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Aula 1,2 e 3 Direito Previdenciário

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41
2020
NUNCA ESQUEÇA!!!!!
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
1. SEGURIDADE SOCIAL
1.2. CONCEITUAÇÃO
	A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social. 
· A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA
.
O INÍCIO DA HISTÓRIA DA PREVIDÊNCIA NO MUNDO
A Evolução no Mundo.
Deste modo, registram-se ao longo da história vários sistemas, os quais compõem a gênese do Direito Previdenciário, um tanto mais primitivos, se comparados ao nosso complexo sistema contemporâneo, todavia, já demonstrando este receio do infortúnio.
Tem-se como exemplo a Grécia, com a formação das sociedades de mútua ajuda conhecidas como “éranoi”. Exigiam contribuições regulares e possuiam a finalidade de conceder empréstimos sem juros aos participantes nos quais se encontravam em necessidade.  
Em Roma, havia as associações chamadas “collegia” ou “sodalitia”, que por contribuições dos associados asseguravam as despesas funerárias dos “sócios”.
Ainda em Roma, existia o instituto da pater famílias, que tinha como obrigação, prestar assistência aos servos e clientes por meio de uma associação mediante contribuição. Seguindo essa vertente, encontrava-se o exército romano, que guardava duas partes de cada sete do salário do soldado e este, quando se aposentava, recebia as economias junto com um pedaço de terra.
Miguel Horvath, bem como Sérgio Pinto Martins, asseveram, outrossim, a mais remota preocupação com o infortúnio através da celebração do primeiro contrato de seguro marítimo em 1344, posteriormente, surgindo a cobertura de riscos contra incêndios.
A senda evolutiva da seguridade social continuou e atenta-se para a existência do instituto também na baixa idade média, com a Poor Relief Act, de 1601, a qual caracterizava-se como uma espécie de lei de amparo aos pobres, constituindo contribuições obrigatórias para fins sociais, tendo a paróquia o dever de auxiliar o indigente, assim como os juízes detinham o poder de lançar um imposto de caridade e designar inspetores para auditar as paróquias. Este é considerado o primeiro ato relativo à assistência social.
Na Prússia, atual Alemanha, em 1883, instituiu-se o primeiro sistema de seguro social pelo chanceler Otto Von Bismarck, tendo caráter eminentemente político. Em decorrência da crise industrial, os movimentos socialistas encontravam-se fortalecidos e a medida visava obter a consagração social. Isto culminou com o surgimento do Código de seguro social alemão em 1911.
As Leis idealizadas por Bismarck foram gradativamente sendo implantadas. Em 1883, a Lei do seguro-doença, custeada pelo empregado, empregador e Estado; em 1884, a Lei do Acidente de trabalho, custeada pelos empregados; 1889, com a Lei do seguro invalidez e idade, custeada pelos trabalhadores, empregadores e Estado.
A Encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII, em 1891, analisa a situação dos pobres e trabalhadores nos países industrializados, estabelecendo um conjunto de princípios orientadores para operários e patrões. Outras encíclicas importantes foram a “Quadragesimo Ano” (1931) e “Divini Redemptoris” (1937).
A Inglaterra também seguiu a tendência e promulgou em 1897 o “Workman’s Compensation Act”, constituindo seguro obrigatório contra acidente de trabalho, tendo estabelecido a responsabilidade objetiva do empregador na reparação dos danos por acidentes laborais. E posteriormente, a “Old Age Pensions”, em 1908, concedia pensão aos maiores de 70 (setenta) anos independentemente de contribuição.
O México inaugura, então, uma nova fase, denominada de constitucionalismo social, em que os países começaram a tratar em suas Constituições de Direitos sociais, trabalhistas e econômicos, incluindo-se, não 
obstante, os Direitos previdenciários. A Constituição mexicana consolidou-se pioneira desta nova fase, em 1917, ao tratar do assunto em seu artigo 123; seguida, no ano seguinte, da Constituição soviética de 1918, que tratava de Direitos previdenciários.
Os EUA, com a influência da política do New Deal (Wellfare Sate), teve, por seu Congresso, aprovado o Social Security Act, amparando idosos e instituindo, também, o auxílio-desemprego.
O período de universalização da Previdência corresponde, obviamente, ao seu período de expansão geográfica, tendo como ápice o Tratado de Versalhes de 1919, que criou a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Foi em meio a Segunda Guerra Mundial que se deu início ao período de consolidação da Previdência Social, na medida em que havia a necessidade de reconstrução dos países envolvidos no conflito e de assegurar-se o mínimo de bem-estar social. Neste período, um grande exemplo é o plano Beveridge, que reestruturou o sistema inglês de previdência, criando um conceito mais abrangente de previdência.
Esse plano surgiu de um relatório de mesmo nome e caracterizou-se como a gênese da seguridade social, na medida em que o Estado não mais zelava apenas do seguro social, mas das ações na áreas de saúde e assistência social.
Finalmente, em um estágio mais atual, destaca-se a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, dispondo em seus artigos 22, 25 e 28 o Direito à segurança social.
E, em 1952, a Convenção nº 102 da OIT (Organização Internacional do Trabalho, criada em 1919), a respeito de normas mínimas para a seguridade.
No Brasil, não foi diferente. Sistemas análogos ao previdenciário surgiram a partir de 1888 beneficiando principalmente setores que eram importantes para o império: os funcionários dos correios, da imprensa nacional, das estradas de ferro, da marinha, da casa da moeda e da alfândega. 
