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Questoes dissertativas Direito Civil Contratos

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PROVA OAB 2010.3 – FGV – QUESTÕES DE DIREITO CIVIL - 
 
9. Maria celebrou contrato de compra e venda do carro da marca X com Pedro, 
pagando um sinal de R$ 10.000,00. No dia da entrega do veículo, a garagem 
de Pedro foi invadida por bandidos, que furtaram o referido carro. A respeito da 
situação narrada, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Haverá resolução do contrato pela falta superveniente do objeto, sendo 
restituído o valor já pago por Maria. 
 
(B) Não haverá resolução do contrato, pois Pedro pode alegar caso fortuito. 
 
(C) Maria poderá exigir a entrega de outro carro. 
 
(D) Pedro poderá entregar outro veículo no lugar no automóvel furtado. 
 
Gabarito: A 
Comentário: 
Há uma regra milenar1 no Direito das Obrigações: res perit domino 
suo, ou seja, quem sofre a perda é o dono. Logo, no contrato de compra e 
venda, até a tradição, em regra os riscos pela perda da coisa objeto do contrato 
correm por conta do vendedor, ou seja, do dono. 
 
1 Ementa: CONSTITUCIONAL. PRISÃO CIVIL. HABEAS CORPUS. ALIENAÇÃO FIDUCIARIA 
EM GARANTIA. INTERPRETAÇÃO DO ART. 66 DA LEI N. 4.728/65, ALTERADO PELO 
DECRETO-LEI N. 911/69, EM FACE DO ART. 5., LXVII, DA CONSTITUIÇÃO EM VIGOR. 
CRITICA A JURISPRUDENCIA FIRMADA AO TEMPO DA ORDEM CONSTITUCIONAL 
CADUCA (ART. 153, PARAGRAFO 17). RECURSO PROVIDO. I - O PACIENTE FIRMOU 
CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIARIA EM GARANTIA. O CREDOR FIDUCIARIO 
AJUIZOU AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO POSTERIORMENTE CONVERTIDA EM AÇÃO 
DE DEPOSITO. NÃO TENDO CUMPRIDO A DETERMINAÇÃO DE DEPOSITAR O BEM 
DADO EM GARANTIA, OU O SEU EQUIVALENTE EM DINHEIRO, FOI DECRETADA A 
PRISÃO CIVIL DO DEVEDOR. II - O INSTITUTO DA ALIENAÇÃO FIDUCIARIA EM 
GARANTIA SE TRADUZ EM UMA VERDADEIRA ABERRATIO LEGIS. O CREDOR 
FIDUCIARIO NÃO E PROPRIETARIO; O DEVEDOR FIDUCIARIO NÃO E DEPOSITARIO; O 
DESAPARECIMENTO INVOLUNTARIO DO BEM FIDUCIADO NÃO SEGUE A MILENAR 
REGRA DA RES PERIT DOMINO SUO. TALVEZ PUDESSE CONFIGURAR EM PENHOR 
SINE TRADITIONE REI, NUNCA EM "DEPOSITO". O LEGISLADOR ORDINARIO TEM 
SEMPRE COMPROMISSO COM A ORDEM JURIDICA ESTABELECIDA. NA VERDADE, O 
QUE A LEI (DECRETO-LEI N. 911/69, AO ALTERAR O ART. 66 DA LMC) FEZ FOI 
REFORÇAR A GARANTIA CONTRATUAL MEDIANTE PRISÃO CIVIL, O QUE CONTRARIA 
TODA NOSSA TRADIÇÃO JURIDICA, QUE TEM RAIZES PROFUNDAS NO SISTEMA 
JURIDICO OCIDENTAL. A "PRISÃO CIVIL POR DIVIDA DO DEPOSITARIO INFIEL" DO ART. 
5., LXVII, DA CONSTITUIÇÃO, SO PODE SER AQUELA TRADICIONAL (CC, ART. 1.265). 
(Processo: RHC 4849/PR. RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS 1995/0042388-0. 
Relator(a): Ministro ADHEMAR MACIEL (1099). Órgão Julgador T6 - SEXTA TURMA. Data do 
Julgamento: 04/12/1995. Data da Publicação/Fonte DJ 11/03/1996 p. 6664) 
Relevante, citar, o art. 492, do Código Civil, o qual define que, até o 
momento da tradição os riscos da coisa correm por conta do vendedor, 
consagrando a regra anteriormente citada: 
CC/2002. Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa 
correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do 
comprador. 
§ 1
o
 Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar 
ou assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, 
medindo ou assinalando, e que já tiverem sido postas à disposição do 
comprador, correrão por conta deste. 
§ 2
o
 Correrão também por conta do comprador os riscos das 
referidas coisas, se estiver em mora de as receber, quando postas à 
sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados. 
 
Orlando Gomes (1996, p. 72-73) ressalta a importância da distinção 
entre contratos unilaterais e bilaterais, em razão do tratamento diverso que lhes 
dispensa a lei, pois as regras atinentes aos primeiros, não se aplicam aos 
segundos. Pontua as principais diferenças: 
 
CONTRATOS UNILATERAIS BILATERAIS 
Exceptio non adimpleti 
contractus 
Não é possível aplicá-la, pois não 
existe interdependência de 
obrigações. 
Cada contraente não pode, 
antes de cumprir com sua 
obrigação, exigir do outro o 
adimplemento da que lhe 
compete. 
Condição resolutiva tácita 
Não há presunção da existência 
de cláusula resolutiva tácita. 
Presume-se a existência de 
condição resolutiva. 
Riscos na hipótese de 
força maior 
Res perit creditori: a coisa perece 
para o credor, em regra, o 
devedor não está obrigado a 
substituir ou indenizar. 
Res perit debitori ou res perit 
domino: a coisa perece para 
o devedor. 
 
Sílvio Rodrigues (2006, p. 142-143) discrimina a natureza jurídica do 
contrato de compra e venda: 
a) Consensual: em oposição aos contratos reais, porque se 
aperfeiçoa independentemente da entrega do objeto, mas tão 
somente pela coincidência da vontade das partes sobre o 
preço e a coisa. 
b) Sinalagmático: porque envolve prestações recíprocas, ou seja, 
o comprador deve entregar o preço ao vendedor, que deverá 
transferir o domínio da coisa vendida 
c) Oneroso: implica sacrifício patrimonial para ambos os 
contratantes, pois o comprador se priva do preço e o vendedor 
da coisa vendida. 
d) Comutativo: em regra, porque a estimativa da prestação a ser 
recebida pelas partes pode ser feita no ato em que o contrato 
se aperfeiçoa, v.g., quando o comprador oferece o preço por 
um imóvel ou um veículo, sabe de antemão qual será a 
prestação devida em troca de seu dinheiro. 
e) Não formal: apenas em alguns casos se sujeita à formalidade2, 
em regra, independe de forma determinada, v.g., nas Bolsas 
de Títulos ou de Mercadorias os contratos se ultimam 
verbalmente. Observe-se acórdão a seguir colacionado: 
 
Ementa: Ação anulatória de escritura pública de compra e venda. 
Alienação de imóvel de fundação. Retorno de imóvel antes doado 
para o patrimônio do originário doador por procuração in rem suam e 
posterior alienação a terceiro. Impossibilidade. Ausência de 
autorização judicial. - A procuração in rem suam não encerra 
conteúdo de mandato, não mantendo apenas a aparência de 
procuração autorizativa de representação. Caracteriza-se, em 
verdade, como negócio jurídico dispositivo, translativo de direitos que 
dispensa prestação de contas, tem caráter irrevogável e confere 
poderes gerais, no exclusivo interesse do outorgado. A 
irrevogabilidade lhe é ínsita justamente por ser seu objeto a 
transferência de direitos gratuita ou onerosa. - Para a validade da 
alienação do patrimônio da fundação é imprescindível a autorização 
judicial com a participação do órgão ministerial, formalidade que se 
suprimida acarreta a nulidade do ato negocial, pois a tutela do Poder 
Público - sob a forma de participação do Estado-juiz, mediante 
autorização judicial -, é de ser exigida. (REsp 303.707/MG. Relatora: 
Ministra Nancy Andrighi. Fonte: DJ 15.04.2002) 
 
