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Monografia Revisada de Administração Educação Financeira

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – UFRRJ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA A NOVA CLASSE MÉDIA: Uma proposta a partir de disciplinas para o ensino fundamental II das escolas estaduais.
CARLOS RODRIGO DE AZEREDO COUTO
NORMA SUELI MARTINS
SÃO FIDÉLIS/RJ
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – UFRRJ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA A NOVA CLASSE MÉDIA: Uma proposta a partir de disciplinas para o ensino fundamental II das escolas estaduais.
CARLOS RODRIGO DE AZEREDO COUTO
NORMA SUELI MARTINS
SÃO FIDÉLIS/RJ
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
CARLOS RODRIGO DE AZEREDO COUTO
Trabalho de Conclusão do Curso submetido como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração, no Curso de Administração.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO APROVADO EM -----/-----/------ 
Professora Dra. Norma Sueli Martins - UFRRJ
Presidente
Professor César Quintão Froes - UFRRJ
Membro
Professor Rovigati Danilo
Membro
Dedicatória
A minha família que me deu forças para continuar, minha esposa que em vários momentos se sacrificou pelo meu estudo e principalmente a meu filho que é a causa maior de minha determinação, visando sempre um futuro melhor para ele.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por conceder-nos saúde, fé e perseverança para alcançar nossos objetivos.
A UFRRJ - CEDERJ – especialmente ao Departamento de Administração e Ciências Contábeis - DCAC pela oportunidade concedida para realização do curso.
À professora Norma Sueli Martins pela orientação e inesgotável paciência em dar certezas, quando a dúvida reinava em nosso saber. 
Ao Professor José Augusto Albino Ângelo pelo estímulo, confiança, apoio, amizade e constante auxílio técnico no desenvolvimento do projeto e pelo profissionalismo com que desempenha sua função de educador.
Nosso profundo apreço aos professores e funcionários da UFRRJ- CEDERJ.
RESUMO
Estudo bibliográfico que apresenta uma proposta de atuação nos jovens da nova classe média, que é a Educação Financeira nas escolas. Com base em estudos realizados sobre os temas de: Educação financeira, endividamento familiar e ensino básico, abordaremos a necessidade de se implantar no ensino básico o conhecimento da educação financeira. Para alcançar o objetivo geral desse trabalho foi estabelecido como objetivo específico mostrar as autoridades competentes a necessidade de se inserir na grade curricular do ensino público estadual a disciplina educação financeira no ensino fundamental II (6° ao 9° ano) por meio de transversalidade. Constatou-se ao final do estudo que as escolas realmente não tratam o assunto e não estão preparadas para tal, fato constatado durante as entrevistas, e faz-se necessário uma intervenção o quanto antes visando minimizar esta perda de conhecimento essencial ao exercício pleno da cidadania.
Palavras-chave: Educação Financeira, endividamento familiar, ensino básico.
LISTA DE FIGURAS
	Figura 1
	Forças Propulsoras
	11
	Figura 2
	Pirâmide Social no Brasil (%)
	20
	Figura 3
	Pirâmide Social no Brasil (milhões)
	20
	Figura 4
	Classes de renda no Brasil
	22
	Figura 5
	Material educativo da AEF
	33
	Figura 6
	Uma aula na praça
	59
	Figura 7
	Um dia no parque
	61
	Figura 8
	Minha primeira planilha financeira
	63
LISTA DE TABELAS
	Tabela 1
	Inadimplência do Consumidor
	13, 23
	Tabela 2
	Pesquisa Mensal de Emprego
	21
	Tabela 3
	Inflação do Período
	21
	Tabela 4
	Censo Demográfico
	22
	Tabela 5
	Escolas pesquisadas
	38
	Tabela 6
	Escolas Estaduais de Campos
	72
LISTA DE QUADROS
	Quadro 1
	Classificação dos artigos publicados na RAE sobre o tema Educação Financeira, por subtema – 2010 – 2013
	25
	Quadro 2
	Classificação dos subtemas tratados nos artigos da RAE sobre o tema Educação Financeira, por ano – 2010 – 2013
	26
	Quadro 3
	Aplicação dos "Dez princípios básicos do dinheiro" para crianças com idade entre 9 e 12 anos
	52
	Quadro 4
	Jogos de tabuleiro
	62
SUMÁRIO
	1
	 INTRODUÇÃO.................................................................................................
	11
	
	
	
	
	
	1.1
	Contextualização ........................................................................................
	11
	
	1.2
	Formulação do problema ...........................................................................
	14
	
	1.3
	Hipótese .....................................................................................................
	15
	
	1.4
	Objetivos ....................................................................................................
	15
	
	1.5
	Justificativa ................................................................................................
	15
	
	
	
	
	
	
	
	
	2
	 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................
	17
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	2.1
	Fundamentação teórica ..............................................................................
	17
	
	
	
	
	
	
	
	
	3
	 METODOLOGIA DE PESQUISA .................................................................
	37
	
	
	
	
	
	
	
	
	4
	 ABORDAGENS ................................................................................................
	50
	
	
	
	
	
	
	
	
	5
	CONCLUSÃO ...................................................................................................
	66
	
	
	
	6
	REFERÊNCIAS ................................................................................................
	67
	
	
	
	
	
	
	
	
	ANEXOS ................................................................................................................
	70
	
	
	
	
	
	
	
