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Conversão Eletromecânica de Energia AULA 7: Transformadores – Parte 4 Perdas � Perda é a potencia absorvida pelo transformador e dissipada em forma de calor pelos enrolamento primários e secundários e pelo núcleo do transformador. Perda Total do Trafo = Perdas no enrolamento + Perdas no Núcleo � Perdas no enrolamento: São causadas unicamente pela resistência ôhmica das bobinas. Essas perdas SÃO DESPREZÍVEIS quando o transformador opera a vazio e são MÁXIMAS quando opera em curto circuito. � Penrolamento = ReqIn2 (W) Perdas no Núcleo � Perdas no Núcleo = Perdas por correntes parasitas (ou de Foucault) + Perdas por histerese magnética � Essas perdas SÃO DESPREZÍVEIS quando o transformador opera em curto circuito e são MÁXIMAS quando opera a vazio. Ensaios de Curto-Circuito e Circuito Aberto � Ensaio em curto-circuito: � Utilizado para encontrar a impedância equivalente em série Req + jXeq. � A instrumentação utilizada nesse ensaio mede, em módulo, os valores eficazes da tensão aplicada Vcc , da corrente de curto-circuito Icc e dapotência Pcc. � Ensaio em circuito-aberto (ou a vazio): � Pode ser usado para se obter as perdas no núcleo, em cálculos de rendimento, e para se verificar o módulo da corrente de excitação. Fig.9 - Circuito equivalente T de um transformador Destaques: Ensaios de Curto-Circuito e Circuito Aberto Esquema de ligação para o ensaio em curto-circuito (visto do primário) Esquema de ligação para o ensaio em circuito aberto (ou a vazio) Ensaio de Curto-Circuito � Utilizado para encontrar a impedância equivalente em série Req + jXeq. � É arbitrária a escolha de qual enrolamento usar para o curto- circuito. � Considerando que o curto-circuito seja aplicado ao secundário do trafo e a tensão, ao primário. � Nesse tipo de ensaio, por conveniência, o lado de alta tensão, em geral, é o primário. � “Em um trafo comum, como a impedância em série equivalente é relativamente baixa, então uma tensão da ordem de 10 a 15% ou menos do valor nominal, quando aplicada ao primário, resultará na corrente nominal”. Ensaio de Curto-Circuito � A fig.11(a) mostra o circuito equivalente, com a impedância do secundário do transformador referida ao lado do primário e um curto circuito aplicado ao secundário. � A impedância de curto-circuito Zcc, olhando para o primário nessas condições, será: Fig11. Circuito equivalente com o secundário em curto-circuito. (a) circuito equivalente completo. (b) Circuito equivalente L com o ramo de excitação no secundário do transformador Zcc Ensaio de Curto-Circuito � Como a impedância Zø do ramo de excitação é muito maior do que a impedância de dispersão do secundário (R2 + jXl2), a impedância de curto-circuito pode ser aproximada por: Fig11. Circuito equivalente com o secundário em curto-circuito. (a) circuito equivalente completo. (b) Circuito equivalente L com o ramo de excitação no secundário do transformador Zø ramo de excitaçãoZcc Ensaio de Curto-Circuito � Como a impedância Zø do ramo de excitação é muito maior do que a impedância de dispersão do secundário (R2 + jXl2), a impedância de curto-circuito pode ser aproximada por: Fig11. Circuito equivalente com o secundário em curto-circuito. (a) circuito equivalente completo. (b) Circuito equivalente L com o ramo de excitação no secundário do transformador A aproximação é feita quando o circuito equi- valente T é reduzida ao equivalente L, fig11(b). Zcc = Req + jXeq porque o ramo de excitação foi colocado em curto pelo curto-circuito do secundário. Zø Zcc ramo deexcitação Ensaio de Curto-Circuito � Normalmente, a instrumentação utilizada nesse ensaio mede, em módulo, os valores eficazes da tensão aplicada Vcc ,da corrente de curto-circuito Icc e dapotência Pcc. � Baseando-se nessas três medidas, a resistência e reatância equivalentes (referidas ao primário) podem ser obtidas a partir de: Fig11. Circuito equivalente com o secundário em curto-circuito. (a) circuito equivalente completo. (b) Circuito equivalente L com o ramo de excitação no secundário do transformador Aproximações: R1 ≈ R2 ≈ 0,5Req e Xl1 ≈ Xl2 ≈ 0,5Xeq Zø ramo de excitação Ensaio de Circuito Aberto � Este ensaio é feito com o secundário aberto (ou a vazio), então