimento 
do estudo sistematizado do gerenciamento de projetos se deve à necessidade de alcançar esses 
objetivos da melhor maneira possível, com foco em resultados.
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• É temporário – todo projeto possui início e fim determinados. Isso é importante e 
diferencia os projetos das atividades rotineiras. Muitos projetos fracassam porque os envolvidos 
não conseguem determinar o seu encerramento, fazendo com que, no decorrer do tempo, os 
objetivos iniciais se percam, ou o sentido do projeto mude e as justificativas da sua existência 
deixem de ser importantes. Por exemplo: na operação diária de produzir camisetas brancas, não 
existe apelo no prazo; já no desenvolvimento de um novo carro, o apelo existe porque a data de 
lançamento já está agendada para o fim do ano.
• É único – cada projeto é inédito, diferente. Isso é facilmente observável porque tudo 
muda no decorrer do tempo: as equipes mudam, os gestores mudam, assim como a tecnologia. 
Enfim, todo o contexto em que os projetos estão inseridos está em constante mudança, e isso 
torna a gestão de projetos ainda mais desafiadora. Utilizando o mesmo exemplo anterior: na 
produção das camisetas brancas não existe nada de inédito em fabricar uma após a outra. No caso 
do novo modelo de carro, essa característica de único fica muito bem representada.
• É restringido por recursos limitados – seria muito mais simples se, a cada novo 
projeto, todos os recursos necessários estivessem disponíveis e dentro dos critériosdesejados, 
para se realizar o novo desafio. Mas isso normalmente não acontece, e exige dos gerentes de 
projetos um conjunto de atividades e habilidades para buscar o sucesso do empreendimento. 
Essa característica é tão marcante nas empresas atuais que muitas teorias e conceitos foram 
desenvolvidos para gerir de maneira adequada os projetos. O conceito de “corrente crítica” é um 
bom exemplo de teoria de gestão. Ele ganhou corpo nos últimos anos, graças aos trabalhos do 
Prof. Eliyahu Goldratt, com seus livros A Meta e Corrente Crítica.
É realizado por pessoas – esta é uma característica gratificante e, ao mesmo tempo, 
desafiadora. Remete à necessidade de competências comportamentais e de gestão, por parte dos 
gerentes de projetos, e pode ser o fator determinante para uma gestão bem-sucedida.
• Coexiste com outros projetos – tal característica, que é negligenciada em muitas 
definições, é uma das mais importantes e deve ser observada, atentamente, pelas pessoas que 
trabalham com gestão de projetos. Além de exigir habilidades técnicas específicas, também exige 
habilidades como negociação e comunicação, para que, assim, os objetivos dos projetos sejam 
atingidos. Realmente, a vida dos gerentes de projetos seria muito mais simples se cada um pudesse 
gerenciar apenas um projeto de cada vez, mas não é isso que acontece. Torna-se necessária, então, 
uma visão corporativa que garanta a coexistência pacífica e organizada entre os diversos projetos 
das organizações.
Um projeto precisa ser claro e objetivo, e de ter uma base empreendedora, isto é, um projeto 
acontecerá por meio de um planejamento com foco em qualidade e avaliação de resultados. Para 
a correta elaboração de um projeto, precisamos responder algumas questões importantes:
• O que se deseja? Definir o objeto almejado.
• Por que? Justificar o projeto.
• Para que? Definir os objetivos a serem atingidos.
• Como? Selecionar pessoas capazes de realizar o projeto; estabelecer formas de trabalho, 
das atividades necessárias, de escolha e utilização dos recursos.
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• Quando? Determinar prazos para cada etapa de execução cuja flexibilidade viabilize sua 
execução sem comprometer os resultados.
• Onde? Definir locais adequados e necessários.
• Valeu a pena? Realizar avaliação criteriosa dos erros e acertos para se garantir resultados 
profícuos e positivos.