	
1. INTRODUÇÃO
1.1 – Contextualização
De acordo com SAVOIA, SAITO E SANTANA (2007) três forças produziram mudanças fundamentais nas relações econômicas e sociopolíticas mundiais: a globalização, o desenvolvimento tecnológico e alterações regulatórias e institucionais de caráter neoliberal.
Com isso os países reduziram seus esforços e gastos com a seguridade social rompendo o paternalismo do Estado. O Brasil se transforma e efetua um conjunto de reformas de caráter neoliberal. Com a globalização, ocorreram alterações nas bases tecnológica, produtiva, financeira e educacional, promovendo a reorientação do papel do governo no provimento de serviços, bens e na proteção aos indivíduos, aí incluídos os seus aspectos sociais e regulatórios.
Figura 1 – Forças propulsoras
A estabilização da moeda acarretou a redução da inflação. Que foi o momento de mudar a idéia de curto prazo para longo prazo. No processo inflacionário, as pessoas tinham que correr para gastar seu dinheiro antes que ele perdesse o valor, priorizando o consumo (curto prazo), já na estabilidade, com a inflação controlada, as pessoas têm que avaliar e aguardar o melhor momento de investir e gastar, criando uma cultura de poupança (longo prazo).
Ainda segundo SAVOIA, SAITO E SANTANA (2007,pág. 1124):
O governo não foi capaz de poupar e realizar os investimentos propulsores do crescimento e procurou nos últimos anos ampliar a oferta de crédito para incentivar o consumo de bens e serviços e, assim, aumentar a produção. No entanto, o consumo das famílias não consegue, sozinho, estimular os investimentos, que geram empregos e elevação da renda. Para agravar esse quadro, a população, despreparada para dimensionar o volume de comprometimento do seu orçamento, avança com ímpeto ao crédito fácil e, endividada, busca caminhos para restaurar o seu equilíbrio. O crescimento desorientado do crédito produz a inadimplência. A partir daí, os empréstimos são interrompidos e a economia reduz a sua atividade. Como conseqüência dessas ações, surge um círculo vicioso de expansão e retração do crescimento.
Sendo assim vemos um quadro preocupante em que a população sai de um processo decisório de curto prazo para longo prazo, com grande oferta de crédito e sem conhecimento financeiro nenhum. Além disso, temos uma ascensão da população mais pobre que é mais ainda prejudicada com empréstimos mais caros (juros maiores) e menos educação financeira.
Vemos nos dias de hoje a ascensão dessa base inferior da pirâmide social para uma nova classe social-econômica. Projetos como bolsa família, cheque cidadão, bolsa escola, novas leis para domésticas tiraram muitas famílias da condição de miséria para uma situação mais confortável.
De acordo com o Governo Federal a classe média está dividida conforme o texto abaixo:
[...] três grupos: a baixa classe média, composta por pessoas com renda familiar per capita entre R$ 291 e R$ 441, a média classe média, com renda compreendida entre R$ 441 e R$ 641 e a alta classe média, com renda superior a R$ 641 e inferior a R$ 1.019.
Locais como Santos, Rio de Janeiro, Macaé, Vitória, Campos vêem em seu mercado as indústrias petrolíferas pagando bons salários, as outras capitais vêem a indústria automobilística ou de construção civil. Em todas as áreas se vê a necessidade/falta de mão de obra especializada e com isso sobem-se os salários.
Com esse ganho abrupto de capital as camadas inferiores (classe média e baixa) em pouco tempo não conseguiram administrar bem suas finanças, gastando excessivamente e assumindo dívidas com as quais não poderiam arcar, muitas vezes entrando no SPC e em não raras ocasiões tendo bens apreendidos e leiloados, vide tabela abaixo.
Inadimplência do Consumidor
	jan/00
	33,3
	jan/10
	92,2
	jan/13
	151,5
	fev/00
	34,9
	fev/10
	89,4
	fev/13
	146,4
	mar/00
	39,7
	mar/10
	101,8
	mar/13
	151,7
	abr/00
	34,9
	abr/10
	100,8
	abr/13
	156,0
	mai/00
	40,1
	mai/10
	105,1
	mai/13
	156,1
	jun/00
	36,4
	jun/10
	106,3
	jun/13
	149,9
	jul/00
	36,5
	jul/10
	107,9
	jul/13
	144,6
	ago/00
	37,4
	ago/10
	109,9
	ago/13
	136,7
	set/00
	35,3
	set/10
	111,7
	set/13
	132,9
	out/00
	40,9
	out/10
	113,7
	out/13
	-
	nov/00
	41,3
	nov/10
	117,7
	nov/13
	-
	dez/00
	39,0
	dez/10
	119,1
	dez/13
	-
Tabela 1 
De acordo com DIAS, TASSOTE e VIANA (2011) [...] um cidadão despreparado financeiramente reflete diretamente na sociedade em que vivemos, trazendo consigo comportamentos prejudiciais a toda sociedade, a qual gira em torno de um mundo capitalista onde o que se visa é o lucro.
Baseado nessas informações faz-se necessário educar financeiramente a sociedade para que se possa reverter ou ao menos melhorar esse quadro.
“A educação financeira tornou-se uma preocupação crescente em diversos países, gerando um aprofundamento nos estudos sobre o tema. Embora haja criticas quanto à abrangência dos programas e seus resultados, principalmente entre a população adulta, é inegável a importância do desenvolvimento de ações planejadas de habilitação da população (p. 3).” (SAVOIA, SAITO E SANTANA, 2007)
Nosso foco é dar subsídio a essa parte da sociedade afetada por meio da criação de uma disciplina intitulada Educação Financeira, a ser incluída na grade curricular do ensino fundamental e médio, com a finalidade de melhorar a má administração de seu patrimônio para se recuperar e passar a ter uma qualidade de vida melhor e maior financeiramente e com o tempo até investir melhor seu capital.
1.2 – Formulação do problema
Ao ter aumento de renda o cidadão passa normalmente a gastar mais. Como não tem uma base na educação financeira acaba entrando em vários financiamentos a longo prazo devido as facilidades existentes hoje. Até pouco tempo havia concessionárias vendendo carros em até 84 meses e os financiamentos imobiliários já chegam até 35 anos e com facilidades como o Minha Casa Minha Vida, empréstimos consignados em 120 meses, toda essa explosão de crédito fez o cidadão consumir o que queria de forma imediata com uma dívida muito longa, só que com pouco tempo ele passa a querer consumir de novo sem ter como. Então ele refinancia o carro jogando juros sobre juros em cima da dívida.
Dados do Serasa (2013), mostram que a inadimplência do consumidor aumentou 48,6 % em 2012 com relação a 2009. É um número muito alto que cresce em média 16% ao ano (baseado nessa relação 2009/12) devido a essa fartura de crédito.
Do outro lado da dívida, existem os investimentos que também são uma área problemática. Com a variação da taxa de juros (Selic) a poupança pode não ser o melhor investimento em alguns casos. Existe uma infinidade de modalidades possíveis para fazer o dinheiro se multiplicar como CDB, fundos de investimentos, fundos imobiliários, ações, previdência, imóveis, leilões, LCI (letras de crédito imobiliário), debêntures e muitas outras. Sendo que dentro de cada investimento ainda existem muitas possibilidades, o fundo de investimento, por exemplo, pode ser em renda fixa, multimercado, de câmbio, de ações, etc...
Dessa maneira entendemos como a falta da educação financeira prejudica a população. DUARTE, VIANA, DIAS, TASSOTE (2012) reiteram:
“A carência de educação financeira expõe os agente a riscos, o que acarreta danos não apenas às suas vidas, mas também à sociedade como um todo” (MACHADO, 2011 p.10)
“Segundo Theodoro (2011): A falta de planejamento financeiro, seja para um estado, empresa ou individuo, leva à vulnerabilidade, insegurança e a falta de autonomia que, no nível familiar, pode ocasionar instabilidade conjugal, degradação dos valores éticos, e ainda doenças psicossomáticas como o estresse, por exemplo, comprometendo a qualidade de vida significativamente.”
Segundo Clark e colaboradores (2006 apud SAVOIA, SAITO E SANTANA, 2007, pág. 1127), a falta de conhecimento financeiro pode provocar: o adiamento da formação da poupança previdenciária; a incapacidade de tomar decisões corretas de investimento, consumo e poupança; e o aumento da insegurança em relação ao risco e ao retorno dos produtos de investimento.
1.3 – Hipótese
A nossa hipótese é que na grade curricular desde o ensino fundamental até o médio não existe a disciplina educação financeira. Assim, a colaboração deste trabalho, será no sentido de propor que seja acrescentado na grade curricular desde o ensino fundamental até o médio a disciplina educação financeira, onde seriam levantados vários pontos como orçamento doméstico, dívidas e financiamentos, investimentos e quem sabe até assuntos mais complexos no ensino médio como bolsa de valores.
1.4 – Objetivos
O objetivo principal desse trabalho é propor a criação da disciplina Educação Financeira, para o ensino fundamental II (6° ao 9° ano) nas instituições públicas estaduais em CAMPOS DOS GOYTACAZES.
Objetivos específicos:
(a) Introduzir conceitos relativos ao tema Educação financeira (Inflação, Crédito, Financiamento, Câmbio, Ações, Impostos, Poupança, Previdência, ...);
(b) Ajudar no gerenciamento e planejamento desses recursos melhorando a qualidade de vida financeira dos alunos e de suas famílias;
1.5 – Justificativa
Como demonstrado nos tópicos anteriores se faz necessário encaminhar propostas no sentidode amenizar esse problema do endividamento do cidadão brasileiro que só faz aumentar, por meio das escolas, ou seja, tais conceitos serão repassados para os alunos logo na escola, nas séries iniciais. Esse endividamento atrapalha inclusive o crescimento do Brasil. O PIB teve um crescimento anual em torno de 3 a 5 % nos últimos anos. Caso a população não estivesse tão endividada e consumisse pelo menos de acordo com a renda manteria a economia girando, com o comércio vendendo e a indústria produzindo. Porém do jeito que está só quem está ganhando são os bancos.
Veja o exemplo do Itaú, tomou tamanha proporção que comprou o Unibanco e se tornou o maior da América Latina, o Bradesco comprou o Santander Brasil (banco espanhol que está ruim na Europa, mas excelente no Brasil) e se tornou líder de mercado ao lado do Itaú. Isso mostra a força dos bancos no cenário atual de crise mundial e endividamento da sociedade (GARCON, 2009).
2 – REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 – Fundamentação teórica
Segundo o Banco Central do Brasil o conceito de Educação Financeira é:
O processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram sua compreensão dos conceitos e produtos financeiros. Com informação, formação e orientação claras, as pessoas adquirem os valores e as competências necessários para se tornarem conscientes das oportunidades e dos riscos a elas associados e, então, façam escolhas bem embasadas, saibam onde procurar ajuda e adotem outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, a Educação Financeira é um processo que contribui, de modo consistente, para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro.
E ainda por DONADÍO, CAMPANARIO, RANGEL (2012):
“Alfabetização financeira é a medida do grau em que um indivíduo entende os conceitos financeiros chave e possui a habilidade e confiança para administrar de forma apropriada suas finanças pessoais, por meio de decisões de curto-prazo e planejamento financeiro de longo prazo, em meio aos eventos que ocorrem em sua vida e às mudanças de condições econômicas.” (REMUND, David L., 2010, p. 284)
A importância da educação financeira está no uso correto do crédito e nas decisões financeiras que podem influenciar o nosso futuro e de nossas famílias.
Para a Social and Enterprise Development Innovations (SEDI, 2002: 1), a educação financeira torna-se “crucial, por ser uma forma de medir a compreensão que as pessoas têm dos fatores, que afetam significativamente a qualidade das suas vidas. A educação financeira inclui capacidades numéricas básicas, de informação e conhecimento requeridos para participar, como consumidor ativo e utilizador de serviços financeiros, programas de auxílio financeiro do governo ou incentivos para a criação de riqueza. E fornece bases para poupar e investir sabiamente, o que suporta (…) a acumulação de recursos. É também a base para o uso responsável do crédito e do dinheiro e para tomar decisões financeiras, informadas que podem afetar as nossas famílias e o nosso futuro.”
Com uma população educada financeiramente todos saem ganhando: indústrias, comércio, governo, economia e principalmente a sociedade. Como afirmam CARVALHAL, TAVARES, SEQUEIRA (2012):
“À medida que os mercados financeiros se vão tornando mais sofisticados (…), indivíduos com formação financeira são absolutamente necessários para assegurar níveis suficientes de proteção dos investidores e consumidores, bem como para assegurar o regular funcionamento dos mercados financeiros e da economia”. OCDE (2005b: 1)
 “a capacidade de fazer julgamentos informados e decisões eficazes a respeito do uso e da gestão do dinheiro, tal como obter o rendimento adequado, gerir o dinheiro de forma controlada e adequada, investindo de forma sadia e gastando sabiamente. A Educação Financeira inclui a capacidade de compreender os termos econômicos básicos.”
De acordo com os princípios e recomendações da OCDE (2005), podemos citar:
O processo de educação financeira deve ser considerado, pelos órgãos administrativos e legais de um país, como um instrumento para o crescimento e a estabilidade econômica, sendo necessário que se busque complementar o papel exercido pela regulamentação do sistema financeiro e pelas leis de proteção ao consumidor.
De posse desses conceitos vimos que para exercer uma cidadania plena, um dos fatores é o conhecimento em finanças.
“A educação financeira, além de suas características matemáticas, possui uma importante relação com o exercício da cidadania e com a formação do cidadão, possibilitando ao aluno conhecimentos que lhe trarão uma qualidade de vida melhor, uma consciência econômica e social e, principalmente, o preparo para o exercício da cidadania.” (DIAS; TASSOTE; VIANA, 2011)
Porém o que é constatado nos tempos atuais é justamente o contrário, vemos altos níveis de inadimplência, crises financeiras nos EUA, na Europa e agora passou a ser uma preocupação mundial a falta de educação financeira.
(...) a falta de alfabetização financeira é, aparentemente, um fenômeno mundial e, assim sendo, o Brasil também pode ser incluído como parte integrante do problema. (DONADÍO, CAMPANARIO, RANGEL, 2012)
Assim, não devem ser ignorados exemplos evidentes, como o agravamento da recente crise financeira mundial, a qual refletiu diretamente em grande parte da sociedade. Essa crise provocada, sobretudo pela especulação financeira imobiliária e pela falta de controle das instituições bancárias americanas, causou transtornos orçamentários e sociais em todos países. (DUARTE, VIANA, DIAS, TASSOTE)
Em alguns países (Nova Zelândia, Reino Unido, EUA e outros) têm sido feitos esforços para integrar a educação em finanças pessoais no currículo escolar, como parte de uma estratégia de longo prazo, para elevar os padrões de alfabetização financeira. Fogarty & Beal (2004), apud CARVALHAL, TAVARES, SEQUEIRA (2012)
Aqui no Brasil ainda não avançamos muito nesse sentido. Em 2004 foi proposto um projeto de lei (nº 3401/2004) para inserir a educação financeira no ensino fundamental e médio e como não foi votado, colocaram o projeto de lei novamente em 2009 (nº 171/2009) sendo rejeitado e arquivado na data de 19/09/2013.
O que temos aqui é a disciplina de matemática que trata de juros simples e compostos e alguns exercícios aplicados em matemática. Então a educação financeira não é agregada, de maneira oficial, nas grades curriculares. Tal realidade reflete uma atuação ainda insuficiente do MEC, no que tange à inserção do tema em todos os níveis de ensino.
SAVOIA, SAITO E SANTANA (2007) afirmam:
“Assim como no ensino, também não se verifica o desenvolvimento de programas de educação financeira nos bancos brasileiros. As iniciativas existentes são escassas e não atendem às demandas dos seus clientes. A regulação da matéria pelo Banco Central pode ser uma alternativa para solucionar tal deficiência.
Outros organismos ligados ao governo — CVM, Ministério da Fazenda, Secretaria da Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Secretaria da Fazenda e secretarias de Educação dos estados — possuem projetos na área de educação financeira, mas ainda estão muito aquém do necessário para habilitar a população adulta sobre o tema.”
Ou seja, não só as escolas são responsáveis pela educação financeira, mas o governo e as instituições financeiras também, porém são poucos os programas e atitudes nesse sentido. E será que os bancos teriam tanta força se o brasileiro não usasse o crédito de maneira indiscriminada?
De acordo com SAVOIA e BADER (2013) nos últimos anos, temos observado a “redução gradual e continuada nos elevados níveis brasileiros de desigualdade. [...] Emergiu uma nova classe média, cada vez maior. O número total de pobres também caiu.”
De acordo com Alcântara e Fonseca (2012) essa nova classe média ainda não tem a sua cidadania plena. Eles estão mais para consumidores ávidos que conseguiram vencer uma barreira de dificuldades e agora com capital acham que podem comprarde tudo.
Nos últimos 10 anos, 12% da população saiu das classes D e E para a classe C e somando aos que já estavam e melhoraram de vida já somam mais de 50% da população na classe média conforme a figura a seguir.
 
