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Docente: Shirlene Kelly Santos Carmo Pau dos Ferros, 27 de julho de 2022. Aula 1 – Estrutura Atômica Universidade Federal Rural do Semi-Árido Disciplina: Química Geral shirlene@ufersa.edu.br O ÁTOMO “Os filósofos especulavam sobre a natureza da matéria” • Tales de Mileto (624 - 546 a.C) foi o primeiro filósofo a formular a ideia de um elemento primordial. Segundo ele esse elemento era a água. • Para Anaxímenes (588 - 524 a.C) discípulo de Tales, o ar seria o elemento primordial. • Para Anaximandro (610 - 546 a.C) seria o Ápeiron que ele classificava como sendo ilimitado e indefinido. • Para Heráclito (500 - 450 a.C) este elemento seria o fogo. Atomismo Filosófico Cultura Grega Atomismo Filosófico Cultura Grega Empédocles, por volta do século V a.C. Promoveu a junção de pensamento dos primeiros filósofos e denominou que tudo que existe no universo seria composto por quatro elementos principais: terra, fogo, ar e água. Surgiu aí a teoria dos quatro elementos. 4 ELEMENTOS: (Ideia que perdurou por séculos) FOGO; AR; TERRA e; AR. Um elemento poderia se transformar em outro com a remoção ou a adição dessas qualidades. Atomismo Filosófico Cultura Grega Aristóteles (384 a 322 a.C) – A partir de uma visão mais consistente sobre a teoria dos 4 elementos: – Defendia a continuidade da matéria; – Para ele, a matéria pode ser dividida infinitamente, sendo sempre possível fazer uma nova divisão. – Suas idéias prevaleceram até o século XVI. O primeiro filósofo a falar no átomo foi Leucipo (500 - 430 a.C). O pensamento atomístico defende a ideia de que as coisas são formadas por átomos e pelo vazio, onde esse átomos tem a propriedade de atração e repulsão dando origem aos fenômenos da natureza. Tradicionalmente, Leucipo é considerado o mestre de Demócrito de Abdera e, talvez, o verdadeiro criador do atomismo (segundo a tese de Aristóteles). O ÁTOMO Atomismo Filosófico Cultura Grega Demócrito de Abdera (460-370 a.C) “Este filósofo defendia que a matéria só poderia ser dividida em porções cada vez menores até um limite, que correspondia a uma partícula indivisível – o átomo” (Pires e Ribeiro, 2008) Modelos Atômicos O que são modelos em ciência? Desenhe uma árvore!!! Você pode pegar uma folha ou fruto da sua árvore? NÃO! Pois o que você desenhou não foi uma árvore real, foi um modelo baseado em observações. A descoberta da Estrutura Atômica – Modelos Atômicos Os átomos seriam minúsculas esferas maciças, indivisíveis e indestrutíveis. Cada elemento é composto de átomos. Todos os átomos de um elemento são idênticos. Átomos de elementos diferentes tem massas diferentes. Uma reação química envolve apenas separação, combinação ou rearranjo dos átomos. Os compostos são formados quando átomos de mais de um elemento se combinam. Dalton (1803) – Modelo da bola de bilhar http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Johndalton.jpg http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Johndalton.jpg A descoberta da Estrutura Atômica – Modelos Atômicos LEI DAS PROPORÇÕES MÚLTIPLAS: “Átomos compostos se combinavam preferencialmente na relação 1:1” EX.: A água deveria possuir fórmula: “HO”; A amônia deveria ser “NH” O átomo foi definido como uma unidade indivisível até o final do século XIX, quando foi proposto o primeiro modelo atômico que provava a existência de partículas subatômicas. Com o passar dos anos, novos estudos experimentais foram realizados e novos modelos atômicos surgiram. A descoberta da Estrutura Atômica – Modelos Atômicos Modelos Atômicos – O átomo é indivisível mesmo?! J. J. Thomson (1897) J. J. Thomson (1897) descobriu os elétrons, partículas de carga negativa, em experimentos do Raios Catódicos. Como a matéria em seu estado normal se apresentava neutra, teria que