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Atividade farmacológica e interações de plantas que atuam no sistema digestório

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17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
Atividade farmacológica e interações
de plantas que atuam no sistema
digestório
CONHECER ALGUMAS PLANTAS QUE ATUAM NO SISTEMA DIGESTÓRIO, SENDO UTILIZADAS NO
TRATAMENTO DE DOENÇAS DO TRATO GASTRINTESTINAL.
Plantas amargas
O estímulo amargo na boca pode aumentar as secreções gástricas e biliares e, por consequência, aumenta a
acidez do suco gástrico, facilitando a digestão (GLATZEL; HACKENBERG, 1967). Veja agora algumas plantas
medicinais amargas:
Absinto (Artemisia absinthum): conhecida também como losna, as partes aéreas são aromáticas, de sabor
picante e amargo, contêm lactonas sesquiterpênicas (artabsina, absintina), 0,3 - 0,5% de óleo volátil (70%
de tujona). É indicada para a falta de apetite, problemas dispéticos e discinesia biliar, com dose diária de 2
- 3g da droga vegetal. Graças à toxicidade, é proibida a produção de bebida alcoólica de absinto. A tujona
potencializa o efeito do álcool e a intoxicação por tujona pode resultar na disfunção cerebral com
convulsões, delírios e alucinações. No entanto, o absinto romano (Artemisia pontica), por apresentar um
menor teor de tujona, é utilizado para fazer o vinho vermute.
Quassia (Quassia amara): contém substâncias amargas: quassina, neoquassina e 18-hidroxiquassina (0,1 -
0,2%). Pode ser usado no tratamento de problemas dispépticos acompanhados de constipação. Dose diária
é de 2 - 10mL de uma tintura 1:10.
Genciana (Gentiana lutea): a raiz contém gentiopicrosídio (gentiopicrina). É indicada para anorexia,
flatulência e inchaço, mas é proibido para pacientes com úlceras gástricas e duodenais. Dose única de 1g
da droga vegetal e dose diária média é de 3g.
Plantas usadas no tratamento hepático
O distúrbio do trato biliar é caracterizado pelo desconforto na região superior do abdome. Para auxiliar no
tratamento, temos a seguintes plantas:
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Alcachofra (Cynara scolymus): as folhas contêm derivados do ácido cafeiquímico (cinarina). Possui efeito
colerético, isto é, que estimula a produção da bílis no fígado, também inibe a biossíntese de colesterol e é
hepatoprotetor em células isoladas de fígado. O extrato padronizado de alcachofra é utilizado no
tratamento de problemas dispépticos, principalmente em pacientes com disfunção da secreção de bílis
(KIRCHCHOFF et al., 1994). Dose diária corresponde a 6g da droga vegetal. Você deve lembrar de que é
proibido para mulheres em fase de amamentação, pois há redução da secreção e coagulação do leite.
Boldo (Peumus boldus): as folhas possuem óleos essenciais, taninos, flavonoides e glicolipídeos (MENDES
et al., 2006), mas seu principal componente ativo é o alcaloide boldina (O'BRIEN et al., 2006). Há relatos
de que a ingestão de boldo potencializa a ação anticoagulante da varfarina (IZZO et al., 2005). Não é
recomendado o uso prolongado de boldo, principalmente as grávidas, pois segundo Almeida et al. (2000), o
extrato de boldo pode ser teratogênico e abortivo.
Curcuma (Curcuma xanthorrhiza): possui ação colerética, colecistonéticas (promovem o esvaziamento da
vesícula biliar e dos dutos de bile extra-hepáticos), anti-inflamatória. Contém curcuminas, curcuminoides
e óleo essencial.
Plantas medicinais carminativas
O inchaço ou flatulência podem ter origens diversas, ser decorrentes de doenças inflamatórias
gastrintestinais, disfunções biliares/pancreáticas, entre outras. As plantas carminativas são aquelas que
provocam a eliminação dos gases digestórios, principalmente pela presença de óleos essenciais. Podem ser:
Anis (Pimpinella anisum): na semente são encontrados 2 - 3% de óleo volátil (sendo anetol o principal) e
10% de óleo fixo. Além de ser carminativa, é antiespasmódico e expectorante.
Alcarávia (Carum carvi): também conhecida como cominho, possui nos frutos 2 - 7% de óleo volátil
(Carvona e limoneno) e 10 - 20% de óleo fixo.
Funcho (Foeniculum vulgare): os frutos contêm 2 - 6% de óleo volátil (fenchona e anetol) e 9 - 12% de óleo
fixo. É carminativo e expectorante suave.
Plantas para tratamento de gastrite 
e úlcera
Camomila (Matricaria recutita): possui óleos voláteis terpenoides (bisabolol e chamazuleno), flavonoides
(apigenina) e mucilagens, proporcionando ações anti-inflamatórias, antiespasmódicas, amenizando a
irritação da mucosa gástrica.
Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra): a raiz contém a saponina triterpênica glicirrizina e os flavonoides liquiritina
e isoquiritina, utilizada no tratamento de distúrbios inflamatórios e úlceras gástricas. Porém, você deve
prevenir os pacientes hipertensos quanto ao efeito colateral mineralocorticoide, que causa retenção de
sódio e eliminação de potássio (SIMÕES et al., 2007).
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Plantas para cólon irritável
Hortelã (Mentha piperita): as partes aéreas contêm 1,2% de óleo volátil (mentol, mentona, cineol), 6–12%
de taninos com flavonoides, triterpênicos e princípios de substâncias amargas. Utilizada para tratamento
de cólicas intestinais, gases do estômago e intestino. É recomendada infusão de 3 a 6g das folhas ou dose
diária de 3 a 12 gotas do óleo de hortelã.