Figura 2 - Pirâmide Social no Brasil (%)
Figura 3 - Pirâmide Social no Brasil (milhões)
Isso foi devido ao aumento de emprego e renda nesse período. Comparando março de 2002 com julho de 2013, a oferta de emprego nas regiões metropolitanas aumentou em torno de 34 % em quanto a renda mensal em cada domicílio mais que triplicou no período de 10 anos (2000-2010) em várias faixas salariais, retirando a inflação do período 72,46% o ganho real foi de aproximadamente 250%. Veja os quadros a seguir:
	Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência (Mil pessoas)
	Região Metropolitana e Total das áreas
	Mês
	
	março 2002
	julho 2013
	Recife - PE
	1.204
	1.590
	Salvador - BA
	1.220
	1.869
	Belo Horizonte - MG
	1.729
	2.560
	Rio de Janeiro - RJ
	4.439
	5.499
	São Paulo - SP
	7.210
	9.682
	Porto Alegre - RS
	1.473
	1.935
	Total das áreas
	17.275
	23.136
Tabela 2 - Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego
	Inflação do Período
	2000
	5,97%
	
	2007
	4,45%
	2001
	7,67%
	
	2008
	5,90%
	2002
	12,53%
	
	2009
	4,31%
	2003
	9,30%
	
	2010
	5,90%
	2004
	7,60%
	
	2011
	6,50%
	2005
	5,69%
	
	2012
	5,83%
	2006
	3,14%
	
	2013*
	3,79%*
Tabela 3 – Inflação do Período – * Acumulado até setembro
Devido a esse aumento de renda real e melhora da economia houve uma melhora também no crédito disponibilizado como pudemos presenciar no Minha Casa Minha Vida, FIES, empréstimo consignado em 120 meses e financiamentos de automóveis em 84 meses até pouco tempo atrás. 
CERBASI (2009, apud SANTOS, 2013, pág. 7) afirma que: algumas pessoas contraem mais dividas exatamente quando passam a ganhar mais dinheiro. Isso porque, ao mudar seu padrão de vida, a pessoa começa a ter gastos que não tinha antes, tais como gastos com automóveis, imóveis, viagens, jantares, entre outros. O que contrasta com a citação de Sgorbissa (2009, apud SANTOS, 2013, pág. 7), que diz que quando o funcionário sobe de cargo, ele muda seu padrão de vida, e começa a gastar mais que antes, e conseqüentemente adquire mais dívidas.
Os dados do rendimento domiciliar a seguir são do período de 2000 e 2010 devido a ser do Censo e não haver pesquisa mais recente desses valores e para efeito de comparação e acompanhamento dos valores citados na tabela da inflação e inadimplência tiveram que acompanhar esse período.
	Variável
	Classes de rendimento nominal mensal domiciliar
	Ano
	
	
	2000
	2010
	Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios particulares permanentes com rendimento domiciliar (Reais)
	Total
	1.172,10
	2.652,62
	
	Até 1/4 de salário mínimo
	24,53
	89,48
	
	Mais de 1/4 a 1/2 salário mínimo
	55,97
	183,81
	
	Mais de 1/2 a 1 salário mínimo
	137,72
	465,01
	
	Mais de 1 a 2 salários mínimos
	251,65
	817,59
	
	Mais de 2 a 3 salários mínimos
	389,56
	1.303,40
	
	Mais de 3 a 5 salários mínimos
	596,78
	2.006,81
	
	Mais de 5 a 10 salários mínimos
	1.069,20
	3.572,43
	
	Mais de 10 a 15 salários mínimos
	1.855,87
	6.220,13
	
	Mais de 15 a 20 salários mínimos
	2.638,75
	8.869,26
	
	Mais de 20 a 30 salários mínimos
	3.705,53
	12.446,12
	
	Mais de 30 salários mínimos
	8.964,10
	31.233,85
	
	Sem rendimento
	
	
Tabela 4 - Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2013
Figura 4 - Classes de renda no Brasil
De outro lado a inadimplência foi de 37,5 % no ano 2000 (média anual geral em relação a 2009) e de 106,3% em 2010 (média anual geral em relação a 2009), resultando em um aumento na inadimplência do período 2000-2010 de 183%.
Inadimplência do Consumidor
	jan/00
	33,3
	jan/10
	92,2
	jan/13
	151,5
	fev/00
	34,9
	fev/10
	89,4
	fev/13
	146,4
	mar/00
	39,7
	mar/10
	101,8
	mar/13
	151,7
	abr/00
	34,9
	abr/10
	100,8
	abr/13
	156,0
	mai/00
	40,1
	mai/10
	105,1
	mai/13
	156,1
	jun/00
	36,4
	jun/10
	106,3
	jun/13
	149,9
	jul/00
	36,5
	jul/10
	107,9
	jul/13
	144,6
	ago/00
	37,4
	ago/10
	109,9
	ago/13
	136,7
	set/00
	35,3
	set/10
	111,7
	set/13
	132,9
	out/00
	40,9
	out/10
	113,7
	out/13
	-
	nov/00
	41,3
	nov/10
	117,7
	nov/13
	-
	dez/00
	39,0
	dez/10
	119,1
	dez/13
	-
Tabela 1 
	
