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Apostila Anatomia Aplicada a Educacao Fisica Unidade

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Prévia do material em texto

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO BRASIL – IESB 
FACULDADE MONTENEGRO – FAM 
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
ANATOMIA I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE 
ANATOMIA APLICADA A 
EDUCAÇÃO FÍSICA I 
Leonardo Delgado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Corda/MA 
2010 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Prezado Aluno. 
 
Fruto de um trabalho de anos de pesquisa e da evolução tecnológica e que 
atualmente, poderemos usufruir das novas formas de aprendizado, um 
exemplo disso é a nossa disciplina Anatomia Aplicada a Educação Física I, que 
tem a função de acompanhar a evolução do mundo virtual. 
 
Em um primeiro momento, a disciplina terá um momento, por isso, é necessária 
a sua presença e participação efetiva nas aulas para que você tenha uma 
melhor compreensão dos conteúdos apresentados, o segundo momento será 
virtual através da utilização da ferramenta moodle, onde o aluno irá realizar 
seus estudo e enviará as atividades propostas pelo professor. Além disso, para 
ler e compreender a forma e a estrutura do corpo humano é de fundamental 
importância acompanhar a leitura em um Atlas Anatômico, que permite a 
visualização de todas as partes do corpo que foram objetos do estudo. Para 
isso utilizaremos o Atlas Interativo de Anatomia Humana, de Frank H. Netter, 
que traz imagens com detalhes de ossos, músculos e outras estruturas com a 
nova nomenclatura anatômica, anexo em forma de CD na apostila. 
 
A disciplina será concluída com exame presencial aonde o aluno irá comprovar 
seus conhecimentos. Para tanto, é importante saber o que é necessário para 
que você alcance o êxito em todas as etapas que serão apresentadas durante 
o período de vigência do curso. 
 
Não esqueça que este apostila, apesar de todo o nosso esforço é um caminho 
de estudo a ser percorrido e que se completa com as aulas práticas e com a 
sua dedicação em pesquisar e estudar as referências citadas. 
 
Esperamos que você o leia com cuidado e atenção, uma vez que este 
conteúdo será vivenciado na prática! Afirmo que se você tiver alguma dúvida, 
não hesite em entrar em contato com o seu tutor para saná-la. Além disso, 
procure discutir as temáticas apresentadas neste material com os seus colegas 
de curso, seja no ambiente de aprendizagem, seja no pólo de sua cidade. 
 
Essa prática certamente lhe trará ganhos, pois você poderá ter acesso a 
diferentes pontos de vista. 
 
Leonardo Delgado 
aquabarra@sapo.pt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade I: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANATOMIA 01 
Quando começou o estudo da Anatomia? 02 
Conceitos 04 
Divisão da anatomia 05 
Normal e Variação Anatômica 08 
Anomalias X Monstruosidade 08 
Fatores Gerais das Variações Anatômicas 08 
Divisão do Corpo Humano 10 
Nomenclatura Anatômica 13 
Estudos dos Planos Anatômicos – Planimetria 15 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
1
UNIDADE I: INTRODUÇÃO AO 
ESTUDO DE ANATOMIA 
 
 
Você, caro aluno, nesta unidade, ira realizar uma breve introdução ao estudo 
da anatomia. Serão apresentados os conceitos de Anatomia Humana e seu 
histórico. Fatores de variação. Biótipo. Termos de posição para se proceder à 
localização das partes do corpo humano. Planos de secção e delimitação do 
corpo humano. Designações genéricas básicas em Anatomia. 
 
 
 
Competência 
 
- Conhecimento introdutório de Anatomia Humana, suas divisões, posições e 
partes do corpo humano. 
 
 
Objetivo 
 
- Conceituar Anatomia, normal e variação anatômica; 
- Descrever a “posição de descrição anatômica”, os planos de delimitação e 
secção, bem como ser capaz de definir os termos de posição e direção. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
2
Quando começou o estudo da 
Anatomia? 
 
 Começou nos primórdios da 
história humana. O homem pré-histórico já 
observava à sua volta a existência de 
seres diferentes de seu corpo, os animais. 
Com isso, passou a gravar nas paredes 
das cavernas e fazer esculturas das 
formas que via. Com isso passou a notar 
detalhes, que hoje nos permite identificar 
as espécies animais descritas. 
 
 A história da anatomia inicia-se 
na Mesopotâmia e Egito. Mesopotâmia 
era o nome dado a uma longa faixa de 
terra localizada entre os rios Tigre e 
Eufrates, atualmente parte do Iraque. Cerca de 4.000 anos atrás, povos dessa 
região, conhecida como Berço da Civilização, faziam investigações voltadas 
em tentativas de descrever as forças básicas da vida, por exemplo, as pessoas 
desejavam descobrir em qual órgão se alojava a alma humana. O fígado era 
considerado o “guardião da alma e dos sentimentos que nos fazem homens”, 
uma suposição lógica visto o seu tamanho e pela íntima associação com o 
sangue, considerado essencial para a vida. 
 