Mas é só em 1923 que o Brasil vê o ponto de partida da história da Previdência social como conhecemos hoje.
A Lei Eloy Chaves
A Lei Eloy Chaves, de 1923, é considerada o marco inicial da história da previdência brasileira. Ela leva o nome do deputado federal paulista que articulou, junto às companhias ferroviárias, a criação da base desse sistema – consolidando-a na referida lei. Basicamente, essa norma estabeleceu a criação de uma Caixa de Aposentadoria e Pensão (CAP) para ferroviários de cada uma das empresas do ramo na época.
O sistema CAPS
No sistema de CAPs, o governo era responsável pela criação das caixas e pela regulação do seu funcionamento. Entretanto, a gestão desses fundos era delegada à iniciativa privada: eles eram 
administrados por uma parceria entre um conselho composto por representantes da empresa e dos empregados, que também seriam os responsáveis por financiá-los.
Apesar das políticas e leis anteriores a 1923, esse marco abre o precedente para que o benefício seja estendido para outros setores através de novos sistemas.  No período até 1934, foram estendidos os benefícios à portuários, telegráficos, servidores públicos e mineradores.
Manifestação de queremistas, apoiadores de Getúlio Vargas, em 1945. Foto: CPDOC.
	
ERA VARGAS E CONSTITUIÇÃO DE 1934
Durante a Era Vargas, ocorrem muitas mudanças no contexto do trabalho brasileiro. Em 1930, foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que passou a cuidar das questões relacionadas à previdência.
Também foi abolido o sistema CAPs. No seu lugar, foi criado os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), centralizando sua atuação no governo federal e passando a funcionar em nível nacional.
Assim, o Estado indicava os presidentes dos institutos – o que dava ao governo um grau de controle elevado sobre as relações de trabalho – mas a administração continuava na mão de representantes dos empregadores e empregados. A constituição de 1934 também estabelece mudanças no sistema de arrecadação implantando o custeio tríplice, onde a contribuição para os fundos de pensão era dividida entre empregador,empregado, e União.
É importante notar que, apesar da grande acumulação de recursos durante esse regime, diversas áreas do setor público – em especial a saúde – ainda recebiam pouco retorno.
A constituição de 1934 buscou alterar um pouco essa realidade, mudando o conceito de previdência como assistência e passando a incorporar características do que conhecemos como seguro social, que então evoluiria para a Previdência Social na constituição de 1946.
A PREVIDÊNCIA NOS ANOS 60 E NA DITADURA MILITAR
Continuando na história da Previdência, em 1960, foi criada a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS). A lei tinha como objetivo uniformizar os direitos estabelecidos entre os diversos institutos criados dentro do sistema IAP.
Essa mudança acontece quando a Previdência Social já tem características que beneficiam todos os empregados urbanos – embora muitos trabalhadores domésticos e rurais ainda não sejam incluídos nas políticas de proteção. A lei também incluía a garantia de benefícios como auxílio-natalidade, auxílio-funeral e auxílio-reclusão.
Na década de 1960, ainda ocorreram outras mudanças no sistema de previdência. Por exemplo, em 1963, houve a inclusão do trabalhador rural com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL). Além disso, em 1966, houve a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) – que hoje é conhecido como INSS –  para unificar a administração da previdência social no Brasil.
A constituição de 1967, criada durante o regime militar, coloca em seus artigos alguns direitos trabalhistas e de seguridade social, incluindo alguns que já existiam como leis durante o governo Vargas. Entre eles estão: salário mínimo, salário família, a proibição de diferenciação de salários por conta de sexo, cor e estado A maior inovação trazida pela Constituição Federal de 1967, no que diz respeito à Previdência Social, foi a instituição do desemprego" data-type="category">seguro desemprego. Ademais, importante salientar 
também que foi neste texto constitucional que ocorreu a inclusão do salário família, que antes só havia recebido tratamento infraconstitucional.civil, jornada de trabalho de oito horas, férias remuneradas, entre outros.
ESTABILIDADE POLÍTICA NA DITADURA E A PREVIDÊNCIA
É importante notar que a garantia de direitos sociais e trabalhistas ocorrem no Brasil durante a ditadura como uma forma de garantir a estabilidade política nacional.
Tanto no país como no resto do mundo, a disputa ideológica entre o sistema capitalista e as promessas de igualdade de movimentos comunistas fazem com que essas medidas sejam necessárias para que não ocorram grandes protestos e o regime não seja ameaçado.
A ampliação do mercado de trabalho e uma dinâmica populacional onde havia mais trabalhadores ativos do que aposentados no país fizeram com que, até os anos 80, a arrecadação da previdência fosse maior do que seu custo, tendo um grande papel no crescimento do país nesse período.
A CONSTITUIÇÃO DE 1988
A criação da Constituição de 1988 estabelece um conjunto de ações envolvendo Saúde, Assistência e Previdência Social usando o termo “Seguridade Social”. É nesse momento que se estabelece a previdência como conhecemos hoje, mantendo seu aspecto de arrecadação entre empregadores e empregados, mas delegando ao Estado o papel de organizar e distribuir os recursos de acordo com a legislação.
A Previdência descrita na constituição de 1988 é famosa por conseguir incluir pontos importantes para a garantia da proteção social. Sendo vista como uma ação progressista em comparação às medidas de liberalização que vinham sendo tomadas em outros países nesse período. Mas isso não impediu que algumas reformas mudassem detalhes do seu funcionamento.
