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FACULDADE PITÁGORAS ARQUITETURA E URBANISMO ESTER BRANDENBURG SCHWANZ FUNDAMENTOS DA TOPOGRAFIA LINHARES, ES ABRIL DE 2020 SUMÁRIO 1. Conceitos introdutórios-------------------------------------------------------------------5 2. Geodésia----------------------------------------------------------------------------------------5 2.1 Superior----------------------------------------------------------------------------------------5 2.2 Inferior------------------------------------------------------------------------------------------5 3.Topografia--------------------------------------------------------------------------------------5 3.1Levantamento topográfico ou Topometria---------------------------------------------5 3.1.1 Planimetria----------------------------------------------------------------------------------5 3.1.2 Altimetria------------------------------------------------------------------------------------6 3.2 Topologia--------------------------------------------------------------------------------------6 3.3 Taqueometria---------------------------------------------------------------------------------6 4. Objetivos da Topografia-------------------------------------------------------------------6 5. Solo-----------------------------------------------------------------------------------------------6 5.1 Terraplanagem-------------------------------------------------------------------------------7 5.2 Corte--------------------------------------------------------------------------------------------7 5.3 Aterro-------------------------------------------------------------------------------------------7 6. Propriedades do solo----------------------------------------------------------------------7 6.1 Características morfológicas do solo---------------------------------------------------7 6.2 Cor----------------------------------------------------------------------------------------------8 6.3 Textura-----------------------------------------------------------------------------------------8 6.4 Estrutura---------------------------------------------------------------------------------------8 6.5 Consistência----------------------------------------------------------------------------------9 7. Fundações-------------------------------------------------------------------------------------9 7.1 Fundações superficiais (ou rasas ou diretas) ----------------------------------------9 7.1.1. Sapatas-------------------------------------------------------------------------------------9 7.1.2 Blocos de Fundação--------------------------------------------------------------------10 7.1.3 Radiers-------------------------------------------------------------------------------------10 7.2 Fundações profundas---------------------------------------------------------------------11 7.2.1 Estacas-------------------------------------------------------------------------------------11 7.2.2 Tubulões-----------------------------------------------------------------------------------12 7.2.3 Caixões------------------------------------------------------------------------------------12 8. Platô--------------------------------------------------------------------------------------------13 9. Talude------------------------------------------------------------------------------------------14 10. Preparação do Terreno-----------------------------------------------------------------14 11. Instrumentos Topográficos-----------------------------------------------------------14 11.1 Teodorito-----------------------------------------------------------------------------------14 11.2 Nível de Luneta---------------------------------------------------------------------------14 11.3 Mira Falante--------------------------------------------------------------------------------14 11.4 Trena----------------------------------------------------------------------------------------15 11.5 Receptores GPS-------------------------------------------------------------------------15 11.6 Distanciômetro----------------------------------------------------------------------------15 11.7 Estação Total------------------------------------------------------------------------------15 11.8 Bússola-------------------------------------------------------------------------------------15 11.9 Tripé-----------------------------------------------------------------------------------------15 11.10 Baliza--------------------------------------------------------------------------------------15 11.11 Umbrela ou Guarda sol----------------------------------------------------------------15 12. Normalização------------------------------------------------------------------------------15 13. Unidades de