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Aula FOTOGRAMETRIA 2017

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1
FOTOGRAMETRIA
DEFINIÇÕES
Disc. Topografia
Prof. Maritane Prior 
Curso. Engenharia Civil
 Segundo Wolf (1983), a fotogrametria pode ser definida como
sendo a arte, a ciência e a tecnologia de se obter informações
confiáveis de objetos físicos e do meio ambiente, através de
fotografias por medidas e interpretações de imagens e objetos.
Pode ser dividida em duas áreas distintas:
a) Fotogrametria métrica: envolve medidas precisas e
computacionais para determinar a forma e as dimensões dos
objetos. É aplicada na preparação de mapas planimétricos e
topográficos.
DEFINIÇÕES 
b) Fotogrametria interpretativa:
Ocupa-se com o reconhecimento e identificação dos objetos.
Divide-se em:
o Fotointerpretação: envolve estudos sistemáticos de
imagens fotográficas, com finalidade de identificar objetos.
o Sensoriamento Remoto: aplicado para o reconhecimento e
identificação de objetos, sem contato físico com eles, em que
aviões e satélites são as plataformas mais comuns.
Pode-se ainda classificar em duas outras categorias:
c) Fotogrametria terrestre: as fotografias são formadas a apartir de 
câmaras localizadas na superfície da terra;
d) Fotogrametria Aérea ou aerofotogrametria: as fotografias são tomadas a 
partir de câmaras localizadas numa estação no espaço (avião, satélite, 
balão, etc). É a categoria mais utilizada para geração de bases 
cartográficas . 
1852 – Coronel Aimé Laudessat – por intermédio de balão –
pioneiro em registrar cenas aéreas – conhecido como Pai da
fotogrametria
Surgimento da fotogrametria
1909 – Capitão Cesare Tardiro – primeira vez usou avião p/ registrar 
terrenos na Itália. 
1a e 2a Guerras
• Grande desenvolvimento: observação e mapeamento;
• Necessidade de maiores e melhores informações p/ fins 
militares;
• Maiores avanços na fotogrametria e fotointerpretação;
• Invenção do estereoscópio.
Após 2a Guerra – uso de fotografias para levantamento dos 
recursos naturais
Atualmente – grandes aliados como satélites equipados com 
câmeras especiais. 
Evolução histórica dos sistemas de obtenção de imagens aéreas. 
2
Fotointerpretação:
Apesar de conceitualmente, a Fotointerpretação estar tradicionalmente
vinculada à aerofotogrametria (aerofotointerpretação), ela pode ser
estendida à interpretação de imagens de satélite e de radar.
Ao menos quando se trabalha na faixa do espectro eletromagnético
do visível;
Em todos os casos tem-se que a foto ou imagem devem sempre
ser captadas na vertical ou próximo disso.
OBS.: Toda informação obtida sem entrar em contato com a superfície de 
interesse é uma informação obtida remotamente. Consequentemente, a 
obtenção de fotografias aéreas é um sensoriamento remoto.
Identificação de manchas urbanas.
Ampliação da digitalização de edificações
Aplicações da Fotogrametria
 Geologia: formações geológicas, definições de rochas, etc…
 Agricultura: enorme quantidade de dados sobre a terra, pode-se medir o
tamanho das propriedades, estudar o uso atual da terra, planejar o controle
de erosão, etc.
Urbanismo: planejamento das cidades e desenvolvimento urbano,
melhoramento do tráfego, acidentes de trânsito, etc.
Elaboração de:
 mapas topográficos (planialtimétricos)
 mapas temáticos (solos, vegetação, relevo)
 Mapas apresentando regiões com predomínio de determinados tipos de 
solos, associando os tipos de vegetação e as condições de relevo;
 Distribuição de renda e níveis de tecnologia empregados na agricultura;Etc.
 Fotoíndices e mosaicos
 Indices de vegetação, que permitem determinar a quantidade de material 
vegetal na superfície, possibilitando a verificação de problemas de manejo, 
de solo e ocorrência de doenças;
 Acompanhamento da recuperação de áreas destruídas por incêndios etc.