Claro que olhando, dessa maneira, parece simples, porém, é necessário ter 
responsabilidade e fazer avaliações constantes para que seja possível implementar o projeto a 
cada etapa. Adaptações, correções vão ser necessárias durante o processo, sempre objetivando 
gerar conhecimento e inovação na organização. Foque sempre em potencializar as habilidades e 
conhecimentos das pessoas que atuam dentro do projeto e da organização. “Um projeto é uma 
máquina de mudança” (KEELING, 2006, p. 25), e essa mudança é rumo à geração de organizações 
inovadoras, e isso dependerá de mudanças radicais na visão e comportamento das pessoas que 
fazem parte deste contexto. O momento da elaboração do projeto deve acontecer após muita 
pesquisa e planejamento, para que o resultado almejado seja atingido de maneira eficiente. Isso 
deixa claro que para que um projeto seja concebido, é necessário que algumas regras e padrões 
sejam seguidos, acompanhados e avaliados, ou seja, é preciso que ocorra, na visão de Campos 
(2012, p.21):
a) Acordo entre equipe, clientes e gerência com relação aos objetivos: Objetivos claros, 
bem traçados, de comum acordo entre as partes envolvidas;
b) Plano - caminho geral e responsabilidades: Que haja um plano bem estruturado, 
estabelecendo diretrizes e responsabilidades a serem seguidas e respeitadas.
c) Comunicação constante e efetiva: Informativos claros que sejam feitos antes, durante 
e depois das tarefas, visando esclarecer a todos, auxiliando no desempenho geral, e evitando 
comentários inoportunos via “rádio peão”.
d) Escopo controlado: Diretrizes bem estabelecidas, acompanhadas e adequadamente 
controladas para um resultado de comum acordo.
e) Apoio gerencial: Por meio de suporte e promoção de diálogos, com a participação 
geral e, especialmente, visando assegurar que o que for estabelecido seja cumprido, isto é, posto 
em prática.
Todas essas ações buscam atingir os objetivos organizacionais, porém, Campos (2012, 
p.22) afirma que é necessário utilizar metodologias que sirvam para auxiliar esse processo, como:
a) Estratégia: É o meio que lida com problemas finitos. As técnicas da Administração 
de Projetos foram desenvolvidas para lidar especificamente com Planejamento, Organização, 
Direção e Controle de atividades, caracterizadas como projetos.
b) Doutrina: É a forma de raciocinar sobre a utilização de recursos e a realização de 
objetivos, com os seguintes princípios:
É uma solução ou método de trabalho que se aplica a determinados problemas, situações 
ou tipos de atividades;
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A aplicação do método depende da natureza intrínseca do problema ou da situação;
A tarefa básica da Administração de Projetos é assegurar a orientação para um resultado 
que resolva um problema.
Controlar custos e prazos são condições básicas para se alcançar o resultado;
Os princípios da Administração de Projetos aplicam-se a todos os tipos de projetos. A 
escala de sofisticação e técnicas varia com a dimensão de cada projeto em questão.
c) Habilidade: Todas as pessoas que participam de projetos, como gerentes de equipes 
ou integrantes técnicos de equipes sem funções de chefia devem estar familiarizados com os 
princípios, os conhecimentos e as técnicas da Administração de Projetos.
d) Disciplina: No final dos anos 80 ocorreu um movimento com o objetivo de se identificar 
as áreas do conhecimento que concentravam as técnicas e os conceitos mais importantes para o 
gerenciamento de projetos. Tal movimento, liderado pelo Project Management Institute (PMI), 
produziu o Guia de Conhecimentos sobre Administração de Projetos, com o propósito de:
• Identificar e sistematizar as áreas mínimas de conhecimentos sobre AP, que os envolvidos 
devem dominar;
• Contribuir para a formação de uma linguagem comum;
• Fornecer as bases para programas de treinamento e educação em Administração de 
Projetos.