Segundo DONADIO, CAMPANÁRIO, RANGEL (2012):
“o endividamento da população brasileira tem batido recordes. Entre cartões de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, empréstimos para compra de veículos e imóveis, a dívida das famílias atingiu R$ 715,19 bilhões no final de 2011. É o equivalente a dizer que, na média, cada um dos mais de 192 milhões de brasileiros deve R$ 3.724 às financeiras e bancos.
(...) Portanto, é de extrema relevância entender algumas questões básicas ainda pouco exploradas na literatura acadêmica nacional: o consumidor brasileiro tem conhecimento suficiente para contrair tantos empréstimos? Qual seu nível de alfabetização financeira? Ele está consciente da proporção que suas dívidas podem adquirir se não forem corretamente administradas?”
De acordo com os mesmos autores que citam Beal e Delpachitra (2003):
“dentre outros fatores que podem ser sintomas comportamentais de baixa alfabetização financeira, atitudes que favorecem o endividamento: o uso exagerado de cartão de crédito ao ponto de não poder mais quitar a fatura, assumir empréstimos pessoais para consumo, bem como, a tendência para assumir hipotecas com condições aparentemente demasiado otimistas para financiamento de imóveis e para entrar em contratos inapropriados de leasing de veículos.”
Como afirma Santos (2013):
“é preciso que esse consumo seja planejado, estudado e a facilidade de crédito analisada, pois essa “facilidade” pode ser sinônimo de um acúmulo de dívidas e descontrole da vida financeira. Além disso, o crédito fácil vem embutido de juros altos. Os níveis de endividamento no Brasil estão se tornando assustadores. Alguns governantes e estudiosos dizem que esse nível ainda é bem menor que de alguns países, porém nossos juros são muito mais altos que os deles. Um exemplo disso, é a taxa de juros dos cartões de crédito, que podem ser até 17 vezes maior no Brasil comparada a dos Estados Unidos.”
Essa tendência à democratização do crédito e seus efeitos sobre os consumidores de baixa renda não são dignos de aplauso, pois sem possibilidade de pagar suas contas em dia, estes consumidores são os que mais pagam juros, representando o segmento mais lucrativo da indústria de cartões. DONADÍO, CAMPANARIO, RANGEL (2012)
O problema da Educação Financeira que antes era apenas pessoal, hoje já faz parte do dia a dia de grandes empresas que começaram a se preocupar com as dívidas de seus funcionários, pois estas lhes acarretam problemas como o absenteísmo, o excesso de faltas, o aumento nos acidentes de trabalho, e a diminuição da produtividade e da qualidade nos processos.
“Hoje, 5% das grandes empresas no Brasil já inseriram educação financeira para seus funcionários. Essa pesquisa mostra que os problemas recorrentes com as dividas levam os funcionários a perderem o foco em suas atividades, a cometerem mais erros no processo, a faltarem mais no trabalho e, em casos mais extremos, a pedirem demissão, tendo em vista o recebimento do fundo de garantia pelo tempo de trabalho. [...] Com funcionários sem problemas financeiros, a produtividade aumenta e a qualidade do processo também. A vantagem é para a empresa e para o funcionário.” SANTOS (2013, pág. 1)
Diante desse quadro, algumas ações foram sugeridas por SAVOIA, SAITO E SANTANA (2007):
Incentivar a cultura de poupança na população;
Inserir a educação financeira nos programas de todos os níveis de ensino;Desenvolver os conceitos de crédito, investimento e consumo por meio de escolas, universidades, mídia e outros setores;
Promover a coordenação de esforços entre governo e sociedade e monitorar a qualidade dos programas.
Apesar dessa necessidade de educar financeiramente a população temos pouco material acadêmico sobre o assunto. Pesquisas na internet resultam em inúmeros resultados sobre educação financeira, muitos autores famosos, porém poucos na área acadêmica.
Em relação a área acadêmica, foram realizadas pesquisas na Revista de Administração da USP (RAUSP) e Revista de Administração de Empresas da FGV (RAE ) sobre o tema educação financeira encontramos os seguintes resultados:
Quadro 1 – Classificação dos artigos publicados na RAE sobre o tema Educação Financeira, por subtema – 2010 – 2013 (modelo da R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 93, n. 234, [número especial], p. 425, maio/ago. 2012)
	SUBTEMA
	FREQUÊNCIA
	NÚMEROS
	Treinamento em negócios
	1
	12
	Inclusão Financeira
	1
	53
	Emprego
	1
	52
	Finança Empresarial
	1
	52
	Integração da América Latina
	1
	9
	Sustentabilidade nas Instituições de Ensino
	1
	9
	Variação da Verba de Pesquisa
	1
	50
	Produtivismo Acadêmico
	2
	51, 51
	Conservadorismo contábil brasileiro e transição para o IFRS
	1
	9
Quadro 2 – Classificação dos subtemas tratados nos artigos da RAE sobre o tema Educação Financeira, por ano – 2010 – 2013 (modelo da R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 93, n. 234, [número especial], p. 426, maio/ago. 2012)
	ANO
	FREQUÊNCIA
	SUBTEMA TRATADO
	2010
	4
	Conservadorismo contábil brasileiro e transição para o IFRS, Variação da Verba de Pesquisa, Integração da América Latina, Sustentabilidade nas Instituições de Ensino.
	2011
	2
	Produtivismo Acadêmico.
	2012
	2
	Finança Empresarial, Emprego.
	2013
	2
	Treinamento em negócios, Inclusão Financeira.
	
