Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Relatório Experimento 1: Destilação Discentes: Daniela Carvalho Ogasawara RA: 087740 Mariana Luiza RA:183759 Disciplina: QG109 – Química Experimental I Turma: 56 Data do experimento: 10/03/2016 Introdução Destilação é um método de separação de misturas homogêneas que consiste em separar um sólido de um líquido ou líquido de líquido 1 . Provavelmente, esse processo surgiu na antiguidade. Muito usado por alquimistas em busca do elixir da vida e da pedra filosofal 2 . O termo, que tem como raiz o latim, distillare, significa gotejar, o que descreve como o processo ocorre 3 . O processo consiste em aumentar a temperatura da mistura e separar seus componentes através do seu ponto de ebulição. As substâncias que evaporam antes, ou seja, tem menor ponto de ebulição, evaporam e são levados até o condensador , “gotejam” e assim, são fisicamente separadas 3 e 4 . Existem tipos diferentes de destilação, entre eles estão: a destilação simples e a destilação fracionada. A destilação simples é utilizada para separar sólidos-líquidos, como por exemplo o cloreto de sódio da água, e a destilação fracionada é utilizada para separar líquidos-líquidos ou até líquidos e gases, como por exemplo o petróleo. A destilação fracionada é possível pois os gases possuem densidades diferentes e a coluna do fracionamento dificulta o processo 1, 2, 3, 4 e 5 . Veja um esquema de destilação fracionada: Fonte: Secretaria da Educação do Rio de Janeiro 6 . Os objetivos da atividade foram conhecer os mecanismos de destilação simples, através de um experimento de destilação de água, a fim de ser utilizada no próximo experimento; reconhecer os mecanismos de destilação fracionada através da observação da destilação de etanol e água e vinho tinto e calcular a porcentagem de etanol presente nas substâncias. Materiais - Água - Balança analítica - Balão de destilação - Bécker plástico - Bomba de aquário - Bombona plástica - Coluna de fracionamento - Condensador - Conectores - Conta gotas - Etanol - Garras e pinças - Mangueiras de borracha - Manta de aquecimento - Pérolas de vidro - Picnômetro - Solução de Nitrato de Prata - Termômetro - Tripé - Tubo de ensaio - Vinho tinto Metodologia Experimento 1 – Destilação simples de água 1) Montar um sistema de destilação simples de acordo com a imagem abaixo: 2) No balão de destilação, colocar água da torneira até a metade e acrescentar 4 pérolas de vidro; 3) Ligar uma das mangueiras de borracha na bomba de aquário e a outra colocar no bécker de plástico, a mangueira de entrada de água deverá ser colocada no conector inferior; 4) Encher o bécker com água e somente depois ligar a bomba; 5) Verificar se não há tensão entre as conexões das vidrarias; 6) Ligar a manta de aquecimento e acompanhar o aumento de temperatura pelo termômetro. A temperatura deverá ser de 100°C; 7) Ao término da destilação, recolher em um tubo de ensaio, cerca de 5mL do destilado e em outro tubo de ensaio, 5 mL de água da torneira; 8) Com uma pipeta, colocar cerca de 10 gotas de solução de nitrato de prata em cada tubo de ensaio e observar. Experimento 2 – Destilação fracionada de Vinho tinto e etanol + água (proporção desconhecida) 1) Os sistemas de destilação fracionada foram previamente montados; 2) Reservar os destilados; 3) Pesar em balança analítica um picnômetro vazio e registrar; 4) Colocar água destilada cuidadosamente dentro do picnômetro, tampar de modo que o capilar fique totalmente preenchido e secar externamente, cuidadosamente, sem tocar a parte superior. Pesar, registrar e descartar o líquido; 5) Lavar o picnômetro com uma mistura de proporção desconhecida de água e etanol, encher o picnômetro com a mistura seguindo os mesmos cuidados do passo anterior. Pesar, registrar e descartar o líquido; 6) Lavar o picnômetro com o líquido da pesagem seguinte (tanto para o vinho quanto para a mistura de etanol e água), preencher com os destilados e tampar de modo que o capilar fique totalmente preenchido. Pesar, registrar e descartar o líquido; Resultados e Discussão Experimento 1 Após aproximadamente 10 minutos de aquecimento, a água começou a evaporar. A temperatura se manteve próxima dos 100°C (entre 97° e 99° C). As pérolas de vidro que foram adicionadas junto com a água fizeram com que