A Previdência e as reformas recentes
Chegando nos dias atuais que compõem a história da Previdência, a primeira mudança nesse sistema ocorre em 1991, no governo Collor. A medida previa que os benefícios levassem em conta a correção monetária, já que no momento, o Brasil via sua economia sofrer com a inflação.
No governo Fernando Henrique, em 1998, as mudanças foram maiores: a partir daquele momento, não seria mais considerado o tempo de serviço do trabalhador, e sim o de contribuição para o INSS – definido como 30 anos para mulheres e 35 para homens. Além disso, a reforma do governo FHC também implantou o fator previdenciário, cálculo usado para definir o valor do benefício recebido após a aposentadoria.
No governo Lula, as mudanças tiveram como foco o funcionalismo público. Em 2003, a reforma criou um teto para os servidores federais, instituiu a cobrança da contribuição para pensionistas e inativos, e altero o valor do benefício para tais.
Em 2015, o Congresso aprovou durante o governo da presidente Dilma Rousseff outra mudança, que buscava alterar a idade de acesso à aposentadoria integral. A regra de pontos – conhecida como  85/95 – leva em consideração a soma da idade ao tempo de contribuição. Assim, para as mulheres essa soma deveria resultar 85 e para homens 95, para que os trabalhadores tenham direito a receber o benefício integral.
Desde o Governo Temer uma reforma da Previdência mais radical tenta ser aprovada. Na época, a conjuntura nacional dificultou a tramitação da proposta na Câmara. Por isso, em 2019, o governo de Jair Bolsonaro tornou A Previdência e as reformas recentes
Chegando nos dias atuais que compõem a história da Previdência, a primeira mudança nesse sistema ocorre em 1991, no governo Collor. A medida previa que os benefícios levassem em conta a correção monetária, já que no momento, o Brasil via sua economia sofrer com a inflação.
No governo Fernando Henrique, em 1998, as mudanças foram maiores: a partir daquele momento, não seria mais considerado o tempo de serviço do trabalhador, e sim o de contribuição para o INSS – definido como 30 anos para mulheres e 35 para homens. Além disso, a reforma do governo FHC também implantou o fator previdenciário, cálculo usado para definir o valor do benefício recebido após a aposentadoria.
No caso do Brasil, a Previdência Social teve alguns documentos legislativos que ajudam a compreender o seu processo histórico. Em síntese, tais documentos são os seguintes:
1 - Constituição de 1824 - O primeiro documento legislativo a tratar sobre a Previdência Social no Brasil [...], a qual dedicou o inciso XXXI de seu art. 179 a tal escopo. Tal dispositivo garantia aos cidadãos o direito aos então denominados “socorros públicos”.
2 - Constituição de 1891 – Previu em seu bojo dois dispositivos relacionados à Previdência Social, quais sejam, o art. 5º e o art. 75, sendo que o primeiro dispunha sobre a obrigação de a União prestar socorro aos Estados em calamidade pública, se tal Estado solicitasse, e o último dispunha sobre a aposentadoria-por-invalidez" data-type="category">aposentadoria por invalidez dos funcionários públicos.
[...] Dentre os documentos legais editados durante o referido período, merece destaque a Lei Elói Chaves (Decreto Legislativo n. 4.682/1923).
3 - Constituição de 1934 - O sistema tripartide de financiamento da Previdência Social, tal qual o conhecemos hoje, foi previsto inicialmente na Constituição de 1934.
[...] foi a primeira no Brasil a prever que o trabalhador, o empregador e o Estado deveriam contribuir para o financiamento da Previdência Social, o que significou um grande progresso de tal Instituto em nosso país.
4 - Constituição de 1937 - O art. 137, alínea “m”, da Constituição Federal de 1937 instituiu seguros em decorrência de acidente de trabalho, sendo eles os seguros de vida, de invalidez e de velhice.
5 - Constituição de 1946 – [...] importante destacar que a Constituição brasileira de 1946 não representou nenhuma mudança de conteúdo no que tange à Previdência Social se comparada com a Constituição anterior. 
Não obstante, é no bojo desta Constituição que cai totalmente em desuso o termo “seguro social”, o qual foi substituído, pela primeira vez em termos constitucionais no Brasil, pelo termo “Previdência Social”.
6 -Constituição de 1967 (Emenda n. 1 de 1969) - A maior inovação trazida pela Constituição Federal de 1967, no que diz respeito à Previdência Social, foi a instituição do desemprego" data-type="category">seguro desemprego. Ademais, importante salientar também que foi neste texto constitucional que ocorreu a inclusão do salário família, que antes só havia recebido tratamento infraconstitucional.
7 - Constituição de 1988 - Conforme se sabe, a Constituição Federal brasileira de 1988 marca o retorno de um Estado democrático de direito em nosso país, tendo contemplado vários direitos e garantias fundamentais aos cidadãos. (NOLASCO, 2012, s/p).
Assim, é preciso conhecer o surgimento e a evolução da temática da previdência social no mundo e no Brasil, bem como de que modo ela está configurada no Ordenamento Jurídico brasileiro por se tratar de um importante mecanismo de proteção e benefício do segurado. Para tanto, propõe-se como problema de investigação a seguinte questão: Como se estruturou e se desenvolveu o sistema de previdência social no Brasil a partir do cenário mundial?