 Algum tempo depois, Menes, sobre o qual paira uma antiga 
discussão: seria ele o lendário primeiro faraó (chamado de Narmer) ou médico 
do rei da primeira dinastia egípcia cerca de 3.400 a.C., foi fundador de Mênfis 
como capital egípcia. Escreveu o que é considerado o primeiro manual em 
anatomia. 
 
 Porém, foi na Grécia antiga que a anatomia, inicialmente, ganhou 
maior aceitação como ciência. As escritas de vários filósofos gregos tiveram 
um forte impacto no pensamento científico futuro. Homero, em Ilíada, 
descreveu com precisão a anatomia das feridas ocorridas em batalhas, 
aproximadamente 800 a.C. 
 
 Aristóteles (384-322 a.C) é considerado o criador do termo 
“Anatome”, uma palavra grega significando “cortar em pedaços, separa”. A 
palavra latina “Dissecare” tem um significado idêntico. Hipócrates, o mais 
famoso médico grego e considerado o “pai da medicina” por seus princípios 
éticos pregados em seus ensinamentos, teve seu nome imortalizado no 
juramento Hipocrático que muitos estudantes, ao se formarem em medicina, 
repetem como compromisso de exercício profissional e dever perante a 
sociedade. Seguia a doutrina dos quatro humores, cada um associado a um 
órgão em particular: sangue com o fígado; cólera, ou bile amarela, com a 
vesícula biliar; fleuma com os pulmões; e melancolia, ou bile preta, com o baço. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
3
Imaginava-se que uma pessoa teria saúde com o equilíbrio desses quatro 
humores, princípio esse seguido por mais de 2.000 anos. 
 
 Aristóteles, discípulo de Platão, contratado pelo Rei Filipe da 
Macedônia para ensinar seu filho, Alexandre, conhecido como Alexandre, o 
Grande. Apesar de suas extraordinárias realizações, cultuava teorias errôneas 
como a sede da inteligência no coração e citava que a função do cérebro, 
banhado em líquido, era esfriar o sanguebombeado pelo coração para 
manutenção da temperatura corporal. Foi o fundador da Anatomia Comparada, 
384 a 322 a.C. 
 
 Vieram os períodos Alexandrino e Romano, com os pensadores 
Herófilo e Erasistrato, Celsus e Galeno, este último cujas escritas 
perduraram cerca de 1.500 anos, foi um dos escritores médicos mais influentes 
de todos os tempos. 
 
O Renascimento, período 
posterior à Idade Média, é 
marcado como o período do 
renascimento da ciência, visto 
que durante a Idade Média a 
forte pressão da Igreja Cristã 
estagnou as atividades 
médicas, cultuando a “fé” como 
centro das respostas. 
Introduzido nas grandes 
universidades européias, 
reativou a busca pelo 
conhecimento e engrenou os 
estudos da anatomia humana, 
centralizando o interesse nos métodos e técnicas de dessecação em lugar de 
avançar no conhecimento do corpo humano. 
 
 Surgiram grandes personagens daquele tempo, Leonardo da Vinci 
e Andréas Vesalius, cada qual com estudos monumentais da forma humana. 
O primeiro produziu desenhos anatômicosde qualidade sem precedente 
baseado em dessecações de cadáveres humanos. O segundo refutou os falsos 
conceitos do passado sobre estrutura e função do corpo por observação direta 
e experiências; é chamado o “pai da anatomia moderna”. Durante os séculos 
XVII e XVIII, a anatomia atingiu uma aceitação inigualável. 
 
 Duas das contribuições mais importantes foram a explicação da 
circulação sanguínea e o desenvolvimento do microscópio. Harvey, em 1628, 
com a obra “Sobre o Movimento do Coração e do Sangue nos Animais”, 
provando a circulação contínua do sangue no interior dos vasos, e 
Leeuwenhoek, aperfeiçoando o microscópio, desenvolvendo técnicas para 
examinar tecidos e descrição de células sanguíneas, músculo esquelético e a 
lente do olho. Malpighi, lembrado como “pai da histologia”, primeiro a confirmar 
a existência dos capilares. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
4
 A principal contribuição científica do século XIX foi a formulação da 
teoria celular. Princípio creditado a dois cientistas alemães, Matthias Schleiden 
e Theodor Schwann. 
 
 O objetivo desse tópico é definir, conceituar e abordar aspectos 
históricos da Anatomia. A Posição, planos e termos anatômicos. 
 
CONCEITOS 
 
 Segundo DANGELO & FATTINI 
(1984, p.1) no seu conceito mais amplo 
anatomia (ana = em partes; tomein = cortar) é 
a ciência que estuda macro e 
microscopicamente, a constituição e o 
desenvolvimento dos seres organizados. 
 