Medida---------------------------------------------------------------------16 13.1 Unidades de Medida Linear------------------------------------------------------------16 13.2 Unidades de Medida Angular----------------------------------------------------------17 13.3 Unidades de Medida de Superfície--------------------------------------------------17 13.4 Escala---------------------------------------------------------------------------------------17 13.4.1 Escala Gráfica--------------------------------------------------------------------------18 13.4.2 Escala Numérica-----------------------------------------------------------------------18 14. Sistema de Coordenadas Topográficas-------------------------------------------18 14.1 Latitude-------------------------------------------------------------------------------------18 14.2 Longitude-----------------------------------------------------------------------------------19 15. Mobiliário Urbano------------------------------------------------------------------------19 16. Equipamento Urbano-------------------------------------------------------------------19 17. Rumo-----------------------------------------------------------------------------------------20 18. Azimute--------------------------------------------------------------------------------------20 19. Curvas de Nível---------------------------------------------------------------------------21 20. Hipsometria--------------------------------------------------------------------------------22 21. Erros------------------------------------------------------------------------------------------23 21.1 Erros Sistemáticos-----------------------------------------------------------------------23 21.2 Erros Acidentais--------------------------------------------------------------------------23 21.2.1 Peculiaridades dos Erros Acidentais----------------------------------------------24 Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------24 Referências Bibliográficas-----------------------------------------------------------------25 5 1. Conceitos introdutórios A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. E é dividida em topografia e geodésia. 2. Geodésia: é a ciência que estuda a determinação da forma, as dimensões, e o campo de gravidade da Terra, permitindo analisar, medir e representar o espaço geográfico do planeta com precisão. 2.1 GEODÉSIA SUPERIOR Dividida entre a Geodésia Física e a Geodésia Matemática, trata de representar a figura da Terra em termos Globais 2.2 GEODÉSIA INFERIOR Também chamada de Geodésia Prática ou Topografia, levanta e representa partes menores da Terra onde a Superfície pode ser considerada “plana”. 3. Topografia: A palavra topografia é derivada do grego sendo topo - lugar e graphen -descrever, é a descrição de um lugar. Podemos definir topografia como um conjunto de princípios, métodos, aparelhos e convenções utilizados para a determinação dos contornos, todas as característicaspresentes na superfície de um território, como o relevo e outros fatores próprios de determinada região. “A Topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e método sutilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana” DOUBEK (1989) “A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre” ESPARTEL (1987) 3.1 Levantamento topográfico ou topometria: tem como responsabilidade representar as características da superfície. Trata da medição das distâncias e dos ângulos, permitindo a reprodução fiel das feições presentes em um determinado terreno. A topometria pode ainda se subdividir em duas classes: planimetria e altimetria: 3.1.1 planimetria: medição dos ângulos e das distâncias no plano horizontal, em uma perspectiva com visada “do alto” da área; 6 3.1.2 altimetria: medição dos ângulos e distâncias verticais, apresentando as diferenças de nível e altitude. 3.2 Topologia: é a responsável pelo tratamento e interpretação dos dados obtidos por meio do levantamento topográfico. Tem como objetivo facilitar a execução do mesmo, cruzando os dados com algumas regras e leis naturais do relevo. Isso auxilia na correção e no controle de erros que por ventura possam vir a acontecer. 3.3 Taqueometria: é a área da topografia responsável por realizar o levantamento de pontos de um determinado terreno, resultando nas plantas com a presença das curvas de nível. Possibilita a representação horizontal dos desníveis altimétricos. 4. Objetivos da topografia O objetivo principal da topografia é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre. Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico. Logo, a topografia serve para dar suporte as obras de engenharia, agronomia e arquitetura, pois estas são executadas sobre parte da superfície terrestre. Este suporte é feito a partir de estudos e projetos previamente elaborados, cabendo a topografia dar a base para que estes projetos sejam executados com maior precisão e locados corretamente na área onde serão executados. A topografia auxilia projetos e obras na construção civil (como prédios, pontes, rodovias, barragens e ferrovias), no urbanismo (como plano diretor, sistema viário, eletrificação, saneamento, loteamentos, rede telefônica), na agricultura (como projetos de culturas, drenagens, irrigações, cadastro de culturas) e na silvicultura (como reflorestamento e reservas florestais). 5. Solo 7 5.1 Terraplenagem: É uma operação planejada que altera intencional da configuração de um terreno. A operação envolve o modo mais fácil e econômico de escavar, mover, carregar, transportar e dispor o material. 5.2 Corte: Escavação do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto (“off sets”). Para executar o corte é necessário identificar o tipo de material a ser escavado. 1ª. Categoria • Escavação manual e equipamentos • Tipos de solos: pedregulho, seixo, cascalho... • Diâmetro máximo inferior a 15cm 2ª. Categoria • Escavação com equipamentos, em eventualmente com explosivos e processo manual adequado. • Tipos de solos: Pedra, matacão e bloco de rocha • Diâmetro médio entre 15cm e 1m • Volume do bloco de rocha menor que 2 m3 3ª. Categoria • Uso de explosivos • Tipos de solos: Pedra, matacão e bloco de rocha • Diâmetro médio maior que 1m • Volume igual ou superior a 2 m3 5.3 Aterro: Subida do nível de um terreno, natural ou artificialmente. 6. Propriedades do solo 6.1 Características morfológicas do solo: São características presentes e observáveis nos solos que permitem distinguir um determinado tipo de solo dos demais. 8 6.2 Cor - É de fácil identificação e possibilita fazer inferências a respeito do conteúdo de matéria orgânica, tipos de óxidos de ferro, processos de formação, dentre outros. Para que se tenha um padrão de identificação de cor do solo, utiliza-se a Carta de Cores de Munsell (Munsell Color Charts), que considera as variações da cor em escalas de três componentes: matiz, valor e croma. 6.3 Textura – a textura tem grande influência no comportamento físico-hídrico e químico do solo, e por isso, sua avaliação é de grande importância para o uso e manejo dos solos utilizados para a agricultura. É expressa pela proporção dos componentes granulométricos da fase mineral do solo, areia, silte e argila. No Brasil, a classificação de tamanho de partículas utilizada segue o padrão disposto a seguir (Embrapa, 1979): - Argila (< 0,002 mm) - Silte (0,002 - 0,05 mm) - Areia fina (0,05 - 0,2 mm) - Areia grossa (0,2 - 2 mm) As frações mais grosseiras do que a fração areia são: - Cascalho (2 - 20 mm) - Calhau (20 - 200 mm) - Matacão (> 200 mm) 6.4 Estrutura - é o arranjo estabelecido pela ligação das partículas primárias do solo entre si por substâncias diversas encontradas no solo, como matéria orgânica, óxidos de ferro e alumínio, carbonatos, sílica, etc. Este arranjo dá origem aos agregados ou pedes, que são unidades estruturais separadas entre si por superfícies de fraqueza. A estrutura tem grande influência no desenvolvimento de plantas no solo, como sistema radicular, armazenamento e disponibilidade de água e nutrientes e resistência à erosão. A estrutura é caracterizada conforme três aspectos: - Tipo: laminar, prismática, colunar, blocos angulares, blocos subangulares, granular 9 - Tamanho: muito pequena, pequena, média, grande muito grande - Grau de desenvolvimento: solta, fraca, moderada, forte 6.5 Consistência - a consistência diferencia a adesão e coesão de partículas do solo, que podem variar em função da textura, matéria orgânica e mineralogia e deve ser observada em campo em três condições de umidade: - Consistência seca - avalia o grau de resistência à quebra ou esboroamento do torrão. É classificada em solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura, extremamente dura. - Consistência úmida - é dada pela friabilidade do torrão ligeiramente úmido. É classificada em solta, muito friável, friável, firme, muito firme, extremamente firme. - Consistência molhada - é observada em amostras molhadas, amassadas e homogeneizadas nas mãos. Avalia-se a plasticidade (capacidade do material em ser moldado), em três tipos: não plástica, ligeiramente plástica e muito plástica e; a pegajosidade (capacidade de aderência), em três tipos: não pegajosa, ligeiramente pegajosa e muito pegajosa. 7. Fundações Fundações são elementos que têm por finalidade transmitir as cargas de uma edificação para as camadas resistentes do solo sem provocar ruptura do terreno de fundação. Podem também serem chamados de alicerce. 