haver cargas positivas que neutralizassem as cargas dos elétrons. Assim, ele comprovou a natureza elétrica da matéria. Demonstrando com isso que os átomos eram divisíveis. Modelos Atômico - Thomson Thomson (1897) – Tubos de raios catódicos • Os cientistas começaram a estudar a descarga elétrica em um tubo quase desprovido de ar; • Quando uma alta tensão foi aplicada aos eletrodos no tubo, produziu-se uma radiação; • Originada no eletrodo negativo (cátodo) e deslocava-se para o eletrodo positivo (ânodo). Os raios conseguiam ser vistos por meio da emissão de luz (fluorescência) Modelos Atômico - Thomson CONCLUSÕES: 1) Que os átomos não são indivisíveis, pois partículas negativamente eletrizadas podem ser arrancadas deles pela ação das forças elétricas; 2) Que essas partículas são todas de mesma massa e carregam a mesma carga de eletricidade negativa, qualquer que seja a espécie de átomo de que derivem, e são constituintes de todos os átomos; 3) Que a massa dessas partículas é menor que a massa do átomo. 4) Essas partículas são chamadas de elétrons (Thomson, 1897, p.338) Modelos Atômico - Thomson • e e m, carga e massa do elétron; • k e k’, constantes definidas pelas características do aparelho; • x e y são os desvios do feixe de elétron, sobre a ação de cada campo aplicado. Thomsom (1897) – Proporção carga-massa do elétron -1,76 x 108 C/g Modelos Atômicos Millikan (1909) – Experimento da gota de óleo Modelos Atômicos • q, r, u’ e d, respectivamente, carga, raio, velocidade e densidade das gotículas de óleo; • h, viscosidade do ar; • g, aceleração da gravidade; • E, intensidade do campo aplicado. Carga com múltiplos de -1,60 x 10-19 C me = 9,1 x 10 -31 Kg Massa e carga do elétron Modelos Atômicos Thomson, então, propôs um modelo para o átomo que levava em consideração essas novas propriedades Este modelo para o átomo foi conhecido por “pudim de passas” Como a matéria no estado normal se apresenta neutra, deveria haver uma quantidade de carga positiva para neutralizar a carga desses elétrons Modelos Atômicos Como o átomo no estado normal é neutro, deveria haver uma quantidade igual de elétrons (carga negativa) e de carga positiva. A carga positiva se encontrava diluída e seria a maior parte do átomo e responsável por toda a sua massa praticamente Modelos Atômicos E. Rutherford (1911) Rutherford, descobriu o núcleo e propôs a base para a estrutura atômica moderna através de seu experimento do desvio da partícula alfa. Para Rutherford, os átomos são compostos de duas partes: o núcleo e a parte extra-nuclear. Seus experimentos provaram que o átomo é amplamente vazio e que possui um corpo altamente carregado positivamente em seu centro chamado núcleo. Experimento da partículas a Modelos Atômicos Geiger e Marsden (dois colaboradores de Rutherford) elaboraram um experimento no qual partículas α incidiam sobre uma lâmina de ouro De acordo com o Modelo de Thomson para o átomo era esperado que As partículas α deveriam sofrer pequenos desvios na sua trajetória! Modelos Atômicos As pesquisas sobre radioatividade levaram a descoberta de uma partícula que não sofre ação de campos elétricos. Modelos Atômicos Experimento de Rutherford Modelos Atômicos Conclusão Rutherford demonstrou também a existência de uma partícula de massa muito maior que a do elétron, de carga de igual grandeza, mas de sinal contrário, portanto, positiva, que compõe o núcleo dos átomos, denominada próton. Segundo Alves (2014) “quando Rutherford descobriu que o número de prótons em um núcleo, suficientes para justificar sua carga, não era suficiente para justificar sua massa, imediatamente sugeriu a existência de outras partículas, eletricamente neutras, no núcleo. Os prótons foram descobertos em 1919 por Rutherford e colaboradores e os nêutrons em 1932, pelo cientista