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esmagamento do concreto 2

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FACULDADE PATOS DE MINAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
FERNANDA SANTOS GONÇALVES 
VILMAR JUNIOR NAPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESMAGAMENTO DO CONCRETO ARMADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOS DE MINAS 
2018 
 
 
FERNANDA SANTOS GONÇALVES 
VILMAR JUNIOR NAPP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESMAGAMENTO DO CONCRETO ARMADO 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Tópicos Especiais em Engenharia Civil 
como requisito parcial de avaliação. 
 
 Prof: Vivian Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOS DE MINAS 
2018 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 Fissuras............................................................................................... 13 
Figura 2 Incidência das origens das enfermidades no Brasil............................ 14 
Figura 3 Corrosão do pilar................................................................................. 15 
Figura 4 A corrosão de armaduras é, de fato, preocupante em termos de 
segurança. 
15 
Figura 5 Eflorescência................................................................................... 16 
Figura 6 Gráfico de domínios da deformação................................................... 18 
Figura 7 Esmagamento do concreto armado.................................................... 19 
Figura 8 Manta de Fibra de Carbono................................................................. 20 
Figura 9 Lajes reforçadas mediante aplicação de tecido de fibra de carbono 
nas faces inferiores das vigotas.......................................................... 
21 
Figura 10 Ponte dos Remédios SP..................................................................... 22 
Figura 11 Viaduto em Belo Horizonte MG........................................................... 23 
Figura 12 Edifício Palace II.................................................................................. 23 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 
 
08 
2 
2.1 
2.2 
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO............................................... 
Conceituação........................................................................................... 
Normas técnicas........................................................................................ 
09 
09 
10 
3 
3.1 
PATOLOGIAS............................................................................................. 
Patologias nas construções civis............................................................ 
11 
11 
4 
4.1 
4.1.1 
ESMAGAMENTO DO CONCRETO........................................................... 
Sintomas..................................................................................................... 
Fissuras....................................................................................................... 
13 
13 
13 
4.1.2 
4.1.3 
4.1.4 
4.2 
4.3 
4.4 
Corrosão das armaduras............................................................................. 
Degradação e Eflorescência....................................................................... 
Sobrecarga.................................................................................................. 
Domínios de Deformação......................................................................... 
Rupturas típicas por flexão...................................................................... 
Recuperação.............................................................................................. 
14 
15 
16 
16 
19 
19 
5.1 ESTUDO DE CASO.................................................................................... 22 
 REFERÊNCIAS........................................................................................... 23 
 
 
 
 
 
 
 
8 
1 INTRODUÇÃO 
 
Sendo as estruturas de concreto armado o método construtivo mais utilizado 
no Brasil, tem-se um vasto número de edificações brasileiras que apresentam 
patologias. Estas podem ocorrer nas diversas etapas construtivas numa obra, e se 
faz necessário um estudo das causas anteriores mais recorrentes, de modo a evitar 
que os mesmos problemas venham a acontecer no futuro. As manifestações 
patológicas trazem transtornos não só para o cliente, mas também para o construtor, 
pois os custos de uma eventual intervenção posterior a uma entrega de obra são 
maiores se comparados aos custos de uma execução bem-feita. 
Este trabalho traz uma das patologias estrutural menos conhecida e vista, o 
Esmagamento do Concreto. É feito um levantamento dos tipos, da identificação das 
causas, das técnicas utilizadas para correção de problemas e os materiais 
recomendados para o emprego nos reparos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
2 ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO 
 