Aplicações:
3
 Projetos agrícolas
 de controle à erosão;
Identificação da ocorrência de erosão;
Locais mais propícios para a ocorrência de erosão;
 de controle às cheias;
Delimitação de áreas sujeitas às cheias;
 De planejamento e desenvolvimento urbano e rural;
restauração/conservação de patrimônios;
Ambientais;
 Estudos pedológicos (ou de solos)
Com base em amostras de solo, associadas ao relevo e à vegetação, pode-se, a 
partir de imagens estudar tipos de solos e determinar em fotografias regiões com 
predominância de tipos de solos;
Cada solo possui uma impressão espectral
 Faixas espectrais com maior ou menor reflexão ou emissão;
 A fotogrametria como um todo tem ganhado espaço como ferramenta no 
planejamento e gerenciamento de projetos que envolvem o ambiente e 
recursos naturais.
 Monitoramento e acompanhamento do desenvolvimento da expansão da 
área urbana.
 Serve como base de dados gráfica para projetos de SIG (Sistemas de 
Informações Geográficas) ou Geoprocessamento.
 Monitoramento de crescimento das cidades (loteamento novos, etc).
Atualidade: Classificação da Fotogrametria
Terrestre: as fotografias são formadas a partir de
câmeras localizadas na superfície da terra, ou seja,
com o eixo óptico da câmera na horizontal.
Aérea: as fotografias são tomadas a partir de câmeras
localizadas numa estação no espaço (aeronaves,
satélites, balões, etc), ou seja, com o eixo óptico da
câmera na vertical ou quase isto.
Fotogrametria aérea:
Câmeras aerofotogramétricas:
Segundo Segantine (1988), apesar do funcionamento dessas
câmeras se basear nos mesmos princípios que regulam o da
câmera comum, distinguem-se destas pelas muitas adaptações
técnicas acresecentadas para a finalidade a qual se destinam.
A câmera aérea é caracterizada pelo formato do negativo, pela
distância focal da objetiva e pelo ângulo de campo da objetiva.
As dimensões mais comuns dos negativos são
23 x 23 cm
18 x 18 cm
Fotogrametria aérea
Classificação das fotografias aéreas
a) Classificação quanto à orientação da câmera. 
4
TIPOS DE FOTOGRAFIA
(segundo a orientação do eixo óptico)
 fotos terrestres
 fotos aéreas:
 verticais (inclinação < 3º)
 oblíquas altas ( com o horizonte na foto)
 oblíquas baixas ( sem o horizonte na foto)
oblíqua altavertical oblíqua baixa
 Classificação de Câmaras aéreas
 Uso ou Finalidade 
 Cartográfica ou Métrica : 
 seus elementos de orientação interna são perfeitamente 
conhecidos e de alta precisão. 
 Obtém fotografias cartográficas.
 Reconhecimento : 
 seus elementos de orientação interna não são conhecidos com 
exatidão. 
 Obtém fotografias de reconhecimento.
Especial : 
 são câmaras modificadas para a obtenção de fotografias 
especiais. Ex.: fotografias Multiespectrais.
Escala de uma fotografia vertical
E = f / H
E = f / (hm – h)
h é a altitude da câmara
hm é a altitude média do 
terreno
ESCALA DA FOTO
OBS: Leva-se em conta a altitude média do 
terreno
datum altimétrico
cota do terreno = H
= altura 
de voo
distância focal = f
negativo
b’ a’
positivo
b a
aOb  AOB
A
f
AB
ab
escala 
HZ
f
escala


ESCALA DE UMA FOTOGRAFIA VERTICAL
 Sendo A a altura média de voo 
sobre o terreno, a escala que se 
obtém é uma escala média.
 Pontos mais baixos do terreno 
terão uma escala menor e pontos 
mais elevados terão uma escala 
maior. A escala na foto não é 
constante.