 Anatomia é a ciência da estrutura e 
função do corpo. Um excelente e amplo 
conceito de Anatomia foi proposto em 1981, 
pela American Association of Anatomists: 
anatomia é a análise da estrutura biológica, 
sua correlação com a função e com as 
modulações de estrutura em resposta a fatores 
temporais, genéticos e ambientais. 
 
 Tem como metas principais à compreensão dos princípios 
arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a descoberta da base 
estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos 
mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas. A amplitude da 
anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças 
em longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das 
mudanças de duração intermediária em desenvolvimento, crescimento e 
envelhecimento; até as mudanças de curto prazo, associadas com fases 
diferentes de atividade funcional normal. Em termos do tamanho da estrutura 
estudada vai desde todo um sistema biológico, passando por organismos 
inteiros e/ou seus órgãos até as organelas celulares e macromoléculas. 
 
 Agora que você conhece o conceito de Anatomia, antes de 
aprofundar seus estudos, é conveniente também conhecer os conceitos 
básicos de biologia e fisiologia. O termo biologia é conceituado como o 
conjunto de leis que regulam os fenômenos relacionados aos seres vivos, ao 
passo que a fisiologia é a ciência que estuda as funções dos organismos vivos. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
5
DIVISÃO DA ANATOMIA 
 
 A anatomia pode ser dividida em: 
 
Segundo o Método de Observação: 
 
Anatomia Microscópica (Histologia): 
 
 Necessita para o seu estudo a utilização de um aparelho que 
aumente as dimensões das estruturas para uma melhor observação 
(microscópio). Com a descoberta do microscópio desenvolveram-se ciências 
que, embora constituam especializações, são ramos da anatomia: 
 
- Citologia: estudo das células; 
- Histologia: estudo dos tecidos e como estes se organizam para 
a formação de órgãos; 
- Embriologia: estudo do crescimento e desenvolvimento do ser 
humano. 
 
Anatomia Macroscópica: 
 
 Não necessita para o seu estudo o uso de aparelhos especiais. As 
estruturas são observadas a olho nu, pela dissecação de peças previamente 
fixadas por soluções apropriadas. A onde se pode observar os seguintes tipos 
de anatomia macroscópica: 
 
- Anatomia antropológica: que estuda os tipos raciais; 
- Anatomia biotipológica: que se ocupa dos tipos morfológicos 
constitucionais; 
- Anatomia comparativa: que se refere ao estudo comparado dos 
órgãos de indivíduos de espécies diferentes; 
- Anatomia superficial: estudo dos relevos morfológicos na 
superfície do corpo humano. 
 
 O estudo do corpo humano macroscopicamente ainda pode ser 
dividido com relação a região estudada e quanto ao tipo de sistema. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
6
Quanto a Região Estudada 
 
Porção Axial: cabeça; tronco. Na cabeça, são estudados o crânio e a face. No 
tronco, são estudados o pescoço, o tórax e o abdome. 
 
Porção Apendicular: membros superiores; membros inferiores. Nos membros 
superiores: cintura escapular ou ombro, braço, antebraço, mão; e nos membros 
inferiores: cintura pélvica ou quadril, coxa, perna e pé. 
 
Quanto ao Tipo de Sistema: 
 
- Osteologia: parte da anatomia que estuda os ossos. 
- Sindesmologia ou Artrologia: parte da anatomia que estuda as 
articulações. 
- Miologia: parte da anatomia que estuda os músculos. 
- Angiologia: parte da anatomia que estuda o coração e os 
grandes vasos. 
- Neuroanatomia: parte da anatomia que estuda o sistema 
nervoso central e o periférico. 
- Estesiologia: parte da anatomia que estuda os órgãos que se 
destinam à captação das sensações. 
- Esplancnologia: parte da anatomia que estuda as vísceras que 
se agrupam para o desempenho de uma determinada função 
como: fonação, digestão, respiração, reprodução e urinária. 
- Endocrinologia: parte da anatomia que estuda as glândulas sem 
ducto, que segregam hormônios, os quais são drenados 
diretamente na corrente sanguínea. 
- Tegumento comum: parte da anatomia que estuda a pele e os 
seus anexos. 
 
 
Anatomia Mesoscópica: 
 
 Necessita para o seu estudo do uso de um aparelho que aumente as 
dimensões das estruturas, para uma melhor observação de forma 
tridimensional. 
 
 
Segundo o Método de Estudo: 
 
Anatomia Sistemática ou Descritiva: 
 
 Estuda o corpo mediante uma divisão por sistemas orgânicos 
isoladamente. 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
7
Anatomia Topográfica ou Regional: 
 
 Estuda o corpo mediante uma divisão por segmentos ou regiões. 
 