2.1 Conceituação 
O concreto (uma mistura feita de agregados miúdos e graúdos, cimento, areia 
e água) por si só, é um material que resiste às tensões de compressão de uma 
estrutura. 
Possui uma baixa resistência à tração. Para solucionar este problema, são 
adicionadas ao sistema as barras de aço, que compõem a armadura da estrutura, 
fazendo com que o conjunto concreto mais armadura suportem as duas tensões: 
compressão e tração. O termo “concreto armado” é, portanto, o somatório destes 
dois materiais (concreto e barras de aço) que, trabalhando juntos, conseguem dar 
estabilidade às estruturas. 
 A NBR 6118 define o que são elementos de concreto armado: “são aqueles 
cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e 
nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da 
materialização dessa aderência”. Esta norma também define o conceito de armadura 
passiva: “qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de protensão, 
isto é, que não seja previamente alongada”. Portanto, a armadura do concreto 
armado é chamada “armadura passiva”, o que significa que as tensões e 
deformações nela aplicadas devem-se exclusivamente aos carregamentos aplicados 
nas peças onde está inserida. 
O trabalho do concreto com o aço é satisfatório porque seus coeficientes de 
dilatação térmica são praticamente iguais. O concreto também tem outra função 
importante: proteger o aço da corrosão, garantindo a durabilidade do conjunto. 
Porém essa proteção só é possível com a existência de uma espessura mínima de 
concreto entre a superfície externa da peça e a barra de aço (denominado 
cobrimento). Lembrando que outros fatores são determinantes para a proteção das 
barras de aço, como a qualidade do concreto, por exemplo. 
 
 
 
 
 
10 
2.2 Normas técnicas 
 
A normatização brasileira, nos moldes que é conhecido hoje, foi criada no ano 
de 1940, nomeada ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) com a 
primeira norma NB-1. Atualmente são várias as normas existentes que regulam os 
mais diversos procedimentos. Tratando-se de concreto armado, podemos destacar 
algumas normas técnicas principais: 
 
a) NBR 6118 (2003): Projeto de estruturas de concreto – Procedimento; 
b) NBR 14931 (2003): Execução de estruturas de concreto – Procedimento; 
c) NBR 6120 (1980): Cargas para o cálculo de estruturas de edificações; 
d) NBR 6122 (1988): Forças devido ao vento em edificações - Procedimento; 
e) NBR 8681 (2003): Ações e segurança nas estruturas – Procedimento; 
f) NBR 9607 (1986): Provas de carga em estruturas de concreto armado e 
protendido; 
g) NBR 7480 (1996): Barrase fios de aço destinados a armaduras para concreto 
armado; 7 
h) NBR 8548 (1984): Barras de aço destinadas a armaduras para concreto 
armado com emenda mecânica ou por solda - Determinação da resistência à 
tração; 
i) NBR 12655 (1996): Concreto - Preparo, controle e recebimento; 
j) NBR 7211 (2005): Agregados para concreto – Especificação; 
k) NBR 12654 (1992): Controle tecnológico de materiais componentes do 
concreto; 
l) NBR 7191 (1982): Execução de desenhos para obras de concreto simples ou 
armado; 
 
 
 
11 
3 PATOLOGIAS 
 
O termo “patologia”, no contexto da Construção Civil, está alinhado com a 
definição encontrada na Medicina, na qual se estudam as origens, os sintomas e a 
natureza das doenças. Patologias são todas as manifestações cuja ocorrência no 
ciclo de vida da edificação venha prejudicar o desempenho esperado do edifício e 
suas partes (subsistemas, elementos e componentes). DEGUSSA (2008) entende 
patologia como parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as 
causas e as origens dos defeitos das construções civis e à terapia cabe estudar a 
correção e a solução desses problemas patológicos, inclusive aqueles devidos ao 
envelhecimento natural. 
Para Piancastelli (1997), sendo o concreto armado, um material não inerte, 
ele se sujeita a alterações, ao longo do tempo, devido a interações entre seus 
elementos constitutivos (cimento, areia, brita, água e aço), interações entre esses e 
agentes externos (ácidos, bases, sais, gases e outros) e com materiais que lhe são 
adicionados (aditivos e adições minerais). 
 
3.1 Patologias nas construções civis 
 
As causas mais comuns de patologias em obras de edificações são por 
consequência de: 
 Falhas na concepção do projeto; 
 Má qualidade dos materiais 
 Erros na execução 
 Utilização para fins diferentes dos calculados em projeto 
 Falta de manutenção no decorrer do tempo. 
 