A
Escala fotografia vertical
5
IMPORTANTE: Definir qual é a escala de trabalho para que se possa 
identificar todos os elementos desejados. 
baixa altitude <1500 m escala 1/5000
média altitude 1500 m - 5000 m escala 1/5000 - 1/17 000
grande altitude > 5000 m escala <1/17 000
Para distâncias focais 
f = 300 mm
ALTURA DE VOO SOBRE O 
TERRENO, H
Maior altura de voo, maior terreno fotografado, mas menor precisão dorelevo
CARACTERÍSTICAS DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS
Uma fotografia aérea apresenta diversas informações:
 Marcas fiduciais:para determinação do ponto principal;
 Altimetro: determina a altura do vôo;
 Relógio: com a hora da tomada;
 Distância principal: útil para o cálculo da escala;
 Número da faixa da fotografia e da tomada;
 Eixos X (linha de vôo) e eixo Y (perpendicular a linha de vôo). 
Apresentação de uma fotografia aérea
CARACTERÍSTICAS DAS FOTOGRAFIAS AÉREAS
marcas fiduciais
230 mm
C – centro da foto
A posição do centro 
da foto é determinada 
a partir das marcas 
fiduciais
Dimensão das fotos 
= 230 mm
u
v
c
6
O Vôo Aerofotométrico
 Um avião fotográfico só decola para a execução de uma missão
de cobertura fotográfica depois de um planejamento da
operação.
Fonte: http://www.cartografia.eng.br/artigos/naero02.asp
 O tempo é fator importante. Conforme o país, ou a região, existem
áreas em que as características atmosféricas são propícias ao vôo
na maior parte dos meses do ano. Outras há, entretanto, que
raramente favorecem a execução de um vôo, como é o caso da
região da floresta amazônica ou da região cacaueira da Bahia,
quase sempre cobertas por nuvens
A altura a ser voada varia com a escala da fotografia, com o
intervalo de curvas a ser usado e com a distância focal da câmara.
A posição do Sol é, igualmente, levada em consideração, uma vez
que o excesso de sombra irá prejudicar detalhes importantes que
vão ser restituídos. É inconveniente, também, o vôo com Sol a
pino, porque não haverá suficiente contraste entre muitos objetos
do terreno
O avião:
 Fator de muita relevância é o avião para cobertura fotográfica.
 Tem que possuir a velocidade prevista para o projeto,
 Boa estabilidade durante o vôo,
 Raio de ação necessário, a fim de ser evitada uma interrupção inútil
de uma missão, o que resultaria em perda de tempo e de dinheiro.
 Uma vez preenchidas todas as exigências, terá que ser
adequadamente equipado, inclusive quanto ao conforto da
tripulação e do operador fotogramétrico.
COBERTURAS FOTOGRÁFICAS
Recobrimento aerofotogramétrico
IDENTIFICAÇÃO:
Nº VOO
Nº FIADA
Nº FOTO
Faz-se através da tomada de séries de fotografias, ao longo de faixas 
de voo, cobrindo toda uma área. 
RECOBRIMENTO AEROFOTOMÉTRICO
Recobrimento longitudinal 60 %
7
Superposição longitudinal 
Fonte: http://www.cartografia.eng.br/artigos/naero04.asp
Cobertura aerofotogramétrica 
Segundo TEIXEIRA (1986) se duas fotografias tem uma superposição
de p %, a distância entre os pontos principais no modelo será (100-p)%
do formato da foto, multiplicado pela escala da foto.
Exemplo: Quantas fotografias estão em uma faixa?