Sendo que todos resultados acima são da RAE e nenhum deles relacionados com o nosso tema. A RAUSP não retornou nenhum resultado. O artigo Logística da distribuição bancária de 2013 (Inclusão Financeira no Quadro 1 e 2) fala da inclusão financeira bancária, que constitui a possibilidade de levar serviços financeiros a pessoas até então excluídas do sistema bancário através da diversificação dos canais bancários, com foco especial no uso de celulares e de correspondentes bancários, com a finalidade de expandir a atuação dos bancos para além dos seus limites tradicionais, ampliando o mercado e atingindo o público de mais baixa renda, porém não se aproxima do nosso tema que é voltado a educação.
Um dos resultados relacionado com a educação financeira foi encontrado na Revista de Administração Pública da FGV (RAP) no ano de 2007 com o artigo “Paradigmas da educação financeira no Brasil” dos autores José Roberto Ferreira Savoia, André Taue Saito e Flávia de Angelis Santana. O artigo descreve a situação atual do Brasil em relação à educação financeira e sugere algumas ações entre elas a “inserção da educação financeira nos programas de todos os níveis de ensino”.
Outro artigo foi encontrado na Revista Brasileira de Marketing (REMark) no ano de 2012 com o título “O papel da alfabetização financeira e do cartão de crédito no endividamento dos consumidores brasileiros” dos autores Rosimara Donadio, Milton de Abreu Campanário e Armênio de Sousa Rangel. Descreve como o baixo nível de alfabetização financeira (não só o brasileiro, mundiais também – Crise de 2008, por exemplo foi devido ao baixo nível de alfabetização financeira dos americanos) e a disseminação do cartão de crédito (a população de baixa renda) estão impactando o alto grau de endividamento da população brasileira e sugere novos estudos com relação a alfabetização financeira e sobre o acesso do consumidor brasileiro ao cartão de crédito (por representar, de acordo com o artigo, a maior fonte de endividamento).
Nos periódicos da Capes de 2010 -2013 foram encontrados 364 resultados na data 29 de outubro de 2013 que constavam a palavra educação e, ou, financeira, entre artigos, recursos textuais, resenhas, teses e atas de congresso. Foram selecionados alguns artigos que são afins com nosso tema.
O primeiro é “Matemática financeira: um alicerce para o exercício da cidadania” dos autores Paulo César Xavier Duarte, Diego Sales Viana, Eliezer Marcos Tassote e Marcus Vinícius Dias. Foi publicado na revista Nucleus, v.9, n.1, abr.2012, e escreve sobre os “resultados de uma pesquisa que visou à abordagem da matemática financeira ao longo do currículo escolar, discutindo e refletindo sobre a importância do tema e a forma como ele é tratado no ensino médio. O objetivo é identificar a abordagem que a Matemática Financeira recebe nos livros didáticos, baseando-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais e em livros que abordam o tema citado, procurando compreender o modo como ela é trabalhada em sala de aula e como os professores de matemática procuram contextualizá-la com assuntos cotidianos, visando criar perante o aluno a ligação com o seu dia a dia, enfatizando também a necessidade de, através da matemática financeira, trabalhar conceitos de cidadania”.
Outro artigo interessante que corrobora muitas informações citadas na introdução é “A importância da educação financeira nas empresas sob o aspecto da produtividade e da redução dos acidentes de trabalho” da autora Liliane Souza Santos. Foi publicado na revista científica Hermes, v.8, 2013. Mostrando que a educação financeira influencia tanto na vida pessoal quanto profissional, prejudicando o rendimento e lucros das empresas e até acidentes de trabalho. “O problema das dividas pessoais está cada vez mais presente na vida das pessoas. O que antes era considerado um problema apenas pessoal se tornou em parte um problema das organizações, pois quando o funcionário está endividado, ele acaba trazendo seus problemas para dentro da empresa. Com isso a educação financeira passou a ser cada vez mais importante para as empresas. Hoje, 5% das grandes empresas no Brasil já inseriram educação financeira para seus funcionários. Essa pesquisa mostra que os problemas recorrentes com as dividas levam os funcionários a perderem o foco em suas atividades, a cometerem mais erros no processo, a faltarem mais no trabalho e, em casos mais extremos, a pedirem demissão, tendo em vista o recebimento do fundo de garantia pelo tempo de trabalho. Com a educação financeira, os colaboradores aprendem a administrar suas finanças, a quitar suas dívidas e não adquirir dívidas que não possam quitar. Com funcionários sem problemas financeiros, a produtividade aumenta e a qualidade do processo também. A vantagem é para a empresa e para o funcionário.”
Finalizando a lista de artigos vem o “Práticas criativas transversais para o ensino básico” das autoras Ana Carvalhal, Catarina Tavares e Sandra Sequeira. Publicado na RCAAP (Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal), v. 4, n. 1, 2012. O artigo fala da importância da educação financeira nos dias de hoje e de como está sendo abordado nas escolas do ensino básico de Portugal e apresenta algumas iniciativas, práticas e produtos desenvolvidos para o ensino básico na área de educação financeira. O interessante nesse artigo é a semelhança com o nosso estudo e provando que outros países também estão se preocupando com o assunto como comentado anteriormente.
“As decisões financeiras constituem grande parte das deliberações tomadas ao longo da vida de um cidadão. Muitas implicações negativas podem resultar de uma inadequada atitude, comportamento ou ação nesta área. A educação financeira (EF) revela-se numa vertente cada vez mais essencial na formação individual e até social, ganhando assim uma importância e relevância incontestável na sociedade, ao dotar os indivíduos de conhecimentos que lhes permitem responder mais eficazmente a situações quotidianas. A par de inúmeras organizações nacionais e internacionais, também o Projecto Matemática Ensino (PmatE) se temvindo a debruçar na identificação de oportunidades e no desenvolvimento de estratégias, de forma de estimular o interesse pela aprendizagem na área da EF e assim aproximar o ensino às necessidades atuais de formação para a cidadania. Dada a transversalidade do tema, analisaram-se os conteúdos promulgados nos programas escolares e curriculares do Ministério da Educação e identificaram-se alguns indicadores que apontam caminhos e focos programáticos através dos quais poderá ser possível despertar nos alunos o interesse para a educação financeira. Neste sentido, têm sido desenvolvidos recursos pedagógico-didáticos, além de existir também um enorme investimento em conferências, seminários e oficinas sobre o tema. O presente artigo pretende apresentar algumas das iniciativas, práticas criativas e produtos desenvolvidos para o ensino básico na área da literacia financeira pelo PmatE, em diversos formatos, físico, mas também multimédia, não descurando a importância e impacto atual das novas tecnologias na sociedade.”
Esses serão os artigos que servirão de base e pesquisa para nosso trabalho e como a nossa proposta é inserir no ensino fundamental a educação financeira na disciplina de matemática, faz-se necessário outro estudo da transversalidade do tema e do Projeto Político Pedagógico (PPP).
Toda escola deve ter um PPP, pois é ele que define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. As próprias palavras dizem muito sobre eleErro! Indicador não definido. (LOPES, 2010):
“É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
É político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores mas também funcionários, alunos e famílias. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos.”
A partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, foram definidos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que, por sua vez, orientam para a aplicação da transversalidade. No âmbito dos PCNs:
A transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa, uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real e de sua transformação (aprender na realidade e da realidade). E a uma forma de sistematizar esse trabalho e incluí-lo explícita e estruturalmente na organização curricular, garantindo sua continuidade e aprofundamento ao longo da escolaridade. (PCN, Volume 10.1, página 30)
“A escola prepara as crianças para a vida real?” Kiyosaki (2000, pág. 11)
A maioria dos autores renomados dizem que toda economia melhoraria com a introdução de educação financeira nas escolas. (Pregardier e Cerbasi no Congresso Nacional de Educação Financeira nas Escolas - CONEFE)
Mas não se trata de trabalhá-la paralelamente, e sim de trazer para os conteúdos e para a metodologia da área a perspectiva dos temas. E isso pode ser feito em qualquer ano escolar. Por isso nossa proposta se baseia em todo ensino básico, como afirma LIMA e SÁ (2010, p.1) (APUD DUARTE, VIANA, TASSOTE, DIAS, 2012):
[...] que os conteúdos dessas disciplinas sejam iniciados desde as primeiras series do Ensino Fundamental. É claro que tais informações devem ser iniciadas adequadamente, explorando o lúdico, simulação de compras e vendas, preenchimento de cheques, historias em quadrinhos, teatralizações, etc.
	ROSSETI JUNIOR e SCHIMIGUEL (2009) (APUD DUARTE, VIANA, TASSOTE, DIAS, 2012) também afirmam que:
[...] a introdução ao estudo da Matemática Comercial e Financeira é importante a partir do Ensino Fundamental, no Ensino Médio e no Ensino Técnico, para promover no aluno as habilidades e competências de analisar e avaliar, criticamente, as situações financeiras que se apresentam em sua vida (p.5).
Segundo Kiyosaki (2002), a educação financeira deveria ser ensinada as pessoas desde os primeiros anos de vida. Considerando que muitos pais não têm conhecimento para passar essas informações para os filhos, a educação financeira deveria ser matéria obrigatória nas escolas, desde o ensino fundamental. (SANTOS, 2013)
De acordo com os princípios e recomendações da OCDE (2005), podemos citar:
- A educação financeira deve começar na escola. É recomendável que as pessoas se insiram no processo precocemente.
- Os programas de educação financeira devem focar, particularmente, aspectos importantes do planejamento financeiro pessoal, como a poupança e a aposentadoria, o endividamento e a contratação de seguros.
É essencial iniciar-se o processo de aprendizagem o mais cedo possível. A melhoria da educação financeira, ao nível do ensino básico, pode ser um alicerce para a alfabetização financeira, ajudando os jovens a tomar decisões financeiras conscientes. CARVALHAL, TAVARES, SEQUEIRA (2012)
A maioria dos autores concorda com a inclusão dessa disciplina na escola como forma de resolver vários problemas financeiros da população a médio prazo e longo prazo.
Dessa maneira os alunos poderiam até ajudar os pais em casa a normalizar sua vida financeira. Autores como Cerbasi, Kiyosaki, Portela, Piazza e sites como o Clube do Pai Rico, demonstram grande preocupação com esse tema da nova sociedade brasileira em ascensão, trazendo várias matérias e fóruns sobre todas as áreas financeiras voltadas para o cidadão comum.
E não é só com relação a dívidas que devemos tratar, tem o lado dos investimentos também que são poucos divulgados. Praticamente hoje o que o brasileiro conhece é a caderneta de poupança e no máximo uma previdência privada. Existem no mínimo algumas dezenas de outras aplicações financeiras disponíveis.
“Há ainda outra questão importante que consiste na crescente necessidade de se pensar na reforma e nos planos de pensões (Braunstein & Welch, 2002). (...) Com o aumento da esperança de vida, os indivíduos devem assegurar-se de que terão poupado o suficiente para cobrir as suas necessidades durante o seu período de reforma. (OCDE, 2005a).” (CARVALHAL, TAVARES, SEQUEIRA, 2012)
A inclusão da educação financeira, de forma transversal, nas escolas passa por desenvolver currículos que abarquem todos os anos de escolaridade e que permitam que as escolas alinhem, a nível nacional, no ensino da educação financeira. Para tal, será fundamental atender às necessidades e recursos pedagógicos relacionados com os professores, permitindo-lhes o seu desenvolvimento profissional.
No VIII Seminário de Educação Previdenciária foi apresentado pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF) propostas de como inserir a educação financeira em cada nível educacional:
Do 1º ao 4º ano de escolaridade: São propostos projetos fundamentados em 4 eixos temáticos (Produção e Consumo; Organização; CUIDADOS e Planejamento). O eixo CUIDADOS lança as bases do pensamento de longo prazo, essencial aos conceitos que envolvem a dimensão de futuro (PREVIDÊNCIA, investimentos, poupança, seguros etc.).
Do 5º ao 9º ano de escolaridade: Os conceitos financeiros, dentre eles PREVIDÊNCIA, são tratados a partir de histórias que retratam o contexto da vida cotidiana. Os alunos, como participantes de ações coletivas, terão a oportunidade de vivenciar desafios relacionados às temáticas financeiras, a partir de dinâmicas voltadas à tomada de decisões.
Ensino Médio: Os três blocos consideram situações do cotidiano do jovem que problematizam e são capazes de desenvolver competências para lidar com o planejamento do seu futuro, algumas em especial, à PREVIDÊNCIA:
O incrívelcaso do 13º salário que sumiu: gestão do 13º salário como uma possibilidade de preparar-se para o futuro.
Linhas da vida: elaboração de um plano de vida, com metas e planos a curto, médio e longo prazos. O jovem é estimulado a pensar na sua vida futura e no contexto da aposentadoria.