 
 
 
 
12 
Figura 1- Incidência das origens das enfermidades no Brasil 
 
 
 
A maioria dos problemas patológicos é visível e pelas suas características, 
em geral, permitem determinar a origem dos mesmos. Os principais sintomas de 
problemas patológicos são: 
 Fissuras ou trincas em elementos estruturais e alvenarias 
 Esmagamento do concreto 
 Desagregação do concreto 
 Disgregaçao do concreto ( ruptura do concreto) 
 Carbonataçao 
 Corrosão da armadura 
 Percolação de água 
 Manchas, trincas e descolamento de revestimento em fachadas 
 
 
 
13 
4 ESMAGAMENTO DO CONCRETO 
4.1 Sintomas 
4.1.1 Fissuras 
 De modo geral, as fissuras ocorrem quando as tensões suportadas pelo 
material utilizado são inferiores às deformações solicitadas pelos mesmos. A 
liberação desta tensão ocasiona no alívio do sistema, caracterizando a fissura como 
a conhecemos. Elas podem ocorrer devido à dilatação/retração térmica, estruturas 
mal projetadas ou em sobrecarga, recalques de apoio, uso incorreto do material, 
retração do cimento, por motivos químicos (ataque por sulfatos, por exemplo) entre 
outros. Também encontramos causas externas ao imóvel, como obras adjacentes 
em fase de construção ou reforma, execução de pavimentação de uma rua próxima, 
onde há presença e trepidação de máquinas pesadas, alteração do fluxo de veículos 
em ruas paralelas, etc. 
 De acordo com a norma NBR 9573:2003, podemos classificar como 
microfissuras as aberturas inferiores a 0,05mm. Como fissuras, as aberturas 
inferiores a 0,5mm e ainda como trincas para aberturas de até 1mm. 
 As fissuras também podem ser catalogadas como geométricas ou mapeadas 
de acordo com a semelhança ao desenho que formam. Um bom exemplo da 
primeira é quando a fissura acompanha o bloco cerâmico. Já a mapeada pode ser 
fruto da retração da argamassa com muitos finos ou ainda com excesso de cimento, 
tornando o reboco muito rígido. 
Figura 2- Fissuras 
 
Fonte: (1) 
 
 
 
14 
4.1.2 Corrosão das armaduras 
 
Corrosão é a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por 
reação química, ou eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão de 
armadura no concreto armado é um fenômeno que só acontece quando as 
condições de proteção proporcionadas pelo cobrimento desse concreto são 
insuficientes. Para muitos, o fenômeno da corrosão das armaduras é mais frequente 
do que qualquer outro fenômeno de deterioração das estruturas de concreto 
armado, comprometendo-as tanto do ponto de vista estético quanto do ponto de 
vista da segurança. 
O mecanismo de corrosão do aço no concreto é eletroquímico, tal qual a 
maioria das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido. Esta 
corrosão conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão 
avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados ferrugem, e só ocorre nas 
seguintes condições: Deve existir um eletrólito; deve existir uma diferença de 
potencial; deve haver oxigênio; podem existir agentes agressivos. 
No concreto armado a corrosão é considerada eletroquímica (como vimos 
acima), ocorrendo em meio aquoso, necessitando de um eletrólito, uma diferença de 
potencial, oxigênio e agentes agressivos. A corrosão afeta diretamente a 
durabilidade, pois diminui a seção do aço, reduzindo a vida útil da estrutura. A 
deterioração de inúmeras obras devido à corrosão da armadura é um dos principais 
problemas associados à durabilidade do concreto. 
A corrosão das armaduras é a patologia mais recorrente nas estruturas de 
concreto armado, causando problemas tanto na estética quanto na utilização e 
segurança das estruturas. O processo corrosivo se caracteriza por provocar a 
destruição do aço e, consequentemente, danos estruturais. Os sinais mais comuns 
são: fissuras e trincas, manchas na superfície, desagregações, deformação 
excessiva, destacamento do concreto, entre outros. Como danos estruturais 
entendemos a diminuição da área de seção transversal, a perda de aderência entre 
o concreto e a armadura e a fissuração do concreto, provocada pelo acúmulo de 
produtos de corrosão junto às barras de armadura, que podem levar ao 
desplacamento do concreto nos estágios mais avançados. 
 
