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agradecimentos
Agradeço a Deus pela força, coragem e fé. Agradeço minha família por me acompanhar e apoiar todas minhas atitudes. 
Aos professores, aos tutores em geral e aos colegas de sala que contribuíram para este feito.
rESUMO
Este trabalho buscará o entendimento geral da Seguridade Social, será feita uma busca num contexto geral, desde o principio da seguridade, ainda quando por assim não era entendida, ou seja, haverá um breve detalhamento da história da seguridade social mundial, afunilando até chegarmos aqui no Brasil.
Então haverá o desdobramento dessa, como reza a Constituição Federal de 1988, que a Seguridade Social está inserida sobre três grandes pilares, quais sejam: Saúde, Assistência social e Previdência social. Assim, descobriremos quem tem direito à saúde, quem tem direito à assistência Social e quem tem direito à previdência Social. 
Buscar entender como funciona essa política pública, além de saber também quem são os responsáveis para cumpri-la ou de fazer cumpri-la, analisar qual é o papel do assistente social dentro de cada coluna citada acima, afinal de contas, quando se fala em políticas públicas sociais, o assistente social é uma das primeiras figuras a aparecer nesse contexto.
Palavras-chave: Seguridade Social, Saúde, Assistência, Previdência Social, Assistente social.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	ABNT
	Associação Brasileira de Normas Técnicas
	UNOPAR
	Universidade Norte do Paraná
	CAPS 
IAPS 
INPS
INSS
SUS
INAMPS 
SESP
	Caixa de Aposentadoria e Pensões
Instituto de Aposentadoria e Pensões
Instituto Nacional de Previdência Social
Instituto Nacional do Seguro Social
Sistema Único de Saúde
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social
Serviços Especiais de Saúde Pública
	BPC
LOAS
	Benefício de Prestação Continuada
Lei Orgânica de Assistência Social
	