Sílvio Rodrigues (2006, p. 142-143) cita os seguintes elementos da 
compra e venda: 
a) Consentimento: deve recair não somente sobre o objeto, mas 
também sobre o preço, com o fim de alcançar o resultado que 
é a aquisição da coisa, e a transferência do preço. 
b) Coisa (res): pode ter por objeto todas as coisas que não 
estejam fora do comércio. É possível a venda de coisa futura, 
pois o contrato de compra e venda não transfere o domínio, 
mas apenas gera uma obrigação de transferi-lo. 
c) Preço: deve ser em dinheiro, se não o for, caracteriza-se o 
contrato de troca; deve ser sério e não irrisório ou fictício, pois 
de outro modo haverá a doação; e, necessário que seja 
determinado, ou ao menos determinável. Atente-se para 
acórdão: 
 
Ementa: Direito Civil e Agrário. Compra e Venda de safra futura a 
preço certo. Alteração do valor do produto no mercado. Circunstância 
previsível. Onerosidade excessiva. Inexistência. Violação aos 
princípios da função social do contrato, boa-fé objetiva e probidade. 
Inexistência.- A compra e venda de safra futura, a preço certo, obriga 
as partes se o fato que alterou o valor do produto agrícola não era 
imprevisível. - Na hipótese afigura-se impossível admitir onerosidade 
excessiva, inclusive porque a alta do dólar em virtude das eleições 
 
2
CC/02. Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade 
dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de 
direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no 
País. 
presidenciais e da iminência de guerra no Oriente Médio – motivos 
alegados pelo recorrido para sustentar a ocorrência de acontecimento 
extraordinário – porque são circunstâncias previsíveis, que podem ser 
levadas em consideração quando se contrata a venda para entrega 
futura com preço certo. - O fato do comprador obter maior margem de 
lucro na revenda, decorrente da majoração do preço do produto no 
mercado após a celebração do negócio, não indica a existência de 
má-fé, improbidade ou tentativa de desvio da função social do 
contrato. - A função social infligida ao contrato não pode 
desconsiderar seu papel primário e natural, que é o econômico. Ao 
assegurar a venda de sua colheita futura, é de se esperar que o 
produtor inclua nos seus cálculos todos os custos em que poderá 
incorrer, tanto os decorrentes dos próprios termos do contrato, como 
aqueles derivados das condições da lavoura. - A boa-fé objetiva se 
apresenta como uma exigência de lealdade, modelo objetivo de 
conduta, arquétipo social pelo qual impõe o poder-dever de que cada 
pessoa ajuste a própria conduta a esse modelo, agindo como agiria 
uma pessoa honesta, escorreita e leal. Não tendo o comprador agido 
de forma contrária a tais princípios, não há como inquinar seu 
comportamento de violador da boa-fé objetiva. Recurso especial 
conhecido e provido. (REsp 803.481/GO. Relatora: Ministra Nancy 
Andrighi. Fonte: DJ 01.08.2007) 
 
10. Mathias, solteiro e capaz, com 65 anos de idade, e Tânia, solteira e capaz, 
com 60 anos de idade, conheceram-se há um ano e, agora, pretendem se 
casar. A respeito da situação narrada, é correto afirmar que Mathias e Tânia 
 
 (A) deverão, necessariamente, celebrar pacto antenupcial optando 
expressamente pelo regime da separação de bens. 
 
(B) poderão casar-se pelo regime da comunhão parcial de bens, desde que 
obtenham autorização judicial, mediante a prévia demonstração da inexistência 
de prejuízo para terceiros. 
 
(C) poderão optar livremente dentre os regimes de bens previstos em lei, 
devendo celebrar pacto antenupcial somente se escolherem regime diverso da 
comunhão parcial de bens. 
 
(D) somente poderão se casar pelo regime da separação obrigatória de bens, 
por força de lei e independentemente da celebração de pacto antenupcial. 
 
Gabarito: C 
Comentário: 
O art. 1.641, II, do Código Civil determinava que era obrigatório o 
regime da separação de bens no casamento entre pessoas maiores de 60 
(sessenta) anos, contudo, em 09 de dezembro de 2010, teve sua redação 
alterada pela Lei n. 12.344, a qual aumentou tal idade para 70 (setenta), in 
verbis: 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no 
casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas 
suspensivas da celebração do casamento; 
II - da pessoa maior de setenta anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
 
Quanto ao pacto antenupcial, trata-se de um instrumento a ser 
utilizado quando da opção por um regime diverso da comunhão parcial, como 
dispõe o art. 1.640, do Código Civil: 
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, 
vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão 
parcial. 
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, 
optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à 
forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-
se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas. 
 
Observe-se o quadro abaixo sobre os impedimentos, à luz do antigo e 
novo Código Civil: 
CÓDIGO CIVIL DE 1916 e 2002 
IMPEDIMENTOS 
CC/1916 
PROIBIÇÃO CONSEQÜÊNCIA 
DISPOSITIVO 
CC/2002 
Dirimentes 
Absolutos 
Art. 207 - É nulo e de nenhum 
efeito, quanto aos contraentes e 
aos filhos, o casamento 
contraído com infração de 
qualquer dos ns. I a VIII do Art. 
183. 
Art. 183 - Não podem casar: 
I - os ascendentes com os 
descendentes, seja o 
parentesco legítimo ou 
ilegítimo, natural ou civil; 
II - os afins em linha reta, seja o 
vínculo legítimo ou ilegítimo; 
III - o adotante com o cônjuge 
do adotado e o adotado com o 
cônjuge do adotante (Art. 376); 
IV - os irmãos, legítimos ou 
ilegítimos, germanos ou não, e 
os colaterais, legítimos ou 
ilegítimos, até o terceiro grau 
inclusive; 
V - o adotado com o filho 
superveniente ao pai ou à mãe 
adotiva (Art. 376); 
VI - as pessoas casadas (Art. 
203); 
VII - o cônjuge adúltero com o 
seu co-réu, por tal condenado; 
Nulidade 
Art. 1.548 
 
Nulidade 
 
Somente estes 
casos são tratados 
como 
impedimentos. 
 
Não houve 
reprodução do 
inciso VII. 
CÓDIGO CIVIL DE 1916 e 2002 
IMPEDIMENTOS 
CC/1916 
PROIBIÇÃO CONSEQÜÊNCIA 
DISPOSITIVO 
CC/2002 
VIII - o cônjuge sobrevivente 
com o condenado como 
delinqüente no homicídio, ou 
tentativa de homicídio, contra o 
seu consorte; 
Dirimentes Relativos 
Art. 209 - É anulável o 
casamento contraído com 
infração de qualquer dos ns. IX 
a XII do Art. 183. 
IX - as pessoas por qualquer 
motivo coactas e as incapazes 
de consentir, ou manifestar, de 
modo inequívoco, o 
consentimento; 
X - o raptor com a raptada, 
enquanto esta não se ache fora 
do seu poder e em lugar 
seguro; 
XI - os sujeitos ao pátrio poder, 
tutela ou curatela, enquanto 
não obtiverem, ou lhes não for 
suprido o consentimento do pai, 
tutor, ou curador (Art. 212); 
XII - as mulheres menores de 
16 (dezesseis) anos e os 
homens menores de 18 
(dezoito); 
Anulabilidade 
Art. 1.550 
 
Anulabilidade 
 
Coação e Rapto 
são vícios do 
consentimento. 
 