liga-se o primário a sua tensão nominal. � Como não há carga no secundário, a corrente no secundário é nula, e a corrente no primário é mínima, suficiente apenas para magnetizar o núcleo. � Se o trafo for usado com alguma outra tensão, diferente da nominal, então o ensaio dever ser feito com aquela tensão e não com a nominal. � Por conveniência, nesse ensaio o lado de baixa tensão é tomado usualmente como sendo o primário. � Nesse teste, se o primário escolhido for o enrolamento oposto ao usado no ensaio de curto-circuito, deveremos garantir que as diversas impedâncias medidas sejam referidas a um mesmo lado do transformador, para obter um conjunto autoconsistente de valores de parâmetros. Ensaio de Circuito Aberto Ensaio de Circuito Aberto � A fig.12(a) mostra o circuito equivalente com a impedância do secundário do tranformador referida ao lado do primário e o secundário em aberto. � A impedância de circuito aberto Zca vista do primário sob essas condições é: Fig.12 – Circuito equivalente com o secundário em circuito aberto. (a) Circuito equivalente completo. (b) Circuito equivalente L, com o ramo de excitação no primário do transformador. Zca Ensaio de Circuito Aberto � Como a impedância do ramo de excitação, Zø, é bem elevada, normalmente a queda de tensão na impedância de dispersão do primário, causada pela corrente de excitação, é desprezível, e a tensão aplicada ao primário Vca é quaseigual a FEM Eca induzida pelo fluxo resultante no núcleo. � Logo: Fig.12 – Circuito equivalente com o secundário em circuito aberto. (a) Circuito equivalente completo. (b) Circuito equivalente L, com o ramo de excitação no primário do transformador. Zca ramo de excitação Zø Zø Ensaio de Circuito Aberto � Desse modo, a potência de entrada Pca é quase igual à perda no núcleo: � A impedância vista na entrada deste circuito equivalente, fig.12(b), é claramente Zø porque nenhuma corrente circula no secundário. Pca ≈ Pnúcleo = Eca 2 Rc Fig.12 – Circuito equivalente com o secundário em circuito aberto. (a) Circuito equivalente completo. (b) Circuito equivalente L, com o ramo de excitação no primário do transformador. Zca ramo de excitação Zø Zø Ensaio de Circuito Aberto � A instrumentação típica utilizada neste ensaio mede os valores eficazes da tensão aplicada Vca, da corrente de circuito aberto Ica e da potência Pca. � Desprezando a impedância de dispersão do primário � A partir das três medidas acima, a resistência e a reatância de magnetização (referidas ao primário) pode ser obtidas a partir de: Exemplo (4) Exemplo (4)- Solução Exemplo (4)- Solução Exemplo (4)- Solução � A regulação de tensão é a variação de tensão nos terminais do secundário quando se passa da condição sem carga para carga total. � É expressa normalmente como uma porcentagem da tensão a plena carga. � Em aplicações de sistemas de potência, a regulação é uma figura de mérito de um transformador: � Um valor baixo indica que as variações de carga do secundário no transformador não afetam de forma significativa o valor de tensão fornecida à carga. � É calculada supondo que a tensão do primário permanece constante quando a carga é removida do secundário do tranformador. Exemplo (4)- Solução � O circuito equivalente da figura acima será usado com todas as variáveis referidas ao lado de alta tensão. � Supõe-se que a tensão do primário seja ajustada de modo que a tensão dos terminais do secundário tenha o seu valornominal a plena carga, ou V2A = 2400 V. � Para uma carga com o valor nominal e fator de potência 0,8 atrasado (θ= – cos–1(0,8) = –36,9º). � A corrente de carga será: ÎA = 50×10 3 2400 e − j36,9 = 20,8e− j36,9 = (16, 6− j12,5) A Exemplo (4)- Solução BIBLIOGRAFIAS � FITZGERALD, Arthur Eugene; KINGSLEY, Charles; KUSKO, Alexander. Máquinas elétricas: conversão eletromecânica da energia, processos, dispositivos e sistemas. São Paulo: McGraw-Hill, c1975. � TORO, Vincent Del. Fundamentos de Máquinas Elétricas. Editora LTC. � SIMONE, Gilio Aluisio. Máquinas de corrente contínua: teoria e exercícios. São Paulo: Érica, 2000. � SIMONE, Gilio Aluisio. Máquinas de indução trifásicas. São Paulo: Érica, 2000. � NASAR, S. A. Máquinas elétricas. São Paulo: Makron, 1984.
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