diminuísse a tensão entre as moléculas, mantendo a destilação em equilíbrio. Verificou-se o funcionamento da destilação adicionando Nitrato de Prata ao destilado. Esse reagente foi utilizado, pois, em contato com íons cloreto, ele reage formando Cloreto de Prata sólido, tornando a solução esbranquiçada. Como podemos observar na figura 3, o líquido destilado (à esquerda) não apresentou reação, enquanto que a água da torneira (à direita) reagiu tornando-se esbranquiçada. Figura 3: Verificação de destilação de água. À esquerda apresenta-se a água destilada e a direita água com íons Cloreto. O Cloreto possui temperatura de ebulição diferente da água e é um dos principais ânions encontrados na água. A ausência desse elemento na destilação representa, assim, a eficiente purificação da água. Experimento 2 A tabela 1 apresenta os valores dos dados coletados: Ordem Massa Temperatura 1 Picnômetro vazio 21, 6978 g 25°C 2 Picnômetro com água destilada 32, 5094 g 25°C 3 Picnômetro com água e etanol 31,9224 g 25°C 4 Picnômetro com destilado de água e etanol 30,6162 g 25°C 5 Picnômetro II vazio 20,3455 g 25°C 6 Picnômetro II com água destilada 31,3410 g 25°C 7 Picnômetro II com destilado de vinho tinto 30,5845 g 25°C Tabela 1: dados coletados de pesagem em balança analítica Para encontrar a massa das substâncias basta subtrair a massa com o líquido da massa do picnômetro correspondente vazio. Exemplo: Massa líquida: Massa Picnômetro com água destilada – Massa Picnômetro vazio Massa líquida: 32, 5094 21,6978 = 10,9955 g Na tabela 2 estão apresentados as massas líquidas das substâncias medidas, note que a ordem se refere a tabela 1. Ordem Substância Massa Líquida 2 Água Destilada 10, 8116 g 3 Água e etanol 10,2246 g 4 Destilado água e etanol 8,9184 g 6 Água destilada 10,9955 g 7 Destilado vinho 10,239 g Tabela 2: Massas líquidas das substancias medidas em balança analítica. Para definirmos a densidade de uma substância é necessária a medida de sua massa e seu volume. No caso, o volume das substâncias sempre será o mesmo, pois, o picnômetro foi usado como referência. Nota-se que foram usados dois picnômetros diferentes, porém, foram para destilados diferentes. Então, foi estimado a densidade relativa dos líquidos em relação à água através da seguinte equação: Densidade= Massa da solução X / V = Massa da solução X Massa da água / V Massa da água Exemplo: Densidade do etanol e água= 10,2246 = 0,9457 g/cm 3 10,8116 A seguir, na tabela 3, estão apresentados os valores de densidade relativa dos destilados em água em g/cm 3 . Ordem Substância Densidade 3 Água e etanol 0,9457 4 Destilado de água e etanol 0,8248 7 Destilado vinho 0,9311 Tabela 3: Valores de densidade relativa dos destilados em relação à água. Para estimar a concentração de álcool presente nos destilados, foi utilizada a tabela 3-110 (pagina 3-89) da 6ª edição de “Perry Chemical Engineers ‘Handbook’” da temperatura correspondente (25°C). Os dados são apresentados na tabela 4. Substância % de Etanol Etanole água 33 Destilado etanol e água 86 Destilado vinho 40 Tabela 4: Porcentagem de etanol nas substâncias destiladas. É possível perceber que não se obteve água ou etanol puro na destilação fracionada, isso ocorre, pois as substâncias formam uma mistura Azeotrópica. As misturas azeotrópicas se comportam como substâncias puras em relação à ebulição, então a temperatura se mantém inalterada do inicio ao fim da ebulição, não separando os componentes. O destilado do vinho apresentou coloração incolor pelo mesmo motivo do cloreto não ser encontrado no destilado da água, os pontos de ebulição da água e do etanol são inferiores aos outros componentes do vinho. Referências 1- Sartori, E. R.; Batista, E. F.; Santos, V. B.; Fatibello-Filho, O. – Quimica Nova na Escola, 2009, 32, 55. 2- Beltran, M. H. R – Quimica Nova na Escola, 1996, 4, 24. 3- Ferreira, A. A.; Neto, F. R. A. – Quimica Nova, 2005, 28, 478. 4- F.C. Diehl; A.R. Secchi; L.P. Lusa; L.A.R. Muniz; L.G.S. Longhi – Sba: Controle e Automação, 2009, 20, 305. 5- Mattana, R.S., Maia E Almeida, C.I., Oliveira, P.F.C., Lima, L.P., Haber, L.L., Ming, L.C., & Marques, M.O.M. – Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 2015, 17, 150. 6- http://www.educacaopublica.rj.gov.br/oficinas/quimica/sensibilidade/saibamais02_b.html
Compartilhar