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EPIDEMIOLOGIA DA INFLUENZA

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EPIDEMIOLOGIA DA INFLUENZA
Surtos de Influenza ocorrem quase todos os anos, mas a gravidade é variável. Pandemias ocorrem, mas são menos freqüentes que surtos interpandêmicos – a última pandemia foi em 1977.
Vírus Influenza A
Esse vírus causa os surtos mais graves e mais numerosos, devido à sua maior facilidade de sofrer variações antigênicas nos antígenos H e N. Essas variações são chamadas de desvios antigênicos, estão geralmente associadas às pandemias e ocorrem somente com os vírus Influenza A. As mudanças menos significativas são chamadas de mudanças antigênicas e ocorrem nos antígenos H e N, ou somente no antígeno H. Em 1957 ocorreu um desvio antigênico, de H1N1 para H2N2, o que causou uma grave pandemia. Em 1977 surgiu um vírus H1N1, causando outra importante pandemia. A partir deste ano também os vírus H1N1 e H3N2 começaram a circular simultaneamente, fato peculiar, já que normalmente os surtos eram relacionados a um único subtipo por vez. 
Influenza Aviária: Já causou vários surtos em seres humanos. É transmitida de ave infectada para o indivíduo susceptível principalmente de secreções e excreções, direta ou indiretamente pelo contato de objetos ou superfícies infectadas pelas fezes da ave. O primeiro surto de influenza aviária A (H5N1) em humanos ocorreu em Hong Kong (1997), sendo confirmados 18 casos e 6 óbitos.
São tidas como reservatórios naturais as aves aquáticas, aves habitantes das praias e gaivotas, sendo consideradas aberrantes as infecções em galinhas, perus, suínos, 
eqüinos e humanos (Suarez, 2000). A baixa incidência dos vírus da Influenza aviária nos períodos migratórios sub-tropicais das aves aquáticas pode explicar porque esse vírus não chegou ao Brasil.
Características dos vírus A Pandêmicos e Interpandêmicos: Os vírus interpandêmicos apresentam desvios antigênicos do antígeno H, provenientes de mutações pontuais do segmento do RNA que codifica a hemaglutinina.
As epidemias de Influenza A começam de forma repentina, atingem um pico entre 2-3 semanas e duram entre 2-3 meses, desaparecendo rapidamente. Essas epidemias ocorrem quase que exclusivamente durante os meses de inverno nas zonas temperadas dos hemisférios norte e sul e ao longo de todo o ano nos trópicos. A doença pode se espalhar pelo mundo e causar uma pandemia quando não há imunidade a nível mundial. Nos anos seguintes à pandemia, desvios antigênicos entre os vírus provocam surtos em populações com níveis altos de imunidade contra a cepa pandêmica que circulava antes. Isso persiste até que haja outra cepa pandêmica antigenicamente diferente.
Vírus B e C
O vírus Influenza B causa surtos menos extensos, de doença mais branda do que o vírus Influenza A, já que a sua hemaglutinina e neuraminidade estão sujeitas a variações menos freqüentes e extensas. A complicação mais grave de infecção por esse vírus é a Síndrome de Reye (doença que acomete o cérebro e o fígado, ocorre em crianças e está relacionada ao uso de salicilatos em conjunto com uma infecção viral).
O vírus Influenza C é uma causa menos importante de doença humana e está associado a sinais e sintomas semelhantes aos do resfriado e, ocasionalmente, a uma doença das vias respiratórias inferiores, além de infecções assintomáticas.
Morbidade e mortalidade associadas à Influenza: A maioria dos pacientes que morrem durante os surtos de Influenza são pacientes propensos a apresentar complicações da infecção por já possuirem doenças preexistentes, como cardiopatias, pneumopatias crônicas e idade avançada. As taxas de mortalidade também são altas em pacientes com doenças renais ou metabólicas crônicas, ou ainda, doenças imunossupressoras.
Bibliografia:
Harrison
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102006000100028
Nelson Rodrigo da Silva Martins. Influenza Aviária.
http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/4mostra/pdfs/268.pdf

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