7.1 Fundações superficiais (ou rasas ou diretas) Conforme a NBR 6122/1996, as fundações superficiais são elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação. As fundações superficiais são tipicamente projetadas com pequenas escavações no solo não sendo necessários grandes equipamentos para execução. São tipos de fundações superficiais as sapatas (sapatas isoladas, sapatas associadas, vigas de fundação e sapatas corridas), os blocos, os radiers. 7.1.1 Sapatas https://www.escolaengenharia.com.br/alicerce/ 10 As sapatas são elementos de fundação com base em planta geralmente quadrada, retangular ou trapezoidal. Se caracterizam por trabalharem à flexão já que são executadas em concreto armado. Exemplo de sapata. Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/sapatas-de-fundacao/7.1.2 Blocos de fundação Os blocos são elementos de fundação com base geralmente em planta quadrada ou retangular e em elevação assumem a forma de bloco escalonado ou pedestal ou de um tronco de cone. Se caracterizam por trabalharem à compressão já que não é necessário o emprego de armadura pois os blocos de fundação são dimensionados para que as tensões de trações atuantes sejam resistidas pelo concreto. Exemplo de bloco de fundação. Fonte: http://directiva.eng.br/servico/bloco-de-fundacao-2/ 7.1.3 Radiers 11 Radiers são elementos de fundação superficial que recebe toda a carga da edificação e distribui no terreno. Se assemelha com uma placa que abrange toda a área da construção. Neste caso, todos os pilares da estrutura transmitem as cargas ao solo através de uma única sapata. Exemplo de radiers. Fonte:https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/radier-de-concreto-armado-e- opcao-competitiva-para-fundacoes-diretas/ 7.2 Fundações profundas As fundações profundas são elementos que transmite a carga ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação da duas. As fundações profundas são utilizadas geralmente em projetos grandes que precisam transmitir maiores cargas ao terreno e quando as camadas superficiais do solo são pobres ou fracas. Incluem-se neste tipo de fundação as estacas, tubulões e caixões. 7.2.1 Estacas As estacas são elementos de fundação profunda executadas por equipamentos e ferramentas, podendo serem cravadas ou perfuradas, caracterizadas por grandes comprimentos e seções transversais pequenas. As estacas podem ser feitas de madeira, aço, concreto pré moldado, concreto moldado in situ ou mistos. 12 Processo para se chegar em uma estaca de concreto pronta. Fonte: http://www.brasfond.com.br/fundacoes/ebarrete.html 7.2.2 Tubulões Tubulões são elementos de fundação cilíndricos de base alargada ou não que podem ser executados a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumático) e com ou sem revestimento podendo este ser de aço ou concreto. Em sua etapa final de execução, é necessária a descida de um operário para completar a geometria ou fazer a limpeza da base. Deve-se evitar bases com alturas superiores a 2m de acordo com a NBR 6122/1996. Processo para chegar a um tubulão pronto. Fonte: adantine.ml/estacas-sob-efeito-de-cargas-horizontais 7.2.3 Caixões 13 São elementos de fundação profunda de forma prismática, concretado na superfície e instalado por escavação interna. Exemplo de caixões. Fonte: http://www.duttraconstrutora.com.br/fundacao.php 8. Platô Parte elevada e plana de um terreno. O mesmo que planalto. É a classificação dada a uma forma de relevo constituída por uma superfície elevada, com cume mais ou menos nivelado, geralmente devido à erosão eólica ou pelas águas. São como topos retos, superfícies topográficas, que podem ser regulares ou não. Exemplo de platô. Fonte: http://www.terraplenagem.net/dicionario/p/plato/ http://www.terraplenagem.net/dicionario/p/plato/ 14 9. Talude Talude é um terreno inclinado que serve para dar sustentação e estabilidade ao solo próximo de um platô. Exemplo de taludes. Fonte: https://www.significados.com.br/talude/ 10. Preparação do terreno A preparação envolve basicamente a limpeza da vegetação e de materiais indesejados, análise do solo (sondagem) e movimentação de terra (nivelamento, cortes e aterramentos). Tudo isso para deixar o terreno plano e limpo, pronto para receber a obra. 11. Instrumentos topográficos 11.1 Teodolito – Instrumento utilizado em levantamentos planimétricos, altimétricos e planialtimétricos. Tem a finalidade de medir ângulos horizontais e verticais, bem como determinar alinhamentos com precisão. A precisão das suas leituras varia de acordo com o modelo e o fabricante. 11.2 Nível de Luneta – Instrumento utilizado com finalidade principal de obter os desníveis do terreno. Isto pode ser facilmente conseguido com o auxílio de uma mira falante. 