Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modelo Atômico Origem, história, evolução e química Pré-Socráticos e o atomismo Tales de Mileto – 624 – 546 a.C. – natureza composta de uma substância só, água. Monismo. Respostas naturalistas e racionais. Demócrito – 420 a.C. - O primeiro a tentar distinguir as coisas como são de como nos parecem ser. Distingue substância dos sentidos. Partículas minúsculas, indivisíveis e imutáveis. “o mundo que nos rodeia consiste, de fato, apenas de átomos em movimento, enquanto nós experimentamos isso de várias formas”. - Russel,B., A história do pensamento ocidental Demócrito Matéria não pode ser subdividida infinitamente, deve haver um limite mínimo. Menor unidade de matéria é o átomo: “não pode ser dividido” Busto de Demócrito Esfera sólida: átomo de Demócrito Para Demócrito, átomos são esferas pequenas e sólidas feitas do mesmo material mas com formatos e tamanhos diferentes. Átomos são infinitos em número, sempre em movimento e capazes de interagir entre eles. Aristóteles e Platão – respeitados, mas errados quanto a natureza da matéria! Linha do tempo da teoria atômica Os 4 elementos (e o éter) 1. Elementos são compostos por partículas extremamente pequenas chamadas átomos. Os átomos de diferentes elementos tem massas diferentes. 2. Todos os átomos de um determinado elemento são idênticos, mesmo tamanho, massa e propriedades e são diferentes de todos os outros elementos. 3. Compostos são formados de átomos de mais de um elemento, estando sempre em razões integrais ou frações simples. 4. Uma reação química involve somente a separação, combinação ou rearranjo de átomos e não sua criação ou destruição. John Dalton, o mais famoso daltônico John Dalton e o atomismo Em 1850 começa uma série de investigações que demonstram que átomos possuem estrutura interna: -Elétrons -Prótons -Neutrons Cargas negativas - O elétron Tubo de raios catódicos J.J. Thomson, o pai da espectrometria de massa Partículas carregadas eram as mesmas, independentemente do material do catodo. Campo magnético desvia a trajetória da partícula Estrutura interna dos átomos Thomson concluiu que as cargas negativas vieram de dentro dos átomos. Assim, partículas subatômicas devem existir. O átomo era divisível. Ele chamou as cargas negativas de corpúsculos, hoje conhecidos como elétrons. Como o gás era sabidamente neutro, o átomo também deve conter cargas positivas. Ele nunca conseguiu achá-las. O elétron Marie Curie α = carga positiva (+2) – 2 prótons e dois neutrons β = carga negativa (-1) – 1 elétron decorrente de um fenômeno nuclear = neutro – fótons nucleares Emissão espontânea de partículas = radiação Atração pelo polo negativo Radioatividade permitiu a descoberta de cargas positivas No início do século 1900 o que se sabia: Átomos contém elétrons e são eletricamente neutros. Thomson e o modelo de pudim com passas Ernest Rutherford (1910) Cargas positivas do átomo estão concentradas no núcleo, que é um centro denso – prótons Experimentos posteriores revelam que possuem mesma carga com sinal oposto e massa 1840 vezes maior que a do elétron. Núcleo concentra a massa. O nêutron surge devido a relação de massas entre H e He, que era conhecida e não fazia sentido no contexto proposto. James Chadwick prova a existência. Nucleo denso e pequeno Núcleo que contém toda a massa do tamanho de uma bola e órbitas eletrônicas do tamanho do Maracanã Estimativa do volume nuclear frente ao volume atômico Tabela periódica (mais da metade dos elementos entre 1800 e 1900) Dmitri Mendeleiev, criou a primeira versão da tabela períodica em 1869 com 63 elementos Primeira versão da tabela periódica Modelo atômico de Rutherford Elétrons como partículas definidas em órbitas circulares em torno do núcleo Qual o próximo salto na compreensão da estrutura atômica? O modelo nuclear de Rutherford Início do século 1900 estava claro que a física clássica não conseguia explicar as propriedades da matéria em escala atômica. Tempo de existência do átomo 10-12 segundos! O experimento que mudou o conceito da estrutura atômica foi a interpretação efeito fotoelétrico. Para estudar o efeito fotoelétrico é necessário compreender um pouco sobre a natureza da luz, a radiação eletromagnética. Algo previne o decaimento atômico. Mas o que? A natureza do elétron, ondas e partículas C = 300.000 Km/s – Velocidade da Luz l = comprimento de onda (m) n = freqüência (Hz). 