	
SUMÁRIO
131	INTRODUÇÃO	�
142	DESENVOLVIMENTO	�
152.1	Previdência social	�
162.1.1	Lei Eloy Chaves	�
172.1.2	Instituto de aposentadoria e pensões	�
182.1.3	Funrural	�
182.1.4	Instituto nacional de previdência social (INPS)	�
192.1.5	Instituto nacional do seguro social (INSS)	�
202.1.6	Regime Próprio de Previdência Social	�
222.1.7	Regime geral de previdência social	�
302.1.7.1	Quadro dos benefícios do INSS	�
312.1.7.2	Quadro dos benefícios de legislação especifica	�
312.1.7.3	Quadro para cálculo de carência	�
332.1.7.4	Carência exigida para os benefícios	�
342.1.7.5	Situações especiais da carência	�
362.1.7.6	Auxílio doença e aposentadoria por invalidez	�
382.2	SAÚDE	�
442.2.1	Sistema único de saúde (SUS)	�
452.2.1.1	Do descobrimento ao Império (1500-1889).	�
452.2.1.2	República velha (1889-1930)	�
462.2.1.3	Era Vargas (1930-1964)	�
472.2.1.4	Autoritarismo (1964-1984)	�
492.2.1.5	Nova República (1985-1988)	�
512.2.1.6	Pós constituição (1988...)	�
532.3	ASSISTÊNCIA SOCIAL	�
613	CONCLUSÃO	�
62REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Ter todos os direitos garantidos é o sonho de todo ser humano, independente de sua nação, cor, raça, religião ou padrão de vida dentro de uma sociedade. Pensando nisso, a Legislação sempre caminha para que esses direitos sejam garantidos. Isso se dá por meio das leis, decretos, resoluções, acordos, parcerias e outros instrumentos. 
Esse evento acontece devido à chamada “globalização”. O assunto de Seguridade Social, que será objeto desse trabalho, é um exemplo clássico desse processo de globalização, pois é muito comum existirem acordos internacionais entre os países, principalmente, quando o assunto é previdência social. (Fonte: Eduardo Modena Lacerda, globalização, transformação social e seguridade social, 2008, p. 7).
A escolha do tema se deu não somente pelas leituras feitas durante o curso, ou pela importância e alta relevância social do tema, mas também pela disciplina de Estágio Supervisionado I e II ao qual foi executada com famílias beneficiadas ou que necessitava de um benefício dessa política social. assim despertou o interesse de estudar os impactos, benefícios sociais e a importância dos profissionais para um programa dessa dimensão e importância para a sociedade brasileira. 
O presente trabalho se trata de uma pesquisa bibliográfica e tem por objetivo demonstrar, de maneira fundamentada, a atuação do profissional assistente social dentro desses três pilares da seguridade social, quais sejam a saúde, a assistência social e a previdência social. Assim também demonstrar o processo histórico dessa politica social no Brasil.
Diante desse contexto, este trabalho tem como objetivo geral descrever o papel do assistente social na política da saúde, assistência e previdência social e ainda falar sobre a importância de cada uma delas para o cidadão e como fazer para adquirir esses direitos que atualmente são garantidos pela nossa Carta Magna. 
DESENVOLVIMENTO
No Brasil, as primeiras formas de proteção social deram-se através das santas casas de misericórdia, sendo a de Santos a mais antiga, fundada em 1943. Também merecem registro a criação do Montepio para a Guarda Pessoal de D. João VI (1808) e do Montepio Geral dos Servidores do Estado-Mongeral (1835). Todavia, considera-se o marco inicial da previdência social brasileira a Lei Eloy Chaves (1923). (manual do direito previdenciário, Hugo Goes, 2015, p. 1)
“A seguridade social é definida como um ‘conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social’“.
( caput do art. 194 da Constituição Federal do Brasil de 1988.)
Embora seja esse o conceito para a seguridade social, esta somente passou a tê-lo a partir de 1988 como citado acima. Todavia, antes existiam políticas sociais com a mesma finalidade, porém com nomes diferentes. Também podemos observar que no conceito diz: Que é um conjunto integrado de ações, ou seja, estão tudo junto dentro da seguridade. Como já falado, antes essas políticas eram executadas isoladamente. A seguir veremos o processo histórico de cada uma delas.
Lembrando que a seguridade social rege-se nos seguintes princípios, segundo a Constituição Federal do Brasil de 1988:
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
Previdência social
A previdência social funciona como um seguro obrigatório a todos que exerce uma atividade remunerada. Porque todos nós somos propensos aos infortúnios da vida, ou seja, temos que está assegurado, pois quando vier uma moléstia, a morte, uma invalidez possa recorrer à previdência social.
Atualmente isso funciona aqui no Brasil, temos uma verdadeira máquina do seguro social, no entanto, isso nem sempre foi assim. A ideia de previdência social iniciou-se há muito tempo lá pras bandas da Europa. Trataremos então somente da parte histórica a partir da entrada dela no Brasil.
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Políticosdos Cidadãos Brasileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Império, pela maneira seguinte:
(...)
XXXI. A Constituição também garante os socorros públicos.
O artigo citado acima pertence à Constituição do Brasil de 1824, percebe-se que ela fez alusão ao direito social, não especificadamente à previdência social, no entanto esse um dos primeiros indícios de que o Brasil começara a se preocupar com seu povo no que tange à previdência social.
A primeira legislação específica sobre Direito Previdenciário data de 1888. Foi o Decreto nº. 9.912 de 26 de março de 1888, que regulou o direito à aposentadoria dos empregados dos correios. Outra norma, em novembro do mesmo ano, criaria a Caixa de Socorros em cada uma das estradas de ferro do Império. (A evolução histórica da previdência social no Brasil, p. 1, 2009)
Por outra, a primeira Constituição Federal a abordar temática previdenciária específica foi a Constituição Republicana de 1981, no tocante à aposentadoria em favor dos funcionários públicos, ao dispor em seu art. 75 que "a aposentadoria só poderá ser dada aos funcionários públicos em caso de invalidez no serviço da Nação." (A evolução histórica da previdência social no Brasil, p. 1, 2009)
Em seguida, no ano de 1892, foi instituída a aposentadoria por invalidez e a pensão por morte aos operários do Arsenal da Marinha, tendo em conta que já estava vigorando o regime republicano, sob forte influência de cafeicultores e militares. Em 1919, o Decreto Legislativo n°. 3.724 instituiu compulsoriamente um seguro por acidente de trabalho, que já vinha sendo praticado por alguns seguimentos, contudo sem previsão expressa na lei. (A evolução histórica da previdência social no Brasil, p. 1, 2009)
Mas, como já visto antes, essas previsões eram superficiais e não se tratava especificamente de previdência social.
Lei Eloy Chaves 
Em 1923 surgiu a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo 4.682, de 24/01/1923). Foi esta Lei que instituiu a Caixa de Aposentadoria e Pensões (CAPs) para os ferroviários. Ela assegurava, para esses trabalhadores, os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária (equivalente à atual aposentadoria por tempo de contribuição), pensão por morte e assistência médica. Tinha como beneficiários os empregados e diarista que executavam serviços de caráter permanente nas empresas de estrada de ferro existentes no país. Os regimes das CAPs eram organizados por empresas, sendo que no século passado elas ganharam certa popularidade e chegaram ao número de 183 CAPs. (Hugo Goes, manual do direito previdenciário 10ª edição, p.1)
Essas CAPs, por serem organizadas por empresas, poderiam existir, na época, ferroviários que tinham regulação diferente de outros, bastasse que mudasse de empresa, ou seja, não eram uniformizados como é atualmente. 
Por isso, apesar de ter existido outras normas no Brasil que tratava sobre previdência social, a Lei Eloy Chaves é considerada pela doutrina majoritária o marco inicial da previdência social no Brasil.
Instituto de aposentadoria e pensões
Até 1930 as CAPs eram organizadas pelas empresas, no entanto, o objetivo era dos regimes de previdência se organizarem, então, na década seguinte, houve a unificação das CAPs em Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs). Esses já eram autarquias de nível federal, centralizadas no governo federal, organizados por categorias profissionais, ou seja os IAPs organizava classes trabalhadoras no âmbito nacional. (Hugo Goes, manual do direito previdenciário 10ª edição, p.3).
A partir de 1933 foram criados:
1933 - IAPM - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos;
1934 - IAPC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários:
1934 - IAPB - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários;
1936 - IAPI - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários;
1938 - IPASE - Instituto de Pensões e Assistência dos Servidores do Estado;
1938 - IAPETEC - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas;
1939 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Operários Estivadores;
1945 - ISS - O Decreto n° 7.526, de 7 de maio de 1945, dispôs sobre a criação do Instituto de Serviços Sociais do Brasil.
1945 - IAPTEC O Decreto-Lei n° 7.720, de 9 de julho de 1945, incorporou ao Instituto dos Empregados em Transportes e Cargas o da Estiva e passou a se chamar Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Estivadores e Transportes de Cargas.
1953 - CAPFESP - Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e de Empresa do Serviço Público (Decreto nº 34.586, de 12 de novembro de 1953);
1960 - IAPFESP - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, art. 176 - extinta a CAPFESP). 
(fonte noticia livre, 2014)
Em 1960, foi criada a Lei Orgânica de Previdência Social, unificando a legislação referente aos institutos de aposentadorias e pensões. Foi com esta Lei que tudo ficou unificado, ou seja, não mais existiria um instituto para cada profissão e sim todos os trabalhadores urbanos estariam segurados por uma única legislação. 
Funrural
O FUNRURAL teve início com o “Programa de Assistência ao Trabalhador Rural – PRORURAL” instituído por Lei Complementar nº.: 11 de 1971, à época decretada pelo congresso nacional e sancionada pelo então presidente Médici. O programa tinha a finalidade de beneficiar o trabalhador rural provendo-o de: aposentadoria, pensão, auxílio funeral e serviços voltados à saúde. Para tal, a captação dos recursos a serem usados na assistência ao trabalhador rural se daria por meio de um fundo denominado FUNRURAL, recolhido sob uma alíquota de 2% a ser cobrada sobre o valor comercial dos produtos rurais e recolhida pelos compradores, sejam eles estabelecimentos, cooperativas ou importadores. (blog agridata 2017).
Instituto nacional de previdência social (INPS)
Em 1º de janeiro de 1967, com o surgimento do instituto nacional de previdência social (INPS), foram unificados os institutos de aposentadoria e pensões (IAPs).
O INPS foi criado pelo Decreto-Lei 72/66. Este Decreto é de 21 de novembro de 1966, mas só entrou em vigor no primeiro dia do segundo mês seguinte ao de sua publicação, ou seja, no dia 01 de janeiro de 1967. (manual do direito previdenciário, 10ª ed. P.4)
Instituto nacional do seguro social (INSS)
A Lei 8.029, de 12 de abril de 1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social-INSS. Este é uma autarquia Federal vinculado, atualmente, ao ministério do trabalho e previdência social. Essa autarquia surgiu mediante a fusão do IAPAS-Instituto de Administração Financeira da Previdência social e o INPS. O IAPAS era o órgão que fazia parte do SINPAS e cuidava da parte da arrecadação, fiscalização e das cobranças das contribuições previdenciárias. (manual do direito previdenciário, 10ª ed. P.7).