11.3 Mira Falante – É uma régua graduada de centímetro em centímetro que serve para obtenção dos desníveis do terreno. Podem ser de encaixe ou dobráveis, e possuem, geralmente, comprimento de três ou quatro metros. https://www.significados.com.br/talude/ 15 11.4 Trena – Instrumento de medição direta de distâncias. Normalmente confeccionadas em fibra de vidro ou em aço. Podem ter tamanhos de 10, 20, 30, 50 ou até 100m. 11.5 Receptores GPS – Instrumento geodésico que tem a finalidade de determinar as coordenadas geográficas, bem como a altitude, de pontos na superfície terrestre. A determinação dos dados citados é feita através da recepção de sinais emitidos por satélites em órbita no espaço. 11.6 Distanciômetro – Como o próprio nome sugere, distanciômetro é um instrumento de medição indireta de distâncias. Trabalha acoplado a um teodolito. A medição é feita através de raios infravermelhos com o auxílio de prismas refletores. 11.7 Estação Total – Instrumento eletrônico que funciona como teodolito e distanciômetro ao mesmo tempo. Ou seja, faz o trabalho dos dois instrumentos citados com muito mais precisão e rapidez, além de possibilitar a armazenagem de dados. 11.8 Bússola – Instrumento que tem a finalidade de determinar ângulos Azimutais ou rumais. Temos a bússola que possui limbo e outra (Declinatória) que utiliza o limbo do instrumento ao qual ela está acoplada. 11.9 Tripé – Suporte portátil que possui três pernas corrediças e uma base, sobre a qual se acoplam os instrumentos como o teodolito, nível, etc. 11.10 Baliza – Haste de ferro, geralmente com 2 metros de comprimento e seção circular com aproximadamente 1,5cm de diâmetro. Utilizada para auxiliar nas medições angulares e lineares. São pintadas em intervalos variados nas cores vermelho e branco para facilitar a visualização à distância e dentro do mato. 11.11 Umbrela ou Guarda Sol – Serve para proteger o instrumento dos raios solares ou chuviscos esporádicos. A exposição dos instrumentos a estas condições poderá causar sérios danos aos mesmos. 12. Normalização A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, tendo sido fundada em 1940 para fornecer a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. A normalização é o processo 16 de estabelecer e aplicar regras a fim de abordar ordenadamente uma atividade específica e com a participação de todos os interessados e, em particular, de promover a otimização da economia, levando em consideração as condições funcionais e as exigências de segurança. Esta norma, fixa as condições exigíveis para a execução de levantamentos topográficos destinados a obter (ABNT, 1994, p.1): • Conhecimento geral do terreno: relevo, limites, confrontantes, área, localização, amarração e posicionamento; • Informações sobre o terreno destinadas a estudos preliminares de projeto; • Informações sobre o terreno destinadas a anteprojetos ou projeto básicos; • Informações sobre o terreno destinadas a projetos executivos. Também é objetivo desta norma estabelecer condições exigíveis para a execução de um levantamento topográfico que devem compatibilizar medidas angulares, medidas lineares, medidas de desníveis e as respectivas tolerâncias em função dos erros, relacionando métodos, processos e instrumentos para a obtenção de resultados compatíveis com a destinação do levantamento, assegurando que a propagação dos erros não exceda os limites de segurança inerentes a esta destinação (ABNT, 1994, p.1). 13. UNIDADES DE MEDIDA Em Topografia, são medidas duas espécies de grandezas, as lineares e as angulares, mas, na verdade, outras duas espécies de grandezas são também trabalhadas, as de superfície e as de volume. O sistema de unidades utilizado no Brasil éo Métrico Decimal, porém, em função dos equipamentos e da bibliografia utilizada, na sua grande maioria importada, apresentarão seus valores correspondentes no sistema Americano, ou seja, em Pés/Polegadas. 13.1 UNIDADES DE MEDIDA LINEAR: µm (10^-06), mm (10^-03), cm (10^-02), dm (10^-01), m e Km (10^+03) 17 Polegada = 2,75 cm = 0,0275 m Polegada inglesa = 2,54 cm = 0,0254 m Pé = 30,48cm = 0,3048 m Jarda = 91,44cm = 0,9144m Milha brasileira = 2200 m Milha terrestre/inglesa = 1609,31 m 13.2 UNIDADES DE MEDIDA ANGULAR: Para as medidas angulares têm-se a seguinte relação: 360°= 400g = 2π Onde π = 3,141592. As unidades angulares devem ser trabalhadas sempre com seis (6) casas decimais. As demais unidades com apenas duas (2) casas decimais. 13.3 UNIDADES DE MEDIDA DE SUPERFÍCIE: cm² (10^-04), m² e Km² (10^+06) are = 100 m² acre = 4.046,86 m² hectare (ha) = 10.000 m² alqueire paulista (menor) = 2,42 ha = 24.200 m² alqueire mineiro (geométrico) = 4,84 ha = 48.400 m² 13.4 ESCALA: A escala é a relação entre a representação gráfica de um objeto e sua dimensão no terreno, dada na forma de fração. E = d/D Onde: d : Dimensão gráfica D: Dimensão real Quanto menor o denominador, maior será a escala, ocasionando em um maior detalhamento dos elementos na planta topográfica. 