Levantou-se como hipótese o fato de que, com o processo de industrialização das grandes cidades brasileiras, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro, e com as escorchantes condições de trabalho, os empregados ficaram mais expostos a acidentes de trabalho, o que levou à institucionalização do seguro obrigatório de acidente de trabalho pela Lei 3.724 à indenização a ser paga, obrigatoriamente, pelos empregadores aos seus empregados acidentados.
A investigação justifica-se, uma vez que o estudo da Previdência Social, enquanto componente da seguridade social apresenta, historicamente, uma relação intrínseca entre acidentes e ambientes de trabalho, obrigando a criação de um amparo legal de modo a garantir o direito do segurado à estabilidade provisória, quando do retorno às suas atividades laborais, como estabelece o Art. 118, da Lei n.º 8.213/1991.
No caso do Brasil, o Ministério da Previdência Social deu um importante passo ao criar o Nexo Técnico Epidemiológico, que é o vínculo da Classificação Internacional de Doenças (CID), obtida a partir da perícia médica, com a atividade desempenhada pelo segurado, reconhecendo-se o benefício como acidentário mesmo sem a Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT).
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental com abordagem qualitativa, que discute o sistema da Previdência Social no Brasil e o seu papel frente aos benefícios previdenciários decorrentes de incapacidade acidentária, a partir de um breve desenho histórico no cenário internacional. Em relação à pesquisa bibliográfica, segundo Lakatos e Marconi (2004, p. 44), “A pesquisa bibliográfica pode ser considerada como o primeiro passo de toda pesquisa científica”. Quanto à pesquisa documental, conforme Beuren (2009, p.134), “a coleta de dados por meio da pesquisa documental ou de fontes primárias é a que trabalha com informações que não receberam tratamento analítico”.
Esta constitui-se de documentos classificados em dois tipos principais: fontes de primeira mão, que são os documentos que não receberam qualquer tratamento analítico, como - documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, fotografias etc. – fontes de segunda mão, que são os documentos que de alguma forma já foram analisados, como - relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas etc. (BEUREN, 2009).
2 OS DIREITOS SOCIAIS E A SEGURIDADE SOCIAL
 A proteção dos direitos sociais é relativamente recente no nível normativo. A preocupação estatal com a proteção social de seus cidadãos faz parte integrante, em sua acepção mais intensa, da grande evolução ocorrida no século passado.
Ao conjunto integrado das ações dos poderes públicos e da sociedade no sentido de prover a saúde, a previdência e a assistência social dá-se o nome de Seguridade Social. Dentre estes direitos, há de se destacar a previdência, que significa atender aquele que, por exemplo, apesar de estar bem de saúde, já perfez o seu dever para com a comunidade, tendo atingido idade imprópria para o exercício do trabalho, fazendo jus, portanto, à recepção de uma remuneração como se trabalhando estivesse, embora, como se sabe, o aposentado fique dispensado da prestação antiga do trabalho.
À Previdência Social cabe, pois, o atendimento aos nela inscritos, quando colhidos por eventos, tais como: a doença, a invalidez, a morte, a maternidade, o desemprego involuntário e outros. Vale dizer que a qualquer um é dado participar, desde que efetue a sua contribuição financeira, na forma dos planos previdenciários.
Na área efetivamente previdenciária, o primeiro ordenamento legal foi editado na Alemanha, por Otto Von Bismarck, em 1883, com a instituição do seguro-doença. Assim, atribui-se ao Chanceler a responsabilidade pelo nascimento da Previdência Social, com a edição da lei de seguros sociais, não que antes não tenha havido qualquer outra norma de natureza previdenciária. Veja-se que outras normas precederam àquela instituída por Birmarck, como a chamada lei das minas de 1842 na Inglaterra, bem como outras leis austríacas, contudo, nenhuma delas teve o alcance e amplitude da lei de seguros sociais do estadista alemão.
No ano seguinte, foi criada a cobertura compulsória para os acidentes de trabalho. Neste mesmo país, em 1889, foi criado o seguro de invalidez e velhice. Foi a primeira vez que o Estado ficou responsável pela organização e gestão de um benefício custeado por contribuições recolhidas compulsoriamente das empresas.
Logo em seguida, outros países da Europa editaram suas primeiras leis de proteção social. A Inglaterra publicou o Workmen's Compensation Act, estabelecendo seguro obrigatório contra acidente de trabalho.
É oportuno lembrar que, apesar da existência dessas legislações esparsas anteriores, a primeira Constituição a incluir o tema previdenciário foi a do México de 1917, seguida pela Constituição alemã de Weimar, em 1919.
Já em 1929, movidos pela crise de então, os Estados Unidos adotaram o New Deal, inspirado no Welfare State (Estado do bem-estar social). Segundo Ivan Kertzman (2009, p. 37) “esta política determinava uma maior intervenção do Estado na economia, inclusive com responsabilidade de organizar os setores sociais com investimentos na saúde pública, na assistência social e na previdência social”. Em 1935, este país editou o Social Security Act, criando a previdência social como forma de proteção social.
Outro momento da evolução histórica mundial que merece destaque é o da criação do Plano Beveridge, em 1942 na Inglaterra. Este plano marca a estrutura da seguridade social moderna, com participação universal de todas as categorias de trabalhadores e cobrança compulsória de contribuições para financiar as três áreas da seguridade: saúde, previdência social e assistência social.