A idade núbil e o 
consentimento dos 
pais integram a 
capacidade civil 
para o casamento. 
Proibitivos ou 
Impedientes 
Art. 258 - Não havendo 
convenção, ou sendo nula, 
vigorará, quanto aos bens entre 
os cônjuges, o regime de 
comunhão parcial. 
Parágrafo único - É, porém, 
obrigatório o da separação de 
bens do casamento: 
I - das pessoas que o 
celebrarem com infração do 
estatuído no Art. 183, XI a XVI; 
II - do maior de 60 (sessenta) e 
da maior de 50 (cinqüenta) 
anos; 
III - do órfão de pai e mãe, ou 
do menor, nos termos dos arts. 
394 e 395, embora case, no 
termos do Art. 183, XI, com o 
consentimento do tutor; 
IV - de todos os que 
dependerem, para casar, de 
autorização judicial (arts. 183, 
XI, 384, III, 426, I, e 453). 
Adoção do regime 
da separação 
absoluta de bens 
Arts. 1.641 e 1.523 
 
Mera irregularidade 
 
Causas 
Suspensivas 
 
A idade prevista no 
inciso II foi 
estabelecida em 60, 
agora 65 anos, 
tanto para 
mulheres, quanto 
para homens. 
 
11 Josefina e José, casados pelo regime da comunhão universal de bens, 
tiveram três filhos: Mário, Mauro e Moacir. Mário teve dois filhos: Paulo e 
Pedro. Mauro teve três filhos: Breno, Bruno e Brian. Moacir teve duas filhas: 
Isolda e Isabel. Em um acidente automobilístico, morreram Mário e Mauro. 
José, muito triste com a perda dos filhos, faleceu logo em seguida, deixando 
um patrimônio de R$ 900.000,00. Nesse caso hipotético, como ficariaa divisão 
do monte? 
(A) Josefina receberia R$ 450.000,00. Os filhos de Mário receberiam cada um 
R$ 75.000,00. Os filhos de Mauro receberiam R$ 50.000,00 cada um. E, por 
fim, as filhas de Moacir receberiam R$ 75.000,00 cada uma. 
 
(B) A herança seria dividida em três partes de R$ 300.000,00. Paulo e Pedro 
receberiam cada um R$ 150.000,00. Breno, Bruno e Brian receberiam, cada 
um, R$ 100.000,00. E, por fim, Isabel e Isolda receberiam cada uma a 
importância de R$ 150.000,00. 
 
(C) Paulo e Pedro receberiam cada um R$ 150.000,00. Breno, Bruno e Brian 
receberiam, cada um, R$ 100.000,00. E, por fim, Moacir receberia R$ 
300.000,00. 
 
(D) Josefina receberia R$ 450.000,00. Paulo e Pedro receberiam cada um R$ 
75.000,00. Breno, Bruno e Brian receberiam cada um R$ 50.000,00. Moacir 
receberia R$ 150.000,00. 
 
Gabarito: D 
Comentário: 
De Plácido e Silva (2004, p. 1207) explana que a representação 
hereditária ou representação sucessória ocorre quando a sucessão é aberta e 
se verifica o falecimento de um dos herdeiros. Neste caso, a representação 
cumpre com sua finalidade, que é a de convocar os herdeiros ou sucessores 
daquele que faleceu. O representante ocupará a posição de substituto do 
herdeiro falecido, somente herdará a parte que a ele caberia se vivo fosse. Isso 
é o que ocorre nessa questão, vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSEFINA 
R$ 450 
JOSÉ 
 
 
 
MÁRIO 
 
 
MAURO 
 
 
Paulo 
R$ 75 
 
Pedro 
R$ 75 
MOACIR 
R$ 150 
Isolda Isabel 
Breno 
R$ 50 
Bruno 
R$ 50 
 
Brian 
R$ 50 
 
Vale citar ainda que a regra ou princípio de que os mais próximos 
excluem os mais remotos é excetuada no direito de representação, pois os 
sobrinhos (3º grau) herdam representando o pai pré-morto, desse modo 
suplantam a posição dos tios vivos, que são irmãos (2º grau) do de cujus. Por 
exemplo, se o de cujus deixa um irmão; dois filhos de outro irmão pré-morto; e 
três filhos do terceiro irmão, também já falecido; divide-se a herança em três 
partes iguais, correspondentes às três estirpes. A primeira pertencerá, na sua 
totalidade, ao irmão sobrevivo, que herdará por direito próprio; a segunda irá 
para os dois sobrinhos, dividindo-se em partes iguais; e a terceira será dividida 
em três quotas iguais para os outros sobrinhos, que herdarão por estirpe. 
(GONÇALVES, 2006, p. 180) Observe-se o gráfico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ademais, é preciso citar, ainda, o art. 1.829, do Código Civil que cuida 
da sucessão legítima, tratando da ordem de vocação hereditária: 
 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, 
salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, 
ou no da separação obrigatória de bens (CC/2002. Art. 1.640, 
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da 
herança não houver deixado bens particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais. 
 
Tal artigo é fonte de significativas controvérsias jurídicas e comumente 
questionado em provas de concursos públicos. Trouxe mudança na legislação 
estabelecendo que o cônjuge, além de meeiro, também é herdeiro, contudo 
ressalva os casos em que o regime de bens seja o da comunhão universal, 
separação obrigatória de bens e no caso da comunhão parcial, se houver bens 
De cujus 
Irmão do de cujus 
Também falecido 
(pré-morto) 
Irmão do de cujus 
Sobrevivo herda por 
direito próprio 
Irmão do de cujus 
Também falecido 
(pré-morto) 
Sobrinho Sobrinho Sobrinho Sobrinho Sobrinho 
Representação 
Herdam por estirpe 
particulares. No caso da questão, por ser o casal unido pelo regime da 
comunhão universal, a esposa não seria herdeira. Assim, se ocorrer o 
chamamento de descendentes, o cônjuge sobrevivente poderá concorrer ou 
não. Para Caio Mário Pereira da Silva (2006, p. 124) no sistema do Código Civil 
de 2002, a regra é a de que descendentes e o cônjuge concorrem à sucessão 
do de cujus (art. 1.829, I, primeira parte); mas a lei afasta a simultaneidade em 
três hipóteses: a) se o casal adotou o regime da comunhão universal de bens; 
b) no regime da comunhão parcial de bens, não houver deixado bens 
particulares; c) se o regime era o da separação obrigatória, por imposição 
legal.3 
 
12 Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma manobra e atinge o 
muro de uma casa, causando um grave prejuízo. Em relação à situação acima, 
é correto afirmar que Ricardo 
 
 (A) não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de 
necessidade. 
 
(B) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de 
necessidade. 
 
(C) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima 
defesa. 
 