O INSS é o “caixa” da previdência social e recebe a contribuição obrigatória dos trabalhadores com carteira registrada e contribuição voluntária de empregados domésticos, trabalhadores avulsos, autônomos, contribuintes individuais, segurados especiais, segurados facultativos, entre outros, exceto servidores públicos. Parte do montante que é repassado ao INSS é pago pelas empresas. O valor arrecadado com as contribuições é uma forma de seguro que garante a subsistência ao trabalhador que, por algum motivo, está impossibilitado de realizar suas funções. A arrecadação é destinada aos seguintes benefícios: aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio-doença, salário-família, salário-maternidade, auxílio acidente, pensão por morte, auxílio reclusão e reabilitação profissional. Outras formas de arrecadação e regime também podem ser instituídos pelas unidades federativas e municípios. 
O INSS, atualmente, é uma autarquia que realiza a concessão de benefícios previdenciários, noentanto devida a algumas necessidades, como exemplo: estrutura e servidores, foi vinculado ao INSS o dever de também conceder o benefício assistencial (LOAS).
A previdência social brasileira é formada por dois regimes básicos, de filiação obrigatória, que são o regime geral de previdência social – RGPS – e o regime próprio de previdência social – RPPS. Há também o regime de previdência complementar, no entanto esse é facultativo sua filiação. (manual da previdência social 10ª edição p.16).
Regime Próprio de Previdência Social
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Constituição Federal do Brasil de 1988).
Regime Próprio de Previdência Social é um sistema de previdência, estabelecido no âmbito de cada ente federativo, que assegure, por lei, a todos os servidores titulares de cargo efetivo, pelo menos os benefícios de aposentadoria e pensão por morte. São intitulados de Regimes Próprios porque cada ente público da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) pode ter o seu, cuja finalidade é organizar a previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo, tanto daqueles em atividade, como daqueles já aposentados e também dos pensionistas, cujos benefícios estejam sendo pagos pelo ente estatal.(ILM, direito previdenciário, p.17)
Os entes federativos não são obrigados a instituírem seus regimes próprios, sendo facultativa tal opção. Assim, no Brasil, a União tem regime próprio para os seus servidores e os Estados também. Já em relação aos municípios, existem muitos que não instituíram regimes próprios. Desta forma, os servidores titulares de cargos efetivos desses Municípios que não optaram por um Regime Próprio, são segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social (INSS).
Algumas características desse regime de previdência:
O RPPS abrange somente os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações.
Ou seja, somente as pessoas que detém um cargo público pelo qual passou pelo um concurso público de provas e/ou títulos.
O RPPS é contributivo e solidário.
Isso porque a filiação é através de contribuição, e solidário porque o segurado contribui no presente para ter receitas a fim de pagar a aposentadoria de quem já finalizou a carreira pública.
O RPPS deve ser financiado por contribuições do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.
 O RPPS deve observar critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.
Ou seja, deve sempre ser observado a fonte de custeio para que não venha a faltar verbas e também preservar o valor real dos benefícios.
O regime próprio de previdência social é obrigado a fornecer pelo menos os seguinte benefícios:
Aposentadoria por invalidez
Aposentadoria por idade
Aposentadoria por tempo de contribuição
Aposentadoria compulsória
Pensão por morte
Regime geral de previdência social
O RGPS é o regime de previdência mais amplo, responsável pela cobertura da maioria dos trabalhadores brasileiros. Toda pessoa física que exerça alguma atividade remunerada é, obrigatoriamente, filada a este regime previdenciário, exceto se esta atividade já gera filiação obrigatória a determinado regime de previdência. (manual do direito previdenciário, 10ª ed. P.77)
Existem, neste regime, os beneficiários que são titulares de direito subjetivo de gozar das prestações previdenciárias, ou seja, é toda pessoa que venha a receber um beneficio da previdência social. Os beneficiários podem ser segurados ou dependentes. (Lei 8.213/91)
O segurado é a pessoa física filiada ao RGPS, podendo ser classificado como obrigatório ou facultativo, dependendo se a filiação for decorrente da atividade remunerada ou não. Já o dependente está vinculado ao RGPS em razão do segurado. . (Lei 8.213/91)
No regime geral de previdência social existe 6 tipos de segurados, sendo 5 deles obrigatórios e o facultativo. Já os dependentes são divididos entre classes: I, II e III. 
A legislação em vigor enumera os dependentes de segurado do INSS em ordem de prioridade conforme as 3 classes abaixo:
O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
Os pais;
O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
Art. 11. São seguradas obrigatórias da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
I - como empregado:                 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas;
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão diplomática ou repartição consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional;
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.       
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social                 
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;                 
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social;                   
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
V - como contribuinte individual:   
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo;                      
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou semo auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua;
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa;
e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;                  
f) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração;          
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;         
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;        
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;
VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:               
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade:                   
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais;               
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2º da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida;                
b) pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; e                    
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.                 
§ 1o  Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes.               
§ 2º Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas.
§ 3º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social.                    
§ 4º O dirigente sindical mantém, durante o exercício do mandato eletivo, o mesmo enquadramento no Regime Geral de Previdência Social-RGPS de antes da investidura.                   
§ 5o Aplica-se o disposto na alínea g do inciso I do caput ao ocupante de cargo de Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em regime especial, e fundações.                  
§ 6o  Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.  
§ 7o  O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que trata a alínea g do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença.                     
§ 8o  Não descaracteriza a condição de segurado especial:                  
I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinquenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar;                   
II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano;                     
III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado em razão da condição de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar; e                  
IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial oficial de governo;                 
V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991; e      
VI - a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e 
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas nos termos do § 12.                   
§ 9o  Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:                   
I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social;                  
II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do inciso IV do § 8o deste artigo;   
III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;                       
IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;                  
V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais. 
VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8o deste artigo;                 
VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e       
VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social.        
§ 10.  O segurado especial fica excluído dessa categoria:       
I – a contar do primeiro dia do mês em que:                  
a) deixar de satisfazer as condições estabelecidas no inciso VII do caput deste artigo, sem prejuízo do disposto no art. 15 desta Lei, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos no inciso I do § 8o deste artigo;  
b) enquadrar-se em qualquer outra categoria de segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado o disposto nos incisos III, V, VII eVIII do § 9o e no § 12, sem prejuízo do disposto no art. 15;
c) tornar-se segurado obrigatório de outro regime previdenciário; e
d) participar de sociedade empresária, de sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada em desacordo com as limitações impostas pelo § 12;                 
II – a contar do primeiro dia do mês subsequente ao da ocorrência, quando o grupo familiar a que pertence exceder o limite de:              
a) utilização de terceiros na exploração da atividade a que se refere o § 7o deste artigo;                  
b) dias em atividade remunerada estabelecidos no inciso III do § 9o deste artigo; e                 
c) dias de hospedagem a que se refere o inciso II do § 8o deste artigo.                    
§ 11.  Aplica-se o disposto na alínea a do inciso V do caput deste artigo ao cônjuge ou companheiro do produtor que participe da atividade rural por este explorada.
§ 12.  A participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma do inciso VII do caput e do § 1o, a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades.   
Art. 12. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social.                       
§ 1o Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades.               
§ 2o Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não permita a filiação, nessa condição, permanecerão vinculados ao regime de origem, obedecidas as regras que cada ente estabeleça acerca de sua contribuição.              
Art. 13. É segurado facultativo o maior de 14 (quatorze) anos que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do art. 11.
 (fonte Lei 8213/91)
Quadro dos benefícios do INSS
	Aposentadoria por idade
	Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência
	Aposentadoria por tempo de contribuição
	Aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência
	Aposentadoria por tempo de contribuição do professor
	Aposentadoria por invalidez
	Aposentadoria especial por tempo de contribuição
	Auxilio doença
	Auxilio acidente
	Auxilio reclusão
	Pensão por morte
	Salário família
	Salário maternidade
Quadro dos benefícios de legislação especifica
	Beneficio assistencial ao idoso BPC/LOAS
	Beneficio assistencial ao deficiente BPC/LOAS
	Beneficio assistencial ao trabalhador portuário avulso
	Pecúlio
	Pensão especial (hanseníase)
	Pensão especial (talidomida)
	Seguro desemprego do pescador artesanal (seguro defeso)
Quadro para cálculo de carência
	FORMA DE FILIAÇÃO
	A PARTIR DE
	DATA LIMITE
	INÍCIO-CÁLCULO
	Empregado
	Indefinida
	Sem limite
	Data da Filiação
	Avulso
	Indefinida
	Sem limite
	Data da Filiação
	Empresário 
	Indefinida
	24/07/1991
	Data da Filiação
	