Já no Brasil, o seguro social teve início por meio da organização privada, sendo que, aos poucos, o Estado foi apropriando-se do sistema por meio de políticas intervencionistas. Por tal motivo, as primeiras entidades a atuarem na seguridade social foram as santas casas da misericórdia, como a de Santos, que, em 1553, prestava serviços no ramo da assistência social (ALVIM, 2012).
A transição da simples beneficência, por força de deveres meramente morais e religiosos, para a assistência pública no Brasil demorou aproximadamente quase três séculos, pois a primeira manifestação normativa sobre assistência social, veio imprimida na Constituição de 1824. Em 1835, ainda com caráter mutualista, foi criado o Montepio Geral dos Servidores do Estado – Mongeral – primeira entidade de previdência privada no país.
A Constituição de 1891 estabeleceu a aposentadoria por invalidez para os servidores públicos, custeada pela nação. Tal benefício era concedido aos funcionários públicos independentemente de contribuição, ou seja, a prestação era custeada integralmente pelo Estado (PEREIRA JÚNIOR, 2005).
Assim, após inúmeros instrumentos legislativos instituindo seguros sociais a diversas categorias de funcionáriospúblicos, iniciou-se a industrialização das grandes cidades, especialmente São Paulo e o Rio de Janeiro e, por conseguinte, passaram a vigorar as escorchantes condições de trabalho, como ocorrido no velho mundo, que resultaram em inúmeros acidentes do trabalho. Em razão disso, em 1919, foi instituído o seguro obrigatório de acidente de trabalho pela Lei 3.724 e, também, uma indenização a ser paga, obrigatoriamente, pelos empregadores aos seus empregados acidentados.
3 A PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL: SISTEMA VIGENTE E A GARANTIA DOS DIREITOS DO SEGURADO
3.1 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA DE 1988
É exatamente no contexto da Constituição Federal de 1988, especificamente no quesito direitos fundamentais sociais, também chamados de direitos fundamentais de segunda dimensão, que hoje se encontram contemplados os direitos relativos à Previdência Social. Tal legislação, no Brasil, é guiada ou inspirada, a exemplo de um terço de outros países membros da ONU, nos preceitos internacionais em relação ao direito das pessoas com deficiência de participação efetiva na sociedade.
Nesse sentido, a Constituição de 1988 definiu, através do Art. 194, o atual sistema de seguridade social, que compreende "um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência social e à assistência social" (BRASIL, 1988), passando o referido sistema por várias reformas, introduzidas pelas Emendas Constitucionais n.ºs 20/98, 41 e 42/03 e 47/05. 
Nesse contexto, em 1990, foi criado o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para substituir o Instituto Nacional da Previdência Social (INPS) e o Instituto de Administração Financeira da Previdência Social (IAPAS), cuidava este da parte de arrecadação, cobrança e fiscalização das contribuições, incorporando as funções de ambos. Deve ser salientado, todavia, que, com o advento da Lei n. 11.457/07, as atribuições de arrecadação, fiscalização e cobrança de contribuições, bem como de aplicação de penalidades, ou seja, as relativas ao custeio da seguridade social foram transferidas para a Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Foram então publicadas as Leis dos Planos de Custeio (Lei 8.212/91) e de Benefícios (Lei n. 8.213/91), as quais permanecem vigentes, com várias alterações posteriores.
3.2 O NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO E A CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID) DO SEGURADO NO CONTEXTO DO AMBIENTE DE TRABALHO
O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) é uma metodologia de reconhecimento de doenças que tem o objetivo de identificar quais doenças e acidentes estão relacionados com a prática de uma determinada atividade profissional pelo INSS no Brasil. Com o NTEP, quando o trabalhador adquirir uma enfermidade inteiramente relacionada à atividade profissional, fica qualificado o acidente de trabalho. Nos casos em que houver relação estatística entre a doença ou lesão e o setor de atividade econômica do trabalhador, o nexo epidemiológico determinará automaticamente que se trata de benefício acidentário e não de benefício previdenciário normal.
O NTEP funciona como um recurso de reconhecimento de doenças que complementa a Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT). Para tal, o NTEP toma como base o que diz o Decreto-Lei n.º 7.036/1944, Art. 1.º, segundo o qual:
Considera-se acidente do trabalho, para os fins da presente Lei, todo aquele que se verifique pelo exercício do trabalho, provocando, direta ou indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional, ou doença, que determine a morte, a perda total ou parcial, permanente ou temporária, de capacidade para o trabalho. (BRASIL, 1944).
A mesma norma legal, no seu Art. 2.º, classifica as doenças, para os efeitos de sua aplicação, as “chamadas profissionais,  - inerentes ou peculiares a determinados ramos de atividades, - as resultantes das condições especiais ou excepcionais em que o trabalho for realizado” (BRASIL, 1944).
Segundo o Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde/Ministério da Saúde do Brasil, as doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho apresentam algumas características que as distinguem dos demais grupos:
• os agentes etiológicos não são de natureza ocupacional;
• a ocorrência da doença depende das condições ou circunstâncias em que o trabalho é executado e da exposição ocupacional, que favorece o contato, o contágio ou a transmissão.