Britanico James Chadwick (1891 – 1972). Modelos Atômicos Rutherford sugeriu uma estrutura planetária, semelhante ao sistema solar, onde o núcleo corresponde ao sol e os elétrons aos planetas que se movimentas num espaço vazio em órbitas fixas. SOBRE OS NÊUTRONS: • Os nêutrons são partículas subatômicas presentes no núcleo atômico. • São eletricamenteneutros, com massa aproximadamente igual à do próton. • O número de nêutrons pode ser determinado pelo Número de Massa (A). • Os nêutrons mantêm o núcleo atômico coeso (ajustado) por conta da força forte. Modelos Atômicos Modelos Atômicos Núcleo de carga positiva (constituído por prótons e nêutrons assim por ele denominadas) que continha praticamente toda a massa do átomo.Elétrons com cargas negativas girando ao redor do núcleo em trajetórias circulares. Conhecido como modelo “Planetário” Teoria atômica de Bohr: Origens da Teoria Quântica Quando os átomos reagem, são os elétrons que interagem. O melhor entendimento sobre a estrutura eletrônica dos átomos é resultado da teoria quântica. Havia um problema sério com o modelo atômico de Rutherford: Os elétrons em movimento em torno de um núcleo de cargas positivas, iria perder energia na forma de radiação, com isso, suas órbitas iriam diminuir gradativamente e os elétrons iriam ser “sugados” pelo núcleo, causando a instabilidade atômica. Dois anos depois de Rutherford ter lançado sua proposta, Niels Bohr tentou resolver o aparente paradoxo analisando a estrutura atômica utilizando a Teoria quântica da energia, o qual havia sido desenvolvido por Max Plank, em 1900. Teoria atômica de Bohr: Origens da Teoria Quântica Niels Bohr tinha conhecimento do trabalho de Planck, assim tentou solucionar o problema da instabilidade do modelo atômico de Rutherford. “Se só aparecem determinadas riscas no espetro, isto é, se só são emitidas pelo átomo determinadas radiações, então, dentro do átomo, o elétron só pode ter certas energias e não todas” (Dantas e Ramalho, 2007, p. 31). Teoria atômica de Bohr: Origens da Teoria Quântica Origem da Teoria Quântica Teoria Clássica da Radiação Vemos a maioria dos objetos devido à luz que é refletida por eles. A Idéia que a luz é constituída por ondas eletromagnéticas deslocando-se no espaço foi aceita sem contestação, até 1900. Ou seja, todos os experimentos que utilizassem a luz poderiam ser explicados, imaginando-a como uma combinação de campos elétricos e magnéticos oscilantes propagando-se pelo espaço (ondas eletromagnéticas). Natureza Ondulatória da Luz Natureza Ondulatória da Luz Natureza Ondulatória da Luz c=λ . ν Velocidade da luz Comprimento de onda frequência A radiação eletromagnética se movimenta através do vácuo com uma velocidade de 3,00 x 108 m/s. Natureza Ondulatória da Luz Espectro Eletromagnético A radiação visível tem comprimentos de onda entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho). O espectro elétromagnético é o conjunto de radiações eletromagnéticas conhecidas. De todas as radiações eletromagnéticas, apenas a luz é captada pelo olho humano. Existem contudo outras radiações muito importantes, mas que o nosso olho não consegue captar: Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e admitiu que os elétrons estavam confinados em estados específicos de energia. Esses foram denominados órbitas ou camadas. Teoria atômica de Bohr: Origens da Teoria Quântica Todo composto químico, quando levado à chama emite luz com cor característica. Por exemplo, na figura abaixo podem ser vistas as cores para diversos compostos metálicos quando levados à chama. Espectro Eletromagnético – Teste de chamas - Quem apresenta menor frequência? - Quem apresenta maior frequência? Li K Energia Quantizada e fótons Plank (1900) Apesar de o modelo ondulatório da luz explicar muitos aspectos de