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CONCLUSÃO
A Contabilidade propõe-se a prover os usuários com informações. 
Para tal, se utiliza do processo de identificar, mensurar, registrar e informar as mutações que ocorrem no patrimônio das empresas, de modo a permitir julgamentos fundamentados e decisões respaldadas. Normalmente, os números dão a impressão de exatidão. Essa, no entanto, nem sempre é facilmente obtida, Quando se trata de Contabilidade, visto que se encontra no campo das Ciências Humanas e não Exatas. 
O fato de os valores medidos na Contabilidade terem muito mais características sociais do que físicas, não se deve levar a considera-los menos representativos do que os calculados em outras áreas do conhecimento, pois, apesar de certa subjetividade na medição de determinados valores, essa pode, de certo modo, ser muito bem definida e controlada. 
Para se conhecer melhor o desafio que representa mensurar o Ativo de uma empresa, apresentou-se, neste artigo, várias formas de se proceder em tal ação.
 
Noções da Teoria da Mensuração - Conceitos
Mock e Grove, citados por Guerreiro, definem sistema de mensuração com: "(...) conjunto de procedimentos que atribui números a objetos e eventos com o objetivo de prover informações válidas, confiáveis, apropriadas e econômicas para os tomadores de decisões2" .
A mensuração pode ser considerada como uma aproximação, uma vez que retrata, numericamente, as propriedades dos eventos e objetos.
Homburguer, citado por Guerreiro, registra que: Os valores financeiros dos ativos e passivos, receitas e despesas são mais sociais que físicos, no seu caráter: eles dependem e estão sujeitos ao julgamento e preferências do homem como um ser social (...) A quantia de custo de um ativo em qualquer negócio particular depende não só do tempo e lugar de aquisição, mas de julgamentos, esperanças, medos e preferências, tanto do comprador quanto do vendedor3.
Segundo Hendriksen: "(...) a unidade monetária tem suas limitações como um método para transmitir informação. A mais séria limitação ou restrição reside no fato de que o valor da unidade monetária não é estável durante todo o tempo4".
Chambers, citado por Guerreiro, conceitua mensuração como sendo: "(...) atribuição de números a objetos ou eventos de acordo com regras, especificando o objeto a ser medido, a escala a ser usada e as dimensões da unidade5".
Guerreiro6 acrescenta na conceituação de Chambers o aspecto temporal da decisão, apresentando o seguinte exemplo: na medição do preço de aquisição de uma casa pode-se considerar os seguintes tempos: Passado - preço de aquisição; Presente - preço atual da mesma casa; Futuro - preço que se pagara no futuro por uma mesma casa.
Desta forma, o tipo de decisão que se irá tomar influenciará a correta mensuração do objeto ou evento. Ao mensurar o valor econômico dos objetos ou eventos, estes serão traduzidos a um único padrão de medida, no caso da Contabilidade, o monetário.
A mensuração, em unidades monetárias se presta como um meio útil de atribuir um significado comum a objetos ou eventos diferentes, constituindo-se de difícil execução porque tem características que os demais padrões de mensuração não posSUEM.
Atributos Básicos da Mensuração
Objetividade
Os desvios apresentados de uma mensuração para outra serão reduzidos proporcionalmente ao detalhamento e a objetividade das suas regras. Se as regras não forem claras o suficiente, darão margem à subjetividade decorrente dos julgamentos. Segundo Ijiri: "Existem vários graus de objetividade e devemos discutir se uma medida é mais objetiva ( ou menos objetiva) do que outra e não se uma medida é objetiva ou não11".
Confiabilidade
Conforme a ONU (Organização das Nações Unidas):
Um item deve ser reconhecido numa demonstração contábil se ele pode ser mensurado com suficiente confiabilidade, se o valor envolvido pode ser razoavelmente estimado, se é provável que os futuros benefícios econômicos ou recursos associados com ele serão obtidos ou renunciados12.
Segundo ijiri"(...) um sistema é confiável quando ele funciona de forma como se espera13", e acrescenta que, na Contabilidade a confiabilidade da mensuração é definida como grau de objetividade acrescido de um fator de julgamento. Isso mostra que o grau de objetividade pode ser mensurado, mas a confiabilidade não, pois o julgamento depende de um juízo de valor, o qual, por sua vez, está, relacionado ao particular uso da medida.