Lista de doenças infecciosas e parasitárias relacionadas ao trabalho, de acordo com a Portaria/MS n.º 1.339/1999:
• Tuberculose (A15- e A19.-);
 • Carbúnculo (Antraz) (A22.-);
 • Brucelose (A23.-);
 • Leptospirose (A27.-);
 • Tétano (A35.-);
 • Psitacose, ornitose, doença dos tratadores de aves (A70.-);
 • Dengue (dengue clássico) (A90.-);
 • Febre amarela (A95.-);
 • Hepatites virais (B15- e B19.-);
 • Doença pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) (B20- e B24.-);
 • Dermatofitose (B35.-) e outras micoses superficiais (B36.-);
 • Candidíase (B37.-);
 • Paracoccidioidomicose (blastomicose sul americana, blastomicose brasileira, Doença de Lutz) (B41.-);
 • Malária (B50- e B54.-);
 • Leishmaniose cutânea (B55.1) ou leishmaniose cutâneo-mucosa (B55.2). (BRASIL, 1999, p. 61).
Então:
[...] Neste contexto, o NTEP permite o reconhecimento, de ofício, da incapacidade como derivada do trabalho, por meio de correlação entre a atividade econômica da empresa e da doença ocupacional- há correlação entre o CNAE e a tabela CID. Tal relação foi feita por meio de análises estatísticas, que expõe as doenças ocupacionais típicas em determinadas atividades econômicas. Naturalmente, a correlação não será verdadeira em todas as situações, mas o mérito da Lei n.° 11.430/06, ao inserir o art. 21-A da Lei n.° 8.213/91, é retirar o ônus da prova da parte mais frágil- o segurado, e impondo-o à empresa, que efetivamente assume o risco da atividade econômica. (IBRAHIM, 2011, p. 21).           
O texto evidencia que a proteção do trabalhador se dá a partir do critério da correlação entre a atividade econômica da empresa e da doença ocupacional adquirida. Desse modo, claro está que a empresa deverá prover os meios necessários para evitar situações de exposição e risco nos ambientes de trabalho e assumir a responsabilidade do dano, quando ele ocorrer. 
ESQUEMATIZANDO:
Origem e evolução legislativa no Brasil
· Considera-se o marco inicial da previdência social a instituição da Lei Eloy Chaves, de 1923.
· Década de 20: Criação e ampliação da CAP (por empresa)
· Década de 30:		
· Fusão	das CAP em IAPs, por	 categoria profissional		
· Década de 40: Ajustes constitucionais e surgimento da expressão: previdência social
· 1960 – Aprovação da LOPS
· 1967 – Criação do INPS com a unificação dos IAPs
CAPs
por empresa
IAPs
por categaria profissional
INPS
unificação e universalização
· 1977 – Instituição do Sinpas, integrando as áreas de saúde, assistência social e previdência social.
· 1988 – Atual Constituição, utiliza-se pela primeira vez a expressão “seguridade social”, abrangendo as áreas de saúde, assistência social e previdência social.
· 1990 – Criação do INSS, por fusão do INPS com o IAPAS
· 2004 a 2007 – Ajustes estruturais que culmina com a criação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, com a fusão das Secretarias da Receita Federal e Receita Previdenciária.
40
NNA
4 de 31
Não se esqueça:
As primeiras leis previdenciárias surgiram na Alemanha, mas a primeira Constituição ao tratar do tema foi a Carta Mexicana.
O INSS resultou da fusão do INPS com o IAPAS. Lembre-se que o INPS era a autarquia responsável pela administração dos benefícios previdenciários e o IAPAS, o órgão voltado para o custeio da previdência social, contendo a estrutura de arrecadação, fiscalização e cobrança. O INAMPS era responsável pela prestação de assistência médica, que teve as atribuições incorporadas pelo SUS.Muitos examinadores tentam confundir o candidato afirmando que a criação do INSS se deu com a fusão do INPS com o INAMPS, pois essas duas autarquias são as mais lembradas pela população. Não caianessa!
INPS
IAPAS
INSS
Conceituação
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Saúde
Seguridade
Social	
Assistência Social Previdência Social
Seguridade Social é gênero do qual são espécies a Saúde, a Previdência e a Assistência Social. Também chamados de Três eixos.
Organização do Sistema Brasileiro de Seguridade Social
As cores do sinal de trânsito são de propósito: Vermelho mais restritivo, amarelo intermediário e verde mais permissivo:Saúde – é para todos
Assistência – é para quem necessita
Previdência – é para quem contribui
A saúde pretende oferecer uma política social e econômica destinada a reduzir riscos de doenças e outros agravos, proporcionando ações e serviços para a proteção e recuperação do indivíduo. É direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas, e o é acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. O acesso à saúde é totalmente gratuito e irrestrito, alcançando ricos e pobres, inclusive estrangeiros não residentes.
A assistência social irá tratar de atender os hipossuficientes, destinando pequenos benefícios às pessoas que nunca contribuíram para o sistema (ex.: renda mensal vitalícia). Assistência social é prestada a quem dela necessitar e independe de contribuições. Trata-se de direito público subjetivo, tendo em vista que qualquer pessoa necessitada pode reivindicar do Estado, que é obrigado a prestá-la.
Convém observar que a Assistência Social não tem característica universal, pois não atinge a todos, focando sua atuação nos mais necessitados.
A previdência social vai abranger, em suma, a cobertura de contingências decorrentes de doença, invalidez, velhice, desemprego, morte e proteção à maternidade, mediante contribuição, concedendo aposentadorias, pensões etc.