	25/07/1991
	28/11/1999
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Doméstico
	08/04/1973
	24/07/1991
	Data da Filiação
	
	25/07/1991
	Sem limite
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Facultativo
	25/07/1991
	Sem limite
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Equiparado a autônomo (*)
	05/09/1960
	09/09/1973
	Data da primeira contribuição
	
	10/09/1973
	1º/2/1976
	Data da inscrição
	
	02/02/1976
	23/01/1979
	Data da primeira contribuição sem atraso
	
	24/01/1979
	23/01/1984
	Data da inscrição
	
	24/01/1984
	28/11/1999
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Empregador rural (**)
	1º/1/1976
	24/07/1991
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Contribuinte em dobro
	1º/9/1960
	24/07/1991
	Data da Filiação
	Segurado especial que não optou contribuir facultativamente
	Indefinida
	Sem limite
	Data da filiação
	Segurado especial (***)
	1º/11/1991
	Sem limite
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Autônomo (*)
	05/09/1960
	09/09/1973
	Data do primeiro pagamento
	
	10/09/1973
	1º/2/1976
	Data da inscrição
	
	02/02/1976
	23/01/1979
	Data da primeira contribuição sem atraso
	
	24/01/1979
	23/01/1984
	Data da inscrição
	
	24/01/1984
	28/11/1999
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Contribuinte Individual
	29/11/1999
	Sem limite
	Data da primeira contribuição sem atraso
	Contribuinte Individual “prestador de serviços à empresa” (****)
	01/04/2003
	Sem limite
	Data da filiação
(Fonte: previdência.gov.br)
Carência exigida para os benefícios
	BENEFÍCIO
	CARÊNCIA
(EM MESES)
	
	
	Aposentadorias (por Idade, Tempo de Contribuição, do Professor, Especial, por Idade ou Tempo de Contribuição do Portador de Deficiência)
	180
	
	
	Pensão por Morte e Auxílio-reclusão (se o cidadão não estiver recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez)
 
 Observação: a duração do benefício pode variar conforme a quantidade de contribuições do instituidor entre outros fatores. Veja detalhes nas páginas sobre pensão por morte e auxílio-reclusão.
	0 
	
	
	Auxílio-doença / Aposentadoria por invalidez
	12
	
	
	Salário-maternidade (Contribuinte Individual, Facultativo, Segurado Especial)
	10
	