(D) praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
 
Gabarito: B 
Comentário: 
Luiz Regis Prado (2004, p. 367) pondera que o Estado de Necessidade 
está presente quando alguém se sente obrigado a lesar direito alheio, para 
salvar de perigo atual e inevitável, não provocado voluntariamente, objeto 
jurídico (bem, interesse ou direito) próprio ou de terceiro. Não pode alegá-lo 
aquele que tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
Quem agiu em Estado de Necessidade tem o dever de reparar o dano 
da coisa que sofreu prejuízo, a menos que o lesado tenha provocado o perigo. 
A obrigação de reparar o dano não decorre de ato ilícito, pois há a excludente 
que torna o ato lícito. (RIZZARDO, 2006, p. 87). Atente-se para a 
jurisprudência: 
 
 
3
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 377. No regime da separação legal de bens, 
comunicam-se os adquiridos na constância do casamento. Disponível em 
<http://www.stf.gov.br> Acesso em: 26 ago. 2007. Grifos nossos. 
REsp 124527/SP; Recurso Especial 1997/0019630-5. Relator: 
Ministro Aldir Passarinho Júnior (1110). Órgão Julgador: T4 - Quarta 
Turma. Data do Julgamento: 04/05/2000. Data da Publicação/Fonte: 
DJ 05.06.2000 p. 163 RSTJ vol. 143 p. 362 RT vol. 782 p. 211. 
Ementa: Civil. Ação de indenização. Acidente de trânsito. Ato de 
terceiro. Colisão. Estado de Necessidade. Exclusão da Ilicitude. 
Permanência, todavia, da obrigação de ressarcir os danos. Direito de 
regresso. 
I. A empresa cujo preposto, buscando evitar atropelamento, 
procede a manobra evasiva que culmina no abalroamento de outro 
veículo, causando danos, responde civilmente pela sua reparação, 
ainda que não se configure, na espécie, a ilicitude do ato, 
praticado em estado de necessidade. 
II. Direito de regresso assegurado contra o terceiro culpado pelo 
sinistro, nos termos do art. 1.520 c/c o art. 160, II, do Código Civil. 
III. Recurso Especial conhecido pela divergência, mas improvido. 
(Recurso Especial n. 124.527/SP. Relator: Ministro Aldir Passarinho 
Júnior, Brasília, DF, 04 de maio de 2000. STJ, Brasília, 2007) 
 
 
13 João foi registrado ao nascer com o gênero masculino. Em 2008, aos 18 
anos, fez cirurgia para correção de anomalia genética e teve seu registro 
retificado para o gênero feminino, conforme sentença judicial. No registro não 
constou textualmente a indicação de retificação, apenas foi lavrado um novo 
termo, passando a adotar o nome de Joana. Em julho de 2010, casou-se com 
Antônio, homem religioso e de família tradicional interiorana, que conheceu em 
janeiro de 2010, por quem teve uma paixão fulminante e correspondida. Joana 
omitiu sua história registral por medo de não ser aceita e perdê-lo. Em 
dezembro de 2010, na noite de Natal, a tia de Joana revela a Antônio a 
verdade sobre o registro de Joana/João. Antônio, não suportando ter sido 
enganado, desejaa anulação do casamento. Conforme a análise da hipótese 
formulada, é correto afirmar que o casamento de Antônio e Joana 
 
(A) só pode ser anulado até 90 dias da sua celebração. 
 
(B) poderá ser anulado pela identidade errônea de Joana/João perante Antônio 
e a insuportabilidade da vida em comum. 
 
(C) é inexistente, pois não houve a aceitação adequada, visto que Antônio foi 
levado ao erro de pessoa, o que tornou insuportável a vida em comum do 
casal. 
 
(D) é nulo; portanto, não há prazo para a sua arguição 
 
Gabarito: B 
Comentário: 
Essa questão é extremamente polêmica, poder-se-ia pensar em dois 
itens corretos, a depender da Teoria adotada, senão vejamos. 
Na disciplina do casamento há requisitos legais e pressupostos 
materiais, a inobservância daqueles importa na anulação, no sentido lato 
senso, englobando-se os casos de nulidade e de anulabilidade; enquanto que a 
ausência dos pressupostos materiais implica a inexistência. (PEREIRA, p. 129) 
A Teoria do Casamento Inexistente foi criada por Zachariae, escritor 
tedesco do século XIX, ao comentar o Código Civil francês de 1804. Mais 
tarde, foi desenvolvida por Saleilles, em estudo de 1911. Essa teoria não é 
aceita pacificamente, pois para alguns o ato inexistente envolve contradição 
nos próprios termos, vez que se é ato é porque existe, se não existe não 
poderia ser ato. Acreditam que tal teoria não seria necessária nas questões do 
casamento, bastando a Teoria das Nulidades. (PEREIRA, p. 129) 
Para os defensores dessa da Teoria das Nulidades o casamento entre 
pessoas do mesmo sexo seria anulável por erro essencial quanto à pessoa, e 
não inexistente. Considerar tal opinião válida seria admitir a hipótese da 
convalidação do casamento entre pessoas do mesmo sexo pelo escoamento 
do prazo de decadência. Na Teoria da Inexistência há três hipóteses que 
tornam o casamento inexistente: a) identidade de sexos; b) falta de celebração; 
e c) ausência total de consentimento. (PEREIRA, p. 130) 
 
14 Danilo celebrou contrato por instrumento particular com Sandro, por meio do 
qual aquele prometera que seu irmão, Reinaldo, famoso cantor popular, 
concederia uma entrevista exclusiva ao programa de rádio apresentado por 
Sandro, no domingo seguinte. Em contrapartida, caberia a Sandro efetuar o 
pagamento a Danilo de certa soma em dinheiro. Todavia, chegada a hora do 
programa, Reinaldo não compareceu à rádio. Dias depois, Danilo procurou 
Sandro, a fim de cobrar a quantia contratualmente prevista, ao argumento de 
que, embora não tenha obtido êxito, envidara todos os esforços no sentido de 
convencer o seu irmão a comparecer. A respeito da situação narrada, é correto 
afirmar que Sandro 
 
(A) não está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por 
este assumida é de resultado, sendo, ainda, autorizado a Sandro obter 
ressarcimento por perdas e danos de Danilo. 
 
(B) não está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, por ser o contrato nulo, 
tendo em vista que Reinaldo não é parte contratante. 
 
(C) está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por este 
assumida é de meio, restando a Sandro o direito de cobrar perdas e danos 
diretamente de Reinaldo. 
 
(D) está obrigado a efetuar o pagamento a Danilo, pois a obrigação por este 
assumida é de meio, sendo incabível a cobrança de perdas e danos de 
Reinaldo. 
 
Gabarito: A 
Comentário: 
Esta questão cuida da Promessa de Fato de Terceiro, prevista no art. 
439 do Código Civil, nos seguintes termos: 
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por 
perdas e danos, quando este o não executar. 
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o 
cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser 
praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de 
algum modo, venha a recair sobre os seus bens. 
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por 
outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação. 
 
Trata-se de obrigação de fazer que, não sendo executada resolve-se em 
perdas e danos. Neste caso, um contratante prometeu ao outro uma conduta 
alheia, que deixou de ser praticada, gerando inadimplemento contratual. 
Ressalte-se, entrementes, que haveria exclusão de responsabilidade do 
promitente no caso da inadimplência se o terceiro houvesse concordado em 
cumprir a prestação prometida. 
Este tipo de contrato é usado como um exemplo da relatividade do 
Princípio de que os contratos somente produzem efeitos entre as partes. 
Pontue-se que a Jurisprudência do Egrégio Superior Tribunal de Justiça 
já firmou o entendimento de que se trata de obrigação de resultado, in verbis: 
 