No seu cantinho: o planejamento financeiro é apresentado como ferramenta que permite a realização de projetos, o consumo responsável e a poupança, esta devendo ser vista como uma prática a ser planejada.
Agora é a minha vez de ajudar os meus pais: os jovens são estimulados a auxiliarem seus pais com o conhecimento que adquiriram em Educação Financeira.
Previdência: aposentadoria e previdência são relacionadas ao conceito de poupança na vida do aluno.
A AEF criou seu próprio material educativo e está aplicando e colhendo os primeiros dados no ensino médio e agora está com um projeto piloto para o ensino fundamental.
Figura 5 – Material educativo da AEF
No Projecto Matemática Ensino (PmatE) de Portugal foi dado início ao programa Educação+Financeira que estimula o aprendizado através de jogos e histórias de acordo com o nível escolar.
• “Dinheiro para quê?”, para alunos do 1º e 2º Ciclos, este jogo pretende que o significado, o valor e as funções do dinheiro sejam aprendidas, através de um percurso pela história da evolução do comércio de bens e serviços, desde as trocas diretas até ao aparecimento da moeda;
• “Como Gastar o Dinheiro?”, dirigido aos estudantes do 3º Ciclo, procura-se sensibilizar para a importância do consumo responsável, o valor do trabalho e dos hábitos de poupança, tendo em vista a realização de pequenos ou grandes objetivos e/ou gastos pessoais;
• “Compro ou não compro?”, vocacionado para os alunos do ensino secundário e público geral, traduz-se num exercício de gestão do orçamento de uma personagem virtual; os participantes são confrontados com diversos estímulos e contrariedades, que se colocam a cada um de nós na vida real e com a necessidade de tomar decisões. CARVALHAL, TAVARES, SEQUEIRA (2012)
Fora do âmbito escolar, temos alguns recursos e materiais sobre o assunto, porém apesar grande parte do material educativo sobre finanças esteja disponível, o acesso é limitado por várias razões, incluindo a ausência de um plano global de marketing e um efetivo canal de distribuição.
	As iniciativas existentes que auxiliam a população com a educação financeira são as seguintes:
Programa Nacional de Educação Fiscal da Escola Superior de Administração Fazendária – Tem a missão de compartilhar conhecimentos e interagir com a sociedade sobre a origem, aplicação e controle dos recursos públicos, favorecendo a participação social. http://www.esaf.fazenda.gov.br/educacao_fiscal/pnef
Programa de Educação Financeira do Banco Central - No âmbito cognitivo, o programa tem por objetivos proporcionar conhecimentos sobre o uso da moeda, divulgar os canais de acesso da população ao SFN e divulgar o papel do próprio Banco Central. Nas esferas atitudinal e comportamental, os objetivos são incentivar o hábito de poupança, estimular a responsabilidade no uso do crédito e promover mudanças de comportamentos com base nas boas práticas de finanças pessoais. http://www.bcb.gov.br/?PEF-BC
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – Promove conferências (como a de Educação do Investidor e Finanças Comportamentais), palestras (como o Circuito Universitário), concursos de monografia com premiações e orientação aos investidores através de publicações educacionais. Criou o portal do investidor (http://www.portaldoinvestidor.gov.br/index.html) voltado para educação financeira de crianças, jovens e adultos. http://www.cvm.gov.br/
Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) – Promove cursos, tem vários simuladores de ações (imitando a bolsa real), dicas e planilhas para orçamento pessoal, vários folhetos e vídeos explicativos sobre o mercado de capitais, palestras institucionais, além de outras iniciativas como: BM&FBOVESPA vai até você, Mulheres em ação, TV Educação Financeira, Turma da Bolsa, Desafio BM&FBOVESPA, Concursos de monografia, Dinheiro no Bolso e Papo de Bolsa. http://www.bmfbovespa.com.br/home.aspx?idioma=pt-br
Instituto FEBRABAN de Educação – Cursos relacionados a bancos, educação financeira e qualificação profissional. Mais voltado a empresas. http://www.infi.org.br/default.aspx
Serasa Experian – Possui programa de orçamento pessoal, simuladores (calculadora dos sonhos e de combustível – álcool ou gasolina?), gibis, cartilhas de variados assuntos financeiros, testes de conhecimentos financeiros e um glossário com a maioria das palavras do meio financeiro. http://www.serasaexperian.com.br/
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) – Promove através de cursos e workshops a educação de investidores, sugerindo e estruturando iniciativas que contribuam para a educação financeira da população brasileira, com foco particularmente nos aspectos relativos às decisões de investimento das pessoas e famílias. Criou um portal exclusivamente para educação financeira (www.comoinvestir.com.br). http://portal.anbima.com.br/Pages/home.aspx
Banco Itaú – Possui e-books e áudio livros gratuitos, simuladores de sonhos, simuladores de investimentos, programa crédito consciente (orientador de crédito) e vídeos ensinando sobre vários temas financeiros. https://www.itau.com.br/
Expomoney – É uma feira de finanças que oferece palestras gratuitas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, abordando assuntos, como: planejamento financeiro, previdência, fundos de investimento, ações, economia doméstica, entre outros. http://adm.expomoney.com.br/
Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) – Possui dicas, cartilhas e vídeos voltados para o uso de cartões de crédito e ainda um simulador financeiro. http://www.abecs.org.br/site2012/
Caixa Econômica Federal – Site traz vídeos, aulas, exercícios, planilhas, cartilhas, podcasts e glossário. http://www.caixa.gov.br/
Bradesco – Jogo da simulando vida real, chat com especialistas em ações, quis do crédito responsável, gerenciadores financeiros, ferramentas de controle orçamentário, TV home broker (ações), cursos, guias e manuais, livros, links úteis e simuladores. http://www.bradesco.com.br/html/classic/index.shtm
Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) – Trata-se de um esforço do Governo Brasileiro que reconhece a educação financeira e previdenciária como ferramenta de inclusão social, de melhoria da vida do cidadão e de promoção da estabilidade, concorrência e eficiência do sistema financeiro do país. http://www.vidaedinheiro.gov.br/
Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) – É uma das entidades que colocam o ENEF em prática, aplicando projetos nas escolas, aposentados com renda até 2 salários, mulheres beneficiárias do bolsa família e está realizando o primeiro mapeamento das iniciativas da educação financeira. http://www.aefbrasil.org.br/
Essas foram as iniciativas encontradas na internet sobre a educação financeira. Algumas instituições são privadas e outras públicas.
No próximo capítulo iremos mostrar os resultados das pesquisas com os representantes das escolas.
3 – METODOLOGIA DE PESQUISA
A metodologia a ser utilizada será o estudo de caso. Ele se adéqua melhor ao assunto e a pesquisa, pois “se dedica ao estudo intenso de situações do passado, que possam ser associadas a situações presentes, em relação a uma ou algumas unidades sociais: indivíduos, grupos, instituições e comunidades” (MARTINS, 1994), e “é uma averiguação baseada na experiência, que pesquisa um fenômeno recente dentro de um argumento da vida real, quando o limite entre fenômeno e o contexto não é nitidamente presente” (YIN, 1989, p. 23) (apud MARTINS, 1994).
Ainda segundo Yin (1989), o estudo de caso possui quatro funções:
		1. explicitar as conexões ocasionais nas ingerências na vida real que são muito complexas para serem mencionadas pelaspesquisas ou pelos estratagemas experimentais;
		2. fazer um relato circunstanciado do encadeamento da vida real no qual ocorreu a ingerência;
		3. avaliar, ainda que de forma descritiva, a ingerência realizada;
		4. explorar aquelas situações em que as ingerências analisadas não contenham soluções claras e exclusivas.
Baseado nessas informações, constatamos que o estudo de caso é a melhor metodologia a ser utilizada.
Para fundamentar nossa pesquisa utilizaremos a pesquisa bibliográfica e 3 métodos da pesquisa científica: quantitativo, qualitativo e estatístico. Serão realizadas entrevistas com representantes escolares (diretores, coordenação, pedagoga, etc...) sobre quais as iniciativas ou programas de educação financeira são aplicadas na escola e como é feito. O método estatístico será utilizado para ajudar a analisar os resultados das duas outras pesquisas. As pesquisas serão realizadas no final do período letivo. Dessa maneira conseguiremos traçar um diagnóstico das escolas públicas estaduais de Campos dos Goytacazes e saber o que já está implementado.
De acordo com a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro existem 51 escolas estaduais em Campos dos Goytacazes, sendo responsáveis prioritariamente pelo ensino médio, porém muitas delas possuem o ensino fundamental II. A lista das escolas segue em anexo.
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	As escolas destacadas em amarelo foram escolhidas por serem todas do bairro centro onde estão concentradas as maiores escolas de Campos e com maior quantidade de alunos, fechando na totalidade o bairro centro. Além dessas foram feitas em mais três escolas por oportunidade: Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins, Centro Educacional Municipal do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Açúcar de Campos (CEMSTIAC) e a Escola Municipal Professora Wilmar Cava Barros.
	Desse modo fica assim nosso quadro de escolas pesquisadas e seu número aproximado de alunos:
	ESCOLA
	N° MÉDIO DE ALUNOS
	CIEP 057 DOUTOR NILO PECANHA
	800
	CEJA DE CAMPOS DE GOITACAZES
	2400
	LICEU DE HUMANIDADES DE CAMPOS
	3000
	CE QUINZE DE NOVEMBRO
	752
	CE VISCONDE DO RIO BRANCO
	330
	CE NILO PECANHA
	1750
	E.T.E. JOÃO BARCELOS MARTINS
	1900
	CEMSTIAC
	650
	E.M. PROFª. WILMAR CAVA BARROS
	900
Tabela 5 – Escolas Pesquisadas
A pesquisa foi realizada sempre com as diretoras ou coordenadoras pedagógicas das escolas que são as responsáveis pela aplicação dos PCN’s nas escolas e acompanhamento dos materiais didáticos dos professores.
A maioria não se sentiu a vontade para preencher o formulário, solicitando ao entrevistador o preenchimento do mesmo de acordo com suas respostas, mas para verificar a veracidades das informações foi solicitado carimbo da escola ou do funcionário e assinatura do formulário. A tabela 5 também consta o telefone de 6 das 9 escolas pesquisadas, caso haja a necessidade de confrontar informações. A seguir as entrevistas das escolas seguindo a ordem da tabela 6.
	Com exceção da E.T.E. João Barcelos Martins que só possui o ensino médio/técnico, todas as escolas estaduais possuem o ensino fundamental II e o ensino médio. Nas escolas municipais o CEMSTIAC possui apenas o ensino fundamental II e a E.M. Profª. Wilmar Cava Barros possui educação infantil, ensino fundamental I e II.
	Com relação a questão 3 a escola CEMSTIAC e a E.T.E. João Barcelos Martins foram as únicas que não aplicam de nenhuma forma a educação financeira no ensino fundamental ou médio (a escola técnica aplica apenas no curso técnico de administração de acordo com a entrevistada) formando um total de 22%, mais duas escolas aplicam somente noções do assunto a E.M. Profª. Wilmar Cava Barros e o CEJA, totalizando outros 22%. Sendo a interdisciplinaridade (com a disciplina de matemática) a principal forma de aplicação da educação financeira nos outros 56%.
	Todas entrevistadas foram unânimes em dizer que a educação financeira é importante e deveria ser melhor aplicada nas escolas, inclusive aos professores e funcionários, apesar dessa concordância, apenas em 22% das escolas o assunto já foi abordado na reunião de pais pelo professor ou orientador educacional e em 33% já foi aplicado o tema em feiras e exposições escolares, mostrando que não há conexão entre o pensamento sobre o assunto e a realidade vivida na escola.
	Quando questionadas a respeito da possibilidade desse conhecimento ser levado as escolas de forma on line (internet) apenas o CIEP 057 Doutor Nilo Peçanha não considerou ser viável a idéia, os outros 89 % acham viável, sendo que uma das escolas destacou a dificuldade de acesso aos computadores pelos alunos na própria escola.
	Apenas o CIEP 057 Doutor Nilo Peçanha conhecia de fato um programa voltado ao tema, apesar de não lembrar o nome, a diretora se referiu ao PNEF (Programa Nacional de Educação Fiscal) da Receita Federal, pois o mesmo foi aplicado na escola pelos auditores da Receita Federal de Campos, outras duas entrevistadas tiveram suas respostas desconsideradas, pois citaram as reportagens que passam nos jornais da televisão sobre economia doméstica, ou programas que passam na TV Escola, sem serem específicas. Dessa maneira apenas 11% das escolas conhecem e inclusive já participou de programas voltados ao tema.
	Na visão de entrevistador apenas 2 entrevistadas tinham consciência do que estavam falando: a diretora do CIEP 057 Doutor Nilo Peçanha e a diretora do CE Quinze de Novembro, as outras estavam apenas tentando mostrar que sabiam e querendo concordar com a pesquisa, sem analisar os impactos reais que acarretariam a implantação dessa disciplina na escola e não só em questão de benefícios, mas as dificuldades em implantá-la. Isso mostra certo despreparo das lideranças, constatado também no momento da solicitação da entrevista em que em apenas 1 escola a entrevista foi atendida prontamente, nas demais era passado de um funcionário para outro e postergando demasiadamente o atendimento com receio claro de responder a pesquisa.
4 – ABORDAGENS
	Como vimos anteriormente, a educação financeira deve ser aplicada já nos primeiros anos de vida. E cada faixa etária tem abordagens e conhecimentos diferentes a serem construídos. Para KASSARDJIAN (2013):
