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SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA

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SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA 
PLANO DE AULA 1 
INTRODUÇÃO: Século XIX primeiros estudos. 
2) POSIÇÃO E AUTONOMIA DA SOCIOLOGIA JURÍDICA: A Sociedade Jurídica é um desdobramento que trata o direito no sentido de contribuir para a compreensão do fenômeno jurídic o, desde a sua origem, seu conhecimento, sua evolução e sua relação com o processo histórico. 
3) A SOCIOLOGIA JURÍDICA: Objetivo é humanizar a norma. A proposta da sociologia jurídica é compreender o direito como fato social e não apenas como conjunto de normas que formam um sistema lógico e fechado, disciplinador da vida em sociedade. É ligar a doutrina jurídica a vida real, dando um enfoque sociológico a realidade jurídica. 
4) AS FORMAS DE ANALISAR O DIREITO 
A) FILOSOFIA DO DIREITO : Analisa os princípios fundamentais, natureza e 
essencialidade do direito. 
B) CIÊNCIA DOGMATICO -NORMATIVA: Faz a construção do conjunto de normas dentro de um sistema lógico com a formulação de doutrinas. 
C) SOCIOLOGIA JURÍDICA: Enfoca o direito como fato social, olha o fenômeno jurídico como as regras gerais que dominam os demais fatos sociais e as regras específicas do mundo do direito. 
5) A IMPORTÂNCIA DA SOCIOLOGIA E SEUS CAMPOS DE ESTUDO 
A sociologia do direito é uma ciência, cujo o objeto é a interdependência entre o social e o jurídico, ou seja a influência entre o direito e a sociedade e a sociedade e o direito. Busca compreender as relações entre ordenamento jurídico e os acontecimentos sociais, entre a formulação d a lei e a realidade social, analisando o direito como produto social. O direito é condicionado pela realidade e age também como elemento condicionante dessa realidade. O fenômeno jurídico é, assim reflexo da realidade social e também fator condicionante dessa realidade. 
a) A eficácia das normas jurídicas e seus efeitos sociais. 
b) Instrumentos humanos de realização da ordem jurídica. 
c) Opinião pública sobre o direito e as instituições jurídicas. 
PLANO DE AULA 02 
1) FUNÇÃO SOCIAL DO DIREITO: O direito é do ponto de vista sociológico um fato social, e como tal tem origem na própria sociedade. É uma ciência essencialmente social. É difícil a prática d e um ato que não tenha repercussão no mundo do direito. As atividades humanas assumem múltiplas formas, mais que podem ser reduzidas em dois tipos: 
1.1) ATIVIDADE DE COOPERAÇÃO: Caracterizam-se pela convergência de interesses. Envolvem fins ou objetivos comuns. Um indivíduo desenvolve uma atividade qualquer que o outro diretamente se aproveita e a medida que se empenha na realização dos seus interesses, coopera n a realização dos interesses dos outros. Ex: compra e venda. 
1.2) ATIVIDADE DE CONCORRÊNCIA: Há paralelismo nas atividades de concorrência nunca se encontram, pois não convergem para um interesse comum. Nelas, dois indivíduos, embora tenham objetivos 
idênticos, desenvolvem atividades independentes, paralelas, que os colocam em posição de competidor ou concorrente. 
CONFLITO DE INTERESSE E SUA COMPOSIÇÃO 
2.1) FUNÇÃO PREVENTIVA DO DIREITO : Principal: O conflito gera o litígio e este por sua vez quebra o equilíbrio e a paz social e aí esta é a primeira e principal função do direito, prev enir conflitos . Evitar tanto quanto possível a colisão de interesses, estabelecendo regras de conduta para a sociedade. 
2.2) FUNÇÃO COMPOSITIVA DO DIREITO : Em sua função compositiva o direito 
apresenta a solução de acordo com a natureza do caso, seja para definir o titular do 
direito seja para determinar a restauração anterior ou aplicar penalidade de diferentes 
tipos. 
