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1 Introdução (07 10 08)

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*
*
*
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINÉRIOS
Curso de Especialização em Processamento Mineral – UFOP/EM/DEMIN/ABM
Profa. Rosa Malena Fernandes Lima
*
*
*
1 – INTRODUÇÃO
Necessidade de bens minerais pela sociedade moderna
Uso de minerais na forma natural (minerais industriais e gemas):
i – Diamante – joalheria (beleza), ferramenta de corte (alta dureza)
ii – Argilas – plasticidade e absorção
iv – Micas – resistência térmica
v – Rochas ornamentais
vi – Gemas
vii – Água
 
*
*
*
Tabela 1 - Composição química e teores de alguns minerais aplicados industrialmente.
		Mineral
		Fórmula química
		Teor
		Hematita
		Fe2O3
		70% Fe
		Apatita
		Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3
		~ 42% de P2O5
		Galena
		PbS
		86,6% de Pb
		Esfalerita
		ZnS
		67% de Zn
		Calcopirita
		CuFeS
		34 % de Cu
		Cassiterita
		SnO2
		78,6% de Sn
		Pirolusita
		MnO2
		63,2% de Mn
		Rodonita
		Mn(SiO3)
		41,9% de Mn
		Rodocrosita
		MnCO3
		47,8% de Mn
		Pirocloro
		(Na3,Ca)2(Nb,Ti)(O,F)7
		-
		Gibbsita
		Al(OH)3
		35% de Al
*
*
*
Produção de alimentos depende:
Fertilizantes (NPK)
Inseticidas organometálicas
Equipamentos metálicos (tratores, 
colheitadeiras, caminhões, auto estradas, etc.)
Óleo diesel, silos, refrigeradores, etc.
Alimentos são cozidos em panelas e fogões metálicos, utensílios de cerâmica (pratos e outros utensílios)
*
*
*
Prosperidade de países → diretamente relacionado com a produção e consumo de bens minerais.
Tabela 2 - Novos usos de alguns minerais.
		Mineral
		Fórmula química
		Aplicação tradicional
		Nova aplicação
		Zircão
		(Zr, Hf)SiO4
		Pedra semi-preciosa
		Fabricação de zircônia (refratário)
Reatores nucleares
		Columbita-tantalita
		(Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6
		Sem valor
		Fonte de Nb para ligas de resistentes à corrosão e para supercondutores
*
*
*
Tabela 3 – Produção anual e principais usos de alguns minerais mais comuns.
		Mineral
		Milhões de Toneladas 
		Principal uso
		Carvão
		6.781,60 (2007)
		Energia
		Asbesto
		1,928 (2001)
		Isolante térmico e acústico (construção civil)
		Barita
		7 (1982)
		Indústria petrolífera (fluido de perfuração – 90%), indústria química e outros (carbonato de bário, tinta, papel, borracha, vidro, etc. -10%)
		Bentonita
		8 (1982)
		Fluido de perfuração de poços de petróleo e d`água, pelotização de minério de ferro , aglomerantes de areais de moldagem usadas em fundição, descoramento de óleos vegetais, animais e minerais, impermeabilização de bacias, pet litter.
		Bauxita
		120 (2005)
		Produção de alumínio, abrasivo, refratário, produtos químicas, etc.
*
*
*
Tabela 3 – Produção anual e principais usos de alguns minerais mais comuns (cont.).
		Mineral
		Milhões de Toneladas 
		Principal uso
		Concentrados de cromo
		14 (2003)
		Produção de cromo, indústria metalúrgica, química, refratário e areias nos processos de fundição.
		Minério de cobre
		8,20 (1985)
		Condutor elétrico
		Feldspato
		10,4 (2003)
		Cerâmica e vidro
		Fluorita
		4 (1982)
		Uso metalúrgico (fundente), indústrias químicas e cerâmica.
		Ouro
		130 (1982)
		Joalheria
		Gipso
		130 (2005)
		Gesso, agricultura, indústria cimenteira, material ortopédico ou dental.
		Concentrados de ferro
		1.713,51 (2006)
		Produção de ferro e aço
		Caulim
		21,6 (2003)
		Enchimento, cerâmica
		Magnesita
		3,23 (2001)
		Refratários
		Minério de manganês
		26
		Aços especiais, pilhas eletrolíticas
*
*
*
Tabela 3 – Produção anual e principais usos de alguns minerais mais comuns (cont.).
		Mineral
		Milhões de toneladas
		Usos
		Petróleo cru
		2700 (1982)
		Transporte
		Rocha fosfática
		138 (2003)
		Fertilizantes
		Minérios de platina
		200 (1982)
		Catalisador, odontologia, instrumento cirúrgicos, joalheria
		Potássio
		26 (1982)
		Fertilizante
		Sal
		170 (1982)
		Degelo, base química
		Pirita e enxofre
		50 (1982)
		Àcido sulfúrico
		Talco
		9 (2005)
		Enchimento
		Minério de estanho
		213 (1982)
		Placas de estanho
		Concentrado de titânio
		6 (1982)
		Tintas, papel
		Minério de zinco
		7,0 (1985)
		Galvanizados
*
*
*
Origem dos minerais e substâncias químicas:
- Crosta terrestre;
Reprocessamento de rejeitos e 
Reciclagem.
*
*
*
Tabela 4 - Abundância de elementos químicos na crosta terrestre.
		Elemento
		Abundância
(%)
		Quantidade em 3,5 km (toneladas)
		Elemento
(%)
		Abundância
(%)
		Quantidade em 3,5 km (toneladas)
		Oxigênio
		46,4
		-
		Vanádio
		0,014
		1014 - 1015
		Silício
Alumínio
Ferro
		28,2
8,2
5,6
		