seu comportamento, existem vários fenômenos que ele não pode explicar. Planck: a energia só pode ser liberada (ou absorvida) por átomos em certos pedaços de tamanhos mínimos, chamados quantum. A relação entre a energia e a frequência (f) , onde h é a constante de Planck (6,626 X 10-34 J.s). E = h.f (Energia do Fóton) Para entender a quantização, considere uma escada e uma rampa. Energia Quantizada e fótons As grandezas físicas são ditas quantizadas quando entre um valor que ela pode assumir e outro, existem valores proibidos. Por exemplo, a menor energia que um elétron pode possuir ao orbitar em torno de um núcleo de hidrogênio é -13,6eV (este valor corresponde a camada 1. Se este elétron for "aquecido" ele poderá saltar para o nível seguinte mas jamais possuirá uma energia intermediária. Por isso dizemos que a energia está quantizada. Energia Quantizada e fótons Ou seja, Planck observou que, na verdade, a matéria absorvida ou emitia energia, apenas em múltiplos de números inteiros do valor hf, em que h é a constante de Planck, 6,626x10-34J⋅s, E “f “é a frequência da luz absorvida ou emitida. Energia Quantizada e fótons E = h.f; E = 2 h. f; (...) • Bohr, baseando-se nos conceitos de quantização, estipulou que a energia dos elétrons em suas órbitas em torno do núcleo também era quantizada. • A transição entre os níveis só seria possível se o elétron emitisse ou absorvesse quantidades discretas de quantum, que na faixa óptica recebe o nome de fóton. Energia Quantizada e fótons Esse último postulado explica porque os fogos de artifício emitem cores diferentes. Cada sal presente nos fogos de artifício possui um cátion de elementos químicos diferentes. Quando são aquecidos, os elétrons desses elementos saltam de nível de energia, mas quando retornam para o nível original, eles emitem a energia que foi absorvida na forma visível. Cada cor corresponde a uma quantidade de energia característica. Energia Quantizada e fótons A Luz É a energia radiante em forma de partícula emitida sob certas circunstâncias pelos átomos e que pode ser detectada pela nossa retina. O Quantum A emissão dessa energia pelos átomos não se dá de uma maneira contínua, mas aos saltos, em pequenas quantidades denominadas ‘quanta’. É o chamado salto quântico da Física quântica; logo, dizemos que a energia é quantizada ou discreta ao invés de contínua. O Fóton Em 1905, Einstein desenvolveu a idéia, proposta por Planck, de que a energia de um feixe de luz concentrava-se em pacotes, os fótons. O quantum de energia luminosa é o fóton. Energia Quantizada e fótons Espectro de Linhas Uma fonte específica de energia radiante pode emitir um comprimento de onda único, como na luz de um lazer. A radiação composta por um único comprimento de onda é chamada monocromática. Entretando, a maioria das radiações comuns, incluindo lâmpadas incandescentes e estrelas, produz radiação contendo muitos comprimentos de ondas diferentes. Quando a radiação de fontes como essas são separadas em seus diferentes comprimentos de ondas, temos um espectro produzido. O espectro produzido constitui-se de uma faixa contínua de cores. O arco-íris por exemplo, contendo luz de todos os comprimentos de onda, é chamado de espectro contínuo.. Espectro de Linhas Comprimento de onda (nm) 400 500 600 Espectro de Linhas O espectro descontínuo de cada elemento serve para identificá-lo e cada uma das linhas ou raias é caracterizado por um λ (comprimento de onda). A visão moderna da estrutura Atômica Bohr(1913) Rutherford supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma que os planetas orbitam em torno do sol, entretanto, uma partícula carregada movendo em uma trajetória circular deve perder energia; Isso significa que o átomo deve ser instável de acordo com a teoria de