A previdência social organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
A Previdência Social no Brasil está organizada em regimes:
· Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
· Regime Próprio de Previdência Social (RPPS)
A	Previdência	Privada	é	estruturada	no	Regime	de	Previdência Complementar, com dois ramos:
· Previdência Complementar Aberta
· Previdência Complementar Fechada
Principais características do RGPS, quais sejam:
· filiação obrigatória;
· proteção principal dos trabalhadores e de seus familiares por meio da cobertura das contingências sociais: incapacidade, idade avançada, encargos da família, morte e reclusão;
· regime contributivo: o segurado deve contribuir para ter direito às prestações e serviços, e o empregador também, com base de cálculo sobre a folha de pagamento, entre outras fontes de custeio previstas no art. 195, I, II e III da CF/88;
· tem natureza alimentícia e visa manter o nível de vida do segurado em função dos valores de sua contribuição, limitado ao teto máximo de R$ 5.189,82;
· é um sistema público, mantido por pessoa jurídica de direito público, sujeitando o regime a todos os princípios do Direito Público estabelecidos no art. 37 da CF/1988.
Regime de Previdência Complementar brasileiro, de gestão privada, possui as seguintes características:
· filiação voluntária caracterizada pela autonomia da vontade;
· constitui-se num suplemento de renda ao benefício do Regime Geral;
· possui arranjos variados, destacando-se os fundos patrocinados por empregadores e a Previdência Complementar Associativa;
· pode ser operado por Entidades Abertas de Previdência Complementar e por Entidades Fechadas de Previdência Complementar.
Princípios Constitucionais da Seguridade Social
Seletividade -> RISCOS SOCIAIS A SEREM COBERTOS
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
Universalidade de Cobertura -> RISCOS SOCIAIS
Princípios não explícitos da Seguridade SocialUniversalidade de atendimento -> PESSOAS
Distributividade -> ESCOLHA DAS PESSOAS A SEREM ATENDIDAS
Solidariedade – cerne da existência da Seguridade Social. Esse princípio norteia o sentido da vida em sociedade (coletividade) e permite a manutenção da dignidade humana. Pela solidariedade, os riscos são compartilhados por todos, de forma que a sociedade mantenha assistência mútua em prol do bem comum.
Tempus Regit Actum – (tempo que rege o ato) – esse princípio enuncia que cada concessão de benefícios deve ser avaliada conforme as normas vigentes no tempo de sua efetivação. É importante compreender seu sentido, pois as normas previdenciárias evoluem bastante com o passar dos anos.
Legislação Previdenciária
Direito Previdenciário: ramo autônomo do Direito Público.
 Legislativa da Seguridade SocialSEGURIDADE SOCIAL – Competência Privativa da UNIÃO
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
PREVIDÊNCIA SOCIAL – Competência Concorrente entre UNIÃO e ESTADOS e DF
	União
	· Normas gerais
· Seguridade Social
· Competência Privativa
	Estados e DF
	· Suplementar normas gerais
· Previdência Social
· Competência Concorrente
	Municípios
	
· Normas específicas
· Interesse local
	
	
Os municípios SÓ podem editar normas de interesse local, NÃO PODEM editar normas gerais.
Fontes do Direito Previdenciário
DIRETAS ou INDIRETAS:
FONTES DIRETAS OU IMEDIATAS: são aquelas que, por si só, pela sua própria força, são ficientes para gerar a regra jurídica. Em regra, são as Leis ou atos com força de lei. Exemplo: CF, EC, LC, LO, LD, MP, Resoluções do PL, Dec. Leg, Tratados Internacionais.
FONTES INDIRETAS OU MEDIATAS: São as que não tem a virtude de gerarem a regra jurídica, porém, encaminham os espíritos, mais cedo ou mais tarde, à elaboração da norma. São a doutrina e a jurisprudência.
MATERIAIS ou FORMAIS:
FONTES MATERIAIS: são variáveis sociais, econômicas e políticas que, num determinado momento, ou durante a evolução histórica de uma sociedade, influenciam a criação de novas normas. Inclui-se aqui a doutrina e jurisprudência, pois não podem ser consideradas fontes formais.
FONTES FORMAIS: são as formas de exteriorização do direito, destacando-se os atos legais, como a Constituição, Leis Complementares, Leis Ordinárias, Decretos, Portarias, Instruções Normativas e Ordens de Serviço.
PRIMÁRIAS (PRINCIPAIS) ou SECUNDÁRIAS:
FONTES PRIMÁRIAS (PRINCIPAIS): são atos normativos emanados do Poder Legislativo, além de outros com força de lei emanados pelo Poder Executivo e pelo Poder Judiciário: CF, EC, LC, LO, LD, MP, Resoluções do PL, Dec. Leg, Tratados Internacionais.
FONTES SECUNDÁRIAS: são os instrumentos normativos infralegais (que não são leis, em seu sentido estrito). Destes atos, destaca-se o Decreto (também chamado de Decreto do Executivo ou Decreto Presidencial, ias, Instruções Normativas e Ordens de Serviço, etc.
Autonomia do Direito Previdenciário
TEORIA MONISTA: Direito Previdenciário como mero ramo do Direito do Trabalho. Ela tem caráter mais histórico, pois quando surgiu o Direito Previdenciário ele era tratado como parte do Direito do Trabalho... mas caiu com o tempo.
TEORIA DUALISTA: Direito Previdenciário é autônomo, e não se confunde com o Direito do Trabalho. Mais atual e em uso, pois nossa Constituição de 1988 tratou de separar o tema Trabalho do tema Seguridade Social, confirmando essa teoria. Portanto o Direito PrevidenciárioBrasileiro é Autônomo.