Keeling (2006, p. 39) destaca que a busca por apoio ou aceitação é um dos momentos 
cruciais para que o projeto possa se tornar uma realidade e destaca uma série de regras que 
devem ser observadas:
• Investir tempo e dinheiro “de antemão”, identificando interessados em suas preocupações;
• Identificar antecipadamente os interessados em potencial e, quando possível, envolvê-
los;
• Mostrar os benefícios em condições realistas, mas atraentes;
• Não menosprezar dificuldades ou problemas; avaliar os riscos e mostrar maneiras para 
superá-los;
• Ser realista sobre custos e riscos, mas enfatizar os benefícios;
• “Cercar os graúdos” — obter apoio da cúpula — no máximo de áreas possível;
• Antecipar oposição e ficar de sobreaviso;
• “Dar uma tacada direta” – não encobrir problemas – apoiar-se em fatos concretos;
• Apoiar as propostas com estruturas de referência lógica que evidenciem premissas 
importantes sobre as quais se baseiam as propostas do projeto e os resultados que se podem 
esperar.
Algo que não podemos deixar de fora é o “Termo de Abertura”, do projeto, que é o 
documento que formaliza um projeto por meio da autorização, para que, assim, o gerente de 
projetos possa utilizar os recursos organizacionais para executar o projeto, e isso deve acontecer 
antes de começar o projeto, visando que tudo ocorra dentro do planejado, segundo PMI (2004, 
p. 81).
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Esse termo de abertura é um resumo que apresenta e formaliza a proposta do projeto e 
serve de base para os interessados em observar o que será realizadocom o projeto. Além disso, 
para que seja desenvolvido, o documento do projeto servirá, de início, para a concretização de 
sua ideia, transformando o conceito em prática e operacionalização.
Um detalhe importante é que ao elaborar o termo de abertura do projeto, é necessário 
avaliar os envolvidos e englobar o ambiente interno e externo da organização, pois os dois irão, de 
alguma maneira, influenciar no processo de execução do projeto. Em relação ao ambiente interno, 
considerar: estrutura, diretrizes, normas, procedimentos, políticas, recursos humanos, 
stakeholders internos, sistemas de informação, competências, conhecimentos já existentes na 
organização (principalmente em relação a outros projetos já realizados), entre outros. Em relação 
ao ambiente externo, considerar: normas e regulamentos setoriais, condições econômicas e 
políticas, concorrência, stakeholders externos, projetos similares (benchmarking), condições 
sociais, entre outros.
• Conteúdo do Termo de Abertura do Projeto
• Título do projeto;
• Responsável pelo projeto;
• Equipe do projeto;
• Justificativa – necessidade a ser atendida e/ou oportunidade a ser aproveitada;
• Objetivo geral e específico do projeto;
• Período de realização previsto;
• Público-alvo – pessoas ou organizações que serão atendidas pelo projeto, caso 
necessário;
• Possíveis problemas ou restrições organizacionais, internas e externas;
• Orçamento previsto;
• Data e assinatura dos responsáveis.
Quadro 1 - Conteúdo do Termo de Abertura do Projeto. Fonte: PMI (2004, p. 82).
“Para ser eficaz, o trabalhador do conhecimento deve, em primeiro lugar, fazer as 
coisas certas acontecerem” (DRUKER, 2001).
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Para facilitar sua aplicação, mostrarei um modelo de termo de abertura que pode ser 
utilizado, modificado e aplicado por você:
Figura 2 - Termo de Abertura. Fonte: o autor
Perceba que elaborar um projeto é algo que exigirá muita pesquisa, análise, e claro, 
muito planejamento. Mas tenha convicção de que é de extrema importância que as organizações 
estejam abertas para as mudanças que o mercado exige e precisam se preparar para desenvolver 
conhecimento e inovação constantes.
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Qual o papel do planejamento estratégico em gestão de projetos?
O planejamento estratégico é decisivo para que a gestão de projetos ofereça os 
resultados esperados. Essa planificação deverá ser flexível, considerando-se a 
necessidade de eventuais ajustes, bem como a expectativa de a empresa se manter 
competitiva no mercado e seguir os princípios vigentes de sustentabilidade.
Veja o que considerar na hora de elaborar o seu planejamento estratégico e como 
ele fará a diferença na gestão de seus projetos!
Entenda o planejamento estratégico e a gestão de projetos
O planejamento estratégico pode ser definido como um plano antecipado de tudo 
o que será feito a um prazo mais longo. A estratégia está intimamente relacionada 
à necessidade de desenvolver a empresa, fazendo-a crescer.