	
	Salário-maternidade (Trabalhadora Avulsa, Empregada, Empregada Doméstica)
	0
(Fonte: previdência.gov.br)
Situações especiais da carência
	Ano de implementação da idade mínima
	Meses de carência exigido
	2011
	180
	2010
	174
	2009
	168
	2008
	162
	2007
	156
	2006
	150
	2005
	144
	2004
	138
	2003
	132
	2002
	126
	2001
	120
	2000
	114
	1999
	108
	1998
	102
	1997
	96
	1996
	90
	1995
	78
	1994
	72
	1993
	66
	1992
	60
	1991
	60
(Fonte: previdência.gov.br)
O exemplo mais comum de uso desta tabela, é aquele em que o cidadão (homem) vem ao INSS hoje para requerer uma Aposentadoria por Idade, mas completou 65 anos em 1998.
Primeiramente será verificado se este cidadão começou a contribuir para o INSS até 24/07/1991. Em caso positivo e de acordo com a tabela, se em 1998 ele já tinha no mínimo 102 meses contribuídos para efeito de carência, ele será aposentado e, caso não tenha, deverá continuar contribuindo até atingir a carência necessária no ano de 1998, ou seja, 102 meses.
Para os casos de Aposentadoria na condição de Portador de Deficiência (por idade ou tempo de contribuição), criadas a partir da publicação da Lei Complementar 142/2013, não existe a possibilidade de aplicação desta tabela.
Auxílio doença e aposentadoria por invalidez
	Tuberculose ativa
	Hanseníase
	Alienação mental
	Neoplasia maligna
	Cegueira
	Paralisia irreversível e incapacitante
	Cardiopatia grave
	Doença de parkinson
	Espondiloartrose anquilosante
	Nefropatia grave
	Estado avançado da doença de paget (osteíte deformante)
	Síndrome da deficiência imunológica adquirida-aids
	Contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada
	Hepatopatia grave
(Fonte: previdência.gov.br)Esta lista de doenças foi regulamentada pela Portaria Interministerial MPAS/MS 2.998/2001.
OUTRAS INFORMAÇÕES 
O salário-maternidade para o Contribuinte Individual, Facultativo e Segurado Especial, poderá ter a sua carência (10 meses) reduzida caso o parto seja antecipado. Esta redução está prevista no Regulamento da Previdência Social e será na quantidade de meses equivalente ao número de meses em que o parto teve que ser antecipado.
(Fonte: previdência.gov.br)
 O tempo de recebimento de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, desde que intercalado com períodos de contribuição ou atividade, é computado para efeito de carência para benefícios requeridos a partir de 19 de setembro de 2011 (Art. 55 da Lei nº 8.213/91, Art. 60 do Decreto nº 3.048/99 e Ação Civil Pública nº 2009.71.00.004103-4).
Para benefícios requeridos até 18 de setembro de 2011, somente contarão para carência os períodos de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez percebidos entre 1º de junho de 1973 a 30 de junho de 1975.
SAÚDE
As ações e os serviços de saúde são regulados, em todo território nacional, pela Lei 8.080, de 19 de setembro de1990.
Nos termos do art. 196 da Constituição Federal de 1988, a saúde direito de todos e dever do Estado. Em harmonia com este princípio constitucional, o art. 2° da Lei 8.080/90 enuncia que “ a saúde é direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”.
O dever do Estado em garantir a saúde consiste formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e nos estabelecimentos de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. O dever do Estado não exclui o das pessoas, das famílias, das empresas e da sociedade.
A história dos cuidados com saúde do brasileiro passa, necessariamente, pela filantropia. Mais ainda pelo cunho filantrópico religioso, a caridade. As pessoas eram atendidas pelas instituições e médicos filantropos. Paralelamente a isso, o Estado fazia algumas ações de saúde diante de epidemias, como ações de vacinação e/ou de saneamento básico. Assim ocorreu no final do século XIX e início do XX com o saneamento do Rio de Janeiro e a grande campanha de vacinação contra varíola. (Fonte: A saúde pública no Brasil, Gilson Carvalho, p. 7).
A saúde não é uma luta atual da população brasileira. Antes não existia saúde pública, ou seja, quem tinha dinheiro, tinha tratamento. O restante da população estava condenada e abandonada, a não ser as entidades filantrópicas de medicina e religião que davam suporte a essas pessoas. O Estado, somente dava assistência quando se tratava de epidemias, ou seja, quando a economia do país era ameaçada.
No início do século, época das grandes imigrações, a economia brasileira iniciava suas exportações, principalmente de café, e corria sérios riscos nos portos, com a iminência de doenças como: a peste, a febre amarela e, consequentemente, a possibilidade de proibição de aportar seus navios em outros países devido a essas endemias. A mobilização da Saúde Pública nessa época foi direcionada para a criação de grandes campanhas, como a vacinação em massa da população, com o objetivo de controle da salubridade local. (Fonte: Um pouco da história da saúde pública no país, p. 01).
Nessas situações o Estado tinha a obrigação de agir. Imaginam o país sem poder fazer exportação de seus produtos, ainda mais naquela época em que a borracha da seringa e mais tarde o café eram “a bola da vez”. 
A história mais recente nos aponta alguns caminhos. O primeiro deles refere-se a um esforço de guerra na extração da borracha e do manganês. Foi criado um sistema de saúde para atender as populações envolvidas. Teve inspiração e financiamento dos Estados Unidos que iniciaram o projeto através de um programa de ajuda. Eram denominados como Serviços Especiais de Saúde Pública (Sesp), mais tarde transformada em Fundação Sesp. Foi o programa mais completo de atenção à saúde associada ao saneamento da história do país. A proposta era ousada. Foi, em quase todos os locais onde se implantou o único recurso de saúde existente, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A inovação não era só na proposta de intervenção, mas também na gestão de pessoas. Já se trabalhava com uma equipe multidisciplinar dentro da disponibilidade da época. Organizava-se a partir de unidades denominadas mistas onde se fazia o atendimento básico, primeiro atendimento, urgência-emergência e internações hospitalares. (A saúde pública no Brasil, Gilson Carvalho, p. 07)
Não vamos pensar que esse investimento dos Estados Unidos na saúde dos guerreiros de extração do látex era pura bondade não. Os Estados Unidos na época tinham grande interesse na região norte do país e com isso mantinham muitas pessoas importantes aqui. Como por exemplo, cientistas, soldados de guerra, ambientalistas entre outros, assim tinham enorme cuidado para que não se espalhasse nenhum tipo de doença no país que, consequentemente, pudessem atingi-los.
O outro marco foi a 3ª Conferência Nacional de Saúde no final de 1963 que coroava vários estudos para a criação de um sistema de saúde. Duas bandeiras dessa conferência: um sistema de saúde para todos (saúde direito de todos os cidadãos) e organizado descentralizadamente (protagonismo do município). A ditadura militar iniciada em março de 1964 sepultou a proposta poucos meses depois. (A saúde pública no Brasil, Gilson Carvalho, p. 08).
Então, como implantar uma política de saúde pública em meio à Ditadura Militar iniciada em março de 1964. Sem contar no cenário de um país subdesenvolvido que a poucos anos tinha enfrentado a segunda guerra mundial. Muitos outros protagonistas iniciaram algumas tentativas, no entanto somente alguns obtiveram destaque:
• Movimentos populares – Em primeiro lugar, o cidadão politizado de bairros periféricos, principalmente de São Paulo, e que nenhuma cobertura tinha à saúde e vivia as consequências de ser indigente. Destacam-se nessa luta social do cidadão três grandes protagonistas: os movimentos populares, as associações de bairros e vilas e a Igreja Católica que sofria um choque de povo com a dita preferência pelos mais pobres. Nasciam na Igreja as Comunidades Eclesiais de Base, que também voltadas para o terreno de combate às iniquidades sociais traziam lutas pela justiça, sendo uma das bandeiras o direito à saúde. Essa efervescência começa a buscar por propostas concretas. Algo que não ficasse apenas no discurso ou na simples reivindicação. (A saúde pública no Brasil, Gilson Carvalho, p. 08).
• Universidades – Outro protagonista veio das faculdades de medicina com dois momentos inovadores. O primeiro, a necessidade de colocar os estudantes em contato com a realidade local, saindo do apenas ambiente hospitalar. Desenvolveu projetos de integração docente assistencial. O segundo, a transformação dos antigos departamentos de higiene em departamentos de medicina social, mais engajados com a realidade. Esses dois meios começam a gerar profissionais com uma nova visão do Brasil e seu momento. Profissionais comprometidos com o social. Passamos a ter assim um outro protagonista dessa história, os médicos dedicados ao social, muitos deles especializados em saúde pública. (A saúde pública no Brasil, Gilson Carvalho, p. 08).
• Partidos políticos progressistas – Na década de 1970 estava o Brasil colocado dentro dos limites do bipartidarismo estrito. De um lado, a Arena, que era considerada o partido dos conservadores guiado pelos militares da ditadura. De outro lado, o MDB histórico, representando a resistência à ditadura, abrigando progressistas ditos de esquerda. O MDB abrigava em suas fileiras todos os militantes da esquerda que eram impossibilitados de se constituírem como partidos. Todas as correntes ditas comunistas lá estavam. Os vários grupos se juntaram numaúnica sigla. O MDB buscava o trabalho junto com a comunidade de estudos avançados na periferia dos grandes centros urbanos e em algumas prefeituras. De início conseguiram emplacar alguns deputados, e na segunda investida, no ano 1976, expandiram-se assumindo prefeituras importantes de cidades médias. A grande bandeira: “não seremos prefeituras apenas tocadoras de obras, mas prefeituras voltadas para o social”. Nesse social estava a saúde do cidadão que nenhuma cobertura tinha além dos planos de saúde para as empresas de maior porte e o INAMPS para cuidar da saúde do trabalhador registrado e de empresas menores que não aderiram a planos de saúde. Depois do MDB, foi a vez de os partidos progressistas se libertarem da sigla emprestada. Além de grupos que aproveitaram siglas anteriores, houve grupos novos que fundaram partidos, como o PT, de corte do coletivo dos trabalhadores. Esses partidos tinham em comum a defesa da saúde juntando população e técnicos da saúde. (A saúde pública no Brasil, Gilson Carvalho, p. 09). 
