Buscar

Desenvolvimento embrionário e suas fases

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO
Embriologia;
A Embriologia estuda todas as fases do desenvolvimento embrionário desde a fecundação, formação do zigoto até que todos os órgãos do novo ser estejam completamente formados. Também são consideradas as etapas anteriores à gestação do embrião, uma vez que influenciam no processo.  Algumas das especialidades da Embriologia são: Embriologia Humana: área que se dedica ao conhecimento sobre o desenvolvimento de embriões humanos, estudando as malformações e doenças congênitas. A embriologia clínica ou médica aos estudos sobre embriões em processos de reprodução assistida; Embriologia comparada: é a área que se dedica a estudar o desenvolvimento embrionário de diversas espécies animais, comparativamente. É importante para os estudos evolutivos; Embriologia Vegetal: estuda os estágios de formação e desenvolvimento das plantas.
Na embriologia humana, ocorre o chamado fecundação ou fertilização ao processo de penetração do espermatozoide no ovócito secundário, primeiramente pela penetração dos envoltórios ovulares e, posteriormente, a entrada do núcleo do espermatozoide no citoplasma do ovócito, com a continuação da divisão celular deste. Como vimos, o processo de capacitação é o responsável pela penetração dos envoltórios ovulares. Agora vejamos como o núcleo penetra o ovócito. Com a fusão das membranas, ocorre a perfuração das membranas e a indução de aumento do Cálcio intracelular (por liberação de grânulos), que ocasiona a chamada reação cortical. A reação cortical nada mais é que a fusão dos grãos corticais na região das membranas fusionadas, levando à liberação de enzimas no espeço perivitelínico responsáveis pela chamada reação de zona – alteração da conformação das moléculas de ZP2 e ZP3, impedindo e interrompendo possíveis reações acósmicas de outros espermatozoides (bloqueando a entrada de outros espermatozoides e interrompendo os que já estiverem entrando). As perfurações, juntamente com o aumento do cálcio intracelular, induzem a maior ativação do metabolismo do ovócito. Dentro das reações metabólicas do ovócito, algumas são especializadas em captar o núcleo do espermatozoide, que penetra a segunda fase da fertilização. Com o fim da fertilização, o ovócito II continua sua meiose II e forma-se o pró núcleo feminino; simultaneamente, o pró núcleo masculino também está sendo formado.
A formação do zigoto, e com a elevação do cálcio intracelular simultaneamente à entrada do núcleo do espermatozoide, é degradada a enzima citoplasmática do ovócito, a ciclina, responsável pela manutenção estática da metáfase II da meiose do ovócito. Com a degradação da ciclina, a meiose continua gerando as estruturas haploides do pró núcleo feminino, e do 2º corpúsculo polar, que fica limitado ao espaço perivitelínico e é degradado com o tempo. Simultaneamente a essa continuação da meiose II do ovócito, o núcleo do espermatozoide perde sua carioteca original e tem suas protaminas substituídas por histonas encontradas no citoplasma do ovócito. Depois disso, ele se duplica e produz uma nova membrana nuclear, com o maquinário do ovócito aí fica pronto o pró núcleo masculino. Com os dois prós núcleos formados, constituídos por membranas de estrutura similar, eles se atraem, ocorre a perda das membranas e a fusão dos dois prós núcleos. Após a formação, o zigoto já se encontra em fase de divisão mitótica, iniciando o processo de segmentação ou clivagem, que é uma sequência de divisões mitóticas rápidas com aumento geométrico do número de células e do material genético, sem haver alteração da massa protoplasmática. As alterações morfológicas e estruturais que ocorrem durante a 2ª semana de desenvolvimento, durante o processo de nidação. A região do trofoblasto que se liga inicialmente ao endométrio uterino, é a região onde está compactada a massa celular interna. Por indução do endométrio, essa região de contato começa a sofrer diversas e consecutivas divisões mitóticas, sem a citocinese no fim das divisões, gerando um verdadeiro monte de núcleos num mesmo citoplasma a essa estrutura dá-se o nome de sincíciotrofoblasto. 
No final da 2ª semana já é identificado estruturas como; Âmnios, Saco Vitelínico, Córion, trofoblásticas e Celoma Extraembrionário.
Na 3ª semana do desenvolvimento ocorre o processo de Gastrulação. E no fim da 3ª semana com a radical mudança do disco embrionário bilaminar, formado por epiblasto e hipoblasto, ser completamente substituído pelo novo disco embrionário trilaminar, todo originado do epiblasto e de suas alterações que culminaram no complexo de linha primitiva. Após isto, ocorre a neurulação tendo em mente que a gastrulação continua, especialmente no mesoderma IE.
O crescimento continuo do embrião para dentro da cavidade amniótica leva ao envolvimento do próprio embrião pelo Âmnio, que vai “expremendo” a cavidade vitelínica, separando-se a cavidade vitelínica do intestino primitivo médio. Uma pequena estrutura cordonal ainda une ambas as cavidades, além de unir os celomas IE e EE, que são isolados quando há a fusão da esplancnopleura da cavidade vitelínica com a somatopleura do Âmnio. À junção dessas estruturas dá-se o nome de cordão umbilical aí já estamos no final da 8ª semana de desenvolvimento.
Pré-Natal;
O período pré-natal pode ser dividido em três etapas, mais ou menos distintas:
A implantação do blastocisto, o que corresponde às três primeiras semanas do desenvolvimento, quando ficam diferenciados os epitélios germinativos e esboçadas as membranas extraembrionárias. A fase embrionária (da quarta à oitava semana), quando os processos de diferenciação e crescimento são muito rápidos e se constituem os principais sistemas de órgãos. E por fim a fase fetal (do terceiro ao nono mês de gestação), quando há uma complementação parcial do crescimento e alterações na forma externa.
O pré-natal é a assistência médica e de enfermagem prestada à mulher durante todos os nove meses em que esteja grávida. O pré-natal destina-se a garantir o melhor estado de saúde possível para a mãe e para o bebê no momento do parto. Geralmente o pré-natal reduz o número de nascimentos prematuros, evita cesarianas desnecessárias, reduz os nascimentos com baixo peso e as complicações como a hipertensão arterial e a transmissão vertical (da mãe para o feto) de patologias transmissíveis.
O pré-natal consiste no acompanhamento da gestante durante a gravidez por um médico ou uma equipe de saúde. O pré-natal deve começar tão logo a mulher descubra que está grávida e seguir com no mínimo seis consultas durante os nove meses de gestação, sendo uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre.