Oportunidade
Qualquer informação pode vir a perder a sua utilidade se não for oportuna. O benefício da informação está ligado ao tempo em que se presta tal informação, pois o tempo "deteriora"a capacidade informativa das demonstrações contábeis.
Precisão
Para fins gerenciais, a mensuração deve ser precisa o suficiente, de forma a permitir ao gestor distinguir o mais adequado curso de ação.
Exatidão
A mensuração deve expressar valores verdadeiros.
Acurácia
A informação deve ter uma probabilidade mínima de se desviar da verdade.
Padrões de Mensuração
Lembre-se que além do padrão monetário, dispõe-se de diversos outros como: comprimento, área, volume, massa, temperatura, unidades físicas, etc.
Formas de Avaliação do Ativo
Segundo a Onu: "A avaliação é o processo de determinação do valor monetário a ser dado a um item incluído na denominação financeira. Para isso é necessário selecionar-se a unidade de mensuração e o método pelo qual o item deve ser avaliado18".
Existem várias formas de se mensurar ativos, como apresentados no quadro abaixo:
Métodos Alternativos para Avaliação
Painel de Avaliação Contábil Face a situações específicas
INTRODUÇÃO
Avaliação, Reconhecimento
e Mensuração “ Ativos representam benefícios futuros esperados, direitos que foram adquiridos pela entidade como resultado de alguma transação corrente ou passada” Definição de Ativo “O ativo compreende as aplicações de recursos representados por bens e direitos”
Resolução CFC 847/99 Definição de Ativo Avaliação do Ativo Avaliação do ativo é o “ato ou efeito de avaliar; aprecia”, o autor ainda aponta que quando se está falando em avaliação há necessidade de retorno futuro. Mensuração de Ativo - A mensuração é um processo onde valores monetários são atribuídos de forma significativa a objetos ou eventos associados à empresa;
- Mensurar o ativo é atribuir uma quantidade numérica de um determinado bem, seja ele circulante ou não circulante. Reconhecimento do Ativo Como é realizado o reconhecimento do ativo no balanço patrimonial?
- Se refere as disposições contratuais, como compra ou vendas;
- A forma de contabilização pela data de negociação ou liquidação; 
-Valor justo que pode avaliar o bem, que pode ser comparado ao valor de mercado. “O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros”
Resolução CFC 847/99 Definição de Passivo “O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros”
Resolução CFC 847/99 Definição de Passivo Avaliação do Passivo É um processo onde valores monetários são atribuídos de forma significativa a objetos ou eventos associados à empresa, sendo obtidos de modo que possam permitir que tais valores sejam agregados ou dispersos quando necessário. Mensuração do Passivo Conclusão Avaliar, reconhecer e mensurar os ativos e passivos de forma adequada é para a empresa de suma importância, pois os gestores poderão tomar suas decisões com dados mais próximos da realidade. 
RESUMO
 O objetivo deste trabalho é analisar qual metodologia, dentre as diversas alternativas de mensuração de ativos e passivos exigíveis apresentadas pela Teoria da Contabilidade, proporcionaria um valor mais aproximado da realidade do patrimônio líquido de uma empresa, sob a ótica do proprietário. Para abordar a questão proposta, considera-se como premissa básica o fato de que se os ativos e passivos exigíveis de uma entidade estiverem sendo mensurados por valor mais aproximado da realidade, e considerando-se que o patrimônio líquido é apurado peladiferença entre os dois, então o patrimônio líquido estaria também mensurado da mesma forma. Assim, seria possível afirmar que existe uma metodologia mais correta de avaliação de ativos e passivos exigíveis de uma entidade, considerando-se as alternativas apresentadas pela Teoria da Contabilidade?
Este trabalho aborda especificamente o problema da mensuração de ativos e passivos exigíveis, e tenta investigar se existe uma melhor metodologia para mensurá-los, considerando-se os resultados que podem ser obtidos. Não é nosso objetivo apresentar a solução para o questionamento proposto, face à sua complexidade, mas expressar a falta de clareza na literatura contábil e normativa. Esse fato dá suporte para a utilização das várias alternativas de avaliação propostas pela Teoria da Contabilidade.
 