Ementa: RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE ARENA. 
CONTRATOS. CLÁUSULA DE EXCLUSIVIDADE. DOIS PACTOS. 
VALIDADE. SUBSISTÊNCIA DA SEGUNDA AVENÇA, DIANTE DA 
RESOLUÇÃO DO PRIMEIRO CONTRATO, POR 
INADIMPLEMENTO. PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO. 
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. INADIMPLEMENTO. 
RESPONSABILIDADE. PERDAS E DANOS. LESÃO. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 e 356/STF. AUSÊNCIA DE 
INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO DE LEI. SÚMULA 284/STF. 
CLÁUSULA PENAL. REDUÇÃO. INVIABILIDADE. REEXAME DE 
PROVAS. SÚMULA 7/STJ. INADIMPLEMENTO TOTAL DO 
CONTRATO. TERCEIRO QUE NÃO ANUIU. AUSÊNCIA DE 
RESPONSABILIDADE. INDENIZAÇÃO. DÓLAR. CONVERSÃO 
PARA REAIS DE ACORDO COM O CÂMBIO DA DATA DA 
SENTENÇA. INVIABILIDADE DE ANÁLISE DA MATÉRIA À LUZ 
DOS ARTIGOS APONTADOS COMO VIOLADOS. SÚMULA 
284/STF. DECISÃO EXTRA PETITA. NÃO OCORRÊNCIA. 
FUNDAMENTOS DIVERSOS. POSSIBILIDADE. CONTEÚDO 
NORMATIVO DO ART. 918 DO CC/1916. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO. CORREÇÃO DE PREMISSA EQUIVOCADA. 
EFEITOS INFRINGENTES. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO COM BASE NO ART. 20, §4º, DO CPC. 
BASE DE CÁLCULO. VALOR DA CAUSA. POSSIBILIDADE. 
AUSÊNCIA DE INSIGNIFICÂNCIA OU EXAGERO A JUSTIFICAR A 
ATUAÇÃO DESTA CORTE. 
1. Válido o contrato celebrado entre duas pessoas capazes e aptas a 
criar direitos e obrigações, que ajustam um negócio jurídico tendo por 
objeto a prestação de um fato por terceiro. 2. Descumprida a 
obrigação de obter a anuência do terceiro ao contrato, responde o 
promitente inadimplente por perdas e danos, a teor do que dispunha 
o art. 929 do Código Civil de 1916, reproduzido pelo caput do art. 439 
do Código Civil em vigor, "aquele que tiver prometido fato de terceiro 
responderá por perdas e danos, quando este o não executar". 3. In 
casu, não sendo a CBF titular do direito de transmissão dos jogos, 
reservado exclusivamente às entidades de prática desportiva, 
segundo o art. 24 da Lei 8.672/93, cumpria a ela obter dos clubes de 
futebol, a anuência ao contrato. O inadimplemento dessa obrigação, 
representada pela notificação endereçada à TVA, comunicando que 
não conseguira a anuência dos clubes, enseja a resolução (extinção) 
do contrato e a responsabilização por perdas e danos. 4. As 
considerações expendidas nas razões do especial acerca do instituto 
da lesão não podem ser apreciadas por esta Corte Superior, sob 
duplo fundamento: ausência de prequestionamento (enunciados 
sumulares n.ºs 282 e 356/STF) e ausência de indicação do dispositivo 
legal que teria sido violado (Súmula 284/STF). 5. Segundo a 
jurisprudência do STJ, a redução da multa contratual, com base no 
art. 924 do Código Civil de 1916, somente pode ser concedida nas 
hipóteses de cumprimento parcial da prestação ou, ainda, quando o 
valor da multa exceder o valor da obrigação principal, circunstâncias 
inexistentes no caso concreto. 6. Tendo a Corte de origem concluído 
no sentido do descumprimento total do contrato, à luz da prova dos 
autos, inviável a redução da cláusula penal, por força da Súmula 
7/STJ. 7. Na promessa de fato de terceiro, o terceiro é totalmenteestranho à relação jurídica, não estando vinculado ao contrato, senão 
após o cumprimento da obrigação, que incumbia ao promitente. 8. 
Inviável a análise da possibilidade de conversão da cláusula penal 
para reais, de acordo com o câmbio da data da sentença de primeiro 
grau, em razão da alteração imprevisível da política monetária 
nacional, sob a ótica dos artigos de lei apontados como violados (art. 
462 do CPC e 1.059 do CC/1916), pelo fato de os dispositivos serem 
desprovidos de conteúdo normativo capaz de amparar a discussão 
acerca da questão jurídica mencionada, o que atrai o óbice da 
Súmula 284/STF. 9. Não há falar em julgamento extra petita quando o 
julgador, adstrito às circunstâncias fáticas trazidas aos autos e ao 
pedido deduzido na inicial, aplicar o direito com fundamentos diversos 
daqueles apresentados pelo autor. 10. A falta de prequestionamento 
da matéria suscitada no recurso especial, a despeito da oposição de 
embargos de declaração, impede o conhecimento do recurso especial 
(Súmula 211 do STJ). 11. A jurisprudência desta Corte admite a 
possibilidade de atribuição de efeitos infringentes aos embargos 
declaratórios, em hipóteses excepcionais, para corrigir premissa 
equivocada relevante para o deslinde da controvérsia. 12. No 
arbitramento de honorários advocatícios, com base no art. 20, §4º, do 
CPC, cabível a utilização do valor da causa como base de cálculo. 
13. Manutenção do valor de 20% sobre o valor da causa, quantia que 
não pode ser considerada irrisória ou exorbitante, a justificar a 
atuação do STJ. RECURSOS ESPECIAIS DESPROVIDOS. (REsp 
249008/RJ. RECURSO ESPECIAL 2000/0015817-8, Relator(a): 
Ministro VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR 
CONVOCADO DO TJ/RS) Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA. 
Data do Julgamento: 24/08/2010. Data da Publicação/Fonte DJe 
16/11/2010.) 
 
15 Félix e Joaquim são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de 
comum acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela 
instalação de uma singela cerca viva. Recentemente, Félix adquiriu um 
cachorro e, por essa razão, o seu vizinho, Joaquim, solicitou-lhe que 
substituísse a cerca viva por um tapume que impedisse a entrada do cachorro 
em sua propriedade. Surpreso, Félix negou-se a atender ao pedido do vizinho, 
argumentando que o seu cachorro era adestrado e inofensivo e, por isso, 
jamais lhe causaria qualquer dano. Com base na situação narrada, é correto 
afirmar que Joaquim 
 
 (A) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro 
ingresse na sua propriedade, contanto que arque com metade das despesas 
de instalação, cabendo a Félix arcar com a outra parte das despesas. 
 
(B) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro 
ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar integralmente com as 
despesas de instalação. 
 
(C) não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora 
instalada de comum acordo e demarca corretamente os limites de ambas as 
propriedades, cumprindo, pois, com a sua função, bem como não há indícios 
de que o cachorro possa vir a lhe causar danos. 
 
(D) poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro 
ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar com as despesas de 
instalação, deduzindo-se desse montante metade do valor, devidamente 
corrigido, correspondente à cerca viva inicialmente instalada por ambos os 
vizinhos. 
 
Gabarito: B 
Comentário: 
O art. 1.277 do Código Civil introduz o Capítulo V, que cuida dos direitos 
de vizinha, sendo bastante esclarecedor acerca dessa questão: 
 
CC/2002. Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem 
o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao 
sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de 
propriedade vizinha. 
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a 
natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas 
que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de 
tolerância dos moradores da vizinhança. 
 
Continua, o Código Civil, disciplinando os direitos de vizinha e dispõe de 
maneira clara acerca da questão, no § 3º do art. 1.297, ao afirmar que a 
construção de tapumes para impedir a passagem de animais de pequeno porte 
pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que 
não está obrigado a concorrer para as despesas. In verbis: 
 
 
CC/2002. Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar 
ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode 
constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre 
os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos 
destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os 
interessados as respectivas despesas. 
§ 1º Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como 
sebes vivas, cercas de arame ou de madeira, valas ou banquetas, 
presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os 
proprietários confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade 
com os costumes da localidade, a concorrer, em partes iguais, para 
as despesas de sua construção e conservação. 
§ 2º As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de 
marco divisório, só podem ser cortadas, ou arrancadas, de comum 
acordo entre proprietários. 
§ 3º A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de 
animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de 
quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está 
obrigado a concorrer para as despesas. 
 