1016 - 1018
		Cromo
		0,010
		-
		
		
		
		Níquel
Zinco
Cobre
Cobalto
Chumbo
		0,0075
0,0070
0,0055
0,0025
0,0013
		
1013 - 1014
		Cálcio
Sódio
		4,1
2,4
		-
-
		
		
		
		Magnésio
		2,3
		1016 - 1018
		
		
		
		Potássio
		2,1
		-
		
		
		
		
		
		
		Urânio
Estanho
Tungstênio
Mercúrio
Prata
		0,00027
0,00020
0,00015
8 X 10-6
7 X 10-6
		
1011 - 1013
		Titânio
Manganês
		0,57
0,095
		1015 - 1016
		
		
		
		Bário
Estrôncio
Terras raras
		0,043
0,038
0,023
		-
-
-
		
		
		
		
		
		
		Ouro
Platina
		<5 X 10-6
<5 X 10-6
		<1011
		Zircão
		0,017
		1014 - 1016
		
		
		
*
*
*
Tabela 5 - Abundância de elementos químicos nos oceanos.
 
		Elemento
		Abundância na água do mar (toneladas)
		Elemento
		Abundância na água do mar (toneladas)
		Magnésio
		1015 - 1016
		Vanádio
Titânio
		109 - 1010
		Silício
		1012 - 1013
		
		
		Alumínio
Ferro
Molibdênio
Zinco
		
1010 - 1011
		Cobalto
Prata
Tungstênio
		
108 - 109
		
		
		Cromo
Ouro
Zircão
Platina
		
<108
		Estanho
Urânio
Cobre
Níquel
		
109 - 1010
		
		
*
*
*
Tabela 6 – Qualidade típica de alguns materiais como minerados e como vendidos.
		Material
		Qualidade como minerado
		Especificações de venda
		Aplicação típica
		Brita
		Todos os tamanhos
		Tamanhos bitolados
		Engenharia civil
		Min. de Fe
		20-55% de Fe 
		> 55% de Fe de maiores granulometrias
		Siderurgia
		Min. de Sn
		0,01-1% de Sn (cassiterita)
		> 75% Sn
		Metalurgia
		Min. de Au
		5-15 ppm (em peso)
		Au puro
		Metalurgia, joalheria
		Carvão
		20-90% de matéria combustível de diversos tamanhos
		>90% de material combustível em tamanhos graduados
		Energia
		Argila
		20-25% de argilas misturadas
		100% de uma argila específica
		Cerâmica, papel
		Diamante
		1 parte por peso de diamante em cada 1-10 partes por milhões de rocha
		Puro - se possível em seu tamanho natural
		Joalheria e ferramenta de corte
*
*
*
Tabela 7 – Principais produtos de minério de ferro.
*
*
*
Tabela 8 - Especificações de concentrados de minério de manganês(Mendes e Oliveira, 1982). 
		Elementos
		Concentrados de minérios de manganês
		