-Fotografias com formato 23 x 23 cm
-Escala 1:40000
-Superposição longitudinal: 60 %
-Comprimento da faixa: 150 km
Cálculo: p = 60 %
(100-60) % = 40 %
40% de 230 mm = 92 mm
No terreno equivale a:
92 mm x 40000 = 3680 m
Número de fotografias necessárias 
150000/3690 ~ 41 fotografias 
Vantagens e limitações quanto au uso de fotografias aéreas
Vantagens:
 Riqueza de detalhes;
Rapidez de obtenção dos dados;
Possibilidade de observação estereoscópica;
Economia de tempo e pessoas para mapeamento; 
Desvantagens:
 A escala não é uniforme (varia na mesma fotografia e entre fotos), 
devido ao deslocamento, inclinação e oscilação de vôo;
 Implica em ter-se aparelhos caros para contornar essas variações;
 Dificuldade de manusear grande número de fotografias na confecção 
de mapeamentos de áreas extensas;
 Requer pessoal qualificado para a fotointerpretação;
 Custo elevado (principalmente em áreas pequenas). 
VISÃO ESTEREOSCÓPICA
ESTEREOSCOPIA – ciência ou arte que permite a visão estereoscópica
(terceira dimensão). É composta por métodos que visam reproduzir
artificialmente a visão binocular humana.
Do grego…
Stereo = “sólido”
Scopia = “ato de ver”
Visão monocular: permite examinar a posição e a direção dos objetos dentro do 
campo de visão humana. Permite reconhecer forma, cores e tamanho.
Visão binocular: permite a visão tridimensional e noção de profundidade
8
Nome dado ao seguinte fenômeno natural: Uma pessoa observa
simultaneamente duas fotos de um objeto, tomadas de dois pontos de vista
diferentes (distintos). Vendo cada foto com um olho, verá o objeto em três
dimensões.
Para a obtenção da visão estereoscópica, através de fotos, é
necessário que tenhamos dois olhos com a mesma capacidade de visão.
Três fotos consecutivas da mesma fiada com 60 % de sobreposição longitudinal.
60 % da imagem da foto 2 aparece também na foto1. Do mesmo modo 60% da 
imagem da foto 2 aparece na foto 3.
As fotos 1 e 2 constituem um par estereoscópico. O mesmo sucede com as fotos 
2 e 3.
PAR ESTEREOSCÓPICO
foto 1 foto 2 foto 3
sentido do voo
60% 60%
CENTRO DA FOTOGRAFIA E CENTRO TRANSFERIDO
PAR ESTEREOSCÓPICO
O centro da foto ou ponto principal marca-se a partir da intersecção dos 
segmentos retos que unem as marcas fiduciais. O centro transferido é a imagem 
do centro de uma foto noutra foto consecutiva da fiada.
Centro da foto 1
Centro transferido da foto 2
foto 
1
Centro transferido da foto 1
Centro da foto 2
foto 
2
Marcas 
fiduciais
Esquema simplificado de um estereoscópio de 
espelhos (com lentes, prismas e espelhos)
SEPARAÇÃO DE IMAGENS PARA VISÃO ESTEREOSCÓPICA
Estereoscópio de espelhos
Estereoscópicos de bolso e de espelhos
Estereoscópio de espelhos
9
EXAGERO VERTICAL
O estéreo modelo observado não é uma réplica exata
do terreno fotografado, existe o que se chama de
exagero vertical: o relevo se apresenta mais
acentuado que a realidade. Toda observação de
relevo no estereomodelo deve levar em conta esse
exagero vertical.
Para restituição medidas e fotointerpretação o exagero
é mais vantagem do que desvantagem, pois
pequenas feições topográficas são acentuadas.
Quando se observam fotos de um estereopar
com suas posições trocadas, o relevo aparecerá
invertido: os valores aparecerão com elevações e as
cristas como fundo de vales: este fenômeno de
inversão é chamado de pseudoscopia.
Quando as fotografias apresentam grande
riqueza de detalhes e/ou se procura anomalias de
drenagem ou de topografia, a observação
pseudoscópica é de utilidade, pois essas feições
ficarão mais ressaltadas e evidentes.
PSEUDOCOSPIA
Paralaxe: é o deslocamento relativo de um
ponto-imagem nas fotografias aéreas consecutivas em
relação a direção da linha de vôo decorrente da
mudança da câmara no momento da exposição, além
disso pode ser medida sobre o plano da foto e
expressar a diferença de altura entre dois ou mais
objetos.
