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semiótica
signo
1
Relações sígnicas
Definição
Dentre as várias definições de signo, adotamos a de signo como algo que representa alguma coisa para alguém em determinada circunstância. O signo, então, está no lugar de algo, não é a própria coisa, mas como ela se faz presente para alguém em um certo contexto. O signo é uma ocorrência fenomênica de qualquer natureza, que de algum modo se conecta com uma experiência anterior.
Signo
Relações sígnicas
Definição
Algo pode presentificar-se por meio de signos diversos, que sejam operacionalizados por diferentes estratégias.
Signo
Relações sígnicas
Definição
"Um signo pretende representar, em parte pelo menos, um Objeto que é, portanto, num certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar seu objeto falsamente. Mas dizer que ele representa seu Objeto implica que ele afete uma mente, de tal modo que, de certa maneira, determine naquela mente algo que é mediatamente devido ao Objeto. Essa determinação da qual a causa imediata ou determinante é o signo, e da qual a causa mediata é o Objeto, pode ser chamada o Interpretante.” (Santaella,1987:77)
Signo
Relações sígnicas
Definição
Esclareçamos: o signo é uma manifestação que representa algo que lhe deu origem. Ele só pode funcionar como signo se carregar esse poder de representar, substituir um outro diferente dele. Ora, o signo não é o algo representado, ainda segundo Santaella: apenas está em seu lugar. Portanto, ele só pode representar esse algo de um certo modo e numa certa capacidade.
Signo
Relações sígnicas
Definição
Santaella exemplifica que a palavra casa, a pintura de uma casa, o desenho de uma casa, a fotografia de uma casa, o esboço de uma casa, um filme de uma casa, a planta baixa de uma casa, a maquete de uma casa, ou mesmo o seu olhar para uma casa, são todos signos do Objeto casa. Não são a própria casa, nem a ideia geral que temos de casa. Cada um deles a substitui apenas, de um certo modo, que depende da natureza do próprio signo. A natureza de uma fotografia não é a mesma de uma planta baixa.
Signo
Relações sígnicas
Definição
Ora, o signo só pode representar algo que o gerou para um intérprete, e, justo porque o representa, produz na mente desse intérprete algo diferente (um signo ou quase-signo) que também está relacionada àquilo representado não diretamente, mas pela mediação do signo.
Signo
Relações sígnicas
Definição
Cabe esclarecer o conceito de Objeto para a semiótica. Preliminarmente, há um Objeto originador de uma dada semiose. Algo que se deu a conhecer, seja por que processo for - sonho, imaginação, ocorrência - isto é, aquele Objeto ao qual os signos de uma cadeia se referem. Mas, por mais extenso que seja o inventário sígnico, ele jamais dará conta de seu Objeto de origem, pois caso tal se dê, ele perde a característica de ser signo e passa a ser o Objeto em si. Neste quadro teórico, é Objeto aquela coisa que passa pela esfera do conhecimento (Pinto, 1995, p.37).
Signo
Relações sígnicas
Definição
Este Objeto originário tem a denominação de Objeto Dinâmico. Ele se dá fora do signo.
Em contraposição ao Objeto Dinâmico há os modos pelos quais ele se representa no signo, como ele está imediatamente disponível no signo - o Objeto Imediato. Adiante, quando tratarmos do Objeto, voltaremos a abordar essa questão. Na prática semiótica, sempre que se fala em Objeto de um signo, quer-se dizer, simplificadamente, Objeto Imediato, a menos que uma menção específica seja feita ao Objeto Dinâmico.
Signo
Relações sígnicas
Definição
Este Objeto originário tem a denominação de Objeto Dinâmico. Ele se dá fora do signo.
Em contraposição ao Objeto Dinâmico há os modos pelos quais ele se representa no signo, como ele está imediatamente disponível no signo - o Objeto Imediato. Adiante, quando tratarmos do Objeto, voltaremos a abordar essa questão. Na prática semiótica, sempre que se fala em Objeto de um signo, quer-se dizer, simplificadamente, Objeto Imediato, a menos que uma menção específica seja feita ao Objeto Dinâmico.
Signo
Relações sígnicas
Signo
Relações sígnicas
Definição
"Por meio de estratégias de representação o Objeto se manifesta. Cumpre reter da definição a noção de Inter- pretante. Não se refere ao intérprete do signo, mas a um processo relacionai que se cria na mente do intérprete. A partir da relação de representação que o signo mantém com seu Objeto, produz-se na mente Interpretadora um outro signo que traduz o significado do primeiro (é o Interpretante do primeiro). Portanto, o significado de um signo é outro signo — seja este uma imagem mental ou palpável, uma ação ou mera reação gestual, uma palavra ou um mero sentimento de alegria, raiva, uma idéia, ou seja lá o que for — porque esse seja lá o que for, que é criado na mente pelo signo, é um outro signo (tradução do primeiro)" (Santaella, 1987:79)
Signo
Relações sígnicas
Definição
Para efeito didático, será feita a decomposição da estrutura do signo. Fique claro que a ocorrência do signo é global, e não segmentada. Ao ser percebido, o signo se mostra enquanto ocorrência: ele pode evocar referências e suscitar interpretações.