16 Em relação aos alimentos, assinale a alternativa correta. 
(A) Eles não servem apenas para garantir as necessidades básicas do 
alimentando, mas também para preservar a condição social de quem os 
pleiteia. 
 
(B) No atual Código Civil, o cônjuge eventualmente declarado culpado pela 
separação não sofre qualquer restrição em seu direito de pedir alimentos ao 
outro cônjuge. 
 
(C) A obrigação alimentar possui como característica básica ser irrenunciável, 
não poder ser restituída ou compensável e ser intransmissível. 
 
(D) A possibilidade de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais continua a 
existir após se atingir a maioridade, em razão da continuação do poder familiar 
que esses exercem sobre os filhos necessitados. 
 
Gabarito: A 
Comentário: 
Caio Mário Pereira da Silva (2007, p. 266) ensinava que a separação 
judicial por culpa poderia ocorrer em processo iniciado por um dos cônjuges, no 
qual um deles, em sua defesa, alegaria a culpa do autor, comprovando 
comportamentos que também justificasse o fim da sociedade conjugal. Assim, 
o juiz poderia decretar a procedência parcial ou mesmo a culpa recíproca. 
Vários autores criticavam esse posicionamento antigo da doutrina e 
jurisprudência, afirmando que a tendência era a de se eliminar a discussão da 
culpa no desfazimento da sociedade conjugal, pois de nada adiantaria 
encontrar um culpado, eis que a culpa não deve gerar efeitos no que se refere 
à guarda de filhos e tampouco acarretar, de forma absoluta, a perda da pensão 
alimentícia. (MONTEIRO, p. 252) 
Regina Beatriz Tavares da Silva esclarece que os arts. 1.702 e 1.704 do 
Código Civil impõem que, somente diante de comprovação da culpa, mediante 
apuração judicial, regulada pelo art. 1.578, caput, também do Código Civil, 
poderá a perda de alimentos ser decretada para o cônjuge culpado.4 
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação 
judicial perde o direito de usar o sobrenome do outro, desde que 
expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não 
acarretar: 
I - evidente prejuízo para a sua identificação; 
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos 
havidos da união dissolvida;III - dano grave reconhecido na decisão judicial. 
outro. 
 
Caio Mário Pereira da Silva (2007, p. 266), ensina que o Direito impõe 
aos parentes do necessitado ou pessoa a ele ligada por um elo civil o dever de 
proporcionar-lhe as condições mínimas de sobrevivência, não se trata de favor 
ou generosidade, mas de obrigação judicialmente exigível em razão do vínculo 
de parentesco. Assim, os filhos maiores não estão mais sobre o poder familiar 
– antigo pátrio poder – mas, ainda assim, há a obrigação alimentar, em caso de 
necessidade. O fundamento originário da obrigação alimentar é o vínculo da 
solidariedade familiar, de sangue ou, ainda, da lei natural. Os alimentos 
dividem-se quanto à natureza em: 
a) Alimentos Naturais ou Necessários: compreendem a alimentação, o 
vestuário e a habitação, trata-se daqueles indispensáveis à 
sobrevivência. 
b) Alimentos Civis ou Côngruos: abrangem a educação, a instrução e a 
assistência, que são destinados a manter a qualidade de vida do 
credor, de acordo com as condições sociais dos envolvidos. 
 
Quanto ao aspecto causal, ensina, ainda, podem ser: 
a) Alimentos legítimos: são devidos por força de lei. 
b) Testamentários: instituídos por disposição de última vontade. 
c) Convencionais: oriundos de estipulação inter vivos. 
d) Ressarcitórios: destinados a indenizar a vítima de ato ilícito. 
e) Judiciais: estabelecidos por provimento judicial. 
 
 
4
SILVA, Regina Beatriz Tavares da in FIUZA, Ricardo (Coord.). Novo Código Civil 
Comentado. Op. cit., p. 1510. 
Milton Paulo Carvalho Filho (2000, p. 1.652) pondera que quanto à 
finalidade, podem ser: 
a) Definitivos: são fixados por sentença ou por acordo de modo 
permanente, embora sejam passíveis de revisão. 
b) Provisórios: são fixados liminarmente em ações de alimentos, de 
procedimento especial, previsto na Lei n. 5.678/68. 
c) Provisionais: são fixados por meio de medida cautelar prevista nos 
arts. 852 e 854 do CPC. 
 
Quanto ao momento, ainda, diz que podem ser: 
a) Pretéritos: anteriores à demanda, não são admitidos no direito 
brasileiro. 
b) Atuais: postulados a partir do ajuizamento da demanda. 
c) Futuros: devidos a partir da sentença. 
 
Por disposição expressa do art. 1.707 do Código Civil não se pode 
renunciar ao direito a alimentos, sendo tal crédito insuscetível de cessão, 
compensação ou penhora. Mas, novamente, trata-se de questão polêmica, a se 
definir sobre qual espécie de alimentos está sendo objeto da renúncia, atente-
se para o julgado a seguir colacionado: 
 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. 
RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL. RENÚNCIA. 
ALIMENTOS DECORRENTES DO CASAMENTO. VALIDADE. 
PARTILHA. POSSIBILIDADE DE PROCRASTINAÇÃO NA ENTREGA 
DE BENS. PARTICIPAÇÃO NA RENDA OBTIDA. REQUERIMENTO 
PELA VIA PRÓPRIA. 1. Admitem-se como agravo regimental 
embargos de declaração opostos a decisão monocrática proferida 
pelo relator do feito no Tribunal, em nome dos princípios da economia 
processual e da fungibilidade. 2. A renúncia aos alimentos 
decorrentes do matrimônio é válida e eficaz, não sendo permitido que 
o ex-cônjuge volte a pleitear o encargo, uma vez que a prestação 
alimentícia assenta-se na obrigação de mútua assistência, encerrada 
com a separação ou o divórcio. 3. A fixação de prestação alimentícia 
não serve para coibir eventual possibilidade de procrastinação da 
entrega de bens, devendo a parte pleitear, pelos maios adequados, a 
participação na renda auferida com a exploração de seu patrimônio. 
4. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, a que 
se nega provimento. (EDcl no REsp 832902/RS. EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL: 2006/0049766-9. 
Relator(a): Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA. Órgão Julgador: 
T4 - QUARTA TURMA. Data do Julgamento: 06/10/2009. Data da 
Publicação/Fonte: DJe 19/10/2009 RT vol. 891 p. 253) 
 
Por outro lado, a transmissibilidade é outra característica da obrigação 
alimentar, trata-se de inovação do Código de 2002 que estabelece no art. 1.700 
que a obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor. 
Carlos Roberto Gonçalves (2007, p. 460) ressalta que não faria sentido os 
herdeiros serem obrigados a se valer de seus próprios recursos para responder 
pela obrigação alimentar do falecido. Além de a obrigação ficar restrita às 
forças da herança, o herdeiro, que se sentir prejudicado por suportar o encargo 
de pagar alimentos, poderá renunciar à herança, por instrumento público ou 
termo judicial.5 Assim também foi entendido em jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça: 
REsp 219199/PB; Recurso Especial 1999/0052547-7. Relator: 
Ministro Ruy Rosado de Aguiar (1102). Relator(a) p/ Acórdão: 
Ministro Fernando Gonçalves (1107). Órgão Julgador: S2 - Segunda 
Seção. Data do Julgamento: 10/12/2003. Data da Publicação/Fonte: 
DJ 03.05.2004 p. 91. Ementa: Direito Civil. Obrigação. Prestação. 
Alimentos. Transmissão. Herdeiros. Art. 1.700 do novo Código Civil. 1 
- O espólio tem a obrigação de prestar alimentos àquele a quem o de 
cujus devia, mesmo vencidos após a sua morte. Enquanto não 
encerrado o inventário e pagas as quotas devidas aos sucessores, o 
autor da ação de alimentos e presumível herdeiro não pode ficar sem 
condições de subsistência no decorrer do processo. Exegese do art. 
1.700 do novo Código Civil. 2 - Recurso Especial conhecido, mas 
improvido. Recurso Especial n. 219.199/PB. Relator: Ministro Ruy 
Rosado de Aguiar, Brasília, DF, 10 de dezembro de 2003. STJ, 
 
17 João deverá entregar quatro cavalos da raça X ou quatro éguas da raça X a 
José. O credor, no momento do adimplemento da obrigação, exige a entrega 
de dois cavalos da raça X e de duas éguas da raça X. Nesse caso, é correto 
afirmar que as prestações 
(A) alternativas são inconciliáveis, havendo indivisibilidade quanto à escolha. 
 