		Teor %
		
		Alto teor de Mn
		Médio Teor de Mn
		Baixo Teor de Mn
		Mn
		46 – 48 mín
		40 mín
		35 mín
		Fe
		8 máx
		6 máx
		10 máx
		SiO2 + Al2O3
		12 máx
		15 máx
		20 máx
		P
		0,18 máx
		0,30 máx
		---
		Cu + Pb + Zn
		0,1 máx
		0,25 máx
		---
*
*
*
Tabela 9 - Resumo de especificações química e granulométrica de areias industriais (Barbosa e Porphírio, 1993 e Luz e Lins, 2005).
		USO/FINALIDADE
		Teor (%)
		Granulometria
		
		SiO2
		Al2O3
		Fe2O3
		Outros
		
		Areia para vidro
Vasilhame
Rec. Planos
Cristal
Fibra
		
92,76
99,5 (min.)
98,5 (mín.)
99,0 (mín.)
		
3,779
0,30 (máx.)
0,5 (máx.)
0,30
(máx.)
		
0,127
0,04 (máx.)
0,035 (máx.)
0,50 (máx.)
		
TiO2 < 0,034; CaO < 0,06; MgO < 0,017; K2O < 2,734; Na2O < 0,114; P.F.< 0,373
TiO2 < 0,030 ; Cr2O3 < 2 ppm ; MnO2 < 0,002ppm; H2O < 0,05 
CaO + MgO < 0,2 ; TiO2 < 0,03; ZrO2 < 0,01; H2O < 0,1; Cr2O 3< 0,001 
Na2O < 0,1; K2O < 0,1, H2O < 0,5 
		
-
99,5%> 200#
95%>150#
95% <325#
		Fundição
		88 -99 
		-
		-
		Teor de umidade e argila total < 0,1% 
		20 a 200#
		Cerâmica
		99,5
		0,2
		0,03
		TiO2 < 0,025; K2O + Na2O < 0,15; CaO + MgO < 0,03; Cr2O3 < 3 ppm; P.F. < 0,1
		
		Esmalte
		99,5
		0,2
		0,03
		TiO2 < 0,025; K2O + Na2O < 0,15; CaO + MgO < 0,03; Cr2O3 < 3 ppm; P.F. < 0,1
		> 40 µm
		Tinta, plástico e borracha
		99,5
		0,009
		0,025
		TiO2 < 0,005; CaO < 0,15
		