Plantas que contêm taninos
As plantas medicinais que contêm taninos são utilizadas para o tratamento da diarreia aguda, pois formam
uma película protetora no lúmen do intestino ao se complexarem com as proteínas da superfície epitelial. A
saber:
Chá verde e chá preto (Camellia sinensis): o chá verde é obtido por meio da secagem das folhas da
Camellia sinensis, e o chá preto é produzido por fermentação das folhas. Cuidado, pois os taninos podem
ser hepatotóxicos quando consumidos em excesso.
Carvalho (Quercus robur): a casca contém 1 - 20% de taninos. Além de ser útil no tratamento da diarreia
aguda, é útil no tratamento de inflamações na boca, garganta, genitália. Na diarreia, a casca deve ser
ingerida no máximo durante 4 dias. Constipação: ocorre constipação quando o indivíduo fica 2 a 3 dias
sem conseguir evacuar, isto muitas vezes é decorrente de falta de exercício (sedentarismo) e consumo de
alimentos pobres em fibras; estresse (ignorando a vontade de defecar). Assim a primeira recomendação é
modificar os fatores anteriormente mencionados, consumir agentes formadores de volume e a segunda
opção é optar pelos laxativos estimulantes naturais.
Linho (Linum usitatissimum): a semente possui mucilagens (7 - 12%), óleo graxo (40%), proteína (23%),
fibra bruta, minerais e glicosídeos cianogênicos (1%). As mucilagens do linho intumescem e contribuem
para os estímulos dos movimentos peristálticos. Seu consumo deve ser moderado graças às presenças dos
glicosídeos cianogênicos (cianeto de hidrogênio — HCN), a dose fatal de HCN está entre 50 - 100mg. Cada
100g de sementes de linho contém 30mg de HCN.
Plantago (Psyllium sp): a semente e a casca da semente são utilizadas por causa das mucilagens e
hemiceluloses aumentam o volume do bolo fecal, promovendo o aumento dos movimentos peristálticos.
Plantas que contêm antraquinonas
As plantas contendo antraquinonas (antranoides) são consideradas laxantes estimulantes, três mecanismos
explicam como isso ocorre (SIMÕES et al., 2007). O antranoide estimula a contração da musculatura lisa do
intestino, que libera ou aumenta a síntese de histamina e outros mediadores que, por consequência,
aumenta o movimento peristáltico; também pode ser graças à inibição da rebsorção de água, pois inativa a
bomba sódio/potássio ATPase; além da possível inibição dos canais de cloro.
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Sene (Senna alexandrina Miller): Os frutos e folhas possuem sabor mucilaginosoamargo-doce, contêm
glicosídeos antranoides (principal senosídeo) utilizados como laxantes.
Cáscara sagrada (Rhamnus purshianus DC): a parte utilizada é a casca que contém cerca de 8 % de
antranoides, sendo o principal o cascarosídeo.
Frangula (Rhamnus frangula L.): também conhecida popularmente como amieiro-preto. A casca do caule
contém 6 - 9% de glicosídeos antraquinônicos, sendo o principal glucofrangulina.
Ruibarbo (Rheum palmatum L.): os rizomas contêm 3 - 12% de glicosídeos antraquinônicos, taninos,
flavonoides, pectinas e minerais.
Babosa (Aloe ferox Miller/ Aloe vera L.): O látex amarelo obtido das folhas após cozimento apresentam
derivados antranoides com ação laxante.
Os efeitos tóxicos decorrentes do uso de drogas vegetais contendo antraquinonas podem ser desde fissuras
anais, processos inflamatórios a redução severa do peristaltismo.
Você deve prevenir o paciente quanto à interação que pode ocorrer ao utilizar laxantes (antraquinonas)
concomitantemente com glicosídeos cardioativos, graças ao risco de hipocalemia (perda de potássio),
resultante de um desequilíbrio eletrolítico.
Depois de rever o conteúdo desta aula, solucione os exercícios de múltipla escolha propostos.
Lembre-se de que você poderá postar suas dúvidas no Fórum e ter auxílio de seus colegas e
professor.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a16ex01_fitot68.htm)
Para memorizar os conhecimentos adquiridos nesta aula, clique no botão a seguir 
e faça o caça-palavras proposto.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a16ex02_fitot68.htm)
A seguir, preencha a(s) lacuna(s) com a(s) palavra(s) adequada(s) às afirmações.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a16ex03_fitot68.htm)
Com base no conteúdo aprendido nesta aula, clique no botão a seguir e organize o texto.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a16ex04_fitot68.htm)
REFERÊNCIA
ALMEIDA et al. Toxicological evaluation of the hydro-alcohol extract of the dry leaves of Peumus
boldus and boldine in rats. Phytother Res. v. 14, p. 99–102, 2000.
GLATZEL; HACKENBERG. Röntgenuntersuchungen der Wirkung von Bittermitteln auf die
Verdauungsorgane. Planta med., v. 15, p. 223–232, 1967
KIRCHCHOFF et al. Increase in choleresis by means of artichoke extract. Phytomedicine, v. 1, p. 107–115,
1994.
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17/04/2018 AVA UNINOVE
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MENDES et al. Triagem de glicolipídios em plantas medicinais.  Rev. Bras. Farmacogn., v. 16, p. 568–575,
2006.
O'BRIEN et al. Boldine and its antioxidant or health-promoting properties. Chem Biol Interactions, v. 159, p.
1–17, 2006.
SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional um guia de fitoterapia para as ciências da saúde.
São Paulo: Manole, 2002.
SIMÕES et al. Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: UFRGS/UFSC, 2007.
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