3) CRITÉRIOS DE COMPOSIÇÃO DE CONFLITOS 
3.1) CRITÉRIO DA COMPOSIÇÃO VOLUNTÁRIA: É aquele que se estabelece pelo mútuo acordo d as partes. Surgindo o conflito as partes discutem entre si e o resolvem da melhor maneira possível, quase sempre alternando para os próprios deveres 
e obrigações estatutos pelas normas do direito. 
3.2) CRITÉRIO AUTORITÁRIO : C abe ao chefe do grupo (rei, cacique) o poder de compor os conflitos que ocorreram os indivíduo s se encontram sobre sua autoridade. Normalmente a autoridade lança mão do seu for o íntimo do próprio centro de justiça, 
daquilo que a consciência lhe inspira para desempenhar a tarefa de compor os conflitos. 
CRITÉRIOS DA COMPOSIÇÃO JURÍDICA E S UAS CARACTERÍSTICAS: É sempre feita mediante um critério elaborado e enunciado anteriormente, e aplicável a todos os casos que ocorrerem a partir de então são características do critério jurídico: 
a) ANTERIORIDADE: O critério aplicado deve preexistir ao conflito, deve ter sido elaborado antes para poder ser aplicado ao conflito que ocorrer depois. 
b) PUBLICIDADE: É preciso também que o critério tenha sido enunciado, declarado pela autoridade que o elaborou antes da sua aplicação. 
c) UNIVERSALIDADE: O critério nunca pode ser cominado apenas para um determinado caso concreto, mais sim para todos os casos que apresentarem a mesma tipologia. 
4) TENDÊNCIAS MODERNAS DE COMPOSIÇÃO DE CONFLITOS 
4.1) MEDIAÇÃO: É um procedimento que consiste em um terceiro imparcial assistindo e conduzindo duas ou mais partes negociantes a identificarem os pontos de conflito e, posteriormente, desenvolverem de forma mútua propostas que ponham fim ao conflito. O mediador participa das reuniões co m as partes de modo à coordenar o que for discutido, facilitando a comunicação e em caso de impasse, intervindo de modo a auxiliar a melhor compreensão e reflexão dos assuntos e propostas, mais nunca impondo as partes uma solução ou qualquer tipo de sentença. Elas é que decidem. 
SÃO CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO MEDIADOR 
A) Ausência de preferência de determinar o que for acordado pelas partes. 
B) Ausência de autoridade para impor uma decisão vinculante. 
C) Saber que as partes não chegam a um acordo completo até que cada u ma das 
partes aceite todos os termos do acordo. 
4.2) CONCILIAÇÃO: É um meio alternativo d e solução de conflitos, em que as partes confiam a um terceiro não interessado a função de aproximá-las e orientá-las na construção mutuamente satisfatória mediante transação. O conciliador atua de forma voluntária como facilitador do acordo entre os envolvidos, criando um contexto propício ao entendimento mútuo à aproximação de interesses e a harmonização das relações. 
4.3) ARBITRAGEM: Lei 9307/96, trata de uma forma alternativa de dirimir conflitos em que as partes estabelecem em contrato ou simples acordo que vão utilizar o juízo arbitral para solucionar controvérsia existente ou eventual, em vez de procurar o poder judiciário. A sentença arbitral tem o mesmo efeito da convencional, sendo obrigatória entre as partes, abdicando estas de seu direito de compor o litígio perante o poder judiciário. Pode ser firmada por cláusula arbitral, também chamada de cláusula compromissória, quando firmada junto ao contrato, ou por, compromisso arbitral, após dada a controvérsia. Trata-se de processo sigiloso e somente pode ser objeto de arbitragem direito patrimoniais disponíveis. 
PLANO DE AULA 3 
MONISMO E PLURALISMO JURÍDICO 
1) CONCEITO SOCIOLÓGICO DO DIREITO 
1.1) O DIREITO COMO NORMA DE CONDUTA SOCIAL : O direito é um conjunto de norm as de conduta universais abstratas obrigatórias e mutáveis, imposta pelo grupo social, destinadas a disciplinar as relações 
externas do indivíduo objetivando prevenir e compor conflitos. 
1.2) CARACTERÍSTICAS DA NORMA JURÍDICA 
A) ORIGEM SOCIAL: As normas vem da necessidade social e servem a sociedade, para que assim possam ter sua verdadeira eficácia. 