Anatomia por Rádio-imagem: 
 
 Estuda o corpo mediante o uso de imagens (Raios X) , tomografias, 
ressonâncias magnéticas. 
 
Anatomia de Superfície: 
 
 Estuda o corpo mediante os relevos e as depressões existentes em 
sua superfície. 
 
Anatomia em Cortes Segmentados: 
 
 Estuda o corpo mediante o uso de cortes seriados para ser 
associado aos estudos de tomografias e ressonâncias magnéticas. 
 
 
 
Segundo a Aplicação Prática 
- Anatomia orientada para clínica: da ênfase a estruturas e 
funções relacionadas à prática médica e a outras ciências da 
saúde. 
- Anatomia patológica: estuda as mudanças estruturais causadas 
por doenças. 
- Anatomia do desenvolvimento: estuda o desenvolvimento do 
indivíduo a partir do ovo fertilizado até a forma adulta. Ela 
engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o 
nascimento. 
 
Você imagina como o corpo humano é organizado e como ele funciona? 
Ao estudar os sistemas do corpo, você notará, por exemplo, que as células do 
corpo humano se reúnem formando os tecidos que, por sua vez, constituem os 
órgãos; os órgãos formam os sistemas que são reunidos nos diversos aparelhos. 
Para exemplificar, citamos o aparelho locomotor que é formado pelos sistemas 
ósseos, articular e muscular. 
Você consegue perceber a função de cada parte específica do corpo e sua relação com as 
estruturas? 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
8
Normal e Variação Anatômica 
 
 De acordo com DANGELO & FATTINI (op.cit) variações anatômicassão as diferenças morfológicas, externas ou internas, entre os elementos que 
compõe um grupo, ou no mesmo indivíduo onde se comparam dois lados, que 
se apresentam sem prejuízo funcional para o indivíduo. 
 
 Segundo esses autores, o conceito de normal para o anatomista é o 
que ocorre com mais freqüência e para o médico é o que é sadio, ou não 
doente. Assim, a artéria braquial mais comumente divide-se na fossa cubital. 
Este é o padrão. Entretanto, em alguns indivíduos esta divisão ocorre ao nível 
da axila. Como não existe perda funcional esta é uma variação. 
 
Anomalias X Monstruosidade 
 
 
 Anomalias são variações morfológicas que determinam 
perturbações funcionais. Por exemplo, um indivíduo pode nascer com um dedo 
a menos na mão direita. 
 
 Monstruosidade é uma anomalia acentuada de modo a deformar 
profundamente a conformação corporal do indivíduo, sendo, em geral, 
incompatível com a vida: por exemplo, a agenesia (não formação) do encéfalo. 
 
 
Fatores Gerais das Variações Anatômicas 
 
- Idade: é o tempo decorrido ou a duração da vida. Notáveis modificações 
anatômicas ocorrem nas fases da vida intra e extra -uterina do mamífero, bem 
como nos principais períodos em que cada fase, se subdividem em: 
Fase intra-uterina (ou embrionária) 
Célula ovo ou zigoto: quinze primeiros dias. 
Embrião: até o 2º ano, Feto : até o 9º mês. 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
9
Fase extra-uterina 
Recém-nascido: até 1 mês após o nascimento. 
Infante: até o fim do 2º ano. 
Menino: até o fim do 10° ano. 
Pré-púbere: até a puberdade, 
Púbere: dos 12 anos aos 14 anos, corresponde à maturidade sexual que 
é variável nos limites da fase e nos sexos. 
Jovem: até os 21 anos no sexo feminino e 25 anos no sexo masculino. 
Adulto: até a menopausa feminina ( cerca de 50 anos ) e ao processo 
correspondente no homem (cerca do 60 anos). 
Velho: além dos 60 anos . 
 
- Sexo: é o caráter de masculinidade ou feminilidade. É possível reconhecer 
órgãos de um e de outro sexo, graças a características especiais, mesmo fora 
da esfera genital. 
- Raça: é a denominação a cada agrupamento humano que possui caracteres 
físicos comuns, externa e internamente, pelos quais se distinguem dos 
demais. Conhecem-se, por exemplo, representantes das raças branca, 
negra e amarela e seus mestiços, ou seja, "o produto do seu entrecruzamento". 
- Biótipo: é a resultante da soma dos caracteres herdados e dos caracteres 
adquiridos por influência do meio e da sua inter-relação. Os biótipos 
constitucionais existem em cada grupo racial. São três tipos principais 
reconhecidos: 
 
ƒ Brevilíneo: é o indivíduo baixo e forte, com o tronco prevalecendo sobre 
os membros. É o tipo pícnico com seus contornos externos bem 
arredondados e grandes cavidades corporais. Apresenta o ângulo de 
encontro entre costelas e apêndice xifóide maior que 90º. 
ƒ Longilíneo: é o indivíduo alto e magro, com os membros prevalecendo 
sobre o tronco. É o tipo leptossômico. Apresenta o ângulo de encontro 
entre costelas e apêndice xifóide menor que 90º. 
ƒ Normilíneo: é o indivíduo atlético que mostra proporções intermediárias 
entre os dois tipos referidos. Apresenta o ângulo de encontro entre 
costelas e apêndice xifóide igual a 90º. 
 