• Prefeituras com bandeiras progressistas – Ao trio faltava um outro ator. Não acontece isso nem no âmbito federal, nem no estadual, mas no municipal. Os municípios, por estarem mais perto das necessidades da população, carregavam o problema e a angústia do que não se fazia em saúde e prejudicava sua população. Nesse cenário, em 1976, surgiram várias administrações municipais com a proposta de se comprometer com o social e não ser apenas prefeituras tocadoras de obras. Assim se definiu e assim surgiu o que mais tarde se denominou como movimento municipalista de saúde. Sem nenhum dinheiro novo, com o apoio de algumas raras universidades e com uma turma quixotesca de sanitaristas e simpatizantes com a proposta de fazer saúde para toda a população, em especial às camadas sociais mais desfavorecidas. Coincide o tempo com o movimento mundial que culminou na reunião de Alma-Ata e sua declaração com ênfase na atenção primária à saúde. Nascem nos municípios, imitando o que acontecia no mundo, as equipes de atenção primária construída por três profissionais, principalmente: o médico, o enfermeiro e a nova categoria denominada agentes de saúde. (A saúde pública no Brasil, Gilson Carvalho, p. 09).
Nas décadas seguintes, o país tomado por pelo desenvolvimento industrial e, consequentemente, o crescimento do processo de urbanização. Uma das funções atribuídas à saúde pública nesse período era a higienização e diciplinarização das cidades e seus habitantes, auxiliando na promoção da ordem e da moral frente à reorganização dos modos de se viver nas cidades (Nunes 2000).
Os trabalhadores das grandes indústrias como as Ferrovias e os Bancos, organizaram as chamadas caixas de aposentadorias e pensões (Caps.), tendo como função a prestação de benefícios, tais como pensões, aposentadorias e a assistência médica a seus filiados e dependentes. Sua aquisição para os funcionários se dava por meio de contrato e sob a forma contributiva. 
As CAPs teve seu início nas empresas de estrada de ferro e foi se expandindo às empresas mais organizadas. A Lei Eloy Chaves, de 1923, garantiu essa modalidade de seguro a todas as empresas com mais de cinquenta empregados. (Um pouco da história de saúde pública no país, p. 4).
A assistência à saúde, portanto, era de direito somente aos trabalhadores participantes dos IAPs e seus familiares, o resto da população brasileira dependia da assistência particular ou, caso não possuísse recursos financeiros, de hospitais filantrópicos. O foco da Saúde Pública nesse período estava principalmente voltado para a preservação da força de trabalho, garantindo o crescimento industrial no País.
Foi através da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) que, em 1960, os serviços prestados pelos IAPs foram uniformizados e, em 1966, unificou-se a Previdência Social, passando a fazer parte dela toda a população brasileira trabalhadora. Se, por um lado, nessa unificação, garantiu-se assistência à saúde e aposentadoria a todos os trabalhadores, por outro, houve uma apropriação, por parte do Estado, de algo público, decorrente da contribuição desses trabalhadores, sendo utilizado como instrumento político e de investimentos em grandes construções, posteriormente vendidas a investidores estrangeiros (Conh, 1999).
Como havia dito, o Estado quando ver que algo o interessa, ou seja, gera uma boa receita, ele entra pelo meio dizendo: O sistema até funciona, entretanto necessita de organização, por isso, eu, Estado, organizarei tudo.
A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer, e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país. Dizem respeito também à saúde as ações que se destinam a garantir às pessoas e à coletividade de condições e bem-estar físico, mental e social (Lei 8.080/90, art. 3°).
Nos termos do art. 198 da Constituição Federal de 1988, as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
De acordo com o art. 7° da Lei 8.080/90, as ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da constituição, obedecendo ainda aos princípios:
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
VIII - participação da comunidade;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.
XIV – organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº12.845, de 1º de agosto de 2013.           (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017)
Sistema único de saúde (SUS)
Antes de qualquer crítica ao atual Sistema de Saúde Pública Brasileiro, faz-se necessário voltarmos ao passado para analisarmos rapidamente alguns períodos e, assim, contextualizarmos a saúde como ela era em cada um deles:
Do descobrimento ao Império (1500-1889).
Nesse período o perfil epidemiológico era de grandes contaminações de doenças pestilentas, pois era muitogrande o contato de pessoas urbanizadas com os nativos do Brasil, isso acontecia pela falta de vacinação e saneamento básico, além do sistema imunológico dos nativos que não estavam adaptados às doenças urbanas, da mesma forma ocorria com os estrangeiros que atracavam seus navios nas praias ou nos portos, eles não estavam adaptados ao ambiente hostil da época e além de trazer doenças para o povo brasileiro, também levavam as doenças nativas para outros países.
Nesse período, o país não tinha um cenário político econômico, pois o país era somente explorado por outros; O setor da saúde contava com os boticários, antigos enfermeiros sem formação, curandeiros, medicina liberal, porém com escassez médica, os saberes curativos dos indígenas e os jesuítas. As drogas e os remédios oriundos de Portugal e do Oriente eram caríssimos totalmente fora do alcance daquelas pessoas que não tinha muito, mas muito dinheiro. Essas ficavam a mercê das santas casas de misericórdia e os curandeiros. (História do SUS, p. 01).
República velha (1889-1930)
Nesse período com a migração da Família Real para a cidade de Rio de Janeiro, onde ficou centralizada a economia do Brasil, e também com o grande fluxo de pessoas urbanas nos portos, além das doenças pestilentas, começaram a aparecer as doenças transmissíveis, grandes epidemias, frutos da migração e imigração, formação de aglomerados e das precárias condições de saneamento básico, entre elas estavam: a febre amarela, varíola, tuberculose, sífilis e endemias rurais. (História do SUS, p. 02).
Era Vargas (1930-1964)
O projeto de saúde pública varguista foi, a rigor, uma criação do ministério Gustavo Capanema, à frente do MESP desde julho de 1934. Os processos e atores que conduziram os primeiros anos do "setor saúde" no interior do novo ministério são abordados pela autora; iniciava-se, então, a passos lentos - diríamos nós -, a constituição de um sistema centralizado na área de saúde, em meio a mudanças de gestão e conflitos que envolviam as oligarquias regionais e a União.  O projeto Capanema, em vigor desde 1937, resguardava a área de atuação dos estados e evitava profundos atritos políticos e gerenciais; não obstante, assegurava a ampliação da ação federal nos estados. A mais importante inovação foram as delegacias federais. Distribuídas em oito regiões, inspecionavam serviços e supervisionavam as atividades do setor, subordinadas ao Departamento Nacional de Saúde. Na reforma Capanema, as conferências nacionais de saúde e de educação eram marcos de debate e participação dos novos profissionais no âmbito do ministério. (Editora Fiocruz, 2007. 298 pp.)
Mas a preocupação com a saúde, na verdade, não se traduzia necessariamente pela questão do direito social ou da dignidade humana, mas estava ligada aos interesses econômicos das elites em manter o trabalhador sadio para manutenção da produção, principalmente naquele contexto agrário.
A partir da década de 1930, o Brasil começou um processo de industrialização e modernização do Estado, tentando se reposicionar na economia mundial após a crise de 1929. Considerando-se que até então a economia brasileira estava assentada na produção e exportação cafeeira, entendia-se ser necessária a criação de condições para a montagem de um parque industrial que alavancaria o país. Iniciava-se um processo mais tarde chamado por alguns intelectuais de capitalismo tardio. (RIBEIRO, Paulo Silvino. “O início das políticas públicas para a saúde no Brasil: da República Velha à Era Vargas”).
Assim, na Era Vargas ocorreram os seguintes fatos: a Saúde pública foi institucionalizada pelo Ministério da Educação e Saúde Pública; a Previdência social e saúde ocupacional institucionalizada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; criou-se os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP) que estendem a previdência social à maior parte dos trabalhadores urbanos (1933-38).
Autoritarismo (1964-1984)