1 – INTRODUÇÃO
 O objetivo deste trabalho é analisar qual metodologia, dentre as diversas alternativas de mensuração de ativos e passivos exigíveis apresentadas pela Teoria da Contabilidade, proporcionaria um valor mais aproximado da realidade do patrimônio líquido de uma empresa, sob a ótica do proprietário.
Entende-se que a importância desse trabalho, em primeiro lugar se deve ao fato da necessidade de estimular a pesquisa acadêmica na busca de metodologias de mensuração de ativos e passivos, que pudessem fornecer um valor mais aproximado da realidade do patrimônio de uma entidade. E em segundo lugar, numa economia globalizada, a necessidade de informações tempestivas, atuais e precisas sobre a situação econômico-financeira das organizações, principalmente quando suportam tomadas de decisões financeiras, que exigem o conhecimento do valor de mercado das empresas, é cada vez mais demandada pelos usuários da Contabilidade.
Não se pode ignorar que, à luz da Teoria Contábil, existem três grandes problemas, que são: 1) quando reconhecer o evento econômico na organização; 2) como mensurar em algoritmos econômicos os ativos e passivos exigíveis de uma entidade; 3) como divulgar ou comunicar aos usuários da Contabilidade, as informações econômico-financeiras que suportam as tomadas de decisões no curto e longo prazo.
Analisa-se, inicialmente, a seguinte definição: “patrimônio é uma combinação de valores econômicos amealhados, formando um conjunto de riqueza destinada a conseguir resultado” (D’Áuria, Contabilidade Geral, 1956).
Tal resultado, mencionado, anteriormente, ocorre no sistema patrimonial e é obtido pelo acréscimo de riqueza que se consegue, quando se trabalha com elementos positivos e adequados. Assim, os fins patrimoniais serão alcançados por meio da utilização de recursos econômicos aptos para essa finalidade, como os bens atuais disponíveis e os futuros bens econômicos esperados, os quais representam o ativo. Dessa forma, pode-se entender que o ativo é um conjunto de forças positivas que pode conter também uma parte negativa representada pelo passivo exigível de curto ou longo prazo.
 Por isso, o resultado obtido mediante utilização de ativos, será mensurado ao comparar-se o patrimônio líquido inicial, com aquele apresentado ao final do período. Nessa diferença apurada estarão refletidos os critérios adotados na mensuração dos ativos e passivos exigíveis, bem como a metodologia utilizada para reconhecer as receitas e despesas.
Esse trabalho foi segmentado em cinco seções. A seção 1 introduz o tema e justifica a sua importância no atual contexto econômico, além de trazer uma rápida revisão de conceitos chaves utilizados no desenvolvimento do trabalho. A seção 2 apresenta as diversas alternativas de metodologias de mensuração do ativo, suas vantagens, desvantagens e os prováveis usuários. A seção 3 apresenta a forma de reconhecimento e mensuração do passivo. Na seção 4 apresenta-se a conclusão do trabalho e na 5 a bibliografia.
 
1.1 - REVISÃO DE CONCEITOS
Para o desenvolvimento do trabalho proposto é muito importante a revisão dos conceitos de ativo, passivo, patrimônio líquido e de mensuração, a seguir.
 
1.1.1 - ATIVO
1.1.2 “... são benefícios econômicos futuros prováveis, obtidos ou controlados por uma dada entidade em conseqüência de transações ou eventos passados”.(Hendriksen, SFAC 6, parágrafo 25)
 “... os ativos representam benefícios futuros esperados, direitos que foram adquiridos pela entidade como resultado de alguma transação corrente ou passada...” (Sprouse e Moonitz, no ARS no. 3, do AICPA, de 1962)
Ampliando-se um pouco mais os conceitos acima, pode-se, então, concluir que o ativo representa os futuros resultados econômicos, expressos monetariamente ao valor presente, que uma entidade espera obter, mediante a aplicação de recursos tangíveis ou intangíveis, cuja posse ou controle ela detém, com o objetivo de dar continuidade à entidade.
 
1.1.2 - PASSIVO
 O passivo representa as obrigações que uma entidade assume perante terceiros para obter ativos ou realizar serviços e essas obrigações, normalmente, são resultantes de transações que ocorreram no passados ou no presente, no entanto, devem ser liquidadas no futuro. (Sprouse e Moonitz, 1962)
O passivo de uma entidade encerra os sacrifícios futuros, prováveis de benefícios econômicos que resultaram de obrigações presentes. (Hendriksen, Teoria da Contabilidade, 1999)
 Assim, o passivo representa prováveis sacrifícios econômicos que ocorrerão no futuro que são provenientes de obrigações atuais de uma entidade particular quando transferem ativos ou fornecem serviços a outras organizações no futuro, como resultado de transações ou eventos que ocorreram no passado. (Kenneth Most, Accounting Theory, 1986)
 
.1.4 - MENSURAÇÃO
 Sob a ótica contábil, mensurar é atribuir valores a objetos ou eventos, observando-se algumas regras, especificando-se a propriedade a ser mensurada, a escala a ser usada, e a dimensão da unidade de medida. (Dissertação Peleias, citando Chambers).
Em Ciências Contábeis, mensurar é o processo de atribuir valores monetários a objetos ou eventos associados às atividades de uma empresa. (Hendriksen, Teoria da Contabilidade, 1999).
 