Exemplo:
-basta colocar o dedo indicador defronte aos olhos e fixar a visão em
um objeto mais distante como uma parede, por exemplo.
-A primeira observação é de que serão vistas duas imagens separadas
dos dedos, pois o olho não consegue fundir imagens tão distantes.
-Se piscarmos rapidamente cada olho de uma vez, veremos o dedo se
deslocar de lado a lado, ou seja, sua posição aparente muda de acordo
com a posição do olho, usando como referência fixa a parede.
FOTOINTERPRETAÇÃO 
Pode ser definida como o ato de examinar uma imagem
com o propósito de identificar objetos e determinar seus
significacados.
As foto aéreas contém detalhes gravados do terreno no
momento de sua tomada. Um fotointérprete examina
sistematicamente as fotos, podendo adicionar estudos
de outros trabalhos, como por exemplo de um mapa já
existente.
 FOTOIDENTIFICAÇÃO - reconhecimento de objetos na
imagem fotográfica. Pode ser realizada com ou sem
estereoscópio.
 FOTOANÁLISE - ato de analisar a imagem coma finalidade de
agrupar paisagens ou acidentes semelhantes. Exige o emprego
do estereoscópio.
 FOTOINTERPRETAÇÃO - técnica de se concluir pela
presença, ocorrência e significado de objetos, aspectos não
diretamente discerníveis na fotografia.
Exemplo: presença de cerca ou postes no terreno.
O estudo das fotografias aéreas pode ser conduzido 
através de três técnicas:
10
Fotointerpretação Elementos
 De uma maneira geral os elementos são mais facilmente
identificados quando as características da superfície da Terra
foram idealizadas pelo homem (ex. casas residenciais, edifícios,
estradas, pontes, etc).
 São de difícil confecção quando se devem estudar as
características para vegetação natural e as formas da Terra.
 Para a interpretação das características naturais, é essencial
treinamento e trabalho de campo, para a obtenção da
experiência necessária, podendo assim o profissional produzir
trabalhos consistentes.
A fotointerpretação é facilitada em áreas cultivadas devido às formas
características que nelas prevalecem. Culturas, pomares, pastos, etc., são
geralmente limitados por áreas ou rios, o que facilita a interpretação.
Essas áreas são também caracterizadas pelas estradas, trilhas de gado,
represas para irrigação e drenagem e pelo conjunto de construções típicas
de área rural.
A leitura fotográfica é um assunto para determinações gerais, tais como
escala, orientação geográfica, estação do ano, identificação das linhas
correspondentes ao perímetro, estradas de rodagem, estradas de ferro,
importantes cursos d´agua e classificação das principais formas
topográficas.
 Nas áreas cultivadas as sombras aparecem com diversas
tonalidades de cinza, predominando as tonalidades claras.
Assim toda a vegetação baixa, como a grama, aparece com
tonalidade cinza claro e textura fina.
 Áreas com pastagem, áreas gramadas e campos aparecem
com tonalidade clara e textura suave. Florestas densas
aparecem com tonalidade escura enquanto que uma floresta
em inicio de desenvolvimento aparece com tonalidade clara. O
aparecimento de sombras de diferentes formas indica a
presença de uma floresta mista.
Nas regiões de relevo irregular, as linhas de vegetação e árvores
ao longo dos cursos d´agua são mais densas do que em regiões
que possuem relevo regular ou plano.
 Lagos, reservatórios, tanques e pântanos são identificados pela
sua uniformidade e tonalidade da terra é bem escura. Quando há
arvores nos pântanos, estas aparecem com tonalidade cinza-
escuro e a área que mostra o solo aparece com tonalidade
bastante escura (preta).