Primeiramente, é essencial entender que à medida que a criança apresenta evoluções em seu desenvolvimento, ela deixa de acreditar em alguns conceitos antes tidos como verdades absolutas e passa a se preocupar com coisas novas, descobrindo o mundo ao seu redor. Dessa forma, conforme afirma Cerbasi (2011), para cada etapa do desenvolvimento a criança terá visões diferentes a respeito de diversos conceitos, inclusive com relação ao dinheiro, e é preciso lembrar que desde os primeiros anos de vida essas crianças já estão sendo expostas a uma cultura extremamente consumista e focada na acumulação monetária.
Para Cássia D’Aquino (2008), a estimulação midiática, o consumo desenfreado e a falta de limites dados às crianças dificultam o processo de criação de uma mentalidade adequada e saudável em relação ao dinheiro, já que a educação financeira (principalmente quando se fala em educação financeira infantil) exige uma perspectiva de longo prazo, aliado a muito treino e persistência. Além disso, a nova geração de crianças apresenta um intenso contato com o dinheiro, mostrando possuir noções sobre o preço das mercadorias e o valor do dinheiro cada vez mais cedo. 
Antes de citarmos exemplos de aulas e conteúdos a serem aplicados na escola, devemos saber a que tipo de conhecimento cada faixa etária tem maturidade suficiente para absorver. GODFREY (2003) (APUD KASSARDJIAN, 2013) formulou uma estrutura segregada por faixa etária que inicialmente dirige-se aos pais ou responsáveis diretos, mas que pode ser estendida a outras abordagens.
Segundo GODFREY (2003) (APUD KASSARDJIAN, 2013), “os princípios relacionados à questão financeira podem ser divididos em “dez princípios básicos do dinheiro”, sendo: (1) como poupar;(2) como manter o controle do dinheiro; (3) como ser recompensado pelo que você merece; (4) como gastar com sabedoria; (5) como falar sobre dinheiro; (6) como lidar com um orçamento limitado; (7) como investir; (8) como exercitar o espírito empreendedor; (9) como lidar com o crédito; e (10) como usar o dinheiro para mudar o mundo. Diante destas definições, Godfrey (2003) busca estruturar estratégias eficientes dentro de cada um destes princípios para quatro faixas etárias principais do aprendizado: de 5 a 8 anos, de 9 a 12 anos, de 13 a 15 anos e de 16 a 18 anos.”
Como nosso estudo é baseado primeiramente no ensino fundamental II, ilustraremos a segunda faixa (de 9 a 12 anos), por ser a faixa etária aproximada desse segmento.
Segundo KASSARDJIAN (2013), nesse estágio as crianças passam a “pré-adolescentes” e sofrem a primeira transformação de suas vidas. Aparecem as primeiras paixões como: hobbies, animais, programas, esportes, etc... A criança sai do egocentrismo e passa a um foco mais abrangente tendo mais interesse no que acontece na sociedade e no mundo. “Os conceitos adequados para se trabalhar aqui incluem: mostrar que o dinheiro pode fazer diferença, incentivar o comportamento pró-ativo e o espírito empreendedor, estimular a diferenciação entre custo e valor de um bem, e mostrar o valor do dinheiro recebido.”
Diante disso, GODFREY (2003) propõe cinco principais tarefas que devem ser realizadas com crianças nessa faixa etária.
1 – Expor os “dez princípios básicos do dinheiro” a partir de atividades que irão alavancar as paixões dessas crianças e sua busca por independência.
2 – Os pais ou responsáveis devem ajudar as crianças a tomar decisões monetárias de maneira independente diante da pressão de outras crianças, pois isso fará com que seja estabelecida uma barreira que estimulará a construção de condutas e princípios que deverão ser adotados dentro do compasso moral passado à criança.
3 – Enfatizar a diferença entre desenvolvimento e identificação das paixões da criança, já que é nessa fase que geralmente emergem as primeiras sensações de pena e dó. Além disso, é importante que as crianças sejam direcionadas a sonhar de maneira grandiosa e eloqüente, mas, caso fujam muito da realidade em que estão inseridas, os adultos devem guiá-las com informações e recursos de modo a colocá-las no caminho correto.
4 – Reforçar o fato de que “cada comportamento traz uma conseqüência” prezando agora pelo relacionamento com as decisões financeiras.
5 – Introduzir exemplos a serem seguidos, contando histórias de pessoas que seguiram suas paixões na escolha da carreira, batalharam para alcançar suas realizações e valorizaram sua vocação.
A seguir um quadro proposto por GODFREY (2003, apud KASSARDJIAN, 2013, pág. 67) com as principais atividades que estimularão a consciência financeira das crianças.
	1. COMO POUPAR
	a. Ajude a criança a estabelecer um regime de economia para alguma ocasião ou interesse especial para ela. Faça disso uma “conta” na qual a criança faz depósitos regulares e não poderá mexer até que chegue a data combinada. 
	b. Introduza os conceitos de outros veículos de poupança, como investir em títulos do governo. 
	2. COMO MANTER O CONTROLE DO DINHEIRO
	a. Se a criança já possui uma remuneração e uma conta bancária, comece a fazer os depósitos diretamente em sua conta, e exponha a mudança à criança mostrando o demonstrativo da conta. 
	b. Deixe a criança ajudar no preenchimento de cheques e estimule-as a deduzir o valor final de uma conta a ser paga. 
	c. Institua uma moeda fictícia na família para explicar como funcionam as principais trocas monetárias da economia. 
	3. COMO SER RECOMPENSADO PELO QUE VOCÊ MERECE
	a. Ajude as crianças a pesquisar como poderiam ganhar dinheiro fora de casa, como trabalhando para uma tia cuidando de um primo mais novo, por exemplo. 
	b. Exponha as diferentes remunerações de cada profissão e explique os motivos principais das diferenças. 
	4. COMO GASTAR COM SABEDORIA
	a. Estimule a criança a saber ler as diferenças entre os modos de compras: é mais barato comprar unidades individuais, pacotes com múltiplas unidades ou comprar a granel? 
	b. Discuta as diferenças entre necessidades, vontades e desejos. 
	c. Alerte a criança sobre o perigo de acumular juros em diferentes compras. Uma ferramenta útil aqui é cobrar pequenos juros sobre os empréstimos feitos às crianças. 
	5. COMO FALAR SOBRE DINHEIRO
	a. Incentive a criança a escrever uma curta história na qual ela empresta dinheiro a um amigo e ele não devolve na data combinada. 
	b. Estabeleça um momento no qual a família se reunirá para conversar sobre dinheiro. 
	6. COMO LIDAR COM UM ORÇAMENTO LIMITADO
	a. Crie uma lista de materiais escolares da criança e estabeleça um orçamento a ser gasto com esses produtos, então leve a criança às compras e peça ajuda para comprar os produtos sem fugir do valor combinado. 
	b. Introduza o conceito de gastos fixos da família, e peça idéias para diminuírem esses custos. Garanta que seja explorado o fato de como esses gastos fixos podem afetar algumas escolhas e decisões. 
	7. COMO INVESTIR
	a. Encontre os relatórios anuais das empresas ligadas às marcas preferidas da criança, e faça algumas perguntas, como pedir que ela encontre o nome do presidente da empresa, a receita gerada no ano e quanto dinheiro foi gasto em marketing pela companhia. 
	b. Encoraje a criança a colecionar algo que irá adquirir valor ao longo do tempo, como selos por exemplo. 
	8. COMO EXERCITAR O ESPÍRITO EMPREENDEDOR
	a. Leia histórias de empreendedores que transformaram suas paixões em negócios rentáveis. 
	b. Estimule a criança a procurar histórias de outros empreendedores e construa um “hall da fama”. 
	9. COMO LIDAR COM O CRÉDITO
	a. Ofereça um empréstimo para algum pedido especial da criança, e escreva um contrato que deve ser assinado pelos dois. Caso a criança ultrapasse o prazo de pagamento, cobre juros pelo atraso. 
	10. COMO USAR O DINHEIRO PARA MUDAR O MUNDO
	a. Mostre à criança a sua declaração de imposto de renda e como você documentou o montante total destinado à caridade no ano.
Quadro 3 – Aplicação dos "Dez princípios básicos do dinheiro" para crianças com idade entre 9 e 12 anos Fonte: adaptado de Godfrey (2003, apud KASSARDJIAN, 2013, pág. 72)
	Com posse dessas informações daremos alguns exemplos de atividades transversais para cada ano do ensino fundamental II (6° ao 9° ano). Algumas atividades poderão ser realizadas por várias disciplinas de maneira concomitantes. As atividades listadas a seguir não são exclusivamente da disciplina de matemática, pois o currículo mínimo do Estado já prega a aplicação e resolução de problemas de juros simples e compostos e os PCN’s a transversalidade. Dessa maneira não iremos nos ater em problemas de simples resolução matemática, pois não seria transversal, iremos sim aplicar atividades que estimulem o conceito de alfabetização financeira promovendo a cidadania, formando no aluno um cidadão ativo na sociedade.
Atividade 1
A primeira atividade será para o 6° ano, a seguir foram retiradas do Currículo Mínimo do Estado do Rio de Janeiro as competências e habilidades de cada matéria e seu respectivo bimestre de aplicação.
Ciências – 2° Bimestre – Indicar possíveis soluções de competências individuais, comunitárias e político-administrativas (em relação ao meio ambiente, comunidade em que vivem e entorno).
Educação Física – 1° Bimestre – Compreender a necessidade e relevância da regra para a convivência social.
Geografia – 1° Bimestre – Reconhecer a importância do trabalho humano na transformação do espaço.
Geografia – 4° Bimestre – Identificar efeitos da ação humana nas dinâmicas naturais. Identificar e problematizar questões ambientais. Conhecer diferentes formas de apropriação do espaço (desenvolvimento sustentável etc.).
História – 1° Bimestre – Reconhecer o homem como resultado do desenvolvimento histórico. Compararas diversas características das primeiras sociedades coletoras e produtoras.
Inglês – 1° Bimestre – Produzir uma História em Quadrinhos/ Tirinha a partir de uma situação cotidiana e/ou inventada. Dramatizar os diálogos pertencentes às História em quadrinho/ Tirinhas.
Inglês – 2° Bimestre – Ordenar trechos de uma fábula ou conto mantendo uma seqüência lógica. Dramatizar uma fábula ou um conto lido pelos alunos.
Português – 2° Bimestre – Transformar pequenas narrativas em histórias em quadrinhos, fazendo uso de legendas, balões, onomatopéias e sinais gráficos.
Português – 3° Bimestre – Identificar e interpretar a “moral da história”, explorando as relações de causa e conseqüência.
Matemática – 2° Bimestre – Identificar a localização/movimentação de objetos em mapas, croquis e outras representações gráficas. Localizar objetos/casas em mapas, a partir de informações que utilizem os conceitos de retas paralelas e retas perpendiculares.
Matemática – 4° Bimestre – Resolver problemas envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas, desenhadas em malhas quadrangulares.
	Essa atividade visa o conhecimento de que o patrimônio público é construído com o dinheiro de todos e cabe a cada um zelar por ele. Pode ser trabalhado em todas as disciplinas do 6° conforme o Currículo Mínimo exposto anteriormente. Abaixo segue uma história em quadrinhos a ser utilizada como exemplo a ser seguido.
XXXX
Figura 6 – Uma aula na Praça
Esse quadrinho faz parte do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF) da Receita Federal. Lá existem muitas cartilhas, quadrinhos e jogos do gênero.
De acordo com as competências e habilidades citadas do currículo mínimo, todas as disciplinas podem trabalhar essa estória. O quadrinho em si pode ser trabalhado tanto na disciplina de português quanto de inglês, pode ser agendado uma visita a uma quadra poliesportiva ou praça qualquer da cidade e lá a professora de matemática ensinaria como localizar a praça em relação a escola no mapa e ensinaria a medir o perímetro da praça. As outras disciplinas podem aproveitar tanto a visita à praça quanto a estória e ensinar a mudança do meio em que vivem, a ação do homem no meio ambiente (construção da praça onde era terreno livre), o desenvolvimento sustentável (construção da praça sem derrubar árvores antigas ou realizando reflorestamento), mostrar que existem regras tanto nos esportes quanto na vida real e que devem ser seguidas para o bem de todos como não jogar lixo na praça e reciclar, não danificar o patrimônio público, respeitar os colegas que já estavam brincando e aguardar sua vez, entender o desenvolvimento do homem que construiu a praça após séculos de conhecimentos acumulados e assim por diante. Todas as disciplinas foram contempladas e ainda foram ensinados conceitos de educação financeira e cidadania.
	Esse tipo de atividade é bem simples de preparar e pode ser feito em qualquer série do ensino fundamental e médio, bastando ter acesso aos currículos mínimos do Estado que podem ser acessados no site da SEEDUC do Estado do Rio de Janeiro - http://www.rj.gov.br/web/seeduc/exibeconteudo?article-id=759820.
	Atividade 2
	Essa segunda atividade é um jogo on line do site http://portalescolas.dsop.com.br em que um garoto vai ao parque aprender um esporte novo e é mais voltada diretamente a educação financeira e não está ligada diretamente a nenhuma disciplina em específico, utilizando apenas de raciocínio lógico a criança aprende conceitos de poupança e consumo. A única ferramenta necessária seria uma sala de computadores com acesso a internet. Existem outros jogos no site voltados a educação financeira que também poderiam ser aplicados, mas aqui citaremos só o do parque.
Figura 7 – Um dia no parque
Atividade 3
	A escola pode adquirir também alguns jogos de tabuleiro como por exemplo o “Descobrindo o valor das coisas” de Gustavo Cerbasi e Maurício de Souza, ou o “CashFlow” de Robert Kiyosaki e até mesmo o famoso Banco Imobiliário. Os alunos jogariam em equipes e aprenderiam muitos conceitos financeiros e hábitos como poupar, investir e consumo.
XXXXXXX
	