No ano de 1964 os rumos da história brasileira são totalmente alterados com o golpe militar. Este golpe, planejado pelas forças armadas nacionais com o apoio total dos Estados Unidos, retirou do poder o então presidente da república João Goulart. A partir disso, é iniciado o período militar, que se estende até a década de 1980, quando é suprimido e ocorre a redemocratização do país. Em todo esse período o governo foi chefiado por comandantes militares – como Costa e Silva, Castelo Branco, Médici, Figueiredo, Geisel – em um regime governamental de caráter ditatorial e autoritário com o uso excessivo das forças policiais e das medidas de repressão. 
Nessa dinâmica foi vivenciado o chamado “milagre econômico”, que inicialmente possibilitou uma melhoria nos ganhos do país, mas que no final do regime militar causou uma recessão com altos índices de desemprego, inflação e pobreza para a população brasileira como um todo. A Saúde Pública no Brasil durante o regime militar começou com um processo de mudança que criou as primeiras bases para o surgimento do SUS (Sistema Único de Saúde), na década de 1990.
Nesse caminho, a ação inicial para a saúde neste período consistiu na publicação, em 1967, do Decreto-Lei 200 que definiu de forma geral o modo de organização da administração pública e, com relação ao sistema de saúde, redefiniu as competências do Ministério da Saúde que passaram a ser: Formulação da Política Nacional de Saúde; Assistência Médica Ambulatorial; Prevenção à Saúde; Pesquisas na área da saúde.
Com essas alterações, o Ministério da Saúde deixou de ser apenas um aparato burocrático para se tornar efetivamente o órgão máximo de gestão responsável pela condução das políticas públicas de saúde no país.
A partir desse avanço e fortalecimento do Ministério da Saúde, o DNERU criado no período anterior foi substituído, em 1970, pela SUCAM (Superintendência de Campanhas de Saúde Pública), que tinha como principal função o controle permanente das endemias existentes no Brasil. Em 1975 é criado o Sistema Nacional de Saúde, instituindo um sistema de assistência à saúde com validade para todo o território nacional; sendo que esta criação foi o embrião inicial para a ideia do SUS, que surgiria algumas décadas depois.
O processo de melhoria no sistema de saúde brasileiro foi continuado por meio da criação do PIASS (Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento), proporcionando a implantação de postos de atendimento de saúde nos municípios pequenos de todo o país. Essa ação foi feita principalmente porque a população do interior do Brasil não possuía nenhum tipo de assistência à saúde e nem mesmo uma referência para a busca do atendimento. Ainda durante a vigência do Regime Militar, no que se refere à Previdência Social, ocorreu um processo de unificação dos IAP´s, concluído no ano de 1967 que, posteriormente, foram transformados no INPS (Instituto Nacional de Previdência Social). 
Dessa maneira, no recém-criado INPS a previdência social passa para o comando total do governo federal e, com isso, os seus beneficiários passam a ter além das aposentadorias e pensões o direito à assistência médica. No entanto, o surgimento do INPS gerou um grande aumento do número de beneficiários, exigindo uma melhoria no sistema de assistência médica. E, neste momento, o governo militar ao invés de investir no setor público por meio do Ministério da Saúde, direcionou grandes somas de recursos financeiros para atenção privada à saúde.
A partir disso, foram feitos contratos e convênios com profissionais de saúde em uma dinâmica na qual o pagamento era feito para cada procedimento realizado; sendo assim, eram comuns neste período as fraudes, como cirurgias de fimose em mulheres ou até partos sendo feitos em homens. Outra consequência dessa política executada pelos militares foi o uso de dinheiro público para a construção de hospitais particulares em todo o país, gerando, assim, um verdadeiro complexo médico-hospitalar com foco nos médicos, remédios e hospitais que prevalece até os dias atuais. E para controlar todo esse sistema,que com o passar do tempo foi se tornando grandioso e complexo, foi criado em 1978 o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). ( Regime Militar: histórico da saúde, 2008).
Nova República (1985-1988)
A crise brasileira agravou-se após a falência do modelo econômico do regime militar, manifestada, sobretudo pelo descontrole inflacionário, já a partir do final dos anos 70. Ao mesmo tempo, a sociedade voltava a mobilizar-se, exigindo liberdade, democracia e eleição direta do presidente da República. O último general presidente, João Figueiredo (1979-1985), viu-se obrigado a acelerar a democratização do país, a lenta e gradual abertura política iniciada por seu antecessor. Foi extinto o bipartidarismo imposto pelos militares e criaram-se novos partidos políticos. A imprensa livrou-se da censura, os sindicatos ganharam maior liberdade e autonomia e as greves voltaram a marcar presença no cotidiano das cidades brasileiras. (Bertolli Filho, 1996). 
"A reorganização do país em direção a um Estado de direito desenvolveu-se lentamente e de maneira conflituosa. A partir das eleições de 1982, as negociações entre as forças políticas mais conservadoras e moderadas se sucederam, na busca da ampliação da abertura democrática. Essas negociações colocaram em plano secundário - na verdade quase excluíram - os sindicatos e partidos de esquerda, recém-saídos da clandestinidade, apesar do seu sucesso eleitoral nos anos de 1982 e 1984. Os resultados das eleições de 1986 favoreceram as forças conservadoras, graças a procedimentos de corrupção eleitoral (clientelismo, curralismo eleitoral, financiamento de candidatos favoráveis a lobbies) empregados desde a Primeira República. Apesar disso, grande massa de votos foi para os setores e partidos políticos progressistas e de esquerda. (Luz, 1991).
Assim, no final dos anos 70, estava demarcada a diretriz de redução de custos, mas, contraditoriamente, havia forte tendência de expansão do atendimento médico para os setores ainda não cobertos. Já no início da década, começara a surgir, ainda fora do aparato estatal, uma corrente contra-hegemônica que preconizava como proposta - para a melhoria da assistência médica no país - a descentralização, articulada à regionalização e à hierarquização dos serviços de saúde e à democratização do sistema, através da extensão de cobertura a setores até então descobertos, como os trabalhadores rurais. 
O movimento sanitário criticava o modelo hospitalocêntrico e propunha a ênfase em cuidados primários e a prioridade do setor público. Mas é somente na década de 80 que as propostas defendidas pelos sanitaristas passam a prevalecer no discurso oficial. O movimento sanitário vai ter, portanto, um ponto em comum com os setores até então hegemônicos: a necessidade de racionalizar os gastos com saúde. Do ponto de vista dos sanitaristas, o argumento da racionalização dos gastos podia servir, de um lado, à luta pela quebra do modelo prevalente, uma vez que o setor privado era responsável pelo aumento e pela maior parte das despesas na saúde. De outro lado, possibilitava uma maior democratização do atendimento médico, estendendo-o à população marginalizada que não contribuía diretamente com a Previdência Social. (...) Entre 1981 e setembro de 1984 o país vivencia uma crise econômica explícita, e é quando se iniciam as políticas racionalizadas na saúde e as mudanças de rota com o CONASP / Conselho Consultivo da Administração da Saúde Previdenciária e as AIS / Ações Integradas de Saúde. Este é um momento tumultuado na saúde, tendo em vista a quebra de hegemonia do modelo anterior. (França, 1998).
 Em 1981 foi criado o CONASP que elaborou um novo plano de reorientação da Assistência Médica que, em linhas gerais, propunha melhorar a qualidade da assistência fazendo modificações no modelo privatizante de compra de serviços médicos tais como a descentralização e a utilização prioritária dos serviços públicos federais, estaduais e municipais na cobertura assistencial da clientela. A partir do plano do CONASP, surgiu o Programa de Ações Integradas de Saúde, que ficou conhecido como AIS. Tinha o objetivo de integrar os serviços que prestavam a assistência à saúde da população de uma região. (Cunha & Cunha, 1998).
Os governos estaduais, através de convênios com os Ministérios da Saúde e Previdência, recebiam recursos para executar o programa, sendo que as prefeituras participavam através de adesão formal ao convênio.
Em 1986 é realizada em Brasília a VIII Conferência Nacional de Saúde, com ampla participação de trabalhadores, governo, usuários e parte dos prestadores de serviços de saúde. Precedida de conferências municipais e estaduais, a VIII CNS significou um marco na formulação das propostas de mudança do setor saúde, consolidadas na Reforma Sanitária brasileira. Seu documento final sistematiza o processo de construção de um modelo reformador para a saúde, que é definida como 'resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar desigualdades nos níveis de vida.' Este documento serviu de base para as negociações na Assembleia Nacional Constituinte, que se reuniria logo após." (Cunha & Cunha, 1998).
Pós constituição (1988...)
Em 1988 a Assembleia Nacional Constituinte aprovou a nova Constituição Brasileira, incluindo, pela primeira vez, uma seção sobre a Saúde. Esta seção sobre Saúde incorporou, em grande parte, os conceitos e propostas da VIII Conferência Nacional de Saúde, podendo-se dizer que na essência, a Constituição adotou a proposta da Reforma Sanitária e do SUS. No entanto, isso não foi fácil. Vários grupos tentaram aprovar outras propostas, destacando-se duas: a dos que queriam manter o sistema como estava, continuando a privilegiar os hospitais privados contratados pelo INAMPS e a dos que queriam criar no país um sistema de seguro-saúde mais ou menos parecido com o americano (que, todos sabem, é caro e não atende a todos). 
