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Fundamentos dos materiais de construção 7 – Propriedades mecânicas dos materiais Universidade Federal de Santa Maria – UFSM Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas Curso de Engenharia de Produção Prof. Cristiano J. Scheuer ONDE ESTAMOS? Introdução à ciência dos materiais. • 1ª Avaliação: Estrutura e ligações atômicas. Estrutura dos sólidos cristalinos. Imperfeições nos sólidos cristalinos. Solidificação dos metais e ligas. Difusão em sólidos. Propriedades mecânicas dos materiais. Discordância e mecanismos de aumento de resistência. ROTEIRO DA AULA • Introdução. • Deformação elástica. • Deformação plástica. • Tensões e deformações verdadeira. • Recuperação elástica durante a defomação plástica. • Dureza. • Ensaios de dureza. • Conceitos de tensão e deformação. OBJETIVOS DA AULA 7 • Entender o conceito de deformação plástica e elástica. • Identificar no gráfico tensão vs. deformação o E, sE, LRT, LR. • Conhecer as diferentes técnicas de ensaio de dureza e suas diferenças. INTRODUÇÃO • Projeto (evitar falha) determinar as dimensões dos componentes. • Saber como as propriedades são medidas e o que elas representam. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 128. INTRODUÇÃO • Algumas propriedades mecânicas dos materiais: Resistência mecânica. Tenacidade. Ductilidade. Rigidez. • Medida de propriedades ensaios de laboratório. • Padronização (normas). • Seleção de materiais: Estruturas e composição química. CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Carga (tração, compressão, cisalhamento e torção): Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 130. CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Estados de tensão: o s = F A ss Tração → cabo. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 132. CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Estados de tensão: Torção → cisalhamento. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 132. o t = Fs A M M Ao 2R Fs Ac CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Estados de tensão: Compressão. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 132. o s = F A A CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Estados de tensão: Tração biaxial. Compressão Hidrostática. sz > 0 s q > 0 s < 0h CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Estados de tração: Taxa de deformação constante Medida da carga Medida da deformação Geralmente destrutivo O limite de carga depende da forma do corpo Tensão minimiza esta influência Tensão de engenharia (MPa) Deformação de engenharia (m/m ou %) Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 131. CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Estados de compressão: Inverso do ensaio de tração. Aplicado em materiais frágeis. Pequenas deformação (sem rompimento). Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 132. CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Estados de cisalhamento e torção: Tensão de cisalhamento (F paralelo a A0) Deformação é a tangente do angulo Torção Cisalhamento Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 130. CONCEITOS DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO • Considerações geométricas sobre os ensaios de tensão: A tensão dependo do plano de interesse. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 133. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA • Lei de Hooke (mola deformação elástica não permanente): E = módulo de elasticidade (módulo de Young). Rigidez resistência à deformação elástica Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 134 e 135. Deformação elástica DEFORMAÇÃO ELÁSTICA • Escala atômica espaçamento atômico ligações atômicas. • Maior força de Ligação maior E. Módulo de cisalhamento Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 134 e 136. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA 1. Inicial 2. Baixa carga 3. Descarregamento F d Esticamento das ligações Rotorna para condição inicial DEFORMAÇÃO ELÁSTICA • Módulo de elasticidade e os tipos de materiais (tipos de ligações). Cerâmicos. Metálicos. Poliméricos. • E e a temperatura. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 136. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA • Pode ser não linear (Ferro fundido, concreto e polímeros). Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 135. ANELASTICIDADE • Lei de Hooke (mola deformação elástica não permanente). • Processos microscópicos (atomísticos). • Normalmente desprezível para metais. • Importante para Polímeros (comportamento viscoelástico). PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATERIAIS • Coeficiente de Poisson: Se isotrópico 0,25 (isotrópico) e 0,5 (sem variação de volume) Se isotrópico Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 137. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Para metais a deformação elástica máxima é da ordem de 0,005 (0,5%). • A partir daí a Lei de Hooke não é válida. • Material não se recupera completamente deformação permanente. • Movimento de átomos (troca de posição com os átomos vizinhos). Deformação plástica DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 1. Inicial 2. Baixa carga 3. Descarregamento planos mantêm-se deformados F dElástica + Plástica Esticamento das ligações e deslizamento dos planos dPlástica DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Tensão x deformação: Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 140. Fenômeno do limite de escoamento descontínuo 0,002 (0,2%) convenção Tensão limite de escoamento. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Limite de resistência à tração (máximo possível de uma estrutura): Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 141. Atenção - Para projeto usar limite de escoamento DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Dúctil: deforma muito Frágil: deforma pouco (<5%) Depende do comprimento inicial (estricção) Independe do comprimento inicial e de A0 Ductilidade é importante para: 1 – limite de deformação (antes da fratura). 2 – processo de fabricação (como posso fabricar o componente). • Ductilidade: grau de deformação plástica até a fratura. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 143. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Ductilidade (exemplos): Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo:Editora LTC, 2012, Pág. 144. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Influência da temperatura: Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 144. T resistência T ductilidade DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Resiliência: Capacidade de um material absorver energia quando é deformado elasticamente (energia pode ser recuperada). Módulo de resiliência (Energia por volume J/m3) Se linear Importante para molas área Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 145. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Tenacidade: Capacidade de um material absorver energia e se deformar até a fratura. Tenacidade ao entalhe concentrador + carregamento rápido. Na tração área. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 144 e 145. TENSÃO E DEFORMAÇÃO VERDADEIRAS Tensão verdadeira deformação verdadeira Se Válido até a estricção Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 146 e 141. TENSÃO E DEFORMAÇÃO VERDADEIRAS n = expoente de encruamento Do inicio da deformação plástica até o inicio da estricção • Comparação: Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 147. TENSÃO E DEFORMAÇÃO VERDADEIRAS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 146. RECUPERAÇÃO ELÁSTICA DURANTE A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 149. DUREZA • Escala Mohs (1 a 10 – habilidade de um material riscar o outro). • Atual penetrador com carga controlada. • Mede-se profundidade ou tamanho. • Muito utilizado. Simples e barato. Não destrutivo. Estima outras propriedades. • Definição: resistência a uma deformação plástica localizada. ENSAIOS DE DUREZA • Ensaio de dureza Rockwell. Mais usado Simples. Diversas escalas. Diferença de profundidade. Cuidados (bordas(3D), chapa fina (10X), identação próxima(3D)). Carga: 15 – 45 kg 60 –150 kg Fonte: Souza, S.A. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. 5ª ed. São Paulo: Editora Blücher, 2014, Pág. 117. ENSAIOS DE DUREZA • Ensaio de dureza Rockwell. Fonte: Souza, S.A. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. 5ª ed. São Paulo: Editora Blücher, 2014, Pág. 119 e 120. ENSAIOS DE DUREZA • Ensaio de dureza Brinell. Penetrador esférico (10 mm). Carga de 500 a 3000 Kg. Medida do diâmetro da penetração. Mesmos problemas (bordas, chapa fina, indentação próxima). Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 150. ENSAIOS DE DUREZA • Ensaio de dureza Vickers e Knoop. Pirâmide de diamante. Carga de 1 a 2000 g (bem menor que os demais). Medida das diagonais da impressão. Preparação da amostra. Microdureza. Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 152. ENSAIOS DE DUREZA • Indentadores: Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 151. ENSAIOS DE DUREZA Depende do material. Medida experimentalmente. A mais precisa é a do aço. • Conversão de dureza: Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 153. ENSAIOS DE DUREZA Representam resistência a deformação. Depende do material. • Dureza x limite de resistência: Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 154. O QUE É IMPORTANTE LEMBRAR? • O que é tensão. • Tensão de engenharia x tensão verdadeira. • O que é deformação. • Deformação elástica x deformação plástica. • Curva tensão x deformação. • Propriedades mecânicas e sua importância. • Conceito de dureza. • Ensaios para determinação da dureza. REFERÊNCIAS • CALISTER, W.D.; RETHWISCH, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012. ► Capítulo 6 – Propriedades mecânicas dos materiais. → Páginas: 128 – 157.