2 - CRITÉRIOS PARA MENSURAR OS ATIVOS
 Iudícibus (Teoria da Contabilidade, Iudícibus, 2000) considera que o problema na avaliação de ativos apresenta-se tradicionalmente dividido em duas partes fundamentais:
a) ativos monetários e assemelhados, deveriam ser expressos em termos de entradas esperadas de caixa, ajustadas pelo prazo de espera do recebimento, sempre que relevante;
 b) ativos não monetários, representados pelos inventários, instalações, equipamentos, investimentos de longo prazo e ativo diferido, apresentam maior complexidade no momento da avaliação. Estes ativos poderiam ser mensurados ou determinados pelo custo de aquisição ou algum conceito derivado.
De acordo com a Teoria da Contabilidade existem vários critérios para mensurar os ativos das entidades. Citamos a seguir alternativas de mensuração de ativos valores de entrada e a valores de saída, bem como seus prováveis usuários, suas vantagens e desvantagens.
 
2.1 - ALTERNATIVAS DE MENSURAÇÃO A VALORES DE ENTRADA
 O valor de entrada é considerado o custo pelo qual o ativo foi adquirido no mercado, e se construído ou fabricado pela própria entidade, será determinado pelo montante dos gastos efetivos para obtê-lo.
 
2.1.1 - Custo Histórico
Para Hendriksen, 1999, o custo histórico é o preço agregado, pago por uma entidade para adquirir a propriedade e uso de um ativo.
É uma forma de avaliação, cujos prováveis usuários, serão os gerencialistas e o Fisco, sendo este o mais bem atendido com esse método de avaliação. No entanto, existem vantagens e desvantagens nessa metodologia, as quais apresenta-se a seguir.
 
2.1.1.1 - Vantagens
ðo custo do ativo é fácil de ser identificado;
ðfacilita a quantificação das expectativas de serviços futuros a serem proporcionados pelos ativos, no momento da compra; e
ðfacilita a constatação e identificação do ativo a partir da documentação, tanto por parte da auditoria,quanto por qualquer outro interessado.
 
2.1.1.2 - Desvantagens
ð não possibilita o reconhecimento das perdas e ganhos econômicos;
ðas perdas e ganhos são reconhecidas somente no momento da realização dos ativos;
 ðnão mensura a mudança no estoque de potenciais de serviços de cada ativo; e
 ðnão reflete a atualidade econômica da empresa, por ser uma forma de avaliação muito conservadora, as demonstrações financeiras, não têm utilidade como elemento preditivo de tendências futuras para os usuários externos. 
 
2.2 - ALTERNATIVAS DE MENSURAÇÃO A VALORES DE SAÍDA
 Os valores de saída buscam refletir o provável ingresso de numerários na entidade, pelo valor presente do ativo na sua possível saída, visando a geração provável de benefício futuro.
 Esses valores de saída têm uma relação com o mercado no qual a entidade vende seus bens, serviços ou produtos fabricados. Assim, baseia-se na avaliação de ativos para que esses venham refletir benefícios futuros.
 Segundo Kam “a contabilidade a valores de saída tem sido associada principalmente aos nomes de Raymond Chambers e Robert Sterling, e um defensor antigo desse conceito foi Keneth MacNeal, cuja proposta não foi levada à sério na época em que ele apresentou. MacNeal entende que os princípios contábeis não servem bem a um típico investidor da empresa. Os acionistas de uma empresa com capital pulverizado não conseguem ter acesso à verdade sobre os ativos da companhia em que investiram, ficando em posição desvantajosa em relação aos que têm informações internas.” (Accounting Theory – Califórnia, 1986).
 E ainda segundo Kam “Desse modo, MacNeal propõe que a Contabilidade reporte todos os lucros, perdas e valores determinados em mercados competitivos. Como nem todos possuem um mercado pronto, MacNeal sugere que os ativos negociáveis em mercado sejam avaliados a preços de mercado (preço de saída), ativos não negociáveis e produtivos pelo custo de reposição, e outros ativos não negociáveis e não produtivos, pelo custo original. Os resultados deveriam incluir todos os lucros e perdas, realizados ou não” (Accounting Theory – Califórnia, 1986).
 