		Construção civil
Grossa
Média
Fina
		80
		-
		-
		-
		
2,4 a 4,8 mm
0,6 a 2,4 mm
0,15 a 0,6 mm
*
*
*
Tabela 10 - Especificações para os principais usos industriais do talco (Pontes e Almeida, 2005).
		Usos
		Granulometria
		Comp. química
		Alvura
GE*
		Mineralogia
		Propriedades
		Outros
		Tintas (espalhador)
		100% < 200#
96,5% < 325#
		SiO2+MgO≥75%; Al2O3≤H2O
H2O+M.Vol.≤1%; P.P.C.≤7%
		65-90 
		Partículas lamelares
		Inércia química, hidrofobicidade, Alvura
		Peso específico 2,8 a 2,9.
		Tintas (pigmentos)
		100%<325#
		MgO – 24 a 32%; SiO2 – 50 a 65%; CaO ≤ 9%; MgO+SiO2≥88%; CO2 ≤1%;
Al2O3+Fe2O3≤6%; H2O+MV≤1%; P.P.C.≤7%
		80-92 
		Partículas fibrosas (tremolítico)
		Alvura, inércia química, adsorção de óleos 27 a 31%
		Peso específico 2,8 a 2,9.
		Cosmético (carga)
		99,6% < 325#
		P.P.C. – 3 a 8%; Pb – 20 ppm;
Fe2O3 < 0,75; Sol. em ac. <2%; H2O < 0,2%; pH – 6,5 a 9,5; As < 3ppm; % sol. CaO <1,5%
		85-92
		Sem tremolita e carbonatos
		Hidrofobicidade natural, leveza, lisura, maciez, inércia química, alvura
		-
		Inseticida
		90%,325#
		pH – 8
		-
		-
		Inércia química
		Adsorção
		Cerâmica (branca)
		97%<325#
100%<200#
		Fe2O3≤1,5%; CaO≤1,5%; 
Al2O3≤4%
		>80
		Outros minerais máx. de 5 a 10%
		Fundente
		MgO – o mais alto possível
		Têxteis
		Sem resíduos arenosos
		-
		-
		Sem minerais de alta dureza
		Alvura
		-
		Papel (carga)
		95%<400#
		-
		58-78
		-
		Inércia química, alvura
		-
*
*
*
Tabela 10 – Especificações para os principais usos industriais do talco cont. (Pontes e Almeida, 2005).
		Usos
		Granulometria
		Comp. química
		Alvura
GE*
		Mineralogia
		Propriedades
		Outros
		Papel (cobertura)
		99,8-99,9%<325#
		CaCO3 < 4%; Fe2O3≤2%; MgO – 30,7 a 31,7%;SiO2 – 47,8 a 58,2%; CaO- 0,3 a 1%; Al2O3 - 0,4 a 1%; P.P.C. – 6,9 a 20,3%
		77-87
		Isento de tremolita
		Hábito placóide, inércia química, alvura
		Peso específico 2,8 a 2,9.
Part. lamelares
		Borracha (lubrificante)
		99%<325#
		SiO2 – 60 a 63%; MgO = 26-36%; Fe2O3+Al2O3≤2%; 
Mn<0,01%; Cu<0,002%; P.P.C. = 5%
		Branco
		-
		Hidrofobicidade inércia química
		Umidade 3%
		Sabão
1a linha
		99%<325#
		Al2O3 = 5%; MgO≥30,6%; SiO2 = 54%; Fe2O3 = 0,8%;
CaO = 0,1%
		Talco claro
		-
		Inércia química, alvura.
		Umidade < 1%.
Perda ao fogo 3%.
		Sabão 
2ª linha
		
		
		Talco escuro
		
		
		
		Rações (veículo)
		95%<200#-
		-
		-
		Sem minerais de dureza > 4
		Inércia química
		