 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
10
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
Por segmentos: 
 
- Cabeça. 
- Pescoço. 
- Tronco: 
o Tórax. 
o Abdome. 
o Pelve. 
- Membros Superiores: 
o Raiz (ombro). 
o Parte livre: 
a. braço. 
b. cotovelo. 
c. antebraço. 
d. punho. 
e. mão. 
- Membros Inferiores: 
o Raiz (quadril). 
o Parte livre: 
a. coxa. 
b. joelho. 
c. perna. 
d. tornozelo. 
e. pé. 
 
Por Sistemas: 
 
 De acordo com a anatomia macroscópica os sistemas que, em 
conjunto formam o organismo são: 
 
- Sistema tegumentar: estuda o tegumento e suas estruturas derivadas 
(pelas unhas e glândulas sudoríparas e sebáceas). Sua função é 
proteger o corpo, regular sua temperatura, eliminar resíduos e receber 
certos estímulos (tátil, calor, dor etc.); 
- Aparelho Locomotor: 
o Sistema Ósseo ou esquelético: composto de ossos e partes 
cartilaginosas, cuja sua função é fornecer suporte e proteção ao 
corpo, permitir movimento, produzir células sanguíneas 
(hemopiese) e armazenar minerais;. 
o Sistema Articular: composto de articulações, seus ossos e 
ligamentos associados. Sua função é unir qualquer parte rígida do 
esqueleto proporcionar ou não movimento entre eles. 
o Sistema Muscular: constituído de músculos e seus ligamentos. 
Sua função é efetuar movimentos, manter a postura e produzir 
calor. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
11
 
- Sistema Circulatório: compreendendo o coração e os vasos 
sanguíneos (artérias, veias e capilares), inclui o “sistema linfático”, 
composto por linfonodos e vasos. O sistema cardiovascular refere-se ao 
coração e vasos sanguíneos. 
o Sistema Sangüíneo. 
o Sistema Linfático. 
o Órgãos Hematopoiéticos. 
 
- Sistema Digestório: composto pela cavidade da boca, faringe e 
intestinos, estende-se da boca ao ânus. Associados a ele estão 
glândulas (fígado e pâncreas). O sistema está relacionado à assimilação 
de alimento.. 
- Sistema Respiratório: compreende os pulmões e o sistema de tubos 
pelo qual o ar os atinge e se relaciona com a troca de oxigênio e dióxido 
de carbono.. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
12
 
- Aparelhos Urogenitais: compreende vários órgãos que estão 
relacionados com a reprodução. Por causa de sua íntima associação, 
especialmente no homem adulto, os sistemas urinário e genital são 
freqüentemente referidos como sistema urogenital. 
o Sistema Urinário. 
o Sistema Genital Masculino. 
o Sistema Genital Feminino. 
- Sistema Endócrino: consistem em glândulas sem ducto produtoras de 
secreções chamadas hormônios que são levadas pelo sistema 
circulatório para todas as partes do corpo. 
 
- Sistema nervoso: é o grande sistema que controla e coordena as 
atividades de todos os outros sistemas. É formando pelo cérebro, 
medula espinhal (sistema nervoso e periférico) e órgãos dos sentidos, 
como os olhos e os ouvidos (sistema nervoso autônomo). Tem como 
função detectar e responder às mudanças do meio interno e externo, 
capacitar o raciocínio e a memória e regular as atividades do corpo. 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
13
 
 
NOMENCLATURA ANATÔMICA 
 
 Como toda ciência, a anatomia tem sua 
linguagem própria. Ao conjunto de termos empregados 
para designar e descrever o organismo ou suas partes 
dar-se o nome de nomenclatura anatômica. 
 
 Embora você esteja familiarizado com os 
nomes comuns de muitas partes e regiões do corpo, 
deve aprender a utilizar a nomenclatura anatômica 
adotada internacionalmente: por exemplo, use a 
palavra axila ao invés de “sovaco” e clavícula ao invés 
de osso do “colarinho”. Contudo, trate de aprender as 
palavras que os alunos podem usar na descrição de 
suas queixas. Além disto, você deve usar nomes que 
eles possam entender quando recebem explicações sobre seus problemas. 
 
 Com o extraordinário acúmulo de conhecimento, foi estimado que, 
em fins do século XIX, aproximadamente 50.000 nomes anatômicos estavam 
em uso para cerca de 5.000 formações do corpo humano. A primeira tentativa 
de uniformizar e criar uma nomenclatura anatômica internacional ocorreu em 
1895, contudo, uma lista de cerca de 4.500 termos foi preparada e aceita em 
Brasiléia. Este sistema de nomenclatura é conhecido como Basle Nomina 
Anatômica (ABN) e é em latim. 
 