Rutherford; Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e admitiu que a luz emitida por substâncias químicas quando levadas à chama ou sob efeito de um campo elétrico, ocorre porque os elétrons absorvem energia (térmica ou elétrica) e depois emitem a energia recebida na forma de luz. De acordo com o modelo de Bohr, o elétron no átomo de hidrogênio percorre uma órbita circular de raio r, concêntrica em relação ao núcleo. Ele admitiu ainda, que o núcleo consiste de um único próton, cuja massa era muito superior à do elétron. Modelos Atômicos Modelos Atômicos Após muita matemática, Bohr mostrou que a energia de cada orbita é dada por: onde n é o número quântico principal (por exemplo,n = 1, 2, 3, … ). 2 18 1 J 1018.2 n E Modelos Atômicos O novo modelo de Bohr pode ser resumido nos seguintes postulados: 1. Um elétron descreve órbitas circulares ao redor do núcleo; 2. As orbitas diferem entre si pelo raio e pela quantidade de energia; 3. Um elétron pode encontrar-se em uma série limitada de orbitas; 4. A passagem de um elétron de uma orbita para outra envolve absorção ou emissão de energia, conforme o elétrons se mova para a órbita mais externa ou mais interna, respectivamente; 5. Enquanto permanecer em uma orbita, o elétron é dito estacionário e não emite energia; 6. Cada órbita é caracterizada por um número quântico(n), que pode assumir valores inteiros(1,2,3,....). Modelos Atômicos Conceito Atômico Atual Pode-se imaginar um átomo como uma partícula com duas regiões diferentes: o núcleo, no qual encontramos prótons e neutros, e a eletrosfera, na qual estão os elétrons conforme figura a seguir. Em azul claro está representada a eletrosfera, na ficam os elétrons (círculos azuis). Os prótons (círculos vermelhos) e os nêutrons (círculos pretos) encontram-se no núcleo. Conceito Atômico Atual Conceito Atômico Atual Costuma-se representar um elemento químico (X) em termos de duas grandezas: o número atômico (Z) e a massa atômica (A), juntamente com o símbolo do elemento, conforme esquema a seguir. O número atômico representa o número de prótons que o átomo possui; A massa atômica representa a massa total do átomo, ou seja, basicamente a soma do número de prótons e de nêutrons, expressa em u.m.a. A diferença entre a massa atômica e o número atômico é igual ao número de nêutrons no núcleo. Conceito Atômico Atual Por convenção, o número atômico aparece sempre escrito como, por exemplo: O significa que o átomo de carbono tem numero atômico a 6 (6 prótons) e massa atômica igual a 12 (6 prótons + 6 nêutrons). CeHeLiH 126 4 2 7 3 1 1 ,, Conceito Atômico Atual Isótopos Todos os isótopos de um átomo têm em comum o número atômico (Z) e consequentemente o mesmo número de elétrons, produzindo assim uma carga total nula. Eles diferem uns dos outros apenas pela massa atômica. Conceito Atômico Atual Isóbaros São átomos com a mesma massa atômica (A), mas com diferentes números de prótons (elementos diferentes). Conceito Atômico Atual Isótonos São átomos que possuem a mesma diferença entre a massa atômica(A) e o número atômico (Z). Eles possuem, portanto, o mesmo número de nêutrons (n). Conceito Atômico Atual Mecânica Quântica Em 1926, Erwin Schrödinger formulou a equação de onda de Schrödinger, que descreve o comportamento ondulatório como o de uma partícula do elétron. Seu trabalho abriu uma nova maneira de lidar com partículas subatômicas, conhecida como Mecânica Quântica ou Mecânica Ondulatória. A resolução da equação de Schrödinger leva a uma série de funções matemáticas, chamadas funções de onda, que descrevem a questão ondulatória do elétron. A função de onda ( psi). A mecânica quântica altera a maneira de pensarmos sobre o movimento das partículas. Na Física Clássica, está implícita a ideia de que qualquer grandeza de movimento de uma partícula pode ser