(B) alternativas são conciliáveis, havendo divisibilidade quanto à escolha. 
 
(C) facultativas são inconciliáveis, quando a escolha couber ao credor. 
 
(D) facultativas são conciliáveis, quando a escolha couber ao credor. 
 
Gabarito: A 
Comentário: 
Washington de Barros Monteiro (1999, p. 20) assevera que a relação 
jurídica obrigacional pode compreender um ou vários objetos, o primeiro caso 
estará caracterizado quando objetiva uma prestação, será o caso de obrigação 
simples; no segundo, será complexa ou composta. Este último tipo de 
obrigação desdobra-se em três modalidades: a) obrigações conjuntivas ou 
cumulativas: seu cumprimento exige a efetiva entrega de todas as prestações 
prometidas. Contudo, de acordo com o convencionado, o pagamento poderá 
ser simultâneo ou sucessivo. Porém, o credor não poderá ser obrigado a 
 
5
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. Op. cit., p. 460. 
receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não ajustou6; b) 
obrigações facultativas; e, c) obrigações alternativas: nas quais há várias 
prestações contempladas, entretanto o devedor se libera com a satisfação de 
uma única. 
Os traços fundamentais das obrigações alternativas são: a) pluralidade 
nas prestações; e, b) exoneração do devedor mediante realização de uma 
única prestação. À vista disso, pode-se conceituar obrigação alternativa como 
aquela que tem por objeto duas ou mais prestações, das quais apenas uma 
será efetuada. Exemplo: Tício vende a Mévio um dos três cavalos que possui, 
depois de feita a escolha o vínculo obrigacional estará circunscrito ao animal 
escolhido, único a ser entregue ao credor, excluindo-se os demais. 
(MONTEIRO, 1999, p. 20) 
No caso da questão, João deverá entregar quatro cavalos da raça X 
ou quatro éguasda raça X a José, não há como misturar as duas alternativas, 
uma ou outra. 
O direito de escolha, nas obrigações alternativas, cabe ao devedor se 
outra coisa não houver sido estipulada, conforme arts. 252 do Código Civil: 
“Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou.” Esse preceito é igual aquele contido no art. 244, que cuida das 
obrigações de dar coisa incerta: “Nas coisas determinadas pelo gênero e pela 
quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do 
Título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a 
prestar a melhor.” 
Washington de Barros Monteiro (1999, p. 112) destaca que a diferença 
entre a obrigação alternativa e a obrigação de dar coisa incerta é o fato de que 
nas alternativas há vários objetos e a escolha recai em apenas um deles, 
enquanto que nas de dar coisa incerta, o objeto é um só, embora 
indeterminado. 
Caio Mário da Silva Pereira (2007d, p. 124) explica que o ponto 
fundamental nas obrigações alternativas está na concentração da prestação, 
que de plúrima e indeterminada passa a simples e determinada, pois neste 
momento ocorrerá a escolha7, a qual se constitui em direito, mas também em 
dever, transmissível aos herdeiros do devedor ou do credor, assim como ao 
cessionário com a obrigação a que acede. 
 
6
CC/02. Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor 
ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou. 
7
CPC. Art. 571. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, este será 
citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro em 10 (dez) dias, se outro prazo não 
Ihe foi determinado em lei, no contrato, ou na sentença. § 1
o
 Devolver-se-á ao credor a opção, 
se o devedor não a exercitou no prazo marcado. § 2
o
 Se a escolha couber ao credor, este a 
indicará na petição inicial da execução. 
 
18 Sônia, maior e capaz, decide doar, por instrumento particular, certa quantia 
em dinheiro em favor se seu sobrinho, Fernando, maior e capaz, caso ele 
venha a se casar com Leila. Sônia faz constar, ainda, cláusula de 
irrevogabilidade da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. Fernando, 
por sua vez, aceita formalmente a doação e, poucos meses depois, casa-se 
com Leila, conforme estipulado. No dia seguinte ao casamento, ao procurar 
sua tia para receber a quantia estabelecida, Fernando deflagra uma discussão 
com Sônia e lhe dirige grave ofensa física. A respeito da situação narrada, é 
correto afirmar que Fernando 
 
(A) não deve receber a quantia em dinheiro, tendo em vista que a doação é 
nula, pois deveria ter sido realizada por escritura pública. 
 
(B) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de o instrumento de doação 
prever cláusula de irrevogabilidade por eventual ingratidão. 
 
(C) não deve receber a quantia em dinheiro, pois dirigiu grave ofensa física à 
sua tia Sônia. 
 
(D) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de ter se casado com Leila e 
independentemente de ter dirigido grave ofensa física a Sônia. 
 
Gabarito: D 
Comentário: 
De acordo com o art. 555, do Código Civil, a doação pode ser 
revogada por ingratidão do donatário, essa é a regra, contudo no art. 564 estão 
previstas as hipóteses em que não se poderá revogar a doação, mesmo que 
por ingratidão, verbis: 
CC/2002. Art. 564. Não se revogam por ingratidão: 
I - as doações puramente remuneratórias; 
II - as oneradas com encargo já cumprido; 
III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural; 
IV - as feitas para determinado casamento. 
 
Os temas relativos à ingratidão provocam grande discussão, 
observem-se os artigos do Código Civil de 1916 e 2002: 
Revogação da Doação por Ingratidão 
Art. 1.183 – CC/1916 Art. 557 – CC/2002 
Art. 1.183. Só se podem revogar por 
ingratidão as doações: 
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão 
as doações: 
I - se o donatário atentou contra a vida do I - se o donatário atentou contra a vida do 
Revogação da Doação por Ingratidão 
Art. 1.183 – CC/1916 Art. 557 – CC/2002 
doador; doador ou cometeu crime de homicídio doloso 
contra ele; 
II - se cometeu contra ele ofensa física; II - se cometeu contra ele ofensa física; 
III - se o injuriou gravemente, ou o caluniou; III - se o injuriou gravemente ou o caluniou; 
IV - se, podendo ministrar-lhos, recusou ao 
doador os alimentos, de que este 
necessitava. 
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao 
doador os alimentos de que este necessitava. 
 
Percebe-se que o Código atual retirou a expressão limitativa “só se” do 
caput do dispositivo, tal supressão fez com que o texto restasse assim 
disposto: “Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações: [...]”. Tal 
fato, não passou despercebido para a doutrina, que se debate sobre a questão: 
o rol de causas que levam à ingratidão é numerus clausus (enumeração 
limitativa) ou numerus apertus (enumeração exemplificativa)? 
Sílvio Rodrigues (2006, p. 200-201) leciona que a revogação dos atos 
jurídicos constitui sempre um mal, porque introduz elementos de incerteza no 
âmbito das relações humanas. Decerto é que o legislador ao permitir a 
revogação da doação impôs restrições ao seu exercício, não só 
circunscrevendo seu campo de incidência, mas também limitando as causas 
que a possibilitam, ademais reduzindo os efeitos resultantes de tal ato. Em 
razão de ser a exceção, e não a regra, no ordenamento jurídico, há as 
seguintes restrições: 
a) Doações Puras: somente estas são revogadas, pois o art. 564 
do Código Civil proclama serem irrevogáveis as remuneratórias; 
as oneradas com encargo; as que se fizerem em cumprimento 
de obrigação natural; ou para determinado casamento. Atente-
se para os acórdãos a seguir colacionados: 
 
Ementa: Recurso Especial. Doação de terreno público. Revogação. 
Inexecução de encargo. Prescrição vintenária. Art. 177 do Código 
Civil/16. Precedentes. 1. O prazo prescricional para revogação de 
doação de terreno público por inexecução de encargo é de vinte 
anos, nos termos do art. 177 do Código Civil de 1916. 2. O art. 178, § 
6º, I, do Código Civil de 1916 aplica-se apenas às hipóteses de 
revogação de doação por ingratidão do donatário. Precedentes. 3. 
Recurso especial provido. (REsp 231.945/SP. Relator: Ministro João 
Otávio de Noronha. Fonte: DJ 18.08.2006) 
 
Ementa: Civil. Prescrição. A ação para tornar sem efeito a doação por 
motivo de inexecução do encargo prescreve em vinte anos. Recurso 
especial não conhecido. (REsp 472.733/DF. Relator: Ministro Ari 
Pargendler. Fonte: DJ 16.04.2007) 
 
b) Limitação do arbítrio do doador em desfazer a liberalidade: não 
é qualquer ofensa à sua pessoa ou à sua honra, é preciso haver 
seriedade que provoque, efetivamente, mágoa profunda na 
sensibilidade do doador. 
c) Ação Revocatória: não basta ter ocorrido uma das hipóteses 
previstas no art. 577, é necessário que seja provada em juízo 
ordinário, com oportunidade de defesa ao ingrato. O legislador 
fixou o prazo de caducidade em 1 ano8, logo o ajuizamento da 
ação revocatória deverá ocorrer da data em que chegue ao 
conhecimento do doador o fato que a autorizar. Esta ação é 
pessoal, não passa aos herdeiros do doador9 e deve ser dirigida 
contra o donatário. 
 
Para Nelson Rosenvald (2007, p. 557), Caio Mário da Silva Pereira 
(2007, p. 256), e Sílvio Rodrigues (2006, p. 217) o elenco é numerus clausus; 
ao revés, para Jones Figueiredo Alves (2003, p. 493) é numerus apertus. Na 
jurisprudência há decisões nos dois sentidos: 
 
Ementa: Doação. Revogação. Ingratidão do Donatário. - O Art. 1.183 
do CC/1916 é taxativo ao relacionar as hipóteses de revogação dadoação. - Desapego afetivo e atitudes desrespeitosas não bastam 
para deserdamento. É necessária a demonstração de uma das 
hipóteses previstas no Código Beviláqua. (REsp 791.154/SP. Relator: 
Ministro Humberto Gomes de Barros. Fonte: DJ 27.03.2006) 
 
Ementa: Sucessões. Ação Anulatória de Escrituras Públicas 
cumulada com pedido de revogação de doações por ingratidão. 
Doações de imóveis feitas pela requerente ao Companheiro. 
Escrituras Públicas de doação firmadas pela autora no escritório do 
advogado do réu, e não na presença do tabelião. Inobservância às 
formalidades legais necessárias à validade do negócio. Ingratidão do 
donatário caracterizada nos autos. Havendo vício formal nas 
escrituras públicas de doação, e verificada a ingratidão por parte do 
donatário, o que se denota da circunstância de ter mantido 
relacionamento concomitante, resultando inclusive no nascimento de 
uma filha, conduta ofensiva à honra da doadora, que desconhecia os 
fatos, impõe-se a procedência da demanda para fins de revogar as 
doações feitas por ela em favor do réu. Determinada a inversão do 
ônus da sucumbência, impõe-se o desprovimento do recurso do 
requerido, vez que objetiva a majoração dos honorários advocatícios 
antes fixados em prol de seu procurador. Recurso da autora provido e 
recurso do réu desprovido. (Apelação Civil 70018873273/RS. Relator: 
Desembargador Ricardo Raupp Ruschel. Fonte: DJ 15.08.07) 
 
 
8
CC/02. Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de um 
ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter 
sido o donatário o seu autor. 
9
CC/02. Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem 
prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, 
continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide. 
Nelson Rosenvald (2007, p. 443) destaca que quando o art. 563 dispôs 
que a revogação por ingratidão ou inexecução não prejudicará os direitos 
adquiridos por terceiros, fez uma opção legislativa pela tutela da aparência e 
pela boa-fé dos terceiros que praticaram negócios jurídicos com aquele que 
ostentava a posição de proprietário. Tais hipóteses, ingratidão e inexecução, 
representam situações que se verificam na fase de execução contratual, ou 
seja, têm o significado de inadimplemento da doação, quer pelo 
descumprimento da obrigação principal do devedor: encargo; quer pelo dever 
anexo de proteção: ingratidão, conclui-se, em ambos os casos o que se ofende 
é a boa-fé objetiva. Por conseqüência, trata-se de caso de ineficácia 
superveniente de um negócio jurídico válido, por fim serão preservados todos 
os direitos adquiridos por terceiros, já que não se nulifica ou anula um negócio 
jurídico que é valido na origem. 
Ainda ressalta que a boa-fé objetiva compreende um modo de conduta 
social pautado na ética, conseqüentemente é um verdadeiro standard jurídico 
ou regra de comportamento, o qual exige uma atuação de acordo com 
determinados padrões sociais de lisura, honestidade e correção, com o fim de 
não frustrar a legítima confiança da outra parte. A boa-fé objetiva pressupõe: a) 
relação jurídica bilateral, de modo a impor especiais deveres de conduta às 
partes; b) padrões de comportamento exigíveis do profissional competente; e, 
c) qualificação, que enseje na contraparte o estado de confiança no negócio 
celebrado. É fácil perceber que é o interesse coletivo que justifica o princípio da 
boa-fé, pois se espera que as pessoas pautem seu comportamento na 
cooperação e retidão, com o fim de promover o valor constitucional do 
solidarismo, incentivando o sentimento de justiça social. Assim, ínsita é a idéia 
de repressão a todas as condutas que importem desvio aos parâmetros 
sedimentados de honestidade e lisura. (2005, p. 80-81) Nesse mesmo sentido 
é a lição de Carlos Maximilliano (2007, p. 276), de há muito, e, ainda, tão atual: 
 
Parece que o Direito das Obrigações é a derradeira cidadela do 
misoneísmo no campo jurídico; ali se acastelam, os últimos 
adversários da organização democrática, no sentido mais amplo da 
expressão (1). Entretanto, até ali a vontade individual vai cedendo 
terreno, embora a custa, à solidariedade, à utilidade social. Contudo o 
progresso é lento; aqueles mesmos que abandonaram a teoria da 
vontade, relativamente à interpretação das leis, lhe atribuem valor 
exagerado na exegese dos contratos (2). Estes não decorrem apenas 
do acordo livre e espontâneo das partes; porquanto o próprio acordo 
é subordinado à consideração de utilidade social e do crédito público. 
Quando se procura, através da declaração, a vontade real, verdadeira 
não vítima do erro ou desfigura por expressões imperfeitas, a 
wirkliche Wille, dos tudescos; atende-se, como bem observou 
Saleilles, às necessidades do crédito, às exigências da lealdade e às 
tendências da vida moderna; ampara-se ao mesmo tempo o interesse 
do indivíduo e o da sociedade (3). 
 
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