 Em sucessivos congressos de anatomia em 1933, 1936 e 1950 
foram feitas revisões e finalmente em 1955, em Paris,foi aprovada oficialmente 
a nomenclatura anatômica, conhecida sob a sigla de PNA (Paris Momina 
 
Anatomia Aplicada a Educação Física I 
Professor: Leonardo Delgado 
14
Anatômica). Revisões subseqüentes foram feitas em 1960, 1965 e 1970, visto 
que a nomenclatura anatômica tem caráter dinâmico, podendo ser sempre 
criticada e modificada, desde que haja razões suficientes para as modificações 
e que estas sejam aprovadas em Congressos Internacionais de Anatomia, 
realizados de cinco em cinco anos. 
 
 A língua oficialmente adotada é o latim (por ser “língua morta”), 
porém cada país pode traduzi-la para seu próprio vernáculo. Ao designar uma 
estrutura do organismo, a nomenclatura procura utilizar termos que não sejam 
apenas sinais para a memória, mas tragam também alguma informação ou 
descrição sobre a referida estrutura. Dentro deste princípio, foram abolidos os 
epônimos (nome de pessoas para designar coisas) e os termos indicam: a 
forma (músculo trapézio); a sua posição ou situação (nervo mediano); o seu 
trajeto (artéria circunflexa da escápula); as suas conexões ou inter-relações 
(ligamento sacroilíaco); a sua relação com o esqueleto (artéria radial); sua 
função (m. levantador da escápula); critério misto (m. flexor superficial dos 
dedos – função e situação). Entretanto, há nomes impróprios ou não muito 
lógicos que foram conservados, porque estão consagrados pelo uso. 
 
 
 
1. Conceituar anatomia em sentido amplo e em sentido restrito; 
2. Citar os sistemas e os aparelhos do organismo; 
3. Conceituar normal em Anatomia, variação anatômica, anomalia e 
monstruosidade; 
4. Citar os fatores gerais de variação anatômica: 
5. Definir Biótipo: 
6. Definir longilínio, brevelínio e mediolínio e citar suas características 
morfológicas: 
7. Definir nomenclatura Anatômica: 
8. Citar os princípios fundamentais da nomenclatura Anatômica usado para 
designar estruturas do corpo humano, exemplificando: 
 
 
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ESTUDOS DOS PLANOS 
ANATÔMICOS – PLANIMETRIA 
 
 A necessidade de se colocar o corpo humano em uma posição 
padrão existiu e, a partir daí, com o auxílio de planos geométricos foi elaborado 
um estudo que ficou conhecido como Planimetria 
 
 Todos os termos apreendidos nesta aula serão utilizados durante 
todo o curso de Anatomia. 
 
 Para entender os Estudos dos Planos Anatômicos é importante 
conhecermos alguns conceitos, termos e divisões. Assim temos: 
 
Planimetria 
 
 É um método convencional aplicado em Anatomia, visando o estudo 
do indivíduo como um todo ou por meio de peças anatômicas isoladas. 
 
Posição Anatômica 
 
 A posição anatômica é uma posição de referência, que dá 
significado aos termos direcionais utilizados na descrição nas partes e regiões 
do corpo. As discussões sobre o corpo, o modo como se movimenta, sua 
postura ou a relação entre uma e outra área assumem que o corpo como um 
todo está numa posição específica chamada POSIÇÃO ANATÔMICA. Deste 
modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de 
 
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descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição 
padronizada. 
 
 A posição anatômica pode ser descrita da seguinte forma, com o 
indivíduo em posição ereta (de pé, posição ortostática ou bípede), com a face 
voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores 
estendidos, aplicados ao tronco e com palmas voltadas para frente, membros 
inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. 
 
 Posição SUPINA e PRONA são expressões utilizadas na descrição 
da posição do corpo, quando este não se encontra na posição anatômica. 
 
Posição Supina ou Decúbito Dorsal 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima. 
 
 
 
Posição Prona ou Decúbito Ventral 
 O corpo está deitado com a face voltada para baixo. 
 
 
Decúbito Lateral 
 O corpo está deitado de lado. 
 
Posição de Litotomia 
 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com flexão de 
90° de quadril e joelho, expondo o períneo. 
 
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Posição de Trendelemburg 
 
 O corpo está deitado com a face voltada para cima, com a cabeça 
sobre a maca inclinada para baixo cerca de 40°. 
 
 
Pontos de Referência 
 
 São estruturas do corpo humano que servem como base para 
estudo dos planos anatômicos. São referenciados: osso frontal, osso occipital, 
suturas sagital e coronal, ventre, dorso, coluna vertebral, apêndice caudal e 
superfície plantar. 
 