Rios, ribeirões e riachos são identificados pela sinuosidade,
uniformidade de tom e pelas características topográficas. Outras
características podem ajudar na identificação, tais como: pontes,
queda d´agua, represas, docas, etc.. A reflexão do Sol, ocorrendo
relativamente sempre na mesma posição, durante as exposições
sucessivas de um vôo fotogramétrico aéreo, é de grande ajuda na
identificação de pequenos riachos, particularmente aqueles que
penetram áreas de densas florestas.
 As estradas de rodagem são distinguidas nas fotografias aéreas. O
que é difícil é identificar o tipo de pavimento. Essa identificação só
é possível em fotografias de escala grande.
 Estradas sinuosas indicam região montanhosa.
 Linhas de transmissão são identificadas, porque ao atravessar
certas regiões, é observada uma área limpa, sem arvores,
mostrando a passagem da linha de transmissão. A mudança de
direção neste caso é caracterizada por ângulos agudos e não
curvos.
 Cemitérios são identificados pela aparência esquemática das
arvores, arbustos e caminhos. O formato dos túmulos é também
uma característica importante.
A identificação de escolas depende principalmente da forma
geométrica da mesma e das características que se encontram nas
vizinhanças. Assim um prédio escolar, pequeno ou grande, só pode
ser identificado caso se encontre nas vizinhanças do mesmo; jardim,
campo de futebol, playground, piscina, etc.
As igrejas são identificadas principalmente devido a sua estrutura de
construção, seu tamanho, formato e pela torre com a cruz no topo.
Geralmente está construída no centro de uma área gramada, com
árvores e arbustos.
11
É a quantidade de luz refletida por um objeto e registrada numa
fotografia preto e branco. Os tons nestas fotografias são gradações
do cinza, incluindo-se o preto e o branco, e o olho humano tem
uma boa habilidade de distinção.
Tonalidade Fotográfica
Solos que possuem um maior poder de retenção de água são mais
argilosos e com maior teor da matéria orgânica. Na fotografia aérea,
estes solos aparecerão mais escuros, tornando-se fácil a demarcação
dos limites entre solos.
Outro elemento de influencia é a cor do solo. As cores
naturais dos solos se situam entre o vermelho e o
amarelo, e entre o branco e o preto. Assim, o vermelho,
vermelho-amarelo, amarelo, branco, cinza e preto são
registrados em tons cinza diferentes, por refletirem a luz
diretamente.
No estudo de solos, as possibilidades são maiores, visto que cada cor 
apresenta diversas tonalidades. 
No estudo da vegetação. A cor apresenta-se como um dos elementos 
mais importantes. 
A aparência das plantas (e das superfícies vegetais) depende de sua 
interação com a radiação, sendo influenciada pela geometria das folhas, 
morfologia, fisiologia, composição química, solo e clima. 
A reflexão no verde é geralmente baixa (10 a 20%), mas devido a grande 
sensibilidade do olho humano para o verde, ve-se esta cor com grande 
precisão.
COR
Textura
 A textura fotográfica é uma característica muito própria no estudo da 
vegetação, 
 permitindo a partir desta, inferências sobre geologia e solos. 
Neste exemplo, observa-se áreas de culturas anuais (1), culturas perenes (2), pastos 
limpos (3), reflorestamento de eucalipto (4), reflorestamento de pinus (5), mata 
mesófila semidecídua (6), mata ciliar (7) e corpo d'água (8). 
Fonte: http://www.apacampinas.cnpm.embrapa.br/fotoae.html
Imagem Satélite Land Sat 5 (1984) Brasília-DF
FONTE: INPE 2010
12
Composição colorida 4(G) 5(R) 3(B) com as imagens ETM+ Landsat-7 
(Junho-2002), Guarulhos - SP.
FONTE: INPE 2010
A forma, como elemento de reconhecimento pode ser considerada como uma
expressão topográfica ou de contornos.
1) Cursos d´agua – linhas sinuosas continuas de trajeto irregular que,
segundo suas dimensões e escala da fotografia, podem apresentar ou não
espelho d´agua. Geralmente os cursos tributários atingem a principal,
formando um ângulo cujo vértice aponta o sentido da corrente.