Durante as consultas além de serem examinadas clinicamente e fazerem exames laboratoriais, as mulheres devem receber informações sobre as mudanças físicas e psicológicas que ocorrem durante a gravidez, os medicamentos que deve evitar ou que deve tomar neste período, quais os hábitos saudáveis que deve adotar e receber informações sobre sinais e sintomas que podem ocorrer e sobre riscos próprios de cada etapa da gravidez. Os exames a que a grávida deve se submeter no pré-natal são: Hemograma, Glicemia, Sorologia, Exame para detectar a sífilis, Exame para detectar a toxoplasmose, Exame para detectar a rubéola, Exame para detectar a presença do vírus da hepatite B, Tipagem sanguínea e fator Rh, Exame de urina e/ou urinocultura, Exame de fezes.
A gestante deve fazer também três ultrassonografias, idealmente uma no primeiro trimestre, para avaliar o tempo de gravidez, outra no segundo trimestre, quando os órgãos do bebê já estão formados e o sexo do bebê já pode ser conhecido, e a última no terceiro trimestre para avaliar o crescimento do feto.
A Função do Técnico de Enfermagem em atuar na Saúde da Mulher, Criança e do Adolescente;
A assistência de Enfermagem à mulher quando gestante começa no diagnóstico da gravidez com a 1ª consulta de pré-natal e continua por todo o período de gestação. O profissional da saúde deverá seguir o cronograma de solicitações deexames conforme mostra o fluxograma para diagnóstico de gravidez, apresentado a seguir. Outro fator que o técnico de enfermagem deve observar em relação a saúde da mulher é sobre o câncer de colo uterino, que constitui um dos graves problemas de saúde que atinge as mulheres em todo o mundo, sendo os países em desenvolvimento responsáveis por aproximadamente 80% desses casos. Diante deste quadro, os técnicos de enfermagem, assim como os outros profissionais de saúde, devem atuar na sensibilização das mulheres para a realização do exame de citologia oncótica e no autoexame das mamas, além da busca ativa durante visitas domiciliares, consulta de enfermagem, grupos educativos e reuniões com a comunidade. O objetivo maior da assistência de enfermagem em saúde sexual e reprodutiva é a humanização do atendimento e a qualificação da atenção ao planejamento familiar em suas várias etapas da preconcepção à anticoncepção; com avaliação e assistência priorizada ao risco reprodutivo, visando à redução da morbimortalidade materna e neonatal, gravidez precoce e gestações indesejadas. Deve ser ofertada observando-se como princípio o respeito aos direitos sexuais e direitos reprodutivos. É importante também a atenção do técnico de enfermagem na situação vacinal das mulheres gestantes, sua imunização com vacina antitetânica é rotineiramente feita no pré-natal, considerando-se que os anticorpos produzidos ultrapassam a barreira placentária, vindo a proteger o concepto contra o tétano neonatal, pois a infecção do bebê pelo Clostridium tetani pode ocorrer no momento do parto e/ou durante o período de cicatrização do coto umbilical, senão forem observados os adequados cuidados de assepsia. Ressalte-se que este procedimento também previne o tétano na mãe, já que a mesma pode vir a infectar-se por ocasião da episiotomia ou cesariana.
A infância compreende a três estágios, a saber: a primeira infância (até os 2anos de idade), a segunda infância ou fase pré-escolar (dos 2 aos 6 anos) e a terceira infância ou fase escolar (dos 6 anos até o início da puberdade). A primeira infância (fase do lactente) é o período no qual a principal alimentação da criança é o leite, principalmente materno. Ela passa por modificações importantes durante seu desenvolvimento físico, e vai adquirindo habilidades, por exemplo: a partir de 3 meses já ri, observa o ambiente que a cerca; senta-se aos 6 meses; engatinha aos 9 meses e até um ano já estará andando sozinha. A adolescência caracteriza-se por alterações biológicas, psicológicas, sociais e culturais, e pode ter duração variada, dependendo do indivíduo. As modificações que ocorrem com o adolescente se dão em todos os órgãos e estruturas do corpo, devido à ação dos hormônios. Trata-se da fase chamada de puberdade, que termina quando para o crescimento dos ossos e conclui-se o amadurecimento das gônadas, quando o indivíduo já pode gerar filhos. Durante esse período os jovens estão em busca de identidade, formada através da interação do mundo interior com o exterior, o que poderá levá-lo ao sentimento de perda, devido à passagem da fase infantil para a adulta; à procura de autonomia, autoafirmação; evoluem sexualmente; reivindicam seu espaço na sociedade, tendendo a reunir-se em grupos afins; estão sujeitos a constantes mudanças de comportamento, por isso necessitam de diálogo e apoio. Ainda é importante que o profissional da saúde avalie o estirão de crescimento e alguns caracteres sexuais, como o crescimento das gônadas, a primeira menstruação (menarca), o desenvolvimento das mamas (telarca) e o aparecimento dos pelos pubianos. Considera-se que o adolescente apresenta uma puberdade normal quando nas meninas há o surgimento do broto mamário e dos pelos pubianos entre os 8 e os 13 anos; já nos meninos, quando há o aumento do volume dos testículos e o aparecimento dos pelos pubianos entre os 9 e os 14 anos.
DESENVOLVIMENTO
Concepção 
O termo concepção é pertinente ao processo de fecundação e desenvolvimento do óvulo que origina a gravidez. Para a medicina o momento da concepção começa quando o espermatozoide fecunda o óvulo. A partir de então, ocorre uma série de alterações uterinas no corpo da mulher para que haja o desenvolvimento do embrião, sendo que o processo só termina no momento em que acontece o nascimento de um novo ser. 
O Processo da Gestação
A gestação ocorre durante um período de 40 semanas, onde o corpo passa por várias acomodações, para desenvolver e acomodar o embrião. Entre 200 a 600 milhões de espermatozoides são depositados no interior da vagina, iniciando sua jornada em direção ao óvulo. Muitos sucumbem porque são mais fracos; outros se perdem no meio do caminho. Os melhores nadam, agitando suas caudas que são o seu meio de locomoção. Finalmente, o pequeno número de sobreviventes que restou daquela multidão inicial, aproxima-se do óvulo, que para ele se configura imenso. O óvulo é cerca de 85 mil vezes maior do que o espermatozoide. Alguns tentam penetrar no óvulo. Finalmente apenas um consegue. Dá-se a fecundação. A fecundação (fertilização ou concepção) ocorre com a fusão ou encontro dos gametas feminino (óvulo) e masculino (espermatozoide), acarretando na constituição de uma nova célula, o ovo ou zigoto, que carrega características da mãe (óvulo) e do pai (espermatozoide). 