B) MUTABILIDADE: Como a sociedade está em constante mutação, o direito também acompanha esta mudança. Assim, não te m o direito caráter perpétuo e imutável mais sim essencialmente provisório sujeito a constantes modificações (Há muita demora para as mudanças ocorrerem). 
C) UNIVERSALIDADE OU GENERALIDADE: Se destinam a todos e são aplicáveis a todas as relações abrangíveis por seus escopos (Objeto). (A lei é para todos) 
D) ABSTRAÇÃO: São abstratas mais não se referem a casos concretos quandoda sua elaboração mais sim de casos hipoteticamente considerados. 
E) OBRIGATORIEDADE: É elemento essencial d o direito. Somente sentimos seu peso quando a transgredimos, porque aí temos que responder pelas consequências de nossos atos. Também chamada de coercibilidade. 
1.3) 
SANÇÃO (É A PENA ABSTRATA) 
- É a ameaça para o transgressor da norma; 
- É estabelecida pelo legislador; 
- Exerce uma coação psicológica sobre os indivíduos, gerando um temor à pena; 
- Gera a chamada PREVENÇÃO GERAL, pois a maioria dos indivíduos se comporta dentro dos limites do direito. 
PENA 
- Já é o próprio castigo imposto; 
- É fixada pelo julgador; 
- Exerce uma coação física ou material sobre os indivíduos; 
- Gera a chamada PREVENÇÃO ESPECIAL, que é o remédio extremo usado contra uma minoria que não observa as normas, obrigando aos transgressores a respeitar o direito. 
2) ORIGEM DAS NORMAS DE CONDUTA 
2.1) ESCOLA MONISTA: Entendem que apenas um grupo social, o político, o estado devidamente organizado está apto a criar normas de direito. É influenciado pelo positivismo. O monismo parte da ideia de que o estado é a única fonte normativa legítima, descartando qualquer possibilidade de reconhecimento de outras fontes de produção jurídica. 
2.2) ESCOLA PLURALISTA: Considera como direito qualquer sistema de normas sociais que regule efetivamente a vida social. Um sistema de normas que adquira validade e eficácia na prática social é considerado como parte do campo jurídico
3) FATORES DE EVOLUÇÃO DO DIREITO 
A) FATORES E CONÔMICOS: Transmissão de propriedades, formas de produção, vínculos empregatícios, etc... 
B) FATORES POLÍTICOS: Revoluções, regulamentações referentes a regimes políticos e relações do estado. 
C) FATORES CULTURAIS: Direito Espacial, Direito Nuclear, Direito Internet. 
D) FATORES RELIGIOSOS : Controle de natalidade, reconhecimento de união homo-afetiva e divórcio. 
PLANO DE AULA 4 
INSTRUMENTOS HUMANOS DE REALIZAÇÃO DA ORDEM JURÍDICA – 
PODER LEGISLATIVO 
1) Os agentes de produção e distribuição do direito. 
1.1) CONCEITO: Entendem-se por instrumentos humanos de realização da ordem jurídica aqu eles órgãos ou instituições através dos quais a ordem jurídica de uma sociedade é declarada, assegurada e mantida e modificada pelos homens. Não basta termos boas e eficazes leis; é preciso ter gente especializada e em número suficiente para aplicá-la. 
2) PODER LEGISLATIVO 
2.1) DIVISÃO 
A) FEDERAL -------- SENADO = CONGRESSO NACIONAL
	 -------- CÂMARA DE DEPUTADOS = CONGRESSO NACIONAL 
- Através dos deputados e senadores elaboram as leis para todo o território 
brasileiro (Leis federais), sendo assim responsáveis pela declaração e modificação da 
ordem jurídica nacional. 
B) ESTADUAL – Assembléia Legislativa: Elaboram leis para o território de cada estado. 
C) MUNICIPAL – Câmara de Vereadores: Elaboram leis municipais. 
2.2) SELEÇÃO DOS LEGISLADORES – Eleição Direta 
2.3) PROBLEMAS APRESENTADOS 
- Coronelismo; cooptação de parlamentares; 
- Infidelidade Partidária; 
- Corrupção; 
- Currais eleitorais; 
- Facilitações; 
- Empreguismo; 
- Distribuição de Alimentos. 