		Ferilizantes
		95%<200#
		-
		-
		-
		Inércia química
		Umidade 3 a 5%
		Plástico (carga e reforço)
		100%<200#
		-
		≥77
		Talco ou pirofilita
		Inércia química, alvura
		Isento de umidade
		Plático Anti-aderente
		100%<325#
		-
		≥77
		Talco ou pirofilita
		Inércia química, alvura
		Acidez baixa
GE* (General Eletric)- unidade de alvura quando o padrão é uma pastilha de MgO.
*
*
*
*
*
*
1.2 - Definições
Mineralogia estuda:
i – Estrutura interna e composição dos minerais;
ii – Propriedades físicas e químicas dos minerais;
iii – Classificação dos minerais;
iv – Modo de formação 
v – Ocorrências e associações.
*
*
*
Mineralogia aplicada, ou industrial ou de processo → estudo de minerais de interesse econômico.
Mineral:
i – Substância de ocorrência natural – incluem gemas sintéticas, magnetita formada durante a fusão e silicatos na indústria de cerâmica;
ii – Substância homogênea – uma única fase
*
*
*
iii – Substância sólida –água e mercúrio são líquidos
iv – Substância inorgânica – calcita, fosfato de cálcio, grafita de origem orgânica.
v – Substância cristalina 
v.1 – Minerais amorfos – água, mercúrio, opala (SiO2.nH2O)
v.2 – Minerais metamíticos – estrutura cristalina destruída devido à radiação (urânio e tório)
*
*
*
Tabela 11 – Polimorfismo de minerais.
*
*
*
Tabela 11 – Polimorfismo de minerais (cont.).
*
*
*
vi – Composição química dentro de limites bem definidos
Diamante ( C ) - traços de Ni
Galena (PbS) – traços de Ag
Qurtzo – traços de Fe e Ti
Feldspato (plagioclásio) : Albita (NaAlSi3O8) e anortita (CaAlSi2O8)
*
*
*
Figura 1 - Variação da densidade com a variação da composição na série mineral isomórfica (columbita-tantalita: (Fe,Mn)(TaNb)2O6)
*
*
*
Figura 2 - Partícula complexa ferro rico em ilmenita (FeTiO3) e hematita (Fe2O3) titanífera exsolvida orientada.
*
*
*
Presença de pequenas impurezas:
Calcita (CaCO3) – branca → azul (presença de C)
Quartzo aluvial recoberto com óxido de Fe → problemas na flotação
Sulfetos oxidados (filmes de sulfato ou tiossulfatos) → afeta a flotação.
*
*
*
Rocha – agregados coerentes de grãos minerais de ocorrência natural.
Exemplos:
Granito ou dolerito – grãos firmemente “interligados” – alta dureza e resistência
Arenitos- grãos friáveis.
Podem ser constituídos por um único mineral (arenitos (quartzo) e mármore (calcita))
*
*
*
Tabela 12 - Rochas – Análise modal de um minério complexo (barita, fluorita, smitsonita e galena).
*
*
*
Depósito mineral → alta concentração de um mineral particular (ou elemento) em relação à concentração da crosta terrestre. 
Minério → depósito mineral do qual pode se extrair um metal pela utilização de algum método tecnológico.
Grão mineral e partícula mineral
*
*
*
Figura 3 - Grão de galena em uma partícula irregular contendo galena e pirita (a) e partícula liberada contendo somente um grão de galena.
*
*
*
Nomenclatura dos mineraisI - Antiga
Origem alemã → Quartzo (abundância em veios); feldspato (grande ocorrência na natureza)
Pérsia – zircão ( cor amarela do ouro) 
Grego - diamante (invisível) 
*
*
*
II – Recente – terminação em “ita” → alusão à localidade em que foram encontrado pela primeira vez ou que tem abundância.
Exemplo:
Ilmenita ( FeTiO3) – Montanha Ilmen na Rússia
Estroncianita (SrCO3) – área Stroncian na Suíça
*
*
*
III – Propriedades óbvias
Celestita (SrSO3) – cor azul celestial
Barita ( BaSO3) – densidade – derivado do grego (pesado)
IV – Nome de pessoas famosas
Armalcolita (Mg,Fe)Ti2O5 – homenagem aos astronautas (Aldrin e Colins)
*
*
*
Classificação dos minerais 
I – Ânions dominantes:
 Elementos nativos Sulfetos
Sulfossais 
Óxidos
Haletos
Carbonatos
Fosfatos
Tungstatos 
Silicatos, etc.
*
*
*
Tabela 13 – Classificação dos silicatos.
		Classificação
		Arranjo dos tetraedros de SiO4
		Relação
Si : O
		Exemplo
		Nessolicatos
		Isolados
		1 : 4
		Olivina (Mg,Fe)2SiO4
		Sorossilicatos
		Duplos
		2 : 7
		Hemimorfita
Zn4(SiO2O7)(OH).H2O
		Ciclossilicatos
		Anéis
		1: 3
		Berilo
Be3Al2(SiO6O18)
		Inossilicatos
		Cadeias simples
Cadeias duplas
		1 : 3
4 : 11
		Ensteatita, Mg2(Si2O6)
Tremolita
Ca2Mg5(Si6O22)(OH)8
		Filossilicatos
		Folhas
		2 : 5
		Talco, Mg3(Si4O10)(OH)8
		Tectossilicatos
		Estruturas
tridimensionais
		1 : 2
		Quartzo, SiO2
*
*
*
Classificação econômica dos minerais (Lins, 2005): 
Minerais metálicos
Rochas e minerais industriais
Gemas, 
Água e 