medida e descrita de modo exato. Por exemplo, podemos medir simultaneamente a posição e a velocidade de uma partícula sem perturbar o seu movimento. De acordo com a Física Quântica, o ato de medir perturba a partícula e modifica o seu movimento. Em 1927, Werner Heisenberg mostrou que era impossível conhecer, simultaneamente, com absoluta exatidão, a posição e o momento de uma partícula como o elétron. Mecânica Quântica Partículas versus Ondas: Teoria Corpuscular e a Teoria Ondulatória No âmbito da Física Clássica, uma partícula em movimento caracteriza- se por estar em uma posição bem definida em cada instante de tempo, com velocidade determinada. Dessa forma, a partícula, descreve uma trajetória contínua no espaço, pois esperamos que não desapareça em um ponto e reapareça em outro. No entanto, uma onda é caracterizada como uma excitação que se propaga juntamente com a energia a ela associada. Ao contrário da partícula, uma onda não é localizada em pontos bem definidos no espaço. Mecânica Quântica Isaac Newton (1642-1727) defendia a hipótese de que a luz era constituída de corpúsculos. Os principais fenômenos óticos (reflexão e refração) podiam ser explicados com o uso da teoria corpuscular. Este modelo era combatido por Christiaan Huygens (1629-1695), que defendia a teoria ondulatória. Por volta de 1801, o experimento da DUPLA FENDA realizada por Thomas Young (1773-1829) provou que a luz se comportava como uma onda, porque os fenômenos da difração e da interferência, por ele descobertos, eram características exclusivamente ondulatórias. Logo, a dualidade partícula-onda, proposta por de Broglie, sugeriu a possibilidade de ocorrência desses fenômenos para o caso de partículas. Mecânica Quântica Mecânica Quântica Dessa forma, a propagação da luz se comporta como uma onda eletromagnética, porém em alguns fenômenos ela pode se propagar como uma partícula. Luz: Onda ou partícula? Mecânica Quântica O produto da incerteza associada ao valor de uma coordenada xi (posição) e a incerteza associada ao seu correspondente momento linear pi (movimento) não pode ser inferior, em grandeza, à constante de Planck em termos matemáticos, exprime-se assim: Onde h a constante de Planck (h) dividida por 2π Mecânica Quântica Mecânica Quântica O modelo atômico ATUAL Se sabe que os elétrons possuem carga negativa, massa muito pequena e que se encontram ao redor do núcleo atômico. O núcleo atômico é situado no centro do átomo e constituído por prótons que são partículas de Carga elétrica positiva, cuja massa é aproximadamente 1.837 vezes superior a massa do elétron, e por nêutrons, partículas sem carga e com massa ligeiramente superior a dos prótons. O átomo é eletricamente neutro, por possuir números iguais de elétrons e prótons. O número de prótons no átomo se chama número atômico, este valor é utilizado para estabelecer o lugar de um determinado elemento na tabela periódica. A tabela periódica é uma ordenação sistemática dos elementos químicos conhecidos. Cada elemento se caracteriza por possuir um número de elétrons que se distribuem nos diferentes níveis de energia do átomo correspondente. Os níveis energéticos ou camadas, são denominados pelos símbolos K, L, M, N, O, P e Q. Mecânica Quântica O número de massa é equivalente à soma do número de prótons e nêutrons presentes no núcleo. O átomo pode perder elétrons, carregando-se positivamente, é chamado de íon positivo (cátion). E o átomo se torna negativo ganhando elétrons, sendo chamado íon negativo (ânion). Os isótopos são átomos de um mesmo elemento com mesmo número de prótons (podem ter quantidade diferente de nêutrons). Os isóbaros são átomos que possuem o mesmo número de massa. Os isótonos são átomos que possuem o mesmo número de nêutrons. Erwin Schrödinger, Louis Victor de Broglie e