Signo
Relações sígnicas
Definição
A cada uma dessas relações sígnicas Peirce chamou tricotomia. A primeira tricotomia se dá no nível do Representâmen, a segunda, no do Objeto, e a terceira, no Interpretante.
Signo
Relações sígnicas
Signo
Relações sígnicas
Signo em si ou representâmen
O signo em si ou Representâmen é algo que integra o processo de representação, passível de ser percebido, sentido. Ele é o suporte das significações que serão extraídas do signo. O Representâmen corresponde às dimensões sintáticas e materiais do produto.
Signo
Relações sígnicas
Signo em si ou representâmen
O Qualisigno (uma qualidade que é signo) é o aspecto do Representâmen que diz respeito às suas características que menos o particularizam, como as cores, os materiais, a textura, o acabamento.
Signo
Relações sígnicas
Signo em si ou representâmen
O Sinsigno é o aspecto do signo que já o particulariza e individualiza como ocorrência: sua forma, suas dimensões.
Signo
Relações sígnicas
Signo em si ou representâmen
O Legisigno é como as conversões e as regras, os padrões se manifestam no Representâmen: as aplicações de perspectiva, o atendimento a normas.
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Relações sígnicas
Signo
Relações sígnicas
objeto
Para que se conheça algo á necessário que este algo seja passível de representação. As estratégias pelas quais esse algo se faz representar constituem o seu Objeto, ou seja, a natureza da mediação que o signo estabelece com o Objeto Dinâmico. O Objeto (ou Meio) é o modo como o signo se refere àquilo que ele representa.
Signo
Relações sígnicas
ícone
Quando essa representação se dá por semelhança, chama-se ícone. Nesse caso, a representação se faz por meio de analogia com o algo representado. Um modo icônico exibe traços análogos aos de seu Objeto Dinâmico para uma mente Interpretadora. Do ícone deriva Interpretantes diversos, até mesmo díspares ou insuspeitados. A mente de um intérprete pode elaborar uma interpretação antes não conhecida, não pretendida e até inconveniente. A ampla expressividade do ícone decorre da gama de possibilidades interpretativas que ele pode gerar, em especial, de natureza sensorial, estética.
Signo
Relações sígnicas
ícone
Os ícones podem ter uma constituição mais vinculada a um caráter do vínculo material em que se manifesta a semelhança - a imagem.
A imagem é um nível primeiro do ícone. Ele força a quebra do caráter representacional do signo. Ela intenta se construir o Objeto Dinâmico em si, que toldado, passa a existir por meio de seu simulacro - em que a representação é realidade. A imagem é antes de tudo uma representação de qualidades que enseja o conhecimento (ou até mesmo o encobrimento) do Objeto Dinâmico em si.
Signo
Relações sígnicas
ícone
Um segundo nível do ícone é o diagrama. Ele estabelece a relação de semelhança pelas relações análogas entre as partes do signo e asdo algo representado. Os gráficos, os mapas são diagramas.
A metáfora é o nível terceiro do ícone. Nela atributos do caráter do Objeto Dinâmico se fazem sentir no signo. É um nível mais abstrato do ícone.
Signo
Relações sígnicas
índice
Quando o procedimento de representação se faz por meio de marcas que o Objeto Dinâmico causa, denomina-se Índice. Enquanto o Ícone traz o Objeto para dentro do signo por traços de semelhança, o índice aponta para fora do signo, para o Objeto; o seu movimento é para fora. A relação é de causalidade, e não de analogia.
Signo
Relações sígnicas
índice
Dentro da categoria do índice, pode-se fazer uma distinção entre dois tipos: o índice de identificação, em que é possível pelo signo retraçar-se inequivocamente a origem da causa, e a indicação, na qual se evidencia o efeito, mas a origem ou autoria da marca é obscuredda ou inacessível.
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Relações sígnicas
símbolo
O terceiro tipo de relação do Objeto Imediato e o Objeto Dinâmico é o Símbolo. A associação se dá dentro de um sistema que está subjacente ao signo. A relação se dá por um processo de convenção. Mesmo onde a essência de um Símbolo é a de livre associação, essa associação não é arbitrária, mas determinada por princípios pré-existentes, inerentes ao tipo de código a que pertence o signo.
Signo
Relações sígnicas
símbolo
Podem-se distinguir os signos com caráter icônico (Símbolos icônicos) dos mais orientados para uma relação indicial (Símbolos indiciais), contrastando com os Símbolos em que o caráter arbitrário predomina (Símbolos simbólicos).