 
 
15 
Além do dano causado pela patologia no que diz respeito à resistência 
mecânica da estrutura, ainda há o agravante de facilitar a penetração de outros 
agentes nocivos, que podem prejudicar ainda mais as armaduras e o concreto. 
 
Figura 3 – Corrosão do Pilar 
 
Fonte: (2) 
 
Figura 4- A corrosão de armaduras é, de fato, preocupante em termos de segurança. 
 
Fonte: (2) 
 
 
4.1.3 Degradação e Eflorescência 
 
Quando a desagregação acontece, a estrutura perde a capacidade de resistir 
aos esforços solicitados, e a eflorescência são marcas de bolor, decorrentes da 
infiltração de água. São manchas normalmente brancas que se forma sobre as 
superfícies, além de alterar fortemente o aspecto visual do concreto, também causa 
 
 
16 
desagregação. Trata-se da formação de depósitos salinos na superfície do concreto. 
As causas mais comuns são infiltrações de água. 
 
Figura 5- Eflorescência 
 
Fonte: (3) 
 
4.1.4 Sobrecarga 
 
 As sobrecargas são causadoras de patologia quando o engenheiro calculista 
realiza o projeto de forma a obedecer aos valores indicados pelas normas vigentes, 
mas que durante a utilização da estrutura são acrescidas cargas que ultrapassam a 
que foi usada no projeto, vindo assim a gerar patologias. Em geral, isto ocorre em 
depósitos em que se armazenam equipamentos pesados. 
 
 
4.2 Domínios de Deformação 
 
Denomina-se domínio de deformações um intervalo convencional que 
compreende todas as possíveissituações de ruptura da seção transversal plana de 
um elemento linear de concreto armado, para uma determinada solicitação normal. 
Cada domínio de deformações de um elemento linear sob solicitações 
normais (que produzem tensões normais na seção) é identificado com um modo de 
ruptura, e por sua vez associado ao tipo de solicitação, às dimensões da seção e à 
taxa e disposição das armaduras de aço. 
 
 
 
17 
 Reta A: corresponde à tração uniforme, caso em que toda a seção é 
tracionada de modo uniforme. A deformação na seção é representada por 
uma reta paralela á face da seção, que é a origem das deformações. O 
estado limite último é atingido por deformação plástica excessiva da armadura 
sendo caracterizado por um alongamento de 1%. A seção resistente é 
constituída somente pelas armaduras. 
 
 Domínio 1: corresponde ao caso de tração não uniforme. Toda a seção é 
tracionada, mas de modo não uniforme. O estado limite último e caracterizado 
por deformação plástica excessiva da armadura de 1%. A seção resistente é 
composta apenas pela armadura. 
 
 Domínio 2: corresponde às situações em que o estado limite último é atingido 
pelo alongamento da armadura em 1% e o encurtamento da fibra mais 
comprimida de concreto é inferior a 0,35%. %. A reta do diagrama de 
deformações na seção passa pelo ponto A. 
 
 Domínio 3: corresponde à flexão simples e flexão composta com grande 
excentricidade. Abrange os casos em que o estado limite último é alcançado 
na 13 borda comprimida da seção com o encurtamento de 0,35% e o 
alongamento na armadura está compreendido entre 1% e yd ε ,. Cobre o 
campo de profundidade da linha neutra desde y x > 0.259 até x ≤ x . Esta é a 
situação desejável para projeto, pois os materiais são aproveitados de forma 
econômica e a ruína poderá ser avisada pelo aparecimento de muitas fissuras 
motivadas pelo escoamento da armadura. As peças de concreto armado 
nestas condições são denominadas peças sub-armadas. 
 