1 Hz = 1s-1 O que são ondas eletromagnéticas? l l Alta frequência Baixa frequência Ondas de alta e baixa frequência Perigo! Radiação ionizante Energia e frequência Aumento da freqüência causa aumento na energia Aumento do comprimento de onde causa redução na energia Equação de Planck Quanto a frequência, a Energia Quanto o comprimento de onda, a Energia onde Isto foi postulado após a “descoberta” do efeito fotoelétrico Correlação entre energia e frequência de ondas 1905 - Foi a explicação do efeito fotoelétrico que deu a Einstein seu prêmio Nobel X Ondas eletromagnéticas apresentam também comportamento de partículas! Fótons! Onda e partícula – o efeito fotoelétrico A explicação do efeito fotoelétrico sedimentou a Física Quântica: - Pode-se usar radiações eletromagnéticas pra estudar a estrutura interna de átomos - Somente transferências de energia acima de um limite mínimo gerarão a ejeção de um elétron. São fenômenos quantizados. - O que acontece com a energia fornecida ao átomo que não é capaz de ejetar elétrons? A quantização dos orbitais inspirou o modelo de Bohr. - Radiações eletromagnéticas apresentam comportamento de partículas (dualidade onda/partícula) Onda e partícula – o efeito fotoelétrico O espectro contínuo de luz Decomposição da luz branca por um prisma em todos os comprimentos de onda. Não há descontinuidades. É assim que um objeto composto de muitos átomos diferentes responde ao aquecimento. O modelo de Bohr Equação de Rydberg Espectro atômico em linhas (E2)elétron – (E1)elétron = Efóton l Efóton = h n = h c Proposições do modelo: 1. Elétrons orbitam em torno do núcleo atômico 2. Os elétrons podem orbitar estavelmente em órbitas estacionárias em um conjunto de distâncias discretas em torno do núcleo, as quais possuem o mesmo nível energético. 3. Elétrons podem ganhar e perder energia somente pela transição entre órbitas, absorvendo ou emitindo radiação eletromagnética com uma frequência v determinada pela diferença de energia estabelecida de acordo com a relação de Planck. Transições eletrônicas e o modelo de Bohr Espectro Atômico em Linhas do Hidrogênio e outros Elementos Químicos Transições eletrônicas e o modelo de Bohr Cada elemento possui um espectro característico 1924 – Louis de Broglie coloca a idéia da dualidade partícula/onda para os elétrons. l = h m . v Onde: l = comprimento de onda h = constante de planck m = massa do elétron v = velocidade do elétron - A equação de De Broglie sugere que qualquer partícula em movimento possui comprimento de onda associado - Para que o comprimento de onda seja mensurável, o produto de m e v deve ser pequeno. momento Qualquer corpo em movimento se comporta como uma partícula e uma onda, entretanto, para objetos macroscópicos o comprimento de onda é muito grande e não conseguimos detectar tais fenômenos. O próximo passo: a dualidade onda-partícula 1925 – Werner Heisenberg enuncia o Princípio da Incerteza que diz: “Se escolhemos conhecer a energia de um elétron em um átomo com apenas uma pequena incerteza, então devemos aceitar correspondente enorme incerterza na sua posição.” Dx Dp ≥ h4 p Onde: Dx = variação na posição Dp = variação no momento (p = m . v) m = massa do elétron v = velocidade do elétron h = constante de planck Se tiver a informação da posição, não sabe a trajetória. Se souber a trajetória, não sabe a posição Abandono do conceito de posição e trajetórias específicas para elétrons! Abandono da ideia de trajetória 1925 – Erwing Schrödinger apresenta uma equação que lança mão de uma equação matemática (função de onda - Y) para descrever o elétron e calcular sua energia. H Y = E Y Onde: H = operador Hamiltoniano Y = função de onda que descreve o elétron E = Energia do elétron (E = Ecinética + Epotencial) O elétron pode adotar alguns estados descritos pelos números quânticos : Número Quântico Símbolo Característica Especificada Informação Fornecida Valores Possíveis Principal n Camada Distância Média do Núcleo 1, 2, 3… Azimutal l Subcamada Forma do Orbital 0, 1, 2…(n-1) Magnético ml Orientação do Orbital Orientação do Orbital -l, (-l+1),…0,…,(l-1),l Spin ms Spin Spin +1/2; -1/2 Modelo quântico do átomo A função de onda (Y) não tem sentido físico. 