2.4) POSSÍVEIS SOLUÇÕES 
A) VOTO DISTRITAL MISTO – COMUM EUA 
Voto distrital misto ---------- ½ - maioria dos votos 
	---------- ½ - Sistema Proporcional ---- Uninominal 
	---- Plurinominal ou de lista 
	---- Fechada ou aberta 
Os estados são divididos em regiões e somente parte dos candidatos, geralmente metade é eleita por votação majoritária. A outra metade é escolhida pelo sistema proporcional, que se subdivide em : 
UNINOMINAL: Cada partido indica seu candidato para a escolha do eleitorado. PLURINOMINAL OU DE LISTA: Sistema de lista de candidatos que podem 
ser: 
FECHADA – O partido escolhe os candidatos que quer e o eleitor vota no partido (legenda); não h á voto nominal. Fortalece o partido mais que da ensejo ao afastamento das minorias e ao engrandecimento das figuras de cacique. 
ABERTA – O partido não escolhe os candidatos. Apresenta o número fixado em lei 
aprovados em convenção e o eleitor tem a opção de votar no partido ou na pessoa. 
B) DISTRITO DE MÉDIA MAGNITUDE ( PORTUGAL, ESPANHA E GRÉCIA) 
Elegem de 5 a 8 deputados e não apenas 1 . Passa a atribuir uma justa representação evitando as distorções de representação popular. Enxuga-se o número de partidos e dá-se uma justa medida as diversas áreas, impedindo o fenômeno da sub -representação de áreas importantes como as metropolitanas e dá uma visibilidade maior ao representante. 
PLANO DE AULA 5 
PODER JUDICIÁRIO 
1) INTRODUÇÃO: Organização política, mono pólio estatal e separação de 
poderes. 
(olho por olho – lei do mais forte, primeira forma de solução de conflitos PODER JUDICIÁRIO: Função – Tem como função prevalente distribuir a justiça na sociedade o que faz aplicando a lei nos casos concretos, compondo os conflitos em favor de todos, o que deles necessitarem, no momento em que se torne necessária, e no lugar aonde for necessária. 
2) ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO 
2.1) Justiça estadual causas do estado/causas do município/entre particulares. 
2.1.1) COM PETÊNCIA: Compete à Justiça Estadual processar e julgar todas as demandas envolvendo conflitos de interesse entre particulares, bem como as demandas em que há interesse dos próprios estados, municípios e seus desmembramentos administrativos. 
2.1.2) ESTRUTURA: 
(1º INSTÂNCIA) Toma o conhecimento da causa (lide) em primeiro lugar e suas decisões são prolatadas por um juiz singular – um só julgador.
1º INSTÂNCIA – (VARAS/JUIZ SINGULAR) 
2º INSTÂNCIA – (CÂMARAS/JUÍZO COLETIVO) 
(2º INST ÂNCIA)Toma o conhecimento da causa em 2º lugar – atividade revisora, não estão em contato direto com as partes, limitando -se a apreciação daquilo que já está no processo; só existe nas capitais dos estados e é exercido pelo tribunal de justiça, é uma justiça colegiada, visto que as decisões ali são prolatadas por no máximo 3 julgadores. 
2.1.3) JUIZADOS ESPECIAIS: Causas de menor potencial ofensivo. São órgãos competentes para as causas de menor complexidade. Turma recursal e infrações penais de menor potencial ofensivo. Da sentença cabe recurso inominado para a turma recursal, comporta por 3 juízes togados no exercício de 1º grau de jurisdição. (desnecessidade de advogado para as causas inferiores a 20 salários). 
2.2) JUSTIÇA FEDERAL 
2.2.1) COM PETÊNCIA: Compete a justiça federal todas as causas em que houver interesse da união e de seus desmembramentos administrativos (autarquias e empresas públicas), como autora, ré ou simples interessado. 