 Domínio 4: abrange os casos de flexão simples e flexão composta com 
grande excentricidade. 0 estado limite último é caracterizado pela ruptura do 
concreto comprimido sem que haja escoamento da armadura. As peças de 
concreto armado nestas condições são denominadas peças super armadas e 
devem ser evitadas tanto quanto possíveis. 
 
 
 
18 
 Domínio 5: refere-se à compressão não uniforme, com toda a seção de 
concreto comprimida. 0 estado limite último e atingido pela ruptura do 
concreto comprimido com encurtamento na borda mais comprimida situado 
entre 0,35% e 0,20%, dependendo da posição da linha neutra, mas constante 
e igual a 0,2% na fibra que passa pelo ponto C. 
 Reta B: corresponde à compressão uniforme, caso em que toda a seção é 
comprimida de modo uniforme. A deformação na seção é representada por 
uma reta paralela a face da seção, que é a origem das deformações. 
 
 Figura 6- gráfico de domínios da deformação 
 
Autoria própria 
 
 Peças sub armadas: Possuem taxa de armadura muito pequena e rompem 
no domínio 2. 
 Peças normalmente armadas: a ruptura ocorre no domínio 3,com 
esmagamento do concreto e com escoamento da armadura (ruptura 
semelhante ao das peças sub armadas); 
 Peças super armadas: A ruptura ocorre no domínio 4. Em virtude do 
excesso de armação, o aço não chega a escoar e a ruptura ocorre por 
esmagamento do concreto (ruptura frágil). 
 Para evitar este tipo de situação emprega‐se a armadura dupla (uma 
tracionada e uma comprimida). 
 
 
19 
4.3 Rupturas típicas por flexão 
 
Figura 7- Esmagamento do concreto armado 
 
Fonte: (4) 
 
 Quando as vigas são superdimensionadas ou produzidas com concreto de 
baixa resistência, há a formação de trincas na zona de compressão, caracterizando 
o esmagamento do concreto. Essas trincas podem ocorrer devido à vários fatores, 
dentre eles: mal dimensionamento da viga (erro na bitola ou no número de barras de 
aço), aplicação de sobrecarga no decorrer da obra que não foi prevista em projeto, 
carregamento precoce da estrutura e finalmente por erros de concepção estrutural. 
 
4.4 Recuperação 
 
 O procedimento para a recuperação de elementos estruturais não se da de 
maneira tão trivial. Após feita a verificação das trincas e fissuras na viga, uma 
verificação de cálculo estrutural deverá ser feita por um projetista estrutural para 
avaliar o tipo de reforço e tratamento que o elemento deverá ser submetido. 
 
 Fibra de carbono - Viapol Carbon CFW 300 é uma manta de fibra de carbono 
para reforço estrutural com direção única de seus filamentos. A aplicação é 
feita com resinas especiais à base de epóxi e moldada in loco. 
 
 
 
20 
O sistema Viapol Carbon CFW 300 oferece os seguintes benefícios: 
 Elevada resistência à tração e poder de aderência; 
 Fácil aplicação; 
 Baixíssimo peso e espessura; 
 Rapidez na execução dos reforços; 
 Não sofre efeitos de corrosão em ambientes marinhos ou industriais; 
 Resistente à fadiga; 
 Ideal para uso como reforço estrutural em concreto, alvenaria e madeira. 
 
Figura 8- Manta de Fibra de Carbono 
 
Fonte: (5) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Figura 9- Lajes reforçadas mediante aplicação de tecido de fibra de carbono nas 
faces inferiores das vigotas. 
 
Fonte: (6) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
5 ESTUDO DE CASO 
 
 Ponte dos Remédios SP: 
 
 No inicio de Junho de 1998, em Osasco na grande São Paulo, a Ponte dos 
Remédios foi interditada devido a uma fissura de grandes proporções. No apoio da 
obra-de-arte e uma abertura de 15 cm de laje superior. Causando o impedimento de 
uma das mais importantes vias de transporte do país, a marginal do rio Tietê. Com 
um prejuízo financeiro estimado em R$ 200 milhões. 
 