1926 – Max Born postulou que a densidade de probabilidade p(x,t) de se encontrar a partícula na posição x, no instante t, poderia ser obtida a partir da função de onda pela relação: p(x,t) = |Y(x,t)|2 O resultado deste postulado leva à descrição da região do espaço ao redor do núcleo onde há maior probabilidade de se encontrar o elétron com uma dada energia, também chamada orbital atômico. Modelo quântico do átomo Indivisível Elétrons Núcleo Órbita Nuvem eletrônica Gregos X Dalton X Thomson X Rutherford X X Bohr X X X Atual (Quântico) X X X Evolução da compreensão do átomo Descrição de um orbital 1s, 2s e 3s As regiões brancas apontadas com pontos vermelhos nas figuras dos orbitais 2s e 3s representam regiões do espaço onde não há probabilidade de se encontrar um elétron contido neste orbital. Esta região é chamada de região nodal A forma dos orbitais s Região de densidade eletrônica distribuída nos dois lados do núcleo. Contém um nó no núcleo São 3 orbitais p por nível a partir do nível 2 Preenchidos por no máximo 2 elétrons cada um. 6 elétrons no nível. A forma dos orbitais p São 5 orbitais d. Cada um deles apresenta o formato de um trevo de 4 folhas. Ocorrem a partir do 3º nível. A forma dos orbitais d O spin eletrônico O efeito de um campo magnético no espectro de linhas de átomos de sódio e hidrogênio indicaram que elétrons agem como pequenos magnetos. Esta observação foi comprovada e hoje sabe- se que elétrons apresentam uma grandeza chamada spin e que isso influencia o preenchimento dos orbitais atômicos. Elétrons possuem spin Os Orbitais e seus Níveis Energéticos Diagrama de Linus Pauling En e rg ia d o O rb it al Regras que governam o preenchimento dos orbitais com elétrons Princípio de Exclusão de Pauli Um orbital pode ter no máximo dois elétrons, sendo que esses elétrons têm que ter spin opostos. Princípio de Aufbau Os elétrons vão preenchendo os orbitais de menor energia primeiro e os de maior energia posteriormente. Regra de Hund Quando há orbitais de mesma energia (degenerados), primeiro se coloca um elétron em cada orbital degenerado e, só após o preenchimento de todos esses, se preenche cada um deles com o segundo elétron com spin oposto ao do primeiro elétron. Os Orbitais e seus Níveis Energéticos Diagrama de Linus Pauling Exercício em sala de aula Fazer a representação em quadrícula da distribuição eletrônica de: Carbono Z = 6 Nitrogênio Z = 7 Íon Na+, sendo Na Z = 11 Cl-, sendo Cl Z = 17 Número atômico Símbolo Massa atômica Massa atômica = Massa média (contando isótopos) do átomo em unidades de massa atômica (do inglês amu) Número de prótons. Denominado por Z Isótopos: átomos com o mesmo número de prótons mas que diferem em número de neutrons A periodicidade dos elementos n 1 2 3 4 5 6 7 Número quântico principal (energia do orbital) Período (linha), grupo (coluna). Mesmo número de elétrons na camada de valência Bloco s e p = grupo principal. Trabalharemos somente com estes A periodicidade dos elementos Carga nuclear efetiva Compreensão das propriedades periódicas dos elementos requer familiarização com a configuração eletrônica e da força de atração entre o núcleo e os elétrons mais externos. Força de atração aumenta com o aumento da carga nuclear e diminui à medida que o elétron se afasta do núcleo Entretanto, como elétrons se repelem mutuamente, aqueles que estão em camadas mais externas são blindados ou protegidos do núcleo pelos elétrons mais internos. Assim, a carga nuclear efetiva (Zef) sentida por um elétron é igual a carga nuclear menos o número médio de elétrons em camadas mais internas. Raio atômico: metade da distância entre núcleos de átomos vizinhos Elétrons mais externos ocupam uma camada mais distante do núcleo Novos elétrons estão na mesma camada e portanto mesma distância. Carga nuclear efetiva cresce e portanto diminui o raio. Raio atômico É a sua parte da distância entre íons vizinhos em um sólido iônico, já que fundamentalmente, cátions e ânions apresentam raios atômicos diferentes Todos os cátions são menores que os átomos originais Todos os ânions são maiores que os átomos originais Raio iônico Energia de ionização: energia necessária para retirar um elétron da camada de valência Afinidade eletrônica: Energia liberada quando um elétron é adicionado à um átomo em fase gasosa Maior quanto maior o número de elétrons na série Quanto mais elétrons, maior energia, quanto mais compacto o núcleo, maior energia. Energia de ionização e afinidade eletrônica também são função da carga nuclear efetiva Diminui com o aumento do tamanho do núcleo atômico Energia de ionização Check de conceitos 1. Modelo atômico de Thomson 2. Modelo atômico de Rutherford 3. O modelo de Bohr e os espectro em linhas 4. Dualidade onda-partícula 5. O efeito fotoelétrico 6. O princípio da incerteza de Heisenberg 7. Modelo quântico do átomo 8. Os orbitais (princípios de Pauli, Aufbau e Hund) e os níveis energéticos. 9. Propriedades dos átomos Atkins e Brown recomendados para esta parte
Compartilhar