3 - PASSIVO EXIGÍVEL
Para mensuração do passivo exigível é necessário que, anteriormente, ele seja reconhecido, ou seja , é necessário que os critérios de reconhecimento de um passivo sejam observados.
 
3.1 - RECONHECIMENTO DE PASSIVOS
Hendriksen afirma com muita propriedade que o reconhecimento de uma despesa é o elemento mais importante para o reconhecimento de um passivo, pois é um evento contábil que vai afetar o resultado do período, em função do registro contábil dessa exigibilidade. (Teoria da Contabilidade, 1999)
Para que um passivo seja apresentado numa demonstração financeira é preciso que seja reconhecido e mensurado, conforme dispõe as regras usuais do SFAC 5. Segundo as regras citadas uma obrigação deve ser reconhecida como passivo quando satisfaz quatro critérios gerais:
· Corresponde à definição de passivo;
· É mensurável;
· É relevante;
· É precisa.
 
3.2 - MENSURAÇÃO DE PASSIVOS EXIGÍVEIS
 Para mensurar os passivos exigíveis devemos segregá-los em duas categorias, os passivos exigíveis monetários e os não monetários.
 
3.2.1 - MENSURAÇÃO DE PASSIVOS EXIGÍVEIS MONETÁRIOS
São as obrigações que envolvem o pagamento de um valor predeterminado, portanto são exigibilidades denominadas em valores nominais.
 Normalmente a avaliação corrente da obrigação a ser paga no futuro é determinada no contrato ou acordo que deu origem ao passivo.
No caso de passivo a ser liquidado no curto prazo, passivo circulante, o montante apresentado é o valor de face (valor pago no vencimento), sendo que a relevância do desconto nesse cálculo tende a ser imaterial.
Para os passivos a longo prazo, o montante do desconto é normalmente significativo, portanto, a avaliação corrente deve ser apresentada pelo somatório do valor presente de todos os pagamentos futuros a serem feitos conforme discriminado no contrato.
 
3.2.2 - MENSURAÇÃO DE PASSIVOS EXIGÍVEIS NÃO MONETÁRIOS
Para Hendriksen, são os passivos exigíveis provenientes da obrigação de fornecer bens ou serviços em quantidade e qualidade predeterminadas. Normalmente são classificados no circulante e decorrem de pagamentos adiantados por serviços, a serem prestados aos clientes. A assinatura de jornais, revistas e a compra de ingressos para uma temporada são exemplos de passivos não monetários.
Entretanto, nem todos adiantamentos são de natureza monetária. As obrigações não monetárias são expressas em termos de preços predeterminado ou convencionados referentes a bens ou serviços específicos. Portanto, o valor monetário dos bens e serviços poderia variar, mas não sua quantidade ou qualidade.
 
- CONCLUSÕES
O objetivo deste trabalho é analisar qual metodologia, dentre as diversas alternativas de mensuração de ativos e passivos exigíveis apresentadas pela Teoria da Contabilidade, proporcionaria um valor mais aproximado da realidade do patrimônio líquido de uma empresa, sob a ótica do proprietário.
 No desenvolvimento do trabalho apresentamos metodologias alternativas, fornecidas pela Teoria da Contabilidade, para mensuração de ativos e os critérios de reconhecimento e mensuração dos passivos exigíveis, conceituando-as e analisando seus objetivos, vantagens e desvantagens.
Mensurar contabilmente significa quantificar economicamente os ativos e passivos exigíveis, para isso, é necessário observar a estreita ligação entre a forma de mensuração e a razão pela qual essa será procedida. Nessa visão, haverá uma interferência na avaliação, ou seja, o valor resultante da mensuração vai variar conforme seu objetivo e a metodologia utilizada. Precisa-se considerar também, que o sistema de mensuração pode sofrer outras interferências além da citada, como por exemplo, o conceito subjetivo de valor e os elementos do ativo que serão mensurados.
Dessa forma, fica evidenciado então, que torna-se cada dia mais clara e expressiva a necessidade da dedicação por parte dos estudiosos da teoria contábil, dada a complexidade e importância do assunto, no desenvolvimento de uma literatura contábil mais clara, que atue como pilar para os usuários da Contabilidade. Portanto, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de uma bibliografia contábil que permita ao seu usuário decidir qual a melhor forma de mensurar os seus ativos e passivos exigíveis, dentre as alternativas oferecidas pela Teoria da Contabilidade.

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