Aplicação das Normas Previdenciárias
Hermenêutica é a técnica utilizada para interpretarmos o espírito da lei, ou seja, com qual finalidade ela foi criada.
Critérios de solução de conflitos normativos:
· Norma superior prevalece sobre a norma inferior
HIERARQUIA
· Norma específica prevalece sobre norma genérica
ESPECIALIDADE
· Norma posterior prevalece sobre norma anterior
CRONOLOGIA
Vigência
Vigência é o período de vida da norma, inicia-se contado da data de sua publicação:
· na data específica prevista na própria lei;
· em 45 dias após sua publicação no Brasil; ou (se for o caso)
· em 3 meses no exterior.
VALIDADE: lei aprovada e publicada em diário oficial, portanto inserida no ordenamento jurídico.
VIGÊNCIA: é a lei que cumpriu com o período de vacatio legis e está apta a produzir seus efeitos, devendo ser respeitada pela sociedade.
EFICÁCIA:	é	o	atributo	de	produzir	efeitos	financeiros,	é	quando determinada pessoa tem que efetivamente passar a pagar.
Hierarquia
Essa pirâmide orienta ao aplicador que devem ser respeitados níveis de força normativa, partindo-se do mais elevado, Constituição, ao mais baixo, normas infralegais
Pirâmide de Kelsen:
Constituição Federal; Emendas Constitucionais; e,
Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos recepcionados pelo rito de Emenda Constitucional.
Normas Supralegais (Tratados Internacionais
sobre Direitos Humanos não recepcionados pelo rito de EC); Leis Complementares, Leis Ordinárias; Leis Delegadas; Resoluções e Decretos do Legislativo; Medidas Provisórias; outros Tratados Internacionais.
Decretos (Poder Executivo) Portarias,
Instruções Normativas entre outros atos infralegais.
Os tratados, convenções e outros acordos internacionais de que Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil sejam partes, e que versem sobre matéria previdenciária, serão interpretados como lei especial.
In dubio pro misero:
Caso tenhamos dificuldade de interpretar ou harmonizar as normas, ou não se consiga provar o enquadramento preciso, se utilizará o critério que for mais benéfico ao segurado, denominado de “in dubio pro misero. Interpretação e Integração. INTERPRETAÇÃO – existe lei.INTEGRAÇÃO – não existe lei
Analogia
· É quando se utiliza um conceito existente em um caso não
inicialmente previsto, mas que com ele guarda semelhança.
Costumes
· Costume é a repetição habitual de um comportamento por largo
período de tempo que chega a ser reconhecido como regra na sociedade. Esse é o último método a ser utilizado, somente quando não se consegue integrar a norma de outra forma.
Princípios
Gerais do Direito
· São os princípios gerais do Direito que, na falta de normas, orientam a
aplicação prática. Não existe um rol taxativo desses princípios, assim eles encontram-se dispersos no ordenamento jurídico.
Equidade
· Método no qual o juiz, na falta de legislação analisa a situação e julga
por equidade, suprimindo as lacunas da lei, visando à justiça para o caso concreto.
Então temos:.
	A INTERPRETAÇÃO nada mais é que a ação de entendermos na leitura do conceito jurídico o seu verdadeiro significado, visando a completa compreensão de seu sentido, alcance e extensão. Exemplos de metodologia: Pública (Autêntica ou Judicial); Doutrinária; Gramatical; Lógica; Histórica; Sistemática; Declarativa; Extensiva; Restritiva; Progressiva.
A INTEGRAÇÃO, por sua vez, é utilizada para suprir lacunas existentes na lei que impedem sua aplicação no caso concreto, utilizando- se das seguintes técnicas:
Previdência SocialFormas de proteção
A Previdência Social é um SEGURO, possui CARÁTER CONTRIBUTIVO e deverá observar critérios que preservem, seu EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL.Contributiva
Previdência
Social
Obrigatória
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
Auxílio Doença e
Auxílio Acidente
Aposentadoria
por Invalidez
Pensão por
Morte
Aposentadoria por
Idade e por Tempo de Contribuição
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º (Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo).
Previdência Social -> preservação do valor REAL
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.
Seguridade Social -> preservação do valor NOMINAL
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
PESSOAS	EM	GERAL->	podem	ser	segurados facultativos, bastando contribuir.
SERVIDOR -> não pode ser segurado facultativo
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado.
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei.
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo- lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social.
Princípios
	SEGURIDADE SOCIAL
	PREVIDÊNCIA SOCIAL
	I - universalidade da cobertura e do
atendimento;
	I - universalidade de participação nos
planos previdenciários;
	II - uniformidade e equivalência dos
benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
	II - uniformidade e equivalência dos
benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
	III - seletividade e distributividade na
prestação dos benefícios e serviços;
	III - seletividade e distributividade na
prestação dos benefícios;
	
	IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de- contribuição corrigidos
monetariamente;
	IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
	V - irredutibilidade do valor dos
benefícios de forma a preservar-lhes o poder aquisitivo;
	
	VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário- de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não
inferior ao do salário mínimo;
	V - eqüidade na forma de
participação no custeio;
	
	VI - diversidade da base de
financiamento;
	
	
	VII - previdência complementar
facultativa, custeada por contribuição adicional.
	VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos
órgãos colegiados.
	VIII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores em atividade, empregadores e
aposentados.

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