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Relações sígnicas
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Relações sígnicas
interpretante
O Interpretante consiste nas possibilidades interpretativas do signo. Não confundir com o intérprete, que é um sujeito do mundo natural, uma mente Interpretadora que processa o signo. Esse intérprete é o observador capaz de elaborar algum Interpretante proposto pelo signo.
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Relações sígnicas
interpretante
As possibilidades interpretativas do signo são inúmeras, podendo até mesmo ser infinitas. A cada momento o intérprete acessa um âmbito dele, sem, contudo, necessariamente esgotá-lo. Portanto, o Interpretante é o que um signo pode gerar na mente de alguém.
Dentro da relação de representação, o Interpretante é o terceiro termo, em comparação com o Objeto - o correlato a que o signo se refere, quer dizer, um segundo - e o próprio Representâmen, um primeiro.
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Relações sígnicas
interpretante
Peirce, como evoca Pinto (1995), diz que o Interpretante "é uma relação mediadora que representa o relato [o Representâmen] como representação de um correlato [o Objeto] com o qual essa representação mediadora também está em relação" (Pinto, 1995:29).
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Relações sígnicas
rema
O Interpretante pode ser abordado em três níveis. Em um nível primeiro, há uma imprecisão de sentido, uma sensação, uma indeterminação, que se dá no instante inicial de contato com o novo - um certo espanto, uma surpresa, uma indefinição. 0 que é? Para que serve? O que é para mim? Este âmbito de conotações, amplo e impreciso, é o que se chama Rema.
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Relações sígnicas
dícente
Quando o Interpretante enseja particularizações interpretativas, afirmações, em que há a denotação, trata-se de um elemento do Interpretante chamado de Dícente (ou Dicissigno).
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Relações sígnicas
argumento
O Interpretante que esteja pejado de certezas, de garantias, é um Argumento. Nele há a precisão, o rigor científico, o caráter inequívoco sobressai. Nele estão as regras precisas, fundamentadas e, até certo ponto, não refutadas.
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Relações sígnicas
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Relações sígnicas
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Relações sígnicas
Sintetizando, temos então o seguinte diagrama:
signo
Assim, há três categorias da experiência sígnica: 
Um momento primeiro, ou Primeiridade, em que predomina o caráter qualitativo, pré-reflexivo, sensível, signo em que o Objeto faz parecer estar no Representâmen, cujo Interpretante é o mais amplo possível;
Peirce chama Secundidade à categoria da experiência, da manifestação específica. Nela, a relação de causa acidental, fortuita, experimentada, constrói uma dimensão segunda, que se apóia na primeira;
O âmbito terceiro, ou Terceiridade, é o lugar da regra, da lei da convenção, da ciência, da previsão, do controle.
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Relações sígnicas
signo
Daí se constituem os três níveis de relações sígnicas, em cada um dos elementos do signo:
O primeiro no Representâmen é Qualisigno (uma qualidade que é signo); no Objeto, o ícone; no Interpretante, o Rema; 
O segundo no Representâmen é Sinsigno; no Objeto, o índice; no Interpretante, o Dícente; 
O terceiro no Representâmen é Legisigno; no Objeto, o Símbolo; no Interpretante, o Argumento.
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Relações sígnicas
signo
Daí se constituem os três níveis de relações sígnicas, em cada um dos elementos do signo:
O primeiro no Representâmen é Qualisigno (uma qualidade que é signo); no Objeto, o ícone; no Interpretante, o Rema; 
O segundo no Representâmen é Sinsigno; no Objeto, o índice; no Interpretante, o Dícente; 
O terceiro no Representâmen é Legisigno; no Objeto, o Símbolo; no Interpretante, o Argumento.
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Relações sígnicas
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Relações sígnicas
Sintetizando, temos então o seguinte diagrama:
signo
A partir dos conceitos de Primeiridade, Secundidade e Terceiridade, Peirce define tricotomias de acordo com os elementos da relação de representação (Pinto, 1995:59).
Desse modo, a tríade Qualisigno / Sinsigno / Legisigno se faz a partir do aspecto manifesto do signo, sem referência às estratégias de representação do Objeto e suas possibilidades interpretativas.
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Relações sígnicas
signo
Ícone, Índice e Símbolo se referem a estratégias de representação, enquanto Rema, Dícente e Argumento consideram a relação com o Interpretante.
Pode-se perceber, também, as categorias de Primeiridade (Qualisigno, ícone, Rema), Secundidade (Sinsigno, índice, Dícente) e Terceiridade (Legisigno, Símbolo, Argumento). Dessa correlação podemos montar a seguinte tabela de relações sígnicas:
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Relações sígnicas
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Relações sígnicas
Sintetizando, temos então o seguinte diagrama:
signo
As combinações dos termos são determinadas por possibilidades lógicas que as distinções teóricas permitem. Ou seja, um terceiro pressupõe um segundo, que pressupõe um primeiro. Por isso, não cabe um índice simbólico, pois um segundo não pode conter um terceiro.
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Relações sígnicas
semiótica
signo
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