2.2.2) ESTRUTURA 
1º INSTÂNCIA – (JUIZ FEDERAL/SINGULAR) 
2º INSTÂNCIA – (DESEMBARGADOR FEDERAL) 
2.3) JUSTIÇA ESPECIAL 
2.3.1) JUSTIÇA MILITAR: Tem competência para processar e julgar os crimes previstos no código penal militar. Só existem nas cidades onde há grupamento militar, e é integrada pelas auditor ias do exército/marinha/aeronáutica etc... as decisões são por um colegiado. A segunda instância é constituída pelo Superior Tribunal Militar integrado por 15 ministros. 
2.3.2) JUSTIÇA ELEITORAL: Trata das questões de direito eleitoral. Sua 1º instância é constituídas por zonas distribuídas em todo território nacional. A segunda instância é constituída pelo Tribunal R egional eleitoral. A 3º instância é constituída pelo Tribunal Superior eleitoral. 
2.3.3) JUSTIÇA DO TRABALHO : Tem competência par a processar e julgar o direito do trabalho. Tem sua 1º instância como as varas do trabalho, sua 2º instância é constituída pelo Tribunal Regional do Trabalho. A 3º instância é constituída pelo Tribunal Superior do trabalho, composto por 27 ministros. 
2.4) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (criado pela C.F. 88): A ele compete z elar pela supremacia das leis federais e promover a uniformização. 
a) SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA de sua interpretação; quaisquer decisões dos tribunais estaduais ou federais em q ue houver violação de lei s federais poderá ser reexaminadapelo STJ através do recurso especial. É comporto por 33 ministros selecionados da seguinte forma: 
1/3 – TRF 
1/3 – TJ 
1/3 – OAB/MP/DEFENSORIA 
b) SUPERIOR T RIBUNAL FEDERAL: Embora sendo um órgão federal se sobrepõe a todo aparelho judicial. É o mais elevado tribunal do poder judiciário no Brasil. Através do recurso extraordinário reexamina matérias como palavra final e imutável comporta por 11 ministros. 
2.5) A CRISE DO JUDICIÁRIO NO BRASIL 
a) CAUSAS OPERACIONAIS: São relacionadas a infra-estrutura necessária ao bom funcionamento da justiça- recursos materiais, humanos e financeiros. 
b) CAUSAS FUNCIONAIS: Dizem respeito ao deficiente sistema recursal no Brasil (excesso de recursos). 
OBS; Súmula vinculante e repercussão geral. 
c) CAUSAS E STRUTURAIS: Amenizado pela criação do Conselho Nacional de justiça, órgão nacional de planejamento e controle do judiciário, dotado de estrutura leve e bom funcionamento. 
3) SISTEMA DE ESCOLHA DOS MAGISTRADOS 
3.1) Do sistema eletivo 
a) CARACTERÍSTICAS: São escolhidos pelo povo através da eleição direta. É democrático rápido e pouco oneroso.Nomeação dos nomes dos executivos. 
b) DESVANTAGENS: A função do juiz exige imparcialidade, independência e descomprometimento, o que é incompatível com sistema eletivo, haja vista ser necessário ele buscar voto s para sua efetiva eleição. 
Teríamos aqui os mesmos problemas que se apresentam no processo eleitoral do poder legislativo. 
1) BARREIRAS DO ACESSO À JUSTIÇA 
a) ACESSO FORMAL A JUSTIÇA: Consiste na possibilidade legal de acionar o judiciário em caso de conflito. Existência de leis que tutelam direitos e de órgãos que efetivam essa tutela e acesso efetivo a justiça. 
b) ACESSO EFETIVO À JUSTIÇA: Consiste na possibilidade real de pedir proteção ao judiciário. 
b.1) BARREIRAS ECONÔMICAS: Alto custo dos processos; as pessoas desistem porque não podem pagar as despesas ou pela relação custo-benefício. 
b.2) BARREIRAS SOCIAIS: Desconfiança do sistema da justiça ou medo de romper relações sociais. Ex : Busca do nome antes de dar o emprego. (retalhação – medo de represália). 
b.3) BARREIRAS PESSOAIS : Falta de informações sobre direitos de proteção judiciária e assistência gratuita. 
b.4) BARREIRAS JURÍDICAS: São os obstáculos relacionados com as regras de organização do processo e do funcionamento do tribunal, distância geográfica do fórum, poucos funcionários, lentidão na justiça, etc... 