Crescimento Embrionário
Inicia-se um processo de divisões do zigoto em 2 células, 4 células, depois 8 células e assim sucessivamente, é o começo da formação do novo ser. No final da primeira semana após a fecundação, inicia-se o processo de implantação da massa de células na parede uterina. Sabemos, hoje, que os talentos e habilidades apresentadas pelo bebê começam a se desenvolver muito antes dele nascer. Diversos estudos têm evidenciado que o embrião é um ser inteligente e muito mais complexo do que nós imaginávamos. Na 5ª semana de gestação, contada a partir do primeiro dia da última menstruação, ou seja, 3ª semana após a fecundação, seu sistema nervoso começa a se formar e começam a despontar pernas e braços. Surgem, pela primeira vez, movimentos bruscos. A nutrição do embrião entre 4ª e 5ª semanas de gestação é feita através da Vesícula Vitelina. Ao se completar 5 semanas de gestação, há junção dos vasos do embrião com os vasos da placenta em formação, sendo o início da chamada circulação umbilical (feto-placentária). A placenta será formada por tecidos maternos e fetais (sendo um órgão misto) e será a responsável final pelas trocas entre a mãe e o bebê. Entre a 5ª e 10ª semana de gestação, os principais órgãos e sistemas do embrião se formam, e à medida que essas estruturas se desenvolvem elas afetam a imagem do embrião, que vai adquirindo figura humana. Na 6ª semana, sua boca começa a se formar e seu coraçãozinho rudimentar pode visto batendo. O embrião mede de 4 a 9 mm. O seu coração e coluna são visíveis, assim como os brotos que formarão os braços e as pernas. Com 7 a 8 semanas de gestação, o embrião é capaz de realizar movimentos muito simples. Um ligeiro toque em sua face faz com que ele responda com desvio da cabeça. Nesta fase, o embrião terá em torno de 2,2 cm. Com 8 a 9 semanas de gestação, o embrião mede aproximadamente 3 cm e pesa cerca de 10g. Ao final da 8ª semana de gestação, os dedos já estão formados e separados, podendo ser reconhecido o punho e o cotovelo do bracinho do bebê. Ao final da 10ª semana de gestação, o embrião já se encontra praticamente todo formado (coração, pulmões, rins, fígado e intestinos) e tem-se início, a partir daí, do período fetal. A partir de 10 semanas de gestação, durante o período fetal, haverá basicamente a maturação e crescimento dos órgãos e sistemas do bebê. O feto vive dentro de um saco amniótico contendo líquido que o envolve e o protege. Nesse ambiente flutuante e sem peso, ele se move ativamente. Com 11 semanas, dentro de seu corpinho, todos os órgãos já estão no devido lugar. Tudo o que se encontra em um ser humano já está formado. No final da 11ª semana, o bebê mede cerca de 5 cm. Com 12 semanas, o feto mede cerca de 7 cm epesa 14 g. A partir de 12 semana, o feto já apresenta movimentos espontâneos, embora a mãe ainda não os perceba. A genitália externa adquire as características peculiares ao sexo genético do bebê, apesar de ainda não ser possível identificar o sexo do bebê ao ultrassom. Crescem os olhos e as orelhas. Começa a formação dos principais ossos do corpo. Os dedos dos pés e das mãos já estão diferenciados e as suas unhas surgem. Com 14 semanas, o feto engole, urina, suga e treina os movimentos respiratórios para o trabalho que seus pulmões vão ter após o nascimento. Sua coluna vertebral já está bem delineada. Ele mede 8 a 9 cm e pesa cerca de 28 g. Com 15 semanas o feto apresenta todos os movimentos presentes em fetos com 9 meses e mede em torno de 10 cm. A partir da 16ª semana, os movimentos do feto aumentam, o que é importante para o desenvolvimento dos seus músculos e ossos. Suas feições estão bem definidas e pode-se identificar o sexo do bebê nos exames de ultrassonografia. Seus órgãos e sistemas continuam em desenvolvimento! Ao final da 16ª semana, o bebê medirá por volta de11cm. Entre 16 e 18 semanas, ele começa a desenvolver o sentido do paladar. Nesta idade, as papilas gustativas já estão desenvolvidas. Com 19 A 20 semanas seus movimentos começam a ficar mais coordenados, contrastando com os movimentos iniciais que eram reflexos mais primitivos. É capaz de ficar ereto e impulsionar o corpinho para frente. Seu cérebro pesa cerca de 90g. Aparecem os primeiros fios de cabelo. Inicia-se a formação do "vernix caseoso" que é uma camada de gordura que reveste externamente o feto. Esta "capa de gordura" tem a função de proteger sua pele num ambiente aquático. Nesta fase o feto já pesa cerca de 300g. Com 21 a 24 semanas, ocorre a maturação do sistema auditivo. O futuro bebê consegue ouvir e reconhecer a voz materna. Este é o período mais apropriado para a realização de uma ultrassonografia para avaliar os detalhes do futuro bebê. Na 24ª semana o bebê pesará cerca de 600g. Com 25 semanas, o bebê está pesando, em média, 800g e as suas chances, a partir de então, caso haja um parto prematuro, começam a existir, dependendo do suporte que lhe for oferecido. Com 27 a 28 semanas, o feto pisca os olhos. Fecha os olhos quando dorme e abre-os quando está acordado. Pesa em média 1,1kg e mede cerca de 30 cm. Com 30 a 34 semanas, o feto continua o seu processo de crescimento e desenvolvimento. O tecido adiposo vai se formando rapidamente e torneando o corpinho do bebê. Com 34 semanas, o feto pesa em média 2,2kg e mede cerca de 40 cm. Após 34 semanas de gestação, o pulmão fetal já tem capacidade de sintetizar as substâncias necessárias para a respiração do bebê fora do útero. Entre 35 e 37 semanas de gestação, com o aumento do seu tamanho, o feto tentará todas as posições possíveis dentro do útero até encontrar a melhor. Geralmente esta posição é de cabeça para baixo, enquanto as nádegas ocupam a parte superior do útero. Esta é a posição ideal para o nascimento. Com 37 semanas de gestação, o feto tem um peso médio de 2,8 kg e 49 cm de comprimento. A partir de 37 semanas completas, a gestação é considerada como gestação a termo, ou seja, o feto está pronto para nascer a partir desse momento! Seu organismo está totalmente formado e maduro. Com um peso médio de 3,4kg e comprimento de 50 cm na 40ª semana, ele já não consegue se mexer muito, aguardando, na posição certa, a grande hora do nascimento. 