Figura 10- Ponte dos Remédios - SP 
 
Fonte: (7) 
 
 
 Viaduto Guararapes – Belo Horizonte MG 
 
O viaduto estava sendo construído na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte. 
No dia 3 de julho, uma alça da obra desabou e atingiu dois caminhões, um ônibus e 
um carro. Duas pessoas morreram e 23 ficaram feridas. 
Segundo os peritos, o bloco de sustentação do viaduto foi construído com 
apenas um décimo da ferragem necessária. O erro estaria no projeto apresentado 
pela prefeitura, que determinava um número inferior de materiais do que o usual 
para o porte da obra. O resultado foi que o bloco não tinha material o suficiente para 
sustentar o pilar e a alça. “Acho que foi um milagre não ter caído antes", disse 
Catão Francisco Ribeiro, um dos responsáveis pela perícia 
 
 
23 
Figura 11 – Viaduto em Belo Horizonte MG 
 
Fonte:(8) 
 
 Edifício Palace II 
 
 Desabamento parcial do Edifício Palace II, com 22 pavimentos, na cidade do 
Rio de Janeiro, em Fevereiro de 1998, causando a morte de 8 pessoas e o 
desalojamento de 130 famílias. O Ministério Público chegou a acusar Naya por 
negligência. Ele supostamente teria usado materiais baratos e de baixa qualidade na 
construção do prédio. Até mesmo areia da praia teria sido utilizada na mistura do 
concreto da construção – algo que o então deputado sempre negou. 
 
Figura 12 – Edifício Palace II 
 
Fonte :(9) 
 
 
24 
REFERÊNCIAS 
 
1 NOAL, Bruno Alexandre Mainardi. Entendendo as trincas e 
fissuras. Disponível em: <http://www.mapadaobra.com.br/inovacao/entendendo-as-
trincas-e-fissuras/>. Acesso em: 02 abr. 2018. 
 
2 CORROSÃO de armadura: o que causa e como amenizar esse dano? 2017. 
Disponível em: <http://www.tecnosilbr.com.br/conteudo/?p=110>. Acesso em: 02abr. 2018. 
 
3 ENG. MARCOS STORTE. Manifestações Patológicas na 
Impermeabilização de Estruturas de Concreto em Saneamento. Disponível em: 
<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703>. Acesso em: 
02 abr. 2018. 
 
4 KERKOFF, Matheus Abreu. Trincas de flexão em vigas de concreto 
armado. Disponível em: <https://guideengenharia.com.br/trincas-de-flexao-de-
vigas/>. Acesso em: 02 abr. 2018. 
 
5 VIAPOL EUCLID GROUP. VIAPOL CARBON CFW 300. Disponível em: 
<http://www.viapol.com.br/produtos/recuperação-e-reforço/reforço-estrutural/viapol-
carbon-cfw-300/>. Acesso em: 05 abr. 2018. 
 
6 REY, Decio. Reforço Estrutural de estrutura constituída em concreto 
armado com fibra de carbono. Disponível em: 
<https://pt.linkedin.com/pulse/reforço-estrutural-de-lajes-e-vigas-implantação-
tomógrafo-decio-rey>. Acesso em: 05 abr. 2018. 
 
7 ARCOVERDE, LÉo. Desabamento interdita ponte dos 
Remédios. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/10880-
desabamento-interdita-ponte-dos-remedios.shtml>. Acesso em: 05 abr. 2018. 
 
 
 
 
 
25 
8 ÉPOCA, RedaÇÃo. Bloco de sustentação do pilar de viaduto que caiu em 
BH tinha apenas 10% do aço necessário.Disponível 
em<https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/07/viaduto-que-caiu-em-bh-btinha-
apenas-10-do-aco-necessariob.html>. Acesso em: 06 abr. 2018. 
 
9 FERNANDES, Ana Carolina. Desabamento do edifício Palace 2, no Rio de 
Janeiro, completa 15 anos. Disponível em: 
<https://noticias.uol.com.br/album/2013/02/22/desabamento-do-edificio-palace-2-no-
rio-de-janeiro-completa-15-anos.htm>. Acesso em: 06 abr. 2018.

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