2) TENTIVAS DE REFORMA 
2.1) CRIAÇÃO DE AS SISTÊNCIA JUDICIÁRIA : Consiste em disponibilizar às pessoas carentes um advogado custeado pelo Estado. Defensoria Pública. 
2.2) CRIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS ESPECIAIS E ALTERNATIVOS : 
Para solução dos conflitos (formas de conciliação). Resolver conflitos simples rápido e econômico. 
a) TRIBUNAIS DE PEQUENAS CAUSA S: Criado nos EUA e Europa desde 1970. 
b) TRIBUNAIS VIVINAIS : Oferecem serviços de mediação em casos de pequenos litígios. Criado nos EUA nos anos 1970 e 1980. 
c) CONCESSÕES ESTATAIS OU ONG’S: Recebem queixa de consumidores e buscam uma solução amigável ou encaminham o processo a justiça assumindo seus custos. 
d) CRIAÇÃO DE AU TORIDADES COMPETENTES : Também conhecidos como autoridades independentes, recebem as queixas dos cidadãos sobre omissões 
ou ilegalidades cometi dos pela administração pública e estas precionam as autoridades p ara que sejam tomadas as medi das adequadas a satisfação da população. Ex. CNJ 
e) AGÊNCIAS REGULADORAS: Encarregadas da inspeção de serviços públicos delegadas a empresa e também da solução de conflitos com os consumidores. 
2.3) Tenta-se ampliar o acesso à justiça aumentando o número de tribunais. 
Aumentam-se prédios, funcionários, etc... 
2.4) “Seguros Jurídicos ou Convênios” – Plano de Saúde 
3) INICIATIVAS DE REFORMA NO BRASIL 
a) Ampliação dos serviços da defensoria e de escritórios experimentai s: Ex: Escritório modelo na faculdade. 
b) Criação de procedimentos especiais. Ex: Juizado Especial 
c) Juizados Itinerantes. Ex: Caminhão/ônibus Itinerante 
d) Arbitragem Extrajudicial: Tribunal arbitrários 
e) COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA 
CCP – Justiça do Trabalho (Inconstitucional) 
Critério Autoritário – Rei 
Critério Judicial – T.J. 
Critério Voluntário 
Arbitragem/Conciliação/Mediação 
PLANO DE AULA 10 
OPINIÃO PÚBLICA SOBRE O DIREITO 
1) CONCEPÇÃO DE OPINIÃO PÚBLICA: É o pensamento predominante do grupo sobre uma determinada pessoa ou questão. É o juízo coletivo adotado e exteriorizado por um grupo. 
2) O PODER DA MÍDIA NA OPINIÃO PÚBLICA: É o poder total, o grande formador da opinião pública que se manifesta de várias formas; hoje chamado de 4º poder, já que tem o poder de condicionar. 
3) OPINIÃO PÚBLICA E DIREITO 
KOL – KNOWLEDGE AND OPINION ABAUT LAW 
Conhecimento e opinião sobre a lei. 
São 3 os principais t emas de pesquisa utilizados, objetivando verificar o conhecimento e opinião sobre o direito. 
a) CONHECIMENTO DA LEGISLAÇÃO : A falta de conhecimento não somente pode prejudicar os nossos interesses como também é um indicador da 
falta de eficácia d as normas jurídicas, já que o conhecimento da norma é requisito mínimo para seu cumprimento. 
A pesquisa indica que a opinião pública é bem informada sobre a legislação penal. 
O desconhecimento aumenta no campo do Direit o Civil e Trabalhista é quase total em ramos do direito referentes ao funcionamento do estado ou da economia (constitucional, administrativo, tributário, eleitoral, etc...). 
CONCLUSÃO: Existe uma enorme distância entre a população e o sistema jurídico. 
b) POSTURA DA OPINIÃO PÚBLICA DIANTE DE DETERM INADAS 
LEIS E DO DIREITO EM GERAL: Utiliza a técnica de pedir aos participantes para classificar delitos segundo a gravidade e propor a pena que entendam cabível. O resultado da pesquisa tende a ser semelhante as avaliações do legislador, indicando que existe um largo consenso sob as normas do direito 
penal em vigor. 
c) OPINIÃO PÚBLICA SOBRE OS OPERADORES DO DIREITO E O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA: As pesquisas demonstram que o conhecimento dos cidadãos sobre o funcionamento da justiça é muito limitado. 