Minerais energéticos 
*
*
*
Os minerais metálicos se subdividem em:
 Ferrosos - aqueles aplicados na indústria siderúrgica: ferro, manganês, cromo, níquel, cobalto, molibdênio, nióbio, vanádio, wolfrânio;
Não-ferrosos básicos: cobre, zinco, chumbo e estanho;
Não-ferrosos leves: alumínio, magnésio, titânio e berilo;
Preciosos: ouro, prata, platina, ósmio, irídio, paládio, rutênio e ródio e
Raros: escândio, índio, germânio, gálio, etc. 
*
*
*
Rochas e minerais industriais incluindo os sintéticos de origem mineral (Ciminelli, 2003 e Lins, 2005): 
 - Estruturais ou para construção civil: agregados (brita e areia), minerais para cimento (calcário, areia, argila, gipsita), rochas e pedras ornamentais (granito, gnaisse, quartzito, mármore, ardósia, etc.), argilas para cerâmica vermelha, artefatos de uso na construção civil (amianto, gpisita, vermiculita, etc.);
 - Indústria química: enxofre, barita, bauxita, fluorita, cromita, pirita, etc.
 - Cerâmicos: argilas, caulins, feldspatos, sílica, talco, etc.;
- Refratários: magnesita, bauxita, cromita, grafita, etc.
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- Isolantes: amianto, vermiculita, mica, etc.;
- Fundentes: fluorita, calcário, criolita, etc.;
- Abrasivos: diamante, granada, quartzito, coríndon, etc.;
- Minerais de carga: talco, gipsita, barita, caulim, calcita, etc.;
- Pigmentos: barita, ocre, minerais de titânio;
- Agrominerais: fosfato, calcário, sais de potássio, enxofre, feldspato, flogopita, gipsita, zeólita, etc.;
- Minerais ambientais ou “verdes”: bentonita, atapulgita, zeólitas, vermiculita, etc., utilizados no tratamento de efluentes e calcário, utilizado na dessulfuração de gases.
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Figura 4 – Vários estágios interligados requeridos no desenvolvimento do depósito mineral.
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Figura 5 – Fluxograma simplificado para o aproveitamento de bens minerais brutos.
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Tabela 14 – Propriedades diferenciadoras e métodos de separação utilizados.
		Propriedade diferenciadora
		Método de separação
		Cor, brilho, fluorescência, radiotividade
		Catação manual, seleção automática
		Peso específico, forma
		Separação gravítica
		Susceptibilidade magnética
		Separação magnética
		Condutividade elétrica
		Separação eletrostática
		Tamanho, forma e densidade
		Peneiramento, classificação
		Reatividade de superfície
		Flotação, agregação/disperssão, aglomeração
		Reatividade química
		Hidrometalurgia
		Comportamento térmico
		Pirometalurgia
		Fragmentabilidade
		Fragmentação
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Tabela 15 – Relação entre os dados de mineralogia e alguns processos de beneficiamento.
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Informações do ROM ou “head sample” ou amostra global:
Granulometria de liberação
Aplicação de processos de concentração
Problemas durante o processamento
Teor máximo do concentrado para cada método de separação utilizado
Natureza das perdas no rejeito dos vários processos de separação utilizados.
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Informações das amostras de concentrado:
Causa do baixo teor do concentrado e a possibilidade de aumento de teor com processamento posterior
A natureza e localização de elementos “bonus” e de “penalidade” e a possibilidade de separação dos mesmos posteriormente
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Informações das amostras de rejeito e produtos mistos:
Natureza dos valiosos não recuperados e a possibilidade de redução de perdas
Conteúdo mínimo do elemento valioso para processamento posterior
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Informações necessárias para o processamento de minérios:
Identificação dos minerais
Proporção dos minerais
Composição dos minerais
Características de liberação e das partículas mistas (minerais valiosos e de ganga) e
Distribuição dos elementos entre os vários sítios mineralógicos, considerando a distribuição granulométrica inclusive.
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Figura 6 – Minério de cromita. Tamanho dos grãos relativamente grossos e morfologia compacta de grãos de cromita (C ) torna a liberação da ganga constituída por olivina (O) bastante fácil.