18 A escala pode ser classificada em escala gráfica e escala numérica. 13.4.1 Escala gráfica Escala gráfica é uma régua desenhada na mesma escala da planta topográfica que representa a escala numérica empregada. Geralmente são utilizadas em desenhos cartográficos onde o denominador é um número elevado. 13.4.2 Escala numérica A escala numérica é o valor numérico da escala da planta topográfica em forma de fração de número unitário. Escalas típicas para plantas de propriedades rurais: 1:1.000, 1:2.000 e 1:5.000; Planta cadastral de cidades e grandes propriedades rurais ou industriais: 1:5.000, 1:10.000 e 1:25.000; Cartas de municípios: 1:50.000 e 1:100.000; Mapas de estados, países, continentes e etc.: 1:200.000 a 1:10.000.000. 14. Sistema de coordenadas topográficas A posição relativa dos pontos da superfície terrestre é caracterizada pelas coordenadas num sistema de referência. Qualquer que seja o sistema envolvido, tais coordenadas são: a abscissa e a ordenada. Em topografia, as coordenadas são referidas ao plano horizontal de referência, o plano topográfico; o sistema de coordenadas topográficas é definido por um sistema plano-retangular XY, sendo que o eixo das ordenadas (Y) está orientado (é paralelo) segundo a direção norte-sul (magnética ou verdadeira) e o eixo positivo das abscissas (X) forma 90º na direção leste. Uma terceira grandeza, a altura (cota ou altitude) junta- se às coordenadas planas X e Y, definindo a posição tridimensional do ponto. As operações de campo para a obtenção das coordenadas topográficas consistem na medição de uma distância horizontal, um ângulo horizontal e uma distância vertical ou ângulo vertical para cada ponto, além da determinação da orientação em relação a uma direção fixa: direção norte-sul. 14.1 Latitude 19 A latitude é a distância, em graus, de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à Linha do Equador, o principal dos paralelos terrestres. Os paralelos, por sua vez, são as linhas imaginárias traçadas horizontalmente ao eixo principal da Terra, no sentido Leste-Oeste ou oeste-leste. Desse modo, a Linha do Equador, que se encontra na exata posição de igual distância aos dois polos terrestres, possui a latitude de 0º, aumentando para o norte até 90º e diminuindo para o sul até –90º. 14.2 Longitude A longitude, por sua vez, é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao Meridiano de Greenwich, uma linha imaginária que, por convenção, separa os hemisférios ocidental e oriental. Os meridianos são as linhas traçadas verticalmente no sentido norte-sul ou sul-norte. 15. Mobiliário Urbano Mobiliários Urbanos são equipamentos e objetos instalados em espaços públicos disponíveis para o uso da população ou suporte dos serviços da cidade. Bancos, pontos de ônibus, lixeiras e postes de sinalização são alguns exemplos. Além de deixar a cidade mais amigável, o mobiliário urbano ajuda em outras questões como segurança, iluminação e mobilidade urbana. 16. Equipamento urbano Equipamento urbano é um termo que designa bens públicos ou privados, de utilidade pública, destinados à prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados. Os equipamentos comunitários funcionam como locais de socialização. Isso leva em consideração os aspectos urbanos e as características qualitativas dos equipamentos comunitários. São considerados equipamentos urbanos comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e similares. Também são considerados equipamentos públicos, os de abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coleta 20 de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. A finalidade de manter os equipamentos urbanos estáveis, é fundamental para o bem estar das pessoas. Os principais equipamentos urbanos são aqueles qualificam a cidade trazendo conforto para a sociedade, como por exemplo um projeto para ciclovias, que possibilita organizar o fluxo de ciclistas e motoristas, além de possibilitar maior segurança no deslocamento. 17. Rumo É o menor ângulo formado entre a linha Norte e Sul e o alinhamento. Por convenção, a contagem dos rumos tem como origem o ponto Norte (N) ou o ponto Sul (S) e a sua variação é de 00 a 900. Portanto, o rumo não possui valor negativo, porém, é obrigatória a designação do quadrante a que pertence o ângulo azimutal. Sendo Norte a referência (0º), os rumos crescem no sentido horário, sendo o rumo Leste (E), 90º, o Sul (S), 180º, o Oeste (W), 270º e Norte (N), novamente 360º. Notações típicas de rumo são, por exemplo, N030, N190, N230, N320 etc. Representação dos rumos da terra. 