Acreditam em detrimento das classes inferiores e há grandes dúvidas sobre a probidade (retidão de caráter) e imparcialidade da magistratura. Tenta-se justificar estas opiniões sob fundamento de que ela reproduz o senso comum difundindo pela mídia. Estereótipos e visões sensacionalista. 
PLANO DE AULA 14 
DIREITO E ANOMIA 
1) NOÇÃO DE ANOMIA: Ausência de norma de conduta ou de lei. 
1.1) CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO ROBERT BIERS 
a) Desorganização de pessoas que resultam um indivíduo desorientado ou fora da lei, com reduzida vinculação a rigidez da estrutura social ou a natureza de suas normas. 
b) Conflito de normas que resulta em situações sociais que acarretam para o indivíduo dificuldades em seus esforços para se conformar as exigências contraditórias. 
c) Ausência de normas (tradução etimológica) 
1.2) CAUSAS DE COMPORTAMENTO ANÔMICO (OU DE DESVIO) 
a) CAUSA: Entende-se por causa aquilo que determina a existência de uma coisa; a circunstância sem a qual o fenômeno não existe, é o (fenômeno) o agente causador do fenômeno social. 
b) FATOR: Embora não d ê causa ao fenômeno concorre para sua maior ou menor incidência. 
O ESTUDO DA ANOMIA: SÃO AS CAUSAS IMPORTANTES 
1.3) O PENSAMENTO DE ROBERT MERTON SOBRE ANOMIA: Merton sustentou que em toda sociedade existem metas culturais a serem seguidas, entendo-se como tais os valores sócio-culturais que norteam a vida dos indivíduos. Para atingir estas metas existem os meios, que são os recursos institucionalizados pela sociedade, aos quais aderem as normas de comportamento. O desequilíbrio entre 
meios e metas ocasiona o comportamento de desvio individual ou de grupo, es que o indivíduo no empenho de alcançar as metas que lhe foram sugeridas e não dispondo de meios para tal, buscaria outros, mesmo que contrário aos interesses sociais. 
a) CONFORMISTA: É a conduta que busca atingir as metas sociais através dos meios institucionalizados,respeitando as normas fixadas pela sociedade. 
b) INOVACIONISTA: É a conduta de quem esta de acordo com as metas sociais mais percebendo que os meios são insuficientes e não estão a seu alcance, inova, buscando realizar suas metas através de outros meios. Ex: Político. 
c) RITUALIS TA: Percebe que as metas sociais são muito elevadas e os meios insuficientes para atingi-la. Abdica das metas apegando-se os meios. Ex: Funcionário Público. Inversão dos valores, perde de vista os fins. 
d) COMPORTAMENTO DE EVASÃO : Se caracteriza pelo fato de abandonar as metas e os meios. Percebendo que as metas são muito elevadas e os meios escassos, foge da sociedade, vive m no meio social mas não o aderem. Ex : Mov. Dos hippies, Gentileza. 
e) REBELIÃO: Além de não concordar com as metas e os meios propõem o estabelecimento de novas metas e meios.
1.3) COMPORTAMENTO DE DESVIO 
a) CONFORMISTA: Não é comportamento de desvio e do tipo modal (modo) 
b) INOVACIONISTA: Desvio de maior frequência na sociedade, as normas são abandonadas ou conformadas em um esforço do indivíduo para superar os obstáculos institucionais ou instrumentais e atingir os alvos culturalmente estipulados. 
c) RITUALISMO: Extremamente prejudicial para a sociedade, principalmente quando adotado pelos homens públicos, que se recusam a fazer mudanças ou reformas sociais, mantendo velhas instituições ou disposições legislativas. 
d) EVASÃO: É o comportamento de desvio porque ocorre a rejeição das metas culturais e dos valores que as sustentam, peso morto na sociedade. 
e) REBELIÃO: Pretende a derrubada de todos os meios e metas sociais de forma revolucionária.

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