O projeto, por outro lado, apresenta a característica de ser um trabalho exclusivo e 
temporário. Ele tem um começo e tem um fim que devem ser definidos claramente. 
Outras coisas que devem ser definidas em um projeto são o alvo do trabalho, o 
nível e desempenho que se pretende alcançar e, é claro, um orçamento.
Usando todos aqueles elementos, bem definidos, torna-se possível transformar a 
estratégia em resultados efetivos.
A gestão de projetos, portanto, deve usar conhecimentos, capacidades, técnicas e 
ferramentas para chegar aos resultados.
Relacione o planejamento estratégico à gestão de projetos
Considerando que o planejamento estratégico almeja o crescimento da empresa, 
essa realidade só se tornará possível com a realização de novos empreendimentos, 
os quais só podem existir a partir de projetos.
O planejamento estratégico criará objetivos que produzirão boas iniciativas; e 
essas iniciativas motivarão atividades, cuja finalidade será atingir as metas da 
empresa. Todas essas atividades consistem em projetos.
Na fase inicial, são considerados diferentes projetos, mas cabe ao planejamento 
estratégico a decisão final sobre qual deverá ser levado adiante. É preciso avaliar 
o nível de alinhamento de cada projeto com o planejamento estratégico — se o 
projeto não corresponde à estratégia, deve ser deixado de lado e outro projeto 
deve ser analisado.
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Veja os níveis do planejamento estratégico
Pode-se considerar que o planejamento estratégico divide-se em três níveis:
•	 De negócio;
•	 Funcional;
•	 Operacional.
No primeiro caso, o plano procura reforçar o potencial competitivo da empresa a 
longo prazo, considerando o mercado em que ela está inserida.
No segundo nível, o planejamento estratégico refere-se a um setor específico dentro 
da organização (ou a uma atividade específica), restringindo sua abordagem aos 
limites desse setor ou atividade.
Já no terceiro nível, a estratégia refere-se às operações de rotina e à adequada 
gestão das unidades operacionais.
Você pode entender melhor a diferença entre os três lendo nosso artigo sobre os 
tipos de escritórios de projeto (PMO) e suas diferentes atribuições.
A questão é que a gestão de projetos precisa implementar as ações baseando-
se nas estratégias desenvolvidas, contribuindo para que o desenvolvimento da 
empresa aconteça nos três níveis.
Quando o projeto não executa as estratégias, a tendência é que os resultados não 
sejam atingidos, ou seja, a empresa fracassa em sua tentativa de crescer mais e 
revela-se incapaz de gerenciar projetos corretamente.
Descubra os pontos a considerar na gestão de projetos alinhada ao planejamento 
estratégico
É necessário considerar pontos significativos, quando se trata de gerir projetos:
Alocar corretamente os recursos evita desperdícios e prejuízos (os recursos 
podem ser simplesmente financeiros ou ser representados pela mão de obra e 
equipamentos);
Definir cronograma (é preciso estipular um prazo para a realização do projeto e 
esforçar-se para cumpri-lo ou mesmo concluí-lo antecipadamente);
Dividir corretamente as tarefas (as funções devem ser claramente definidas 
entre os profissionais capacitados, evitando ao máximo conflitos, atividades mal 
executadas e retrabalhos);
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Medir o desempenho por meio de indicadores precisos é importante para avaliar 
o nível de produtividade;
Manter uma estrutura hierárquica bem definida, mas flexível e acessível.
Fonte: https://www.euax.com.br/2017/06/qual-o-papel-do-planejamento-
estretegico-em-gestao-de-projetos/ 
2 - PLANO E PLANEJAMENTO DE UM PROJETO 
Vimos que um projeto tem início, meio e fim, mas para que isso aconteça de maneira 
eficiente, precisamos planejar cada passo e, assim, atingir os objetivos propostos. Antes de 
começar o planejamento, é necessário definir o objetivo central do projeto, o que é importante 
para que se possa definir os detalhes que farão parte do projeto, e assim, começar a tangibilizar 
todo o processo de execução. Mas um planejamento só pode acontecer se estiver amparado por 
um bom plano de projeto. Este plano será o documento que constará todos os detalhes para um 
posterior controle de cada etapa do projeto.
Não existe a possibilidade de desenvolver um plano de ação sem saber os objetivos do 
projeto, ou onde queremos chegar; não existe construção sem projeto, porém, não existe projeto 
sem saber o que pretendemos construir. Lembre-se que elaborar o planejamento e o plano do 
projeto pode levar o mesmo tempo de execução de um projeto ou até mais, pois planejar deve 
ser de forma detalhada e minuciosa, para evitar problemas graves na execução. Para ajudar a 
construir o plano de ação de um projeto, algumas perguntas precisam serrespondidas:
• Quais atividades serão necessárias para alcançar os objetivos e resultados esperados?
• Quando acontecerá cada atividade?
• Quais serão os responsáveis por sua execução?
• Quanto custará cada atividade?
• Qual a melhor sequência para a realização das atividades?
• Quais são as atividades críticas do projeto?
• Quais os produtos que serão gerados com a realização das atividades?
• Quais recursos serão necessários?
Com isso, percebe-se que o plano de ação deve apresentar os procedimentos e recursos 
necessários para toda a execução do projeto e, para tanto, a equipe envolvida deve estar preparada 
para isso. Ou seja, podemos entender o plano de ação de um projeto como um processo, em que 
alguns aspectos devem ser observados, conforme apresenta Brito (2011, p. 35):
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• Planos de Ação são de natureza dinâmica e não estáticos: isso significa que todo plano 
pode (e, muitas vezes, deve) sofrer mudanças ao longo da execução do projeto. É para isso que 
serve a ação gerencial de controle.
• Planejamento é um processo criativo. Atividades baseadas em projetos lidam com o 
desenvolvimento de processos, atividades e soluções novas. Por tal motivo, não se pode fazer uma 
previsão de tudo. Eventualmente, um novo conjunto de informações, durante o desenvolvimento 
do projeto, implica alterar decisões tomadas recentemente.
• Para ser efetivo, o Plano de Ação deve ser usado, revisado e mantido atualizado 
constantemente. Isso parece óbvio, mas é raro encontrarmos equipes que se preocupam com 
revisões e atualizações constantes dos projetos que desenvolvem.
• Planejar implica definir como, quando, onde e com que recursos algo pode ser feito 
por meio de um projeto. Trata-se de um exercício de previsão de tempo e recursos, e requer, 
muitas vezes, a elaboração de modelos de sistemas e processos, para ajudar na concepção do 
caminho a ser percorrido com o desenvolvimento do projeto. Nesse contexto, torna-se útil a 
comparação com projetos semelhantes e a colaboração de especialistas. Cabe acrescentar que o 
planejamento não é uma ciência exata. Se duas equipes diferentes são chamadas para elaborar um 
Plano de Ação para um mesmo projeto, podemos ter resultados bastante diferentes.
Brito (2011, p. 36) afirma que em um processo de planejamento passaremos pelas 
seguintes etapas:
1. Definição do escopo: o Plano de Ação tem por base a definição do escopo do projeto, 
constituído da definição do problema ou situação geradora, objetivos, justificativa, resultados 
esperados e abrangência do projeto. Essa definição é importante para futuras decisões durante a 
realização do projeto.
2. Definição de ações, atividades e tarefas: nesta etapa, são identificadas e claramente 
especificadas todas as atividades e tarefas que deverão ser conduzidas e levadas ao projeto, de 
modo que apresente os resultados esperados. 
3. Planejamento de recursos: consiste na definição dos recursos (pessoas, equipamentos, 
materiais etc.) e o quanto de cada recurso será necessário para realizar as atividades previstas no 
projeto.
4. Sequenciamento de atividades: identificação das interdependências entre as diversas 
atividades e tarefas do projeto. Todas as atividades são listadas em sua sequência lógica, juntamente 
com as atividades que antecedem (devem ser executadas antes) e que sucedem (devem ser 
executadas depois). Quando não há relações de precedência, duas ou mais atividades podem 
ser executadas de forma concorrente ou simultânea. Tais atividades ou ações devem ser também 
identificadas. 