Werner Heisenberg, reunindo os conhecimentos de seus prodecedores e contemporâneos, acabaram por desenvolver uma nova teoria do modelo atômico, além de postular uma nova visão, chamada de Mecânica ondulatória. Mecânica Quântica Orbitais e números atômicos Cada elétron, num átomo, é descrito por quatro números quânticos diferentes, três dos quais (n, l e m) especificam a função de onda do elétron. A função de onda de um elétron num átomo é um Orbital Atômico. Um orbital atômico pode ser imaginado como a descrição qualitativa das regiões do espaço onde é elevada a probabilidade de se encontrar elétrons. NÚMEROS QUÂNTICOS 1) Número Quântico Principal (n): este número quântico é o que determina, em grande parte, a energia do elétron no átomo. Pode ter qualquer valor inteiro positivo: 1, 2, 3, ....Quanto menor n, mais baixa a energia. Orbitais e números atômicos O tamanho do orbital também depende de ‘n’. Quanto maior for o valor de n, maior seráo orbital. Os orbitais que têm o estado quântico com o mesmo n constituem uma camada. As camadas são identificadas pelas letras: Orbitais e números atômicos 2) Número Quântico do Momento Angular (l): Este número quântico caracteriza orbitais que têm o mesmo n, mas formas diferentes; pode ter qualquer valor inteiro entre 0 e n-1. Esse número define a forma do orbital. Orbitais e números atômicos Para identificar uma subcamada numa certa camada escrevesse o valor do número quântico n da camada seguido pela identificação da subcamada. Assim, 2p identifica a subcamada com os números quânticos n = 2 e l = 1. 3) Número Quântico Magnético (ml): este número quântico diferencia orbitais com o mesmo n (energia) e mesmo l (forma), mas tendo orientações diferentes no espaço. Os valores permitidos são inteiros desde –l até +l. Para l = 0 (subcamada s), o número quântico permitido m é apenas 0, isto é, só há um orbital na subcamada s. Para l =1 (subcamada p), m = -1, 0, +1, há três orbitais. Cada orbital, numa mesma subcamada, têm a mesma energia. Orbitais e números atômicos 4) Número Quântico do Spin (ms): este número quântico refere-se a duas orientações possíveis para o eixo do spin de um elétron. Orbitais e números atômicos Orbitais e números atômicos O movimento de cada elétron é perfeitamente definido pelos seus quatro números quânticos: a) número quântico principal (n) distância de maior probabilidade do elétron ao núcleo; b) número quântico secundário ou azimutal () forma do orbital c) número quântico magnético (m) orientação do orbital no espaço; d) número quântico de spin (ms) rotação do elétron em torno do seu eixo Orbitais e números atômicos Representado ψ2 frente a distancia do núcleo (r) vemos que a probabilidade de encontrar o elétron diminuindo conforme aumenta r . Isto indica que no estado fundamental a atração eletrostática do núcleo é suficientemente forte para manter o eletron em um raio próximo do núcleo. Representações dos Orbitais ORBITAIS ‘S’ É o orbital de mais baixa energia e tem forma esférica, como mostrado ao lado: Representações dos Orbitais Representações dos Orbitais ORBITAIS ‘P’ ORBITAIS ‘D e F’ Representações dos Orbitais Representações dos Orbitais Figura 6.22 - Forma do orbital f http://antoine.frostburg.edu/chem/senese/101/electrons/images/f-2.jpg http://antoine.frostburg.edu/chem/senese/101/electrons/images/f-2.jpg Um dos objetivos vistos até aqui foi determinar as estruturas eletrônicas dos átomos. Visto que a mecânica quântica conduz a uma descrição muito elegante do átomo de hidrogênio. Entretanto, ele tem apenas um elétron. Como nossa descrição da estrutura eletrônica atômica mudaria quando considerássemos átomos com dois ou mais Átomos Polieletrônicos Orbitais e suas energias Átomos Polieletrônicos A idéia importante é esta: em um átomo polieletrônico, para