2) Pântanos e alagadiços – áreas com predominância de contornos
curvilíneos, geralmente associadas com cursos d´agua;
3) Vegetação natural – áreas de contornos irregulares e de aspecto variável,
segundo o tipo e a idade;
4) Culturas – formas retangulares ou em faixas, de aspecto variável segundo
a idade.
FORMA:
Arranjo espacial ordenado de aspectos geológicos, topográficos ou de
vegetação. Para a fotointerpretação, o padrão refere-se à visão plana
bidimensional dos elementos fotográficos.
As lineações são também ilustrações de padrão, que se originaram de
um arranjo ordenado de segmentos de rios, árvores, depressões, etc.,
podem se apresentar paralelas, cruzadas, convergentes, radiais,
contínuas, descontínuas, etc.
Os blocos são representados pelos padrões de vegetação, e podem ser
“ordenados” (cafezal, pomares, eucalipto, etc), “ao acaso” (vegetação
natural), “maciços” (florestas, cerrado), “descontínuos”, etc.
Padrão
A drenagem talvez seja um dos elementos mais importantes do padrão, e
vem a ser o modelamento da superfície do terreno sob ação das águas.
Outros fatores que influenciam a drenagem são: relevo, manto vegetal,
textura do solo, litologia, e estrutura dasrochas.
Modelo de drenagem seria o arranjo planimétrico dos cursos d´agua,
sugerindo uma tendência de arranjamento. O estudo do modelo de
drenagem é bastante útil embora seja difícil estabelecer regras
generalizadas. Existem seis tipos básicos de modelos de drenagem:
Dendrítico,
Treliça,
 Radial,
Paralelo,
Anular
Retangular.
O modelo mais comum nas nossas condições é o dendrítico.
Forma dendrítica dos canais de drenagem 
Diversas formas de 
canais de drenagem 
13
Aspectos de erosão
Características comparativas do canal de drenagem
FOTOINTERPRETAÇÃO DA DRENAGEM
Relevo:
A-B: relevo menos 
ondulado;
B’- A’: relevo mais 
inclinado.
 De acordo com o cor do solo pode-se ter uma idéia
de como é a composição desse solo.
 Solo mais amarelados apresentam maior
concentração de ferro no local, enqanto que solos
mais avermelhados já arepresentam maior
porcentagem de argila na área.
FOTOPEDOLOGIA
Tamanho 
O tamanho dos objetos varia segundo a escala fotográfica. Objetos com
forma idêntica em visão plana podem ser distinguidos pelo tamanho relativo.
Assim é possível distinguir uma `vossoroca de um sulco de erosão.
Relação com aspectos associados 
As vezes a interpretação de uma ocorrência só é possível através de uma
associação de evidencias.
Em termos geológicos, as falhas geralmente se expressam como linhas retas
ou levemente curvas; ainda podem ser identificadas por mudança brusca na
tonalidade topográfica em ambos os lados desta linha.
14
 Formas
Edificações rurais, tendem a manter um a padronização das
formas. Residências tendem a manter formato quadrado, galpões e
outras construções tendem a manter formato retangular.
 Vegetação e Uso da Terra
 Os padrões de vegetação referem-se ao complexo vegetal
desenvolvido numa área.
 Inclui-se aqui a vegetação natural e terras com cultura.
 Quanto à vegetação natural, as matas altas localizam-se em
solos profundos e de boa fertilidade, passando pelos cerrados e
chegando até os campos limpos, predominante em solos
arenosos. Em terrenos cultivados, podem-se distinguir os solos
profundos e bem drenados pela presença de pomares e os
solos hidromorficos pela presença de hortaliças.
Ex. O verde de uma 
mata é mais escuro 
que o verde de uma 
pantação de cana. 
 Para compreender mais sobre as fotos
aéreas deve-se treinar o operador ou seja o
fotintérprete.
 Quanto mais treinado, mais detalhes
podemos destacar nas fotografias aéreas.

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