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AULA 1 A Câmera de Vídeo Para que possamos entender a câmera de vídeo, antes de tudo deveremos entender o princípio pelo qual ela se baseia: o olho humano. - Olho Humano. Numa primeira aproximação, podemos trata-lo como resultante de um conjunto de processos neuronais que tem lugar no cérebro, interpretando a resposta fisiológica da retina sob a ação da luz. O sistema visual humano possui capacidade de resolução finita, considerando a quantidade limitada de elementos fotossensíveis presentes na retina. A capacidade de resolução do olho denomina-se acuidade visual. A retina contém dois tipos de elementos sensíveis à luz que são os cones e os bastonetes. Através destas células a luz é submetida a um processo de transdução vindo a originar impulsos elétricos que são transmitidos ao cérebro por meio de nervos ópticos Enquanto os bastonetes são sensibilizados apenas pela luz (são também os elementos que caracterizam a visão noturna ou a baixos níveis de iluminação), não identificando as cores, os cones são as células que possibilitam a visão diurna além de discernirem a gama de cores do espectro considerado. O olho humano possui cones vermelhos, azuis e verdes. As células da categoria cones no olho humano são constituídas por elementos sensíveis no domínio do vermelho, outros no domínio do verde e outros ainda no domínio do azul. O conjunto olho cérebro identifica as demais colorações a partir de diferentes níveis de sensibilização de tais elementos. Em outras palavras, a percepção das cores de forma geral, é efetuada pela composição das excitações simultâneas dos cones. A combinação das cores que consideram a projeção de luzes é denominada aditiva. Nestas a cor resultante consiste na adição das ações de cada ação luminosa tratada. No contexto estão incluídos a televisão e o cinema. Quando da percepção dessa mistura pelo sistema visual humano, o olho, em função de sua resposta espectral, atenua a importância das componentes de tal modo que o vermelho corresponde uma intensidade de 30 % do total, ao verde 59 %, e ao azul apenas 11 %. Essa composição o olho interpreta como a luz branca. Ao chamar de Y a informação de luminância e de R, G e B os sinais elétricos gerados pelos sensores sensíveis ao vermelho, verde e azul respectivamente, tem-se: Y = 0.30 R + 0,59 G + 0,11 B A tela do monitor de TV emite três tipos de cores, vermelho, verde e azul, denominados cores primária do modelo de cores R, G, e B. Através da combinação das luzes emitidas pelo monitor nestas três cores, todas as demais cores e tonalidades podem ser percebidas pelo olho humano, somando-se diferentes proporções de cada uma destas cores primárias. Por este motivo, o modelo de cor RGB é um sistema aditivo de cor: uma determinada cor é obtida somando-se diferentes proporções das cores primárias, emitidas por fontes de luz. Se para que tenhamos o branco precisaremos das cores R, G e B nas proporções citadas acima, o preto será consequentemente a de ausência destas componentes. Princípio básico de funcionamento da câmera de vídeo. Assim como o olho humano a câmera de vídeo irá captar o que recebe de luz, ou seja, a luz refletida de cada objeto ou ser. Esta luz captada passará pela lente da câmera, chegando ao prisma. Este irá decompor o sinal luminoso em três componentes ainda de luz, componentes que baseados no olho humano serão R, G e B. Para que este sinal seja transformado em sinal elétrico ou digital, cada um destes sinais de luz passará por um sensor denominado CCD (charge-coupled device - dispositivo de acoplamento de carga), ou CMOS (complementary metal-oxide-semiconductor - semicondutor metal-óxido complementar). É um tipo de tecnologia empregada na fabricação de circuitos integrados onde se incluem elementos de dispositivo de acoplamento de carga. Este é um dispositivo fotossensível, responsável pela transformação do sinal luminoso em sinal elétrico. O coração de uma câmera de vídeo é o seu dispositivo de formação de imagem. As primeiras câmeras de TV utilizavam tubos. As primeiras câmeras coloridas possuíam quatro tubos (vermelho, azul, verde e luminância). O sensor também é o responsável pela qualidade da imagem da câmera. As câmeras digitais foram se tornando mais populares à medida que os preços caíram. Um dos motivos por trás dessa queda de preços foi a introdução dos sensores de imagem CMOS, que são muito mais baratos de se fabricar que os sensores CCD. Os sensores de imagem CCD e CMOS partem do mesmo ponto: precisam converter luz em elétrons. Uma maneira simplificada de pensar sobre o sensor usado em uma câmera é considerá-lo como tendo uma matriz 2D de milhares ou milhões de pequenas células solares, cada uma das quais transforma a luz de uma pequena parte da imagem em elétrons. Tanto os dispositivos CCD como CMOS realizam esta tarefa usando diversas tecnologias. A próxima etapa consiste em ler o valor (carga acumulada) de cada célula na imagem. Em um dispositivo CCD, a carga é, na verdade, transportada ao longo do chip e lida em um canto da matriz. Um conversor analógico para digital transforma cada valor de pixel em um valor digital. Na maioria dos dispositivos CMOS, há vários transistores em cada pixel que amplificam e movem a carga usando fios mais tradicionais. A abordagem CMOS é mais flexível porque cada pixel pode ser lido individualmente. Os CCDs usam um processo especial de manufatura para criar a capacidade de transportar a carga ao longo do chip sem distorção. Este processo leva a sensores de qualidade muito elevada, em termos de fidelidade e sensibilidade à luz. Os sensores CCD criam imagens de alta qualidade e baixo "ruído". Os sensores CMOS são tradicionalmente mais suscetíveis ao ruído;
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