certo valor de n, a energia de um orbital aumenta como aumento do valor de ‘l’. Você pode ver isso ilustrado. Observe, por exemplo, que os orbitais com n = 3 aumentam sua energia na ordem s < p < d. A Figura ao lado é um diagrama de níveis de energia qualitativo. Átomos Polieletrônicos Spin do Elétron e Princípio de Exclusão de Pauli O princípio da exclusão de Pauli afirma que dois elétrons em um átomo não podem ter o conjunto de quatro números quânticos n, l,ml e ms. Iguais. Para um dado orbital (1s, 2pz, etc.), os valores de n, l e m são fixos. Se quisermos colocar mais de um elétron em um orbital e satisfazer o princípio da exclusão de Pauli, nossa única escolha é assinalar diferentes valores de ms para os elétrons. Como existem apenas dois desses valores, concluímos que um orbital pode receber o máximo. MODELO DE DALTON (1803) MODELO DE THOMSON (1897) MODELO DE RUTHERFOR D (1911) MODELO DE BOHR (1913) MODELO ATUAL (-) Modelos Atômicos Átomos Polieletrônicos Diagrama de Pauling Átomos Polieletrônicos Configurações Eletrônicas Uma orbital só pode conter no máximo, dois elétrons e estes devem ter números quânticos de spin opostos. Quando preenchemos orbitais da mesma energia (como são as três orbitais de p) devemos fazer primeiro o semi-preenchimento de cada uma, mantendo os elétrons com o mesmo spin, e só depois proceder ao emparelhamento de spins (colocar electrões com spins opostos. Exemplo: Configurações Eletrônicas Regra de HUND Configurações Eletrônicas Como podemos observar o Lítio é o primeiro membro dos metais alcalinos (grupo IA). O elemento posterior ao lítio é o berílio; sua configuração eletrônica é 1s22s2. O boro, número atômico 5, tem configuração eletrônica 1s22s2 2p1. O quinto elétron deve ser colocado em um orbital 2p porque o orbital 2s está preenchido. Como todos os três orbitais 2p estão com energias iguais, não importa qual orbital 2p é ocupado. Com o próximo elemento, o carbono, deparamos com uma situação nova. Sabemos que o sexto elétron tem de ir para um orbitaI 2p. Entretanto, esse novo elétron vai para o orbital2p, que já tem um elétron, ou para um dos outros? Essa pergunta é respondida pela regra de Hund, que afirma que para orbitais degenerados, a menor energia será obtida quando o número de elétronscom o mesmo spin for maximizado. Isso significa que os elétrons ocuparão individualmente os orbitais até a máxima extensão possível, com o mesmo número. Configurações Eletrônicas A regra de Hund é baseada em parte no fato de que os elétrons se repelem. Ocupando orbitais diferentes, os elétrons permanecem afastados quando possível um do outro, assim minimizando as repulsões elétron-elétron. Configurações Eletrônicas Condensadas O sódio tem o número atômico 11, e ele tem um único elétron 3s além da configuração estável do neônio. Pode-se, mos abreviar a configuração eletrônica do sódio como a seguir: Na: [Ne]3s1 O símbolo Ne representa a configuração eletrônica dos 10 elétrons do Neônio, 1s22s2 2p6. ÍONS O íon é definido como um átomo eletrizado que ganhou ou perdeu elétrons; assim, o cátion e o ânion são considerados íons. ÍON CÁTION (Íons positivos) ÂNION (Íons negativos) Exemplos de Cátions: • Na⁺¹ (sódio) • K⁺¹ (potássio) • Mg⁺² (magnésio) Exemplos de Ânions: • O-2 (potássio) • Cl-1 (magnésio) ÍONS Exemplo distribuição eletrônica para um íon cátion: a) Sr+2 (p = 38) Exemplo distribuição eletrônica para um íon ânion: a) Cu-3 (p = 29) ÍONS 1. Sobre os átomos A e B são conhecidos os seguintes dados: I- O átomo A tem 21 elétrons e número de massa igual a 40. II- O átomo B tem número atômico igual a 20. III- A e B são átomos isótonos entre si. Portanto, podemos afirmar que o número de massa do átomo B é: a) 39 b) 40 c) 41 d) 38 e) 37 EXERCÍCIOS
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