Eixos do Corpo Humano 
 
 São linhas imaginárias que se projetam no corpo, indo do centro de 
um pólo anatômico a outro. 
 
- Eixo longitudinal, crânio-caudal ou céfalo-
podálico: é um eixo heteropolar que vai do 
centro do pólo cefálico ao centro do podálico. 
- Eixo sagital ou antero-posterior: é um eixo 
heteropolar que vai do centro do plano anterior 
ou ventral ao centro do plano posterior ou 
dorsal. 
 
- Eixo transversal ou latero-lateral: é um eixo 
homopolar que vai do centro do pólo lateral 
direito ao centro do pólo lateral esquerdo. 
 
 
 
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 Os deslocamentos destes eixos nos permitem realizar os cortes que 
vão dar origem aos planos de divisão que nos levam as secções básicas do 
corpo humano: 
 
- Corte sagital mediano, obtido pelo deslocamento do eixo céfalo-
podálico ao longo do plano mediano (no sentido antero-posterior), 
divide o indivíduo em metade direita e esquerda. 
 
- Corte transversal, se consegue ao deslocar o eixo antero-posterior 
em 180 graus, tendo como resultado uma metade superior e outra 
inferior. 
- Corte coronal, se consegue com o deslocamento do eixo latero-
lateral no sentido céfalo-podálico, divide o indivíduo em metade 
anterior e posterior. 
 
 
 
 
Planos Anatômicos 
 
 São planos imaginários que tangenciam ou seccionam a superfície 
corporal do indivíduo. Têm o objetivo de separar o corpo em partes para 
facilitar o estudo e nomear as estruturas anatômicas com relação espacial. Ou 
seja, através dos planos anatômicos podemos dividir o corpo humano em 3 
dimensões e assim podemos localizar e posicionar todas as estruturas. 
 
 
 
 
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Planos Fundamentais, Tangenciais ou de 
Enquadramento 
 
 Tangenciam a superfície corporal. Pela interseção dos planos 
obtemos a formação de um sólido geométrico – 
paralelepípedo –, dentro do qual estaria o 
indivíduo. Podem ser horizontais e verticais. 
 
 
- Verticais: 
o Dorsal ou posterior. 
o Ventral ou anterior. 
o Laterais. 
- Horizontais: 
o Cefálico, cranial ou superior. 
o Podálico ou inferior. 
 
 
 
Planos Seccionais ou de Divisão 
 
 Neste estudo quatro planos são fundamentais: 
 
a. Plano Mediano: 
 
 Plano vertical que passa longitudinalmente através 
do corpo, dividindo-o em metades direita e esquerda. 
Parassagital, usado pelos neuroanatomistas e neurologistas 
é desnecessário porque qualquer plano paralelo ao plano 
mediano é sagital por definição. Um plano próximo do 
mediano é um Plano Paramediano. 
 
b. Planos Sagitais: 
 
 São planos verticais que passam através do corpo, 
paralelos ao plano mediano. 
 
 
c. Planos Frontais (Coronais): 
 
 São plano verticais que passam através do corpo 
em ângulos retos com o plano mediano, dividindo-o em partes 
anterior (frente) e posterior (de trás). 
 
 
 
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d. Planos Transversos (Horizontais): 
 
 São planos que passam atravésdo corpo 
em ângulos retos com os planos coronais e mediano. 
Divide o corpo em partes superior e inferior. 
 
 
 
TERMOS DE RELAÇÃO 
 
 Vários adjetivos são usados para descrever a relação de partes do 
corpo na posição anatômica. 
 
Anterior: 
 
 Significa “próximo da frente” do corpo. 
Ventral é um substituto de anterior comumente 
empregado em neuroanatomia, onde é vantajoso 
porque igualmente aplicável a seres humanos e 
animais, que são com freqüência usados em 
pesquisa. 
 
Posterior: 
 
 Significa “próximo ao dorso” do corpo, por 
exemplo, a região glútea (nádegas) está na 
superfície posterior. Dorsal é um substituto de 
posterior. Quando se descreve a face posterior ou 
dorsal da mão ou do pé. 
 
Superior: 
 
 Significa “próximo a cabeça”. Cranial e 
cefálico são adjetivos correspondentes. Costal é 
amiúde usado ao invés de anterior quando se 
descreve partes do encéfalo, e significa “mais 
próximo da extremidade da frente”, por exemplo, o 
lobo frontal é costal ao cerebelo. 
 
Inferior: 
 
 Significa “em direção ao pé” ou parte mais 
baixa do corpo; um exemplo: o diafragma é inferior 
ao coração. O termo caudal, uma palavra latina, adjetiva “cauda”. Corresponde 
a inferior, mas é mais comumente usada em descrições de embriões. 
 