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Figura 7 – Minério de cobre porfirídico da América do Norte. Liberação da calcopirita é dificultada devido à distribuição em forma de cadeia. Fraturas ocorrerão preferencialmente ao longo das fraturas, produzindo partículas com uma cobertura de calcopirita, que pode ser recuperada em um concentrado de baixo teor por flotação.
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Figura 8 – Minério sulfetado de Cornwall (Wheal Jane). Calcopirita (C ) e esfalerita (S), algumas extremamente finas, disseminadas na turmalina (T), tornando a liberação impraticável.
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Figura 9 – Corpo de minério de chumbo-zinco de Hilton, Austrália. Galena (G) e esfalerita (S) intercrescida. Obtenção de concentrado “limpo” de Pb e Zn será difícil e ocorrer devido á contaminação de concentrado de Pb com Zn e de concentrado de Zn por Pb.
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Figura 10 – Minério de cobre e zinco. Grãos de esfalerita com diminutas inclusões de calcopirita (C ) ao longo dos planos de clivagem, produzindo um veio de calcopirita sobre a superfície da esfalerita, tornando a depressão da última difícil na flotação.
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Figura 11 –Minério de chumbo e zinco. Pequenos grãos de prata nativa em veios e inclusões na rocha carbonática hospedeira. A rejeição desse material por separação em meio denso acarretará altas perdas de Ag para o rejeito. 
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Figura 12 – Rejeitos de flotação da mina de cobre de Palabora, África do Sul. Grãos de calcopirita finamente disseminados em um grão de ganga e irrecuperáveis pela flotação. O tamanho máximo dos grãos de calcopirita é de cerca de 20 µm. Logo, moagem subseqüente para a liberação da mesma seria impraticável.
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Figura 13 – Rejeitos de circuito gravítico de cassiterita. Partícula mista de cassiterita (cinza claro) com quartzo (cinza escuro). As partículas mistas são muito pequenas (< 20 µm). Por essa razão, as mesmas foram para o rejeito ao invés de ir para o produto misto, devido à ineficiência da concentração gravítica nessa granulometria. Perdasdessas partículas é a principal causa do baixo desempenho desse tipo de concentração. Essas partículas poderiam ser recuperadas por flotação em um concentrado de baixo teor.
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1.1 – Objetivos da Caracterização Tecnológica de Minérios:
Conhecimento das propriedades física;
Conhecimento das propriedades químicas;
Conhecimento das propriedades mineralógicas
1.2 – Importância da Caracterização Tecnológica de Minérios → tratamento de minérios
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Bibliografia:
1 - Jones, M. P. Introduction to applied mineralogy. In: ___ Apllied Mineralogy a Quantitative Aprpoach. Oxford – Great Britain : Graham and Trotman Ltd, 1987. 259p. Chapter 1, p.1-12.
2 - Wills, B. Introduction. In: __ Mineral Processing Technology. Oxford – New York – Seoul – Tokyo: Amsterdam Press, 1992. 855p.Chapter 1, p. 1-57. 
3 – Porphírio, N. H., Barbosa, M. I. Caracterização mineralógica de Minérios. In: Luz, A B. et all Editores. Tratamento de Minérios. Rio de Janeiro: CETEM/CNPq 1998 .675p. Capítulo 3, p. 59-104.
4 – Henley, K. J. Ore-Dressing Mineralogy – A Review of Techiniques, Applications and Recent Developments. Spec. Publ. Geo. Soc. S. Afr., 7 (1983), p175-200.
5 – Brandão, P. R. G., Cançado, R. Z. L., Santos, l. D., Vasconcelos, O. R. Caracterização Mineralógica e Tecnológica. In: Valadão, G. E. S., Araújo, A. C. Introdução ao Tratamento de Minérios. Belo Horizonte: Editora UFMG 2007. 234p. Capítulo 3, p.27-60.
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Bibliografia:
6 – Dana, J. D., Hurlbut Jr., C. S. Manual de Mineralogia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 1984. 644p.
7 – Luz, A. B., Lins, F. A. Rochas e Minerais Industriais Usos e Aplicações. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2005. 720p.
8 - CIMINELLI, R. R. Recursos Minerais Industriais. In: Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil Texto, Mapas & SIG. Schobbenhaus, L.A.B., Vidotti, R. M. e Gonçalves, J.H., editores. P.503-539.

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