18. Azimute Azimute é uma medida de direção horizontal, definida em graus. Azimute significa caminho em árabe, e é muito utilizado em astronomia, topografia, engenharia etc. No azimute, a direção corresponde ao norte, e aumenta de acordo com o lado direito dos ponteiros do relógio. 21 Existem três tipos de azimute, o azimute magnético, que é indicado pela bússola, muito utilizado nas navegações e em astronomia, que é uma das coordenadas horizontais, o azimute geográfico que é medido em direção do Pólo Norte, e o azimute cartográfico, que é medido a partir da direção das linhas verticais na carta. Em engenharia, azimute é muito utilizado na topografia, para medir distâncias, pontos etc. As medidas de azimute podem variar de 0° a 360° e as medidas são feitas em quadrantes, em sentido horário. São quatro quadrantes, cada uma com uma medida diferente. Como calcular o Azimute: 1. Separe as coordenadas xA e yA do ponto A 2. Separe as coordenas xB e yB do ponto B. 3. Faça C=xB-xA 4. Faça D=yB-yA 5. Quando você divide C por D você tem o Rumo de A para B. 6. Se C>0 e D>0, o Azimute de A para B é igual ao Rumo; 7. Se C>0 e Y<0, o Azimute é 180 graus menos o Rumo. Representação dos azimutes da Terra. 19. Curvas de nível 22 Curva de nível é o nome usado para designar uma linha imaginária que agrupa dois pontos que possuem a mesma altitude. Por meio dela são confeccionados os mapas topográficos, pois a partir da observação o técnico pode interpretar suas informações através de uma visão tridimensional do relevo. Uma curva de nível refere-se a curvas altimétricas ou linhas isoípsas (ligam pontos de mesma altitude), essa é a mais eficiente maneira de representar as irregularidades da superfície terrestre (relevo). As linhas acimasão curvas de níveis. Relevos de maiores altitudes possuem curvas de níveis mais próximas umas da outras, enquanto que as mais distantes representam terrenos mais planos. A partir da visualização de uma curva de nível é possível identificar se o relevo de uma determinada área é acidentado, plano, montanhoso, íngreme e etc. Diante dessa afirmação, percebe-se que a configuração das linhas é determinada pelas características do relevo da área mapeada. Exemplo de curva de nível. 20. Hipsometria Hipsometria é uma técnica de representação da elevação de um terreno através de cores. As cores utilizadas possuem uma equivalência com a elevação do terreno. Geralmente é utilizado um sistema de graduação de cores. Esquemas convencionais de cores para a hipsometria começam com verde escuro para baixa altitude e, passando por amarelo e vermelho, até cinza e branco para grandes elevações. 23 O conhecimento da hipsometria de uma região nos ajuda a reconhecer prováveis fenômenos que nela ocorrem, especialmente quando associado a outros elementos naturais, tais como posição geográfica, deslocamento de ventos e ação das correntes marinhas, entre outros. 21. Erros Causados por engano na medição, leitura errada nos instrumentos, identificação de alvo, etc., normalmente relacionados com a desatenção do observador ou uma falha no equipamento. Cabe ao observador cercar-se de cuidados para evitar a sua ocorrência ou detectar a sua presença. A repetição de leituras é uma forma de evitar erros grosseiros. Alguns exemplos: • Anotar 196 ao invés de 169; • Engano na contagem de lances durante a medição de uma distância com trena. 21.1Erros Sistemáticos São aqueles erros cuja magnitude e sinal algébrico podem ser determinados, seguindo leis matemáticas ou físicas. Pelo fato de serem produzidos por causas conhecidas podem ser evitados através de técnicas particulares de observação ou mesmo eliminados mediante a aplicação de fórmulas específicas. São erros que se acumulam ao longo do trabalho. Exemplo de erros sistemáticos: • Efeito da temperatura e pressão na medição de distâncias com medidor eletrônico de distância; • Correção do efeito de dilatação de uma trena em função da temperatura. 21.2Erros Acidentais São aqueles que permanecem após os erros anteriores terem sido eliminados. São erros que não seguem nenhum tipo de lei e ora ocorrem num sentido ora noutro, tendendo a se neutralizar quando o número de observações é grande. 24 De acordo com GEMAEL (1991, p.63), quando o tamanho de uma amostra é elevado, os erros acidentais apresentam uma distribuição de frequência que muito se aproxima da distribuição normal. 21.2.1 Peculiaridade dos Erros Acidentais • Erros pequenos ocorrem mais frequentemente do que os grandes, sendo mais prováveis; • Aumentando o número de observações, aumenta a probabilidade de se chegar próximo ao valor real. Exemplo de erros acidentais: • Inclinação da baliza na hora de realizar a medida; • Erro de pontaria na leitura de direções horizontais. Conclusão Nesta pesquisa, tivemos como objetivo a complementação do conhecimento já introduzidos nas aulas. Assim, tivemos contato com diversos conceitos e ