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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINÉRIOS Curso de Especialização em Processamento Mineral – UFOP/EM/DEMIN/ABM Profa. Rosa Malena Fernandes Lima * * * 1 – INTRODUÇÃO Necessidade de bens minerais pela sociedade moderna Uso de minerais na forma natural (minerais industriais e gemas): i – Diamante – joalheria (beleza), ferramenta de corte (alta dureza) ii – Argilas – plasticidade e absorção iv – Micas – resistência térmica v – Rochas ornamentais vi – Gemas vii – Água * * * Tabela 1 - Composição química e teores de alguns minerais aplicados industrialmente. Mineral Fórmula química Teor Hematita Fe2O3 70% Fe Apatita Ca5(F,Cl,OH)(PO4)3 ~ 42% de P2O5 Galena PbS 86,6% de Pb Esfalerita ZnS 67% de Zn Calcopirita CuFeS 34 % de Cu Cassiterita SnO2 78,6% de Sn Pirolusita MnO2 63,2% de Mn Rodonita Mn(SiO3) 41,9% de Mn Rodocrosita MnCO3 47,8% de Mn Pirocloro (Na3,Ca)2(Nb,Ti)(O,F)7 - Gibbsita Al(OH)3 35% de Al * * * Produção de alimentos depende: Fertilizantes (NPK) Inseticidas organometálicas Equipamentos metálicos (tratores, colheitadeiras, caminhões, auto estradas, etc.) Óleo diesel, silos, refrigeradores, etc. Alimentos são cozidos em panelas e fogões metálicos, utensílios de cerâmica (pratos e outros utensílios) * * * Prosperidade de países → diretamente relacionado com a produção e consumo de bens minerais. Tabela 2 - Novos usos de alguns minerais. Mineral Fórmula química Aplicação tradicional Nova aplicação Zircão (Zr, Hf)SiO4 Pedra semi-preciosa Fabricação de zircônia (refratário) Reatores nucleares Columbita-tantalita (Fe,Mn)(Nb,Ta)2O6 Sem valor Fonte de Nb para ligas de resistentes à corrosão e para supercondutores * * * Tabela 3 – Produção anual e principais usos de alguns minerais mais comuns. Mineral Milhões de Toneladas Principal uso Carvão 6.781,60 (2007) Energia Asbesto 1,928 (2001) Isolante térmico e acústico (construção civil) Barita 7 (1982) Indústria petrolífera (fluido de perfuração – 90%), indústria química e outros (carbonato de bário, tinta, papel, borracha, vidro, etc. -10%) Bentonita 8 (1982) Fluido de perfuração de poços de petróleo e d`água, pelotização de minério de ferro , aglomerantes de areais de moldagem usadas em fundição, descoramento de óleos vegetais, animais e minerais, impermeabilização de bacias, pet litter. Bauxita 120 (2005) Produção de alumínio, abrasivo, refratário, produtos químicas, etc. * * * Tabela 3 – Produção anual e principais usos de alguns minerais mais comuns (cont.). Mineral Milhões de Toneladas Principal uso Concentrados de cromo 14 (2003) Produção de cromo, indústria metalúrgica, química, refratário e areias nos processos de fundição. Minério de cobre 8,20 (1985) Condutor elétrico Feldspato 10,4 (2003) Cerâmica e vidro Fluorita 4 (1982) Uso metalúrgico (fundente), indústrias químicas e cerâmica. Ouro 130 (1982) Joalheria Gipso 130 (2005) Gesso, agricultura, indústria cimenteira, material ortopédico ou dental. Concentrados de ferro 1.713,51 (2006) Produção de ferro e aço Caulim 21,6 (2003) Enchimento, cerâmica Magnesita 3,23 (2001) Refratários Minério de manganês 26 Aços especiais, pilhas eletrolíticas * * * Tabela 3 – Produção anual e principais usos de alguns minerais mais comuns (cont.). Mineral Milhões de toneladas Usos Petróleo cru 2700 (1982) Transporte Rocha fosfática 138 (2003) Fertilizantes Minérios de platina 200 (1982) Catalisador, odontologia, instrumento cirúrgicos, joalheria Potássio 26 (1982) Fertilizante Sal 170 (1982) Degelo, base química Pirita e enxofre 50 (1982) Àcido sulfúrico Talco 9 (2005) Enchimento Minério de estanho 213 (1982) Placas de estanho Concentrado de titânio 6 (1982) Tintas, papel Minério de zinco 7,0 (1985) Galvanizados * * * Origem dos minerais e substâncias químicas: - Crosta terrestre; Reprocessamento de rejeitos e Reciclagem. * * * Tabela 4 - Abundância de elementos químicos na crosta terrestre. Elemento Abundância (%) Quantidade em 3,5 km (toneladas) Elemento (%) Abundância (%) Quantidade em 3,5 km (toneladas) Oxigênio 46,4 - Vanádio 0,014 1014 - 1015 Silício Alumínio Ferro 28,2 8,2 5,6 1016 - 1018 Cromo 0,010 - Níquel Zinco Cobre Cobalto Chumbo 0,0075 0,0070 0,0055 0,0025 0,0013 1013 - 1014 Cálcio Sódio 4,1 2,4 - - Magnésio 2,3 1016 - 1018 Potássio 2,1 - Urânio Estanho Tungstênio Mercúrio Prata 0,00027 0,00020 0,00015 8 X 10-6 7 X 10-6 1011 - 1013 Titânio Manganês 0,57 0,095 1015 - 1016 Bário Estrôncio Terras raras 0,043 0,038 0,023 - - - Ouro Platina <5 X 10-6 <5 X 10-6 <1011 Zircão 0,017 1014 - 1016 * * * Tabela 5 - Abundância de elementos químicos nos oceanos. Elemento Abundância na água do mar (toneladas) Elemento Abundância na água do mar (toneladas) Magnésio 1015 - 1016 Vanádio Titânio 109 - 1010 Silício 1012 - 1013 Alumínio Ferro Molibdênio Zinco 1010 - 1011 Cobalto Prata Tungstênio 108 - 109 Cromo Ouro Zircão Platina <108 Estanho Urânio Cobre Níquel 109 - 1010 * * * Tabela 6 – Qualidade típica de alguns materiais como minerados e como vendidos. Material Qualidade como minerado Especificações de venda Aplicação típica Brita Todos os tamanhos Tamanhos bitolados Engenharia civil Min. de Fe 20-55% de Fe > 55% de Fe de maiores granulometrias Siderurgia Min. de Sn 0,01-1% de Sn (cassiterita) > 75% Sn Metalurgia Min. de Au 5-15 ppm (em peso) Au puro Metalurgia, joalheria Carvão 20-90% de matéria combustível de diversos tamanhos >90% de material combustível em tamanhos graduados Energia Argila 20-25% de argilas misturadas 100% de uma argila específica Cerâmica, papel Diamante 1 parte por peso de diamante em cada 1-10 partes por milhões de rocha Puro - se possível em seu tamanho natural Joalheria e ferramenta de corte * * * Tabela 7 – Principais produtos de minério de ferro. * * * Tabela 8 - Especificações de concentrados de minério de manganês(Mendes e Oliveira, 1982). Elementos Concentrados de minérios de manganês Teor % Alto teor de Mn Médio Teor de Mn Baixo Teor de Mn Mn 46 – 48 mín 40 mín 35 mín Fe 8 máx 6 máx 10 máx SiO2 + Al2O3 12 máx 15 máx 20 máx P 0,18 máx 0,30 máx --- Cu + Pb + Zn 0,1 máx 0,25 máx --- * * * Tabela 9 - Resumo de especificações química e granulométrica de areias industriais (Barbosa e Porphírio, 1993 e Luz e Lins, 2005). USO/FINALIDADE Teor (%) Granulometria SiO2 Al2O3 Fe2O3 Outros Areia para vidro Vasilhame Rec. Planos Cristal Fibra 92,76 99,5 (min.) 98,5 (mín.) 99,0 (mín.) 3,779 0,30 (máx.) 0,5 (máx.) 0,30 (máx.) 0,127 0,04 (máx.) 0,035 (máx.) 0,50 (máx.) TiO2 < 0,034; CaO < 0,06; MgO < 0,017; K2O < 2,734; Na2O < 0,114; P.F.< 0,373 TiO2 < 0,030 ; Cr2O3 < 2 ppm ; MnO2 < 0,002ppm; H2O < 0,05 CaO + MgO < 0,2 ; TiO2 < 0,03; ZrO2 < 0,01; H2O < 0,1; Cr2O 3< 0,001 Na2O < 0,1; K2O < 0,1, H2O < 0,5 - 99,5%> 200# 95%>150# 95% <325# Fundição 88 -99 - - Teor de umidade e argila total < 0,1% 20 a 200# Cerâmica 99,5 0,2 0,03 TiO2 < 0,025; K2O + Na2O < 0,15; CaO + MgO < 0,03; Cr2O3 < 3 ppm; P.F. < 0,1 Esmalte 99,5 0,2 0,03 TiO2 < 0,025; K2O + Na2O < 0,15; CaO + MgO < 0,03; Cr2O3 < 3 ppm; P.F. < 0,1 > 40 µm Tinta, plástico e borracha 99,5 0,009 0,025 TiO2 < 0,005; CaO < 0,15 Construção civil Grossa Média Fina 80 - - - 2,4 a 4,8 mm 0,6 a 2,4 mm 0,15 a 0,6 mm * * * Tabela 10 - Especificações para os principais usos industriais do talco (Pontes e Almeida, 2005). Usos Granulometria Comp. química Alvura GE* Mineralogia Propriedades Outros Tintas (espalhador) 100% < 200# 96,5% < 325# SiO2+MgO≥75%; Al2O3≤H2O H2O+M.Vol.