5. Estimativa de duração das atividades: previsão de quanto tempo será gasto na execução 
de cada atividade do projeto, tendo como base experiências anteriores, projetos similares ou 
atividades afins já executadas pelas equipes envolvidas no projeto.
6. Estimativa de custo: consiste na previsão dos recursos financeiros que serão necessários 
para completar todas as atividades do projeto.
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7. Desenvolvimento do cronograma: é feito com base na análise da sequência de 
atividades, duração e necessidade de recursos, para criar um escalonamento lógico e organizado 
para todo o projeto.
8. Estimativa de orçamento: é a distribuição dos recursos disponíveis para os diversos 
itens de despesas do projeto.
9. Plano de Ação: o principal produto do processo de planejamento é o Plano de Ação 
do projeto. É o documento formal contendo todas as informações necessárias para gerenciar, 
controlar, monitorar e avaliar o projeto.
Na atualidade, há vários modelos de planejamento para um projeto, em que o PMI 
(Instituto de Gerenciamento de Projetos) é destaque e mais utilizado. Porém, na visão de Moura 
(2011), temos um modelo que é baseado no escopo do projeto, conhecido como Modelo de 
Planejamento Orientado por Escopo (PPOE), que é estruturado com três componentes básicos: 
Escopo, Plano de Ação e Plano de Controle Avaliação.
Figura 3 - Elementos do Modelo de Planejamento de Projeto Orientado por Escopo. Fonte: Moura (2011).
Entre os diversos conceitos relacionados ao projeto, o de escopo “[...] talvez seja 
um dos mais variados de todas as áreas de conhecimento, e refere-se ao trabalho 
a ser realizado no âmbito do projeto, podendo estar ligado tanto ao produto 
como ao projeto” (CARVALHO E RABECHINI JR, 2009, p. 126).
Na visão do PMI (2004), o escopo pode se referir a:
• Escopo do produto: refere-se às características e funções que descrevem um produto, 
serviço ou resultado.
• Escopo do projeto: refere-se ao trabalho que precisa ser realizado para entregar um 
produto, serviço ou resultado com as características e funções especificadas.
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Neste sentido, “gerenciar ou administrar o escopo do projeto inclui realizar 
os processos necessários para garantir que o projeto inclua todo o trabalho 
necessário, para terminar o projeto com sucesso, desse modo, trata da definição 
e controle do que deve ser incluído no projeto” (PMI, 2004, p. 103).
O processo de planejamento pode contemplar o esforço feito por pessoas ou organizações, 
com foco em modificar uma situação presente, almejando uma situação futura. Para conseguir 
esta ação, Maximiano (2002) afirma que são necessárias algumas ações:
 
• Definir objetivos;
• Estabelecer meios para atingir os objetivos;
• Indicar um tempo para a execução;
• Tomar decisões no intuito de implementar o que foi estabelecido.
Neste sentido, algumas perguntas deverão ser respondidas durante o processo de 
planejamento:
• Que atividades e tarefas deverão ser realizadas para atendimento do objetivo geral e 
seus desdobramentos em termo de objetivos específicos?
• Que produtos serão fornecidos e/ou gerados pelo projeto?
• Em relação às atividades e tarefas definidas quais recursos (humanos, físicos, materiais, 
equipamentos) serão necessários para sua realização?
• Quanto tempo será necessário para a realização de cada atividade e tarefa definida?
• Em que momento cada atividade e tarefa deverá acontecer? Qual a sequência mais 
adequada dessas atividades?
• Quanto tempo será necessário para a realização total de todas as atividades e suas 
respectivas tarefas?
• Quem serão os responsáveis pela realização das atividades e tarefas? • Qual o total 
financeiro envolvido em cada atividade e tarefa específica?
 Qual o valor total necessário para a realização do projeto?
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Etapas para um projeto bem-sucedido
1. Faça um escopo claro para o projeto. Coloque de forma clara o resultado 
esperado com o projeto e a data para conclusão do mesmo, desta forma você cria 
uma meta e estipula um prazo para execução.
2. Desenvolva objetivos para que seja definido os limites. No escopo não estão 
inclusos todos os resultados esperados, por isso

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