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Medial: 
 
 Significa “em 
direção ao plano mediano” 
do corpo; as narinas, por 
exemplo:, são mediais aos 
olhos. Em odontologia o 
termo mesial (g. mesos, 
meio) é equivalente a 
medial e significa “me 
direção a linha média do 
arco dental”. 
 
Lateral: 
 
 Significa “mais distante do plano mediano” do corpo. Os ligamentos 
colaterais do joelho. O ligamento colateral fibular está localizado lateralmente 
enquanto que o ligamento colateral tibial está 
localizado medialmente, ou seja, mais próximo 
à linha sagital mediana. 
 
Intermédio: 
 
 Significa “entre duas estruturas”, 
uma das quais é medial e a outra lateral, por 
exemplo: o quarto dedo da mão (anular) é 
intermédio ao quinto (dedo mínimo) e terceiro 
(dedo médio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Médio: 
Estrutura ou órgão interposto entre outro 
superior e inferior ou entre anterior e 
posterior. 
Mediano: 
Estrutura situada 
exatamente sobre o eixo 
sagital mediano. 
 
 
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Termos de Comparação 
 
 Estes termos comparam as posições relativas de duas estruturas 
entre si. 
- Proximal: significa “mais próximo ao tronco”. 
- Distal: significa “mais distante do tronco”. 
- Superficial: significa “mais próximo da” ou “na superfície”. 
- Profundo: significa “mais distante da superfície”. 
- Interno: significa “em direção ou no interior de um órgão ou cavidade”. 
- Externo: significa “em direção” ou “no exterior de um órgão ou 
cavidade”. 
- Ipsilateral: significa “no mesmo lado do corpo”. 
- Contralateral: significa “no lado oposto do corpo”. 
 
Termos de Movimento: 
 
Flexão: 
 
 Curvatura ou diminuição do 
ângulo entre os ossos ou partes do 
corpo. 
 
Extensão: 
 
 Endireitar ou aumentar o 
ângulo entre os ossos ou partes do 
corpo. 
 
Adução: 
 
 Movimento na direção do plano 
mediano em um plano coronal. 
 
Abdução: 
 
 Afastar-se do plano mediano no plano 
coronal. 
 
 
Rotação Medial: 
 
 Traz a face anterior de um membro para mais perto do plano 
mediano. 
 
 
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Rotação Lateral: 
 
 Leva a face anterior para longe do plano mediano. 
 
Retrusão: 
 
 Movimento de retração (para trás) como 
ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. 
 
Protrusão: 
 
 Movimento dianteiro (para frente) como 
ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. 
 
Oclusão: 
 
 Movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com 
a arcada dentária inferior. 
 
Abertura: 
 
 Movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido 
súpero-inferior. 
 
Rotação Inferior da Escápula: 
 
 Movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da 
escápula move-se medialmente e a cavidade glenóide move-se caudalmente. 
 
Rotação Superior da Escápula: 
 
 Movimento em torno de um eixo sagital no qual o ângulo inferior da 
escápula move-se lateralmente e a cavidade glenóide move-se cranialmente. 
 
Elevação: 
 
 Elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. 
 
Abaixamento: 
 
 Abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. 
 
 
 
 
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Retroversão: 
 
 Posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 
Anteroversão: 
 
 Posição da pelve na qual o plano vertical 
através das espinhas ântero-superiores é anterior ao 
plano vertical através da sínfise púbica. 
 
Pronação: 
 
 Movimento do antebraço e mão que gira o 
rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de 
modo que a palma da mão olha posteriormente. e no 
ombro. 
 
Supinação: 
 
 Movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em 
torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha 
anteriormente. e no ombro. 
 
Inversão: 
 
 Movimento da sola do pé em direção ao 
plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, 
ele também está plantifletido. 
 
Eversão: 
 
 Movimento da sola do pé para longe do plano 
mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele 
também está dorsifletido. 
 
Dorsi-flexão (flexão dorsal): 
 
 Movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece 
quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. 
 
Planti-flexão (flexão plantar): 
 
 Dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em 
pé na ponta dos dedos. 
 
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1. Citar as abreviaturas utilizadas em Anatomia, para os termos gerais: 
2. Citar as partes constituintes do corpo humano: 
3. Descrever a "Posição de Designação Anatômica" no homem e nos 
mamíferos quadrúpedes: 
4. Descrever os "planos de delimitação e secção" do corpo humano e dos 
mamíferos quadrúpedes: 
5. Citar os eixos do corpo humano descrevendo seu trajeto: 
6. Definir os termos de posição e direção: medial, lateral, mediano, superior, 
inferior, anterior, posterior, ventral, dorsal, caudal, médio, intermédio, distal, 
7. Definir os princípios de construção do corpo humano: estratificação, 
antimeria, metameria e paquimeria, e citar exemplos: 
8. Demonstrar, com exemplos, que a simetria bilateral é apenas aparente:

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