≤1%; P.P.C.≤7% 65-90 Partículas lamelares Inércia química, hidrofobicidade, Alvura Peso específico 2,8 a 2,9. Tintas (pigmentos) 100%<325# MgO – 24 a 32%; SiO2 – 50 a 65%; CaO ≤ 9%; MgO+SiO2≥88%; CO2 ≤1%; Al2O3+Fe2O3≤6%; H2O+MV≤1%; P.P.C.≤7% 80-92 Partículas fibrosas (tremolítico) Alvura, inércia química, adsorção de óleos 27 a 31% Peso específico 2,8 a 2,9. Cosmético (carga) 99,6% < 325# P.P.C. – 3 a 8%; Pb – 20 ppm; Fe2O3 < 0,75; Sol. em ac. <2%; H2O < 0,2%; pH – 6,5 a 9,5; As < 3ppm; % sol. CaO <1,5% 85-92 Sem tremolita e carbonatos Hidrofobicidade natural, leveza, lisura, maciez, inércia química, alvura - Inseticida 90%,325# pH – 8 - - Inércia química Adsorção Cerâmica (branca) 97%<325# 100%<200# Fe2O3≤1,5%; CaO≤1,5%; Al2O3≤4% >80 Outros minerais máx. de 5 a 10% Fundente MgO – o mais alto possível Têxteis Sem resíduos arenosos - - Sem minerais de alta dureza Alvura - Papel (carga) 95%<400# - 58-78 - Inércia química, alvura - * * * Tabela 10 – Especificações para os principais usos industriais do talco cont. (Pontes e Almeida, 2005). Usos Granulometria Comp. química Alvura GE* Mineralogia Propriedades Outros Papel (cobertura) 99,8-99,9%<325# CaCO3 < 4%; Fe2O3≤2%; MgO – 30,7 a 31,7%;SiO2 – 47,8 a 58,2%; CaO- 0,3 a 1%; Al2O3 - 0,4 a 1%; P.P.C. – 6,9 a 20,3% 77-87 Isento de tremolita Hábito placóide, inércia química, alvura Peso específico 2,8 a 2,9. Part. lamelares Borracha (lubrificante) 99%<325# SiO2 – 60 a 63%; MgO = 26-36%; Fe2O3+Al2O3≤2%; Mn<0,01%; Cu<0,002%; P.P.C. = 5% Branco - Hidrofobicidade inércia química Umidade 3% Sabão 1a linha 99%<325# Al2O3 = 5%; MgO≥30,6%; SiO2 = 54%; Fe2O3 = 0,8%; CaO = 0,1% Talco claro - Inércia química, alvura. Umidade < 1%. Perda ao fogo 3%. Sabão 2ª linha Talco escuro Rações (veículo) 95%<200#- - - Sem minerais de dureza > 4 Inércia química Ferilizantes 95%<200# - - - Inércia química Umidade 3 a 5% Plástico (carga e reforço) 100%<200# - ≥77 Talco ou pirofilita Inércia química, alvura Isento de umidade Plático Anti-aderente 100%<325# - ≥77 Talco ou pirofilita Inércia química, alvura Acidez baixa GE* (General Eletric)- unidade de alvura quando o padrão é uma pastilha de MgO. * * * * * * 1.2 - Definições Mineralogia estuda: i – Estrutura interna e composição dos minerais; ii – Propriedades físicas e químicas dos minerais; iii – Classificação dos minerais; iv – Modo de formação v – Ocorrências e associações. * * * Mineralogia aplicada, ou industrial ou de processo → estudo de minerais de interesse econômico. Mineral: i – Substância de ocorrência natural – incluem gemas sintéticas, magnetita formada durante a fusão e silicatos na indústria de cerâmica; ii – Substância homogênea – uma única fase * * * iii – Substância sólida –água e mercúrio são líquidos iv – Substância inorgânica – calcita, fosfato de cálcio, grafita de origem orgânica. v – Substância cristalina v.1 – Minerais amorfos – água, mercúrio, opala (SiO2.nH2O) v.2 – Minerais metamíticos – estrutura cristalina destruída devido à radiação (urânio e tório) * * * Tabela 11 – Polimorfismo de minerais. * * * Tabela 11 – Polimorfismo de minerais (cont.). * * * vi – Composição química dentro de limites bem definidos Diamante ( C ) - traços de Ni Galena (PbS) – traços de Ag Qurtzo – traços de Fe e Ti Feldspato (plagioclásio) : Albita (NaAlSi3O8) e anortita (CaAlSi2O8) * * * Figura 1 - Variação da densidade com a variação da composição na série mineral isomórfica (columbita-tantalita: (Fe,Mn)(TaNb)2O6) * * * Figura 2 - Partícula complexa ferro rico em ilmenita (FeTiO3) e hematita (Fe2O3) titanífera exsolvida orientada. * * * Presença de pequenas impurezas: Calcita (CaCO3) – branca → azul (presença de C) Quartzo aluvial recoberto com óxido de Fe → problemas na flotação Sulfetos oxidados (filmes de sulfato ou tiossulfatos) → afeta a flotação. * * * Rocha – agregados coerentes de grãos minerais de ocorrência natural. Exemplos: Granito ou dolerito – grãos firmemente “interligados” – alta dureza e resistência Arenitos- grãos friáveis. Podem ser constituídos por um único mineral (arenitos (quartzo) e mármore (calcita)) * * * Tabela 12 - Rochas – Análise modal de um minério complexo (barita, fluorita, smitsonita e galena). * * * Depósito mineral → alta concentração de um mineral particular (ou elemento) em relação à concentração da crosta terrestre. Minério → depósito mineral do qual pode se extrair um metal pela utilização de algum método tecnológico. Grão mineral e partícula mineral * * * Figura 3 - Grão de galena em uma partícula irregular contendo galena e pirita (a) e partícula liberada contendo somente um grão de galena. * * * Nomenclatura dos mineraisI - Antiga Origem alemã → Quartzo (abundância em veios); feldspato (grande ocorrência na natureza) Pérsia – zircão ( cor amarela do ouro) Grego - diamante (invisível) * * * II – Recente – terminação em “ita” → alusão à localidade em que foram encontrado pela primeira vez ou que tem abundância. Exemplo: Ilmenita ( FeTiO3) – Montanha Ilmen na Rússia Estroncianita (SrCO3) – área Stroncian na Suíça * * * III – Propriedades óbvias Celestita (SrSO3) – cor azul celestial Barita ( BaSO3) – densidade – derivado do grego (pesado) IV – Nome de pessoas famosas Armalcolita (Mg,Fe)Ti2O5 – homenagem aos astronautas (Aldrin e Colins) * * * Classificação dos minerais I – Ânions dominantes: Elementos nativos Sulfetos Sulfossais Óxidos Haletos Carbonatos Fosfatos Tungstatos Silicatos, etc. * * * Tabela 13 – Classificação dos silicatos. Classificação Arranjo dos tetraedros de SiO4 Relação Si : O Exemplo Nessolicatos Isolados 1 : 4 Olivina (Mg,Fe)2SiO4 Sorossilicatos Duplos 2 : 7 Hemimorfita Zn4(SiO2O7)(OH).H2O Ciclossilicatos Anéis 1: 3 Berilo Be3Al2(SiO6O18) Inossilicatos Cadeias simples Cadeias duplas 1 : 3 4 : 11 Ensteatita, Mg2(Si2O6) Tremolita Ca2Mg5(Si6O22)(OH)8 Filossilicatos Folhas 2 : 5 Talco, Mg3(Si4O10)(OH)8 Tectossilicatos Estruturas tridimensionais 1 : 2 Quartzo, SiO2 * * * Classificação econômica dos minerais (Lins, 2005): Minerais metálicos Rochas e minerais industriais Gemas, Água e Minerais energéticos * * * Os minerais metálicos se subdividem em: Ferrosos - aqueles aplicados na indústria siderúrgica: ferro, manganês, cromo, níquel, cobalto, molibdênio, nióbio, vanádio, wolfrânio; Não-ferrosos básicos: cobre, zinco, chumbo e estanho; Não-ferrosos leves: alumínio, magnésio, titânio e berilo; Preciosos: ouro, prata, platina, ósmio, irídio, paládio, rutênio e ródio e Raros: escândio, índio, germânio, gálio, etc. * * * Rochas e minerais industriais incluindo os sintéticos de origem mineral (Ciminelli, 2003 e Lins, 2005): - Estruturais ou para construção civil: agregados (brita e areia), minerais para cimento (calcário, areia, argila, gipsita), rochas e pedras ornamentais (granito, gnaisse, quartzito, mármore, ardósia, etc.), argilas para cerâmica vermelha, artefatos de uso na construção civil (amianto, gpisita, vermiculita, etc.); - Indústria química: enxofre, barita, bauxita, fluorita, cromita, pirita, etc. - Cerâmicos: argilas, caulins, feldspatos, sílica, talco, etc.; - Refratários: magnesita, bauxita, cromita, grafita, etc. * * * - Isolantes: amianto, vermiculita, mica, etc.; - Fundentes: fluorita, calcário, criolita, etc.; - Abrasivos: diamante, granada, quartzito, coríndon, etc.; - Minerais de carga: talco, gipsita, barita, caulim, calcita, etc.; - Pigmentos: barita, ocre, minerais de titânio; - Agrominerais: fosfato, calcário, sais de potássio, enxofre, feldspato, flogopita, gipsita, zeólita, etc.; - Minerais ambientais ou “verdes”: bentonita, atapulgita, zeólitas, vermiculita, etc., utilizados no tratamento de efluentes e calcário, utilizado na dessulfuração de gases. * * * Figura 4 – Vários estágios interligados requeridos no desenvolvimento do depósito mineral. * * * Figura 5 – Fluxograma simplificado para o aproveitamento de bens minerais brutos. * * * Tabela 14 – Propriedades diferenciadoras e métodos de separação utilizados. Propriedade diferenciadora Método de separação Cor, brilho, fluorescência, radiotividade Catação manual, seleção automática Peso específico, forma Separação gravítica Susceptibilidade magnética Separação magnética Condutividade elétrica Separação eletrostática Tamanho, forma e densidade Peneiramento, classificação Reatividade de superfície Flotação, agregação/disperssão, aglomeração Reatividade química Hidrometalurgia Comportamento térmico Pirometalurgia Fragmentabilidade Fragmentação * * * Tabela 15 – Relação entre os dados de mineralogia e alguns processos de beneficiamento. * * * Informações do ROM ou “head sample” ou amostra global: Granulometria de liberação Aplicação de processos de concentração Problemas durante o processamento Teor máximo do concentrado para cada método de separação utilizado Natureza das perdas no rejeito dos vários processos de separação utilizados. * * * Informações das amostras de concentrado: Causa do baixo teor do concentrado e a possibilidade de aumento de teor com processamento posterior A natureza e localização de elementos “bonus” e de “penalidade” e a possibilidade de separação dos mesmos posteriormente * * * Informações das amostras de rejeito e produtos mistos: Natureza dos valiosos não recuperados e a possibilidade de redução de perdas Conteúdo mínimo do elemento valioso para processamento posterior * * * Informações necessárias para o processamento de minérios: Identificação dos minerais Proporção dos minerais Composição dos minerais Características de liberação e das partículas mistas (minerais valiosos e de ganga) e Distribuição dos elementos entre os vários sítios mineralógicos, considerando a distribuição granulométrica inclusive. * * * Figura 6 – Minério de cromita. Tamanho dos grãos relativamente grossos e morfologia compacta de grãos de cromita (C ) torna a liberação da ganga constituída por olivina (O) bastante fácil. * * * Figura 7 – Minério de cobre porfirídico da América do Norte. Liberação da calcopirita é dificultada devido à distribuição em forma de cadeia. Fraturas ocorrerão preferencialmente ao longo das fraturas, produzindo partículas com uma cobertura de calcopirita, que pode ser recuperada em um concentrado de baixo teor por flotação. * * * Figura 8 – Minério sulfetado de