O Processo de Parto
Nas primeiras 34 e 38 semanas de gestação, o miométrio uterino não responde a sinais para o parto (nascimento). Durante as duas a quatro últimas semanas da gravidez, porém, esse tecido passa por uma fase de transição em preparação para o início do trabalho de parto. Essa fase termina afinal com o miométrio na região superior do útero mais espesso, enquanto na região inferior e no colo ele é mais mole e mais fino. O trabalho de parto propriamente dito se divide em três estagio: 1) obliteração (ao afinar-se e encurtar-se) e dilatação do colo; essa etapa termina quando o colo está inteiramente dilatado; 2) Parto do feto; e 3) expulsão ou descolamento da placenta e das membranas fetais. O 1º estagio é produzido por contrações uterinas que forçam o saco amniótico contra o canal cervical como uma cunha ou, caso as membranas tenham se rompido, então a pressão será exercida pela parte do feto em apresentação, geralmente a cabeça. O 2º estagio também é auxiliado por contrações uterinas, mas a força mais importante é proporcionada pelo aumento da pressão intra-abdominais. O 3º estagio exige contrações uterinas e é auxiliado pela crescente pressão intra-abdominal. Quando o útero se contrai a parte superior se retrai, produzindo uma luz cada vez menor, enquanto a parte inferior se expande, dando assim direção à força. As contrações se iniciam geralmente em intervalos de cerca de 10 minutos. Mas durante o segundo estágio do trabalho de parto podem ocorrer em intervalos de menos de um minuto e durar de 30 a 90 segundos. Sua ocorrência em pulsos é essencial para a sobrevivência fetal, pois elas têm força suficiente para comprometer o fluxo sanguíneo uteroplacentário para o feto.
Tipos de Partos
O Brasil é um dos campeões mundiais de cesarianas. Aqui, mais de 40% das crianças que nascem na rede pública de saúde chegam ao mundo por cirurgia, e na rede privada esses números alcançam a média de 84%. Isso contraria o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que diz que essa técnica deve abranger apenas 15% dos casos e quando o procedimento natural representa riscos para o bebê ou para a mãe. Contudo, a praticidade de saber o dia e hora do nascimento oferecida pela cesariana, faz com esse seja o método escolhido boa parte dos pais e dos médicos. Mas a mulher pode optar por outras modalidades de parto na hora de ter o filho, como;
Parto Natural; é a forma mais antiga de parto: vaginal e sem procedimentos de intervenção, como anestesia ou episiotomia (incisão no períneo) e indução. A função do profissional de saúde nesse tipo de parto é acompanhar o ritmo dos acontecimentos e a movimentação da mulher, intervindo apenas quando for necessário. Em sua essência, é praticamente igual ao parto normal. 
Parto Normal; também conhecido como parto vaginal, essa forma de dar a luz é a tida como convencional. A mulher entra em trabalho de parto e o bebê nasce no tempo correto. Diferente do parto natural, são utilizadas anestesias modernas, como a peridural e a raque, que aliviam as dores, mas permitem que a mãe participe ativamente do processo. Procedimentos como lavagem intestinal e raspagem dos pelos pubianos estão cada vez mais sendo deixados de lado, e, apenas quando necessário, é feita a indução (estimulo das contrações com medicamentos ou com o rompimento precoce da bolsa).
Parto Cesário; mais conhecida como cesariana, essa forma de parto é cirúrgica e deve ser realizada apenas em casos de emergência, quando o bebê não está na posição adequada para o parto normal ou a mãe sofra de algum problema de saúde (infecção por herpes genital, hipertensão materna mal controlada, pré-eclampsia, diabetes). Contudo, sua prevalência ainda é alta no Brasil, devido à praticidade que oferece aos pais e médicos por ter data e horário pré-definidos para o nascimento. Como em qualquer cirurgia, o parto cesariano traz riscos durante a operação e no pós-operatório. Geralmente, utiliza-se a anestesia raque ou a peridural, mas, em casos excepcionais, é necessária anestesia geral. A recuperação da mãe nesses casos é mais lenta e mais passível a complicações, além de ser mais dolorida e apresentar maior risco de infecções.
Parto na Agua; algumas mulheres optam por ter seus filhos na água, o que é menos traumático para o bebê, que sai de um líquido quente para outro. Realizado em uma banheira com água na temperatura de 37º, a mãe pode ter ajuda de um acompanhante, mas o parto deve ser realizado por profissionais experientes na técnica. O parto na água morna proporciona um aumento na irrigação sanguínea, diminuição da pressão arterial erelaxamento muscular, diminuindo assim as dores. A água proporciona maior dilatação do colo do útero e maior flexibilidade ao períneo. Entretanto, esse tipo de parto não é recomendado para prematuros, casos de presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo e bebês grandes (com 4 kg ou mais) ou que precisem de monitoramento contínuo. 
Parto de Cócoras; antigamente utilizado pelas índias, o parto de cócoras tem os mesmos princípios do parto normal, com a vantagem de ser mais rápido. A mãe, em vez de ficar deitada, fica na posição de cócoras. Nesse tipo de parto é necessário um acompanhante para dar suporte com o corpo atrás da mulher.
Por estar na posição horizontal, a gravidade atua intensificando as contrações e facilitando a saída da criança. Essa posição ainda traz outros benefícios para a saúde da mulher, que não sofre compressão de importantes vasos sanguíneos (o que poderia levar ao sofrimento fetal) e a área da pelve é aumentada em até 40%, além da elasticidade do períneo ser menos comprometida. Pesquisa realizada por Janet Balaskas, líder do movimento pelo parto ativo na década de 1980 em Londres, comprovou que mulheres que têm seus filhos por essa forma de parto sofrem menos com depressão pós-parto e têm menos dificuldade de amamentar.
Parto a fórceps; o fórceps é um instrumento semelhante a uma pinça cujas extremidades têm o formato de uma colher. Esse procedimento só é utilizado em casos específicos e nos últimos momentos do parto via vagina (natural, normal, de cócoras ou na água), como forma de poupar a mãe e a criança
Parto Leboyer; também conhecido como “Nascimento sem Violência”, esse método foi criado pelo médico francês Frédérick Leboyer e introduzido no Brasil na década de 1970. É realizado a pouca luz e no maior silêncio possível. O bebê não recebe a famosa palmadinha no bumbum (que é o que faz a criança chorar e abrir os pulmões), sendo que essa transição é feita de maneira suave, esperando o cordão umbilical parar de pulsar. A amamentação é precoce e o banho realizado junto com os pais. Segundo alguns psicanalistas, esse tipo de parto reduz o trauma que significa para a criança a saída do útero. Estudos com crianças que nasceram por esse método mostram que essas são mais seguras, tornam-se autônomas mais cedo e são emocionalmente mais equilibradas.
Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido 
O recém-nascido (RN) é um ser vulnerável a infecções e patologias, pois seu sistema está se adaptando ao novo meio. É exatamente nesta fase que ocorre o maior índice de mortalidade e morbidade infantil. A assistência ao recém-nascido, no Brasil, sofreu influência dos países mais desenvolvidos. No início do século XX, o abandono da criança na sua primeira idade ainda era um fato muito presente no país. Ao longo dos anos a mortalidade dos RN’s vem diminuindo graças ao avanço científico e a uma assistência primaria efetiva, em séculos passados o índice de mortalidade infantil era elevado devido a criança ser afastado dos pais porque cuidar dos filhos era um visto como um fardo pesado, e então as crianças eram cuidadas por amas de leite. Outro fator que contribuía para o alto índice de mortalidade na fase neonatal era as precariedades. No período pós-parto o recém-nascido apresenta alterações biofisiológicas e comportamentais complexas, resultantes da vida extrauterina. As primeiras horas pós-parto representam um período de ajustamento fundamental para o RN. Na maioria dos hospitais a enfermeira presta cuidados ao recém-nascido imediatamente após o parto. Depois do período de transição, o bebê é avaliado em intervalos periódicos, tendo ajustado o plano de cuidados de acordo com o aparecimento dos achados. Deve-se manter o equilíbrio entre as necessidades familiares de privacidade e a necessidade de monitorar a transição do RN à vida extrauterina. Para uma assistência de enfermagem efetiva ao neonato, necessita que a equipe de enfermagem tenha conhecimento da história familiar, história das gestações prévias e atual e dos eventos durante o trabalho de parto. A enfermagem está presente nos momentos cruciais do ser humano, acompanhando desde o nascimento até sua morte, com isso, os enfermeiros em especial precisa conhecer os métodos de comunicação seja o paciente adulto ou recém-nascido. Para que isso aconteça com o RN ele necessita identificar as anormalidades apresentadas. Pois todos os sinais que o recém-nascido apresente devem ser interpretados pelo enfermeiro, com isso ele poderá ter uma assistência intervencionista. Quando o feto ainda está no meio uterino os aspectos ambientais estão favoráveis para a sua manutenção, isto, devido ao ambiente uterino lhe fornecer proteção, temperatura agradável e nutrição. Após o nascimento o bebê começa a ter uma vida independente, na qual sofrerá alterações drásticas e, precisará se adaptar ao meio extrauterino e os profissionais de saúde devem proporcionar ao RN um ambiente parecido com o meio intrauterino. O recém-nascido é composto por especificidades, no qual podemos destacar a instabilidade dos diversos sistemas de controle hormonais e neurogênicos. Em parte, isto decorre, da imaturidade do desenvolvimento dos diferentes órgãos corporais e, em parte, do fato de que o método de controle simplesmente não se ajustou ao modo de vida totalmente novo. É de suma importância conhecer e estar atenta à comunicação verbal e não-verbal emitida pelo bebê e pelas próprias profissionais durante o desenvolvimento do cuidado. A criança recebe influência do meio ambiente, nos vários contextos que exibem as pessoas e seus gestos, sons e movimentos, sendo o estímulo importante como eixo para prover seu bom desempenho, afetivo, cognitivo, psicológico e social. A enfermagem juntamente com a equipe médica, que estiver dando assistência ao trabalho de parto, irá necessitar de recursos físicos, e materiais para uma assistência eficaz. É indispensável que a equipe tenha a sua disposição uma sala de parto bem aparelhada, com aspirador, compressas e lençóis esterilizados, material para ligadura do cordão, fonte de aspiração, sondas, conjunto instrumental destinado ao tratamento da anoxia neonatal e berço de calor irradiante. Além disso, os médicos e a equipe de enfermagem devem estar familiarizados com as medidas exigidas pela criança, sendo necessário o reconhecimento de patologias no primeiro instante de vida. Os cuidados ao recém-nascido são divididos em imediatos e gerais. Os cuidados imediatos são os cuidados que a equipe deve ter ainda na sala de parto para manter a vida do RN e evitar futuras sequelas, já os cuidados gerais, são os cuidados durante o período de neonatal, onde a criança estará se adaptando a vida extrauterina.
A criança e seu cartão de vacina
Ao todo, são nove tipos de vacinas obrigatórias, aplicadas em doses e reforços que variam de acordo com a idade. Como são muitas, e extremamente importantes, é necessário que o esquema de vacinação de cada criança seja bem acompanhado por um ou mais profissionais da saúde. Ao nascer, as primeiras vacinas que um bebê toma é a BCG, contra a tuberculose, e a vacina contra a hepatite B. A primeira vem em apenas uma dose e deve ser feita antes de a criança completar um mês. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser tomada ao nascer; a segunda, com um mês de idade; e a terceira, com seis. Aos dois meses de idade o bebê deve tomar a primeira dose das seguintes vacinas: 
Tetravalente: combate doenças como difteria, tétano, coqueluche, meningite e alguns tipos de gripe. Uma nova dose deve ser dada aos quatro meses de idade e outra, aos seis. Mais tarde, com um ano e três meses, a criança deve receber a primeira dose do reforço da DPT, e a última dose aos quatro anos.
Vacina oral poliomielite (VOP): contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil. Uma nova dose deve ser dada aos quatro meses de idade e outra, aos seis. Mais tarde, com um ano e três meses, a criança deve receber o reforço.
Vacina oralde rotavírus humano (VORH): contra a diarreia provocada por um micro-organismo chamado rotavírus. Uma nova dose deve ser dada aos quatro meses de idade.
Vacina pneumocócica 10 (conjugada): contra a pneumonia, meningite, otite e algumas outras doenças. Uma nova dose deve ser dada aos quatro meses de idade e outra, aos seis. Mais tarde, com um ano de idade, a criança deve receber o reforço. 
Aos três meses, deve ser dada a vacina meningocócica C (conjugada), contra meningite. A segunda dose deve ser recebida aos cinco meses; e o reforço, com um ano e três meses. A primeira dose da vacina que previne a febre amarela deve ser aplicada quando a criança tiver completado nove meses de vida. Ela deverá ser dada novamente aos dez anos de idade, repetindo a aplicação a cada dez anos. Essa doença é causada pela picada de mosquito Aedes Aegypti: o mesmo que causa a dengue. Se o inseto picar uma pessoa infectada e depois outra pessoa saudável, que não tenha sido vacinada, poderá contaminá-la. No primeiro ano de vida, a criança, ainda, receberá a primeira dose do tríplice viral (SCR), que previne o sarampo, a caxumba e a rubéola. A segunda dose deve ser dada aos quatro anos de idade.
O cartão de vacina da criança
É importante ressaltar que a vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças. Mas, o que muita gente não sabe é que o cartão de vacinas é um documento indispensável para crianças, adolescentes, adultos e também para idosos. Segundo a coordenadora de imunização da SES-MG, Tânia Brant, a única forma de uma pessoa provar que está vacinada é por meio do cartão de vacinas. É comum encontrarmos adultos que não sabem onde colocaram seu cartão, assim como há pessoas que possuem dois, três ou até quatro cartões de vacinas diferentes. Para os adultos que perderam o cartão a recomendação é procurar a Unidade Básica de Saúde em que se vacinaram quando crianças, pois essas unidades possuem o chamado cartão espelho, que é uma cópia do cartão de vacinação. Também é importante guardar todos os cartões recebidos durante a vacinação, pois somente dessa forma será possível acompanhar o histórico de imunização. Atualmente, o cidadão pode encontrar gratuitamente, vários tipos de vacinas que são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde.
Desenvolvimento da criança até os 12 anos
Os anos intermediários da infância, aproximadamente dos seis aos doze anos, caracteriza-se como um período de cristalização, já que os seus desenvolvimentos são lentos, uniformes e proporcionam previsores razoavelmente estáveis das características da criança como jovem adulto. Embora a família continue a desempenhar um papel importante nos processos de desenvolvimento, a escola surge nesta época como contribuidor fundamental para o crescimento da criança. O desenvolvimento físico não é tão rápido na terceira infância quanto nos períodos anteriores. Os meninos são levemente maiores que as meninas no início desse período, mas as meninas passam pelo surto de crescimento do que os meninos no final. A obesidade é cada vez mais comum entre as crianças americanas. Ela é influenciada por fatores genéticos e ambientais e pode ser tratada. Já existe uma tendência mundial no sentido de alimentação a base de frutas e verduras, exercícios físicos sistemáticos, pois passou a ser preocupação de saúde pública. O desenvolvimento motor permite que as crianças em idade escolar participem de uma gama mais ampla de atividades motoras do que os pré-escolares. Dos sete aos onze anos, as brincadeiras mais impetuosas diminuem à medida que as crianças se envolvem em jogos com regras. As diferenças nas habilidades motoras de meninos e meninas aumentam à medida que chega a puberdade, em parte devido à maior força dos meninos e em parte devido a expectativas e experiências culturais. As doenças são menos comuns durante esse período do que nos estágios anteriores, embora se mantenham bastante regulares. Outros problemas de saúde incluem a obesidade e acidentes. A obesidade parece ser causada por tendências hereditárias, ou por baixos níveis de movimentação ou exercício, além de dietas altamente gordurosas e calóricas. As crianças de hoje não têm tão boa forma quanto às de anos anteriores. É importante desenvolver hábitos e habilidades vitalícias para manter a boa forma. As infecções respiratórias e outros problemas de saúde comuns tendem a ter curta duração. A maioria das crianças dessa idade não tem problemas de saúde crônicos, mas a prevalência de tais males aumentou. 
Saúde do Adolescente – Assistência de Enfermagem
Segundo IBGE, adolescente são pessoas na faixa etária de 10 a 19 anos de idade e corresponde a 21% da população, sendo 50,4% homens e 49,5% mulheres. O Estatuto da Criança e do Adolescente (lei 8.046/1990), define criança a pessoa com até 12 anos de idade incompletos, e o adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade. Pela OMS, adolescente define-se como a segunda década de vida (10 a 19 anos), a juventude dos 15 aos 24 anos. E identifica os adolescentes jovens (15 a 19 anos) e adultos jovens (20n a 24 anos). O acolhimento do adolescente é fundamental, portanto sigilo e respeito são fundamentais. A família deve participar da consulta após concordância do adolescente. É importante garantir confiança e credibilidade com ou sem a família. A linguagem a ser utilizada para obtenção das informações, deve ser simples e clara e o levantamento dos dados não deve ser mais importante que o próprio adolescente. Segundo o dicionário de Houaiss (2004), "linguagem é o conjunto das palavras e dos métodos de combiná-las usado e compreendido por uma comunidade". Segundo o Manual de Atenção à Saúde do Adolescente da Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde - CODEPPS - São Paulo (2006), a unidade básica de saúde deve adequar os serviços às necessidades específicas dos adolescentes com recursos humanos e materiais; verificar e respeitar o perfil epidemiológico da população local; estimular a participação dos jovens nas ações desenvolvidas para a prevenção, proteção e promoção à saúde. Antes de programar as atividades para o atendimento do adolescente, é importante estabelecer o diagnóstico da comunidade; características dos adolescentes que residem na área da comunidade de saúde (idade, sexo, orientação sexual, etnia, raça. Características das famílias (renda, estrutura e dinâmica familiar) Condições de vida; tipo de moradia, saneamento, destino do lixo, condições de segurança, transporte. Recursos comunitários; escolas, atividades profissionalizantes, culturais e esportivas, áreas de lazer, igrejas, grupos organizadores da sociedade civil. Condições de atendimento nas unidades de saúde: acesso, programas, projetos e atividades, porcentagem de homens e mulheres, concentração de consultas, captação de gestantes por trimestre, principais motivos de atendimento, serviços oferecidos. Adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais, sendo que estas duas últimas recebem interpretações e significados diferentes dependendo da época e da cultura na qual está inserida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, adolescente é o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece outra faixa etária: dos doze aos dezoito anos. Daniel Sampaio define adolescência como sendo uma etapa do desenvolvimento, que ocorre desde a puberdade à idade adulta, ou seja, desde a altura em que as alterações psicobiológicas iniciam a maturação sexual até à idade em que um sistema de valores e crenças se enquadra numa identidade estabelecida. Os aspectos físicos da adolescência (crescimento, maturação sexual) são os componentes da puberdade, vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos. Quanto às dimensões psicológica e social, estas são vivenciadas de maneira diferente em cada sociedade, em cada geração e em cada família, sendo singulares até mesmo para cada indivíduo. É neste contexto de alteração do próprio corpoe também de uma maturação ao nível do intelecto (operações formais e abstratas), que o adolescente procura entender quem é e qual o seu papel na sociedade em que vive: interessa-se por problemas de ordem moral e ética e, por vezes, adota ideologias. Ao componente biológico das transformações características da adolescência dá se o nome de puberdade. A puberdade não é, portanto, sinônimo de adolescência, mas uma parte desta, compreendendo o período desde o aparecimento dos caracteres sexuais secundários (broto mamário, aumento do testículo e/ou desenvolvimento de pelos pubianos), até o completo desenvolvimento físico e parada de crescimento. A idade de início da puberdade apresenta ampla variação individual, ocorrendo no sexo feminino mais frequentemente entre 10 e 13 anos e no sexo masculino entre 12 e 14 anos de idade. O processo de crescimento e desenvolvimento da adolescência ocorre em diversos setores do organismo, porém as manifestações mais evidentes e marcantes relacionam-se ao aumento de altura e peso e à maturação sexual. Estas características biológicas são universais e ocorrem de forma semelhante em todos os seres humanos. Elas podem ser quantificadas e classificadas através de avaliação clínica (tabelas de crescimento, critérios de Tanner), exames laboratoriais (dosagem de hormônios, radiografias) e data da primeira menstruação (menarca). Entretanto, estas características não são imutáveis, pois podem ser modificadas ou interrompidas por fatores ambientais, incluindo situações de estresse (medo, ansiedade, depressão, perdas afetivas), atividade física intensa, desnutrição ou uso de substâncias químicas lícitas ou não. Considera-se como puberdade atrasada a ausência de qualquer característica sexual secundária em meninas a partir dos 13 anos de idade e em meninos a partir dos 14 anos de idade. Já a puberdade precoce pode ser considerada quando o início das características sexuais nas meninas ocorre antes dos 9 anos e nos meninos antes dos 10 anos. A maturação sexual abrange o desenvolvimento das gônadas, órgãos de reprodução e caracteres sexuais secundários. Existe uma ampla variação normal da idade de início e da velocidade de progressão da maturação sexual dentro de uma população. Na maioria das vezes os estágios de maturação sexual ocorrem numa sequência constante. No sexo masculino os sinais de maturação sexual costumam ocorrer na seguinte sequência: aumento dos testículos e da bolsa escrotal (média aos nove e dez anos de idade), crescimento de pelos pubianos (em torno de 1, 13 anos de idade), pelos axilares, pelos sobre o lábio superior, na face e em outras partes do corpo, mudanças da laringe e da voz e crescimento do pênis. A mudança na voz ocorre em média entre 1 a 15 anos de idade. A gravidez precoce está se tornando cada vez mais comum na sociedade contemporânea, pois os adolescentes estão iniciando a vida sexual mais cedo. A gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros. Uma jovem de 14 anos, por exemplo, não está preparada para cuidar de um bebê, muito menos de uma família. É muito importante que haja diálogo entre os pais, os professores e os próprios adolescentes, como forma de esclarecimento e informação. Mas o que acontece é que muitos pais acham constrangedor ter um diálogo aberto com seus filhos, essa falta de diálogo gera jovens mal instruídos que iniciam a vida sexual sem o mínimo de conhecimento. Alguns especialistas afirmam que quando o jovem tem um bom diálogo com os pais, quando a escola promove explicações sobre como se prevenir, o tempo certo em que o corpo está pronto para ter relações e gerar um filho, há uma baixa probabilidade de gravidez precoce e um pequeno índice de doenças sexualmente transmissíveis. O prazer momentâneo que os jovens sentem durante a relação sexual transforma-se em uma situação desconfortável quando descobrem a gravidez. É importante que quando diagnosticada a gravidez a adolescente comece o pré-natal, receba o apoio da família, em especial dos pais, tenha auxílio de um profissional da área de psicologia para trabalhar o emocional dessa adolescente. Dessa forma, ela terá uma gravidez tranquila, terá perspectivas mais positivas em relação a ser mãe, pois muitas entram em depressão por achar que a gravidez significa o fim de sua vida e de sua liberdade. 
O cartão de vacinação do adolescente
O Cartão de Vacinação é um documento de comprovação de imunidade. É responsabilidade das Unidades de Saúde emiti-lo ou atualizá-lo por ocasião da administração de qualquer vacina. Deve ser guardado junto com documentos de identificação pessoal. É importante que seja apresentado nos atendimentos médicos de rotina e fundamental que esteja disponível nos casos de acidentes. Os adolescentes com 3 doses ou mais de DTP, DT ou dT, devem receber apenas uma dose (reforço). A partir daí, devem receber uma dose de reforço da dT a cada 10 anos. Em pessoas ferimentos com alto risco para tétano e em gestantes (preferencialmente no sétimo mês), antecipar o reforço com a dT para 5 anos após a última dose. Em gestantes (preferencialmente no sétimo mês) e pessoas ferimentos com alto risco para tétano, antecipar o reforço com a dT para 5 anos após a última dose. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. Adolescentes que residam ou que irão viajar para áreas de risco de febre amarela, no Brasil ou no exterior. A vacina é contraindicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de exposição ao risco de contrair febre amarela a avaliação médica é imprescindível. Para não vacinados, em caso de viagem para áreas de risco, inclusive no exterior, a vacina contra febre amarela deve ser feita 10 dias antes da partida. Os reforços devem ser administrados a cada dez anos. HPV (sigla do inglês para papilomavirus humano). Esta é uma vacina mais recente, fortemente indicada para TODAS as mulheres, a partir de 9 anos de idade até os 26 anos. Apesar da ANVISA ainda não ter autorizado o uso da vacina em mulheres acima de 26 anos, muitos países em todo mundo estão vacinando todas as mulheres acima desta idade, baseado nos estudos de resposta imune, segurança e eficácia demonstrada por esta vacina nas mulheres acima de 26 anos. O próprio FDA dos EUA já aprovou o uso da vacina nesta faixa etária. Esta é uma vacina importantíssima para adolescentes, pois previne a aquisição de câncer genital feminino, sendo o principal o câncer do colo do útero, além do câncer vulvar, vaginal etc. Trata-se de uma vacina muito segura, desenvolvida por engenharia genética, com poucos eventos adversos leves relatados com a vacinação. Esta vacina deve ser administrada preferencialmente antes do início da vida sexual, para que possamos ter 100% de proteção para os tipos de HPV contidos na vacina. O fato da mulher já ter vida sexual, não contraindica a vacina, pois está demonstrado benefício de proteção contra o HVP nesta situação. Como a vacina protege contra 4 tipos de HPV (na vacina quadrivalente) ou contra 2 tipos (na vacina bivalente), e como não sabemos se a mulher já foi exposta a o HPV e qual o tipo de HPV, a vacina está plenamente indicada para TODAS as mulheres, independente de sua atividade sexual. 
Saúde do Adolescente – Assistência de Enfermagem	
O consumo de drogas lícitas e ilícitas é considerado problema de ordem social, não somente em função de sua alta frequência, mas principalmente devido aos prejuízos à saúde, pois afeta pessoas de todas as faixas etárias com consequências biopsicossociais para a sociedade. Drogas de abuso são definidas como substâncias consumidas por qualquer forma de administração, que alteram o humor, o nível de percepção ou o funcionamento do sistema nervoso central. Estas drogas podem ser lícitas ou ilícitas, desde medicamentos, álcool, até maconha, crack, solvente e outras. Para início do uso dessas substâncias psicoativas têm-se diversos fatores de risco. Estes podem ser divididos em inerentes à personalidade e a fatores contextuais, decorrentes da influênciado meio social sobre o indivíduo. Entre os fatores endógenos, são comumente citados a vulnerabilidade genética, psicopatologias como depressão, transtorno de personalidade antissocial, baixa autoestima, falta de perspectiva de vida, estar à procura de novas sensações, inclusive busca pelo prazer e curiosidade. Entre os fatores contextuais, já foram mencionados a baixa condição socioeconômica, disponibilidade da droga, outros fatores ambientais como altas taxas de criminalidade, aspectos socioculturais incluindo campanhas publicitárias e políticas sociais, falta de vínculo familiar (pais que exercem pouco controle e não se preocupam com os hábitos de seus filhos); falta de vínculo com atividades religiosas, pouca adesão às atividades escolares como atrasos e reprovações, pressão e influência dos amigos que já são usuários. A utilização das substâncias psicoativas reflete-se em alterações físico-comportamentais que vão se agravando no decorrer do uso. Citam-se, ainda danos sociais relacionados ao consumo de drogas, como: acidentes de trânsito, os prejuízos escolares e ocupacionais, assim como a violência caracterizada pela ocorrência de brigas, homicídios e práticas de atos ilícitos. Dentre os segmentos da sociedade, o uso dessas substâncias entre os adolescentes se faz de forma preocupante uma vez que o primeiro contato com as drogas ocorre muitas vezes na adolescência. Nessa fase intermediária entre a infância e a juventude, conhecida como o período das grandes mudanças intrínsecas, o indivíduo passa por mudanças biopsicossociais e afloram conflitos em virtude da maior labilidade emocional e da sensibilidade aumentada, o que confere ao sujeito que vive tal desenvolvimento certo desconforto. Surgem dúvidas e questões de várias ordens, desde como viver a vida, modo de ser, de estar com os outros, até a construção do futuro relacionado às escolhas. Os adolescentes e os adultos jovens destacam-se como a população mais envolvida no consumo de drogas, pois enfrentam, nessa fase do desenvolvimento humano, modificações físicas, comportamentais e emocionais.  Podem ser citados como fatores que predispõem o abuso dessas substâncias na adolescência: o contato com familiares etilistas e droga ditos que agem com autoridade ou permissividade; amigos usuários de drogas; a presença de comportamentos antissociais; a baixa autoestima apresentada pelos jovens; acesso fácil às drogas e a história de abuso sexual. Ressalta-se a importância no desenvolvimento de atividades educativas com os adolescentes, abordando temáticas como uso abusivo de drogas e violência pelo enfermeiro, de maneira a proporcionar uma construção compartilhada do conhecimento, a conscientizar os jovens sobre a adoção de um estilo de vida saudável, a propiciar momentos de reflexão crítica acerca de temáticas polêmicas e cotidianas como o uso de drogas e situações vivenciadas ou observadas de violência. O interesse em desenvolver um estudo com adolescentes teve origem na suposição de que são indivíduos que enfrentam várias modificações de natureza diversificada e se expõem a situações de riscos, como o uso abusivo de drogas e a violência, que se destacam por acarretarem prejuízos de ordem física, social e emocional. 
Na tentativa de descobrir novas sensações, os adolescentes iniciam precocemente a vida sexual na qual não estão preparados para tal, e consequentemente não refletem sobre suas ações. Desta forma, há um aumento considerável das chances de contrair uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) gravidez precoce e indesejada, e outras adversidades relacionadas ao tema. São vários fatores entrelaçados, entre eles estão: à escolha indevida dos parceiros sexuais, o uso inadequado e o não uso do preservativo, entre outros. Os profissionais de enfermagem dentre os profissionais de saúde possuem um contato maior com a população, devendo estar preparados e serem acessíveis para orientar, e esclarecer dúvidas frente ao tema abordado. Além de contribuir para a saúde da população, este também se encontra com uma responsabilidade social, a qual é primordial para a construção de um futuro educativo, e de maiores conhecimentos na área de saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas informações mencionadas no trabalho, tivemos uma melhor compreensão da embriologia, favorecendo o entendimento de processos dinâmicos deste desenvolvimento. A compreensão do desenvolvimento pré-natal humano é de extrema importância na formação de profissionais de saúde, uma vez que torna possível a interpretação lógica das estruturas anatômicas presentes no adulto.
 A infância é uma das fases da vida do homem na qual ocorrem as maiores modificações físicas e psicológicas, é nessa fase que se percebe maior vulnerabilidade aos agravos de saúde. A consulta e o auxílio do profissional técnico em enfermagem permitem enfocar a promoção da saúde e a prevenção de doenças a essas crianças, tornando necessário o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento por um profissional de saúde, com o intuito de evitar possíveis complicações.
 Diante disso é importante destacar a importância dos cuidados do técnico de enfermagem no acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento infantil, e do adolescente. É necessário a monitorização de cuidados de saúde ainda na infância, para oportunizar as mães cuidadoras a aprendizagem de novos conhecimentos, a troca de experiências, o auxílio nos cuidados domiciliares, através de uma nova dinâmica de fazer a atenção à saúde da criança, do adolescente e da sua família. Destacam-se também os cuidados com a higiene pessoal, medidas para evitar e eliminar os piolhos e verminoses e orientação aos adolescentes na fase da puberdade.

Continue navegando