Como essas alternativas não tinham muita aceitação, pois uma já tinha demonstrado que não funcionava e a outra era inviável pela questão econômica, a proposta feita pelo movimento da Reforma Sanitária teve chance e acabou sendo aprovada, ainda que com imperfeições. De qualquer forma essa foi uma grande vitória, que coloca a Constituição brasileira entre as mais avançadas do mundo no campo do direito à saúde. (Rodriguez Neto, 1994) "
Durante o processo de elaboração da Constituição Federal, outra iniciativa de reformulação do sistema foi implementada, o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS. Idealizado enquanto estratégia de transição em direção ao Sistema Único de Saúde, propunha a transferência dos serviços do INAMPS para estados e municípios. O SUDS pode ser percebido como uma estadualização de serviços. Seu principal ganho foi a incorporação dos governadores de estado no processo de disputa por recursos previdenciários. Contudo a estadualização, em alguns casos, levou à retração de recursos estaduais para a saúde e à apropriação de recursos federais para outras ações, além de possibilitar a negociação clientelista com os municípios. 
Enquanto resultante dos embates e das diferentes propostas em relação ao setor saúde presentes na Assembleia Nacional Constituinte, a Constituição Federal de 1988 aprovou a criação do Sistema Único de Saúde, reconhecendo a saúde como um direito a ser assegurado pelo Estado e pautado pelos princípios de universalidade, equidade, integralidade e organizado de maneira descentralizada, hierarquizada e com participação da população. (Cunha & Cunha, 1998)
O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgão e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).Estão incluídas no SUS as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisas e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde, sendo que, a iniciativa privada poderá participar do SUS, em caráter complementar. (Manual do Direito previdenciário, 10ª ed., Goes Hugo, pág. 791)
Como podemos ver a saúde, hoje, no Brasil, não está uma referência mundial, todavia, quando analisamos sua história podemos dizer que sim, estamos em desenvolvimento.
E o assistente social é um profissional fundamental no que tange à área da saúde, pois uma boa orientação de um desses profissionais pode prevenir doenças, maus tratos, uma gravidez precoce e diversa outras situações que acabam por dizimar a saúde das pessoas com o passar do tempo.
Existem programas especiais na área da saúde em que o assistente social está intimamente ligado, como por exemplo: O NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família). Este programa é formado por uma equipe de profissionais formadas por assistente social, enfermeira, fisioterapeuta, nutricionistas, médicos entre outros profissionais da saúde. Esse grupo desenvolve uns projetos para a melhoria da saúde de certa comunidade, ou seja, trabalha mais com a prevenção do que com a solução dos problemas de saúde. (informações obtidas no Estágio curricular obrigatório I, 2016)
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Sobre “questão social” entende-se, segundo Iamamoto e Carvalho, as manifestações e expressões no andamento das constituições e desenvolvimento da classe operária, e consequentemente, o ingresso da massa no cenário político da sociedade, além da exigência do seu reconhecimento, por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação do dia a dia da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, que passam a exigir outros tipos de intervenção, para além da caridade e repressão (IAMAMOTO E CARVALHO, 2011).
A “questão social” é o principal instrumento de intervenção do assistente social. Iamamoto, (2008, p.163) corrobora com essa assertiva, ao afirmar que o serviço social tem na questão social a base de sua fundação, enquanto especialização do trabalho. Os assistentes sociais, por meio da prestação de serviços sócio assistenciais – indissociáveis de uma dimensão educativa (ou político-ideológica) – realizados nas instituições públicas e organizações privadas, interferem nas relações sociais cotidianas, no atendimento às várias expressões da questão social, tais como experimentadas pelos indivíduos sociais no trabalho, na família, na luta por moradia e pela terra, na saúde, na assistência social pública, entre outras dimensões. Nesse sentido, é importante afirmar que:
O assistente social convive diariamente com as mais amplas expressões da questão social, “matéria-prima” de seu trabalho. Confronta-se com as manifestações mais dramáticas dos processos sociais ao nível dos indivíduos sociais, seja em sua vida individual, seja em sua vida coletiva. (ABESS/ CEDEPSS, 1996, p.154-155).
Para tanto, nesse momento, surge um novo agente profissional, imbuído de preceitos da igreja católica, a qual atuava como uma instituição que contribui nos primórdios para o desenvolvimento da profissão, tendo como principal finalidade, naquele momento, organizar a caridade. Mais tarde, na década de 1930, ao se constituir como profissão e se institucionalizar, o serviço social rompe com os preceitos morais e cristãos e consequentemente com a igreja católica, adquirindo um papel mais interventivo na defesa da classe trabalhadora. (IAMAMOTO, CARVALHO, 2011).
A assistência social como uma beneficência privada é, na teoria, diferente da beneficência pública. Aquela existe desde os tempos mais antigos da humanidade, pois sempre existiu uma hierarquia das classes sociais, independentemente da época. Era o chamado “assistencialismo”. Nessa época, não existia nenhum responsável pela administração da parte social, no entanto, muitas das vezes, as pessoas e instituições sentiam-se na obrigação de ajudar as pessoas economicamente mais pobres.
Com a civilização judaico-cristã, a ajuda toma a expressão de caridade e benemerência ao próximo, como força moral de conduta. No intuito de conformar as práticas de ajuda e apoio aos aflitos, grupos filantrópicos e religiosos começaram a se organizar, dando origem às instituições de caridade (Sposati et al., 2007, p. 40).
Na Idade Média, a forte influência do Cristianismo, através da doutrina da fraternidade, incentivou a prática assistencial com a difusão das confrarias que apoiavam as viúvas, os órfãos, os velhos e os doentes (Carvalho, 2006, p. 15). 
Dentre tais práticas, podemos citar as “Poor Laws” ou Leis dos Pobres, políticas de natureza pública e caritativa, inauguradoras da primeira fase da evolução da política social, disseminadas em grande parte dos países europeus entre os séculos XVII e XIX. Conforme afirma Boschetti (2003, p. 53), estas legislações impunham um “código coercitivo do trabalho” e possuíam caráter mais punitivo e repressivo do que protetor.
Portanto, na verdade, as pessoas eram vítimas da burguesia, pois eram condenados a ficar na miséria dependendo sempre da ajuda e misericórdia das santas casas e daquelas pessoas de classe superior que faziam algumas caridade. O certo é que, as pessoas eram vistas como pessoas doentes como afirma Sposati, 
“(...) os pobres eram considerados como grupos especiais, párias da sociedade, frágeis ou doentes. A assistência se mesclava com as necessidades de saúde, caracterizando o que se poderia chamar de binômio de ajuda médico-social. Isto irá se refletir na própria constituição dos organismos prestadores de serviços assistenciais, que manifestarão as duas faces: a assistência à saúde e a assistência social. O resgate da história dos órgãos estatais de promoção, bem-estar, assistência social, traz, via de regra, esta trajetória inicial unificada” (Sposati et al., 2007, p. 42).
Tanto é que, o primeiro hospital construído no Brasil e na América Latina, foi o da Santa Casa de Misericórdia. Essa matinha a compreensão de ajudar o pobre como um gesto de caridade e solidariedade. (Graziela Figueiredo de Carvalho, 2008, p. 13)
Nos anos de 1930, no Governo Vargas começou a surgir os primeiros traços de assistência social como uma iniciativa do Governo. Vargas iniciou um projeto de regulamentação das relações de trabalho no país, o qual o objetivo era transforma a luta de classes em colaboração de classes, ou seja, interferir de modo autoritário, a fim de evitar ou até mesmo por fim nos conflitos sociais. (Graziela Figueiredo de Carvalho, 2008, p. 14)
Nesse período, seguiu-se a referência de cobertura de riscos ocorrida nos países desenvolvidos, numa sequência que parte da regulação dos acidentes de trabalho, passa pelas aposentadorias e pensões e segue com auxílios doença, maternidade, família e seguro-desemprego.
Segundo Carone, “toda a legislação trabalhista criada na época embasava-se na ideia do pensamento liberal brasileiro, onde a intervenção estatal buscava a harmonia entre empregadores e empregados”. Era bem vinda, na concepção dos empresários, toda iniciativa do Estado que controlasse a classe operária. Da mesma forma, era bem vinda, por parte dos empregados, pois contribuía para melhorar suas condições de trabalho (Carone apud Couto, 2006, p. 95).
Sendo assim, em 1930 foi criado o Ministério do Trabalho, logo mais tarde em 1932 foi criado o documento de carteira de trabalho. Esse documento foi muito importante na época, pois se alinhava à política de proteção ao trabalhador praticada pelo presidente, em meio a um processo de urbanização e de modernização do Brasil. Naquele momento, ocorria uma mudança na economia, que deixava de ser agrária e se tornava industrial. Era necessário regular o trabalhador urbano, e Vargas, ao instituir uma legislação trabalhista com previsão de jornada de trabalho, lei de férias, direito à aposentadoria, regulação do trabalho da mulher e do menor, exercia o controle

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