Cornwall (Wheal Jane). Calcopirita (C ) e esfalerita (S), algumas extremamente finas, disseminadas na turmalina (T), tornando a liberação impraticável. * * * Figura 9 – Corpo de minério de chumbo-zinco de Hilton, Austrália. Galena (G) e esfalerita (S) intercrescida. Obtenção de concentrado “limpo” de Pb e Zn será difícil e ocorrer devido á contaminação de concentrado de Pb com Zn e de concentrado de Zn por Pb. * * * Figura 10 – Minério de cobre e zinco. Grãos de esfalerita com diminutas inclusões de calcopirita (C ) ao longo dos planos de clivagem, produzindo um veio de calcopirita sobre a superfície da esfalerita, tornando a depressão da última difícil na flotação. * * * Figura 11 –Minério de chumbo e zinco. Pequenos grãos de prata nativa em veios e inclusões na rocha carbonática hospedeira. A rejeição desse material por separação em meio denso acarretará altas perdas de Ag para o rejeito. * * * Figura 12 – Rejeitos de flotação da mina de cobre de Palabora, África do Sul. Grãos de calcopirita finamente disseminados em um grão de ganga e irrecuperáveis pela flotação. O tamanho máximo dos grãos de calcopirita é de cerca de 20 µm. Logo, moagem subseqüente para a liberação da mesma seria impraticável. * * * Figura 13 – Rejeitos de circuito gravítico de cassiterita. Partícula mista de cassiterita (cinza claro) com quartzo (cinza escuro). As partículas mistas são muito pequenas (< 20 µm). Por essa razão, as mesmas foram para o rejeito ao invés de ir para o produto misto, devido à ineficiência da concentração gravítica nessa granulometria. Perdasdessas partículas é a principal causa do baixo desempenho desse tipo de concentração. Essas partículas poderiam ser recuperadas por flotação em um concentrado de baixo teor. * * * 1.1 – Objetivos da Caracterização Tecnológica de Minérios: Conhecimento das propriedades física; Conhecimento das propriedades químicas; Conhecimento das propriedades mineralógicas 1.2 – Importância da Caracterização Tecnológica de Minérios → tratamento de minérios * * * Bibliografia: 1 - Jones, M. P. Introduction to applied mineralogy. In: ___ Apllied Mineralogy a Quantitative Aprpoach. Oxford – Great Britain : Graham and Trotman Ltd, 1987. 259p. Chapter 1, p.1-12. 2 - Wills, B. Introduction. In: __ Mineral Processing Technology. Oxford – New York – Seoul – Tokyo: Amsterdam Press, 1992. 855p.Chapter 1, p. 1-57. 3 – Porphírio, N. H., Barbosa, M. I. Caracterização mineralógica de Minérios. In: Luz, A B. et all Editores. Tratamento de Minérios. Rio de Janeiro: CETEM/CNPq 1998 .675p. Capítulo 3, p. 59-104. 4 – Henley, K. J. Ore-Dressing Mineralogy – A Review of Techiniques, Applications and Recent Developments. Spec. Publ. Geo. Soc. S. Afr., 7 (1983), p175-200. 5 – Brandão, P. R. G., Cançado, R. Z. L., Santos, l. D., Vasconcelos, O. R. Caracterização Mineralógica e Tecnológica. In: Valadão, G. E. S., Araújo, A. C. Introdução ao Tratamento de Minérios. Belo Horizonte: Editora UFMG 2007. 234p. Capítulo 3, p.27-60. * * * Bibliografia: 6 – Dana, J. D., Hurlbut Jr., C. S. Manual de Mineralogia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 1984. 644p. 7 – Luz, A. B., Lins, F. A. Rochas e Minerais Industriais Usos e Aplicações. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2005. 720p. 8 - CIMINELLI, R. R. Recursos Minerais Industriais. In: Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil Texto, Mapas & SIG. Schobbenhaus, L.A.B., Vidotti, R. M. e Gonçalves, J.H., editores. P.503-539.
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