	(...) para ajudar pais e professores na tarefa fundamental de ensinar às crianças o valor das coisas e outros temas da educação financeira. De maneira lúdica e muito divertida, as crianças aprenderão, com a ajuda dos adultos, os tópicos envolvidos no tema das finanças por meio de brincadeiras, jogos e atividades ligadas ao cotidiano, que ajudam a fixar e a entender melhor os conceitos ensinados.
	
	Existe on line de forma gratuita no site http://www.richdad.com/apps-games/cashflow-classic.aspx e existe também o jogo de tabuleiro em inglês.
Nele, você assume o papel de uma pessoa comum da classe média, a qual está irremediavelmente presa à corrida dos ratos – este termo compara as pessoas a ratos, incapazes de parar de correr na roda existente em sua gaiola (esta representa as dívidas). Seu objetivo é aprender a lidar com dinheiro, de forma a ganhar liberdade financeira e conseguir aproveitar a vida ao máximo. O jogo acaba quando seu rendimento passivo (dinheiro que você não faz nada para receber) supera seus gastos.
	
	Banco Imobiliário é um dos jogos de tabuleiro mais populares do mundo, em que propriedades como bairro, casas, hotéis, empresas são compradas e vendidas, em que uns jogadores ficam "ricos" e outros vão à falência.
Também já existe a versão on line, porém é paga.
Quadro 4 – Jogos de tabuleiro
Atividade 4
	Uma atividade coletiva de empreendedorismo que estimulasse a arrecadação de verba para uma festa de fim de ano. Pode ser por exemplo, juntar latas, litros de refrigerante e papel para reciclar e colocar em uma conta poupança em nome da professora que deveria mostrar todo mês a evolução dos depósitos e mostrar também os rendimentos (juros da aplicação), e que ao longo de um ano o montante cresce mais rápido para períodos maiores, estimulando o investimento de longo prazo para conseguir atingir determinado objetivo. Além de ensinar reciclagem e reduzir o lixo, ajudando o meio ambiente. Essa atividade pode ser aplicada em qualquer ano do ensino fundamental.
	Atividade 5
	Solicitar um planejamento do orçamento de cada aluno. De preferência uma planilha organizada no computador, para que possa ser acompanhada e preenchida diariamente. Um bom exemplo é a do portal EduFin, mas pode ser qualquer outra, inclusive preparada por eles mesmos de acordo com suas preferências e necessidades.
	Outra atividade na mesma linha seria uma lista de compras de supermercado, podendo haver até uma visita a um supermercado local e listar os preços in loco, mostrando que pode ter uma grande economia pesquisando em mais de um mercado ou simplesmente seguindo a lista e não comprando coisas supérfluas que não estão nela.
Figura 8 – Minha primeira planilha financeiraErro! Indicador não definido.
	Atividade 6
	Peça teatral focando a evolução histórica da moeda. Cada grupo poderia fazer um época em específico, desde a época que não havia negociação, até a época das trocas (escambos), materiais nobres como moeda (café, ouro, prata, etc...) e as moedas propriamente ditas. Além da aprendizagem histórica, teria o aspecto cultural e social, ensinando as crianças a encenação, trabalho em equipe e sobre o contexto financeiro.
	Outro tipo de apresentação poderia ser alguma sobre um jornal de televisão apresentando notícias econômicas ou até mesmo uma atuando como ministro da fazenda ou cargo político afim com a área econômica, dessa maneira os alunos teriam que aprender conceitos como inflação, economia, taxa de juros, câmbio, bolsa de valores antes de apresentar. Ficando o grau de conhecimento exigido pelo professor de acordo com a série em questão.
	Atividade 7
	Solicitar a cada aluno do 9° ano um cadastro no site Folhainvest logo no 1° Bimestre para uma competição de melhor investidor na BOVESPA. É um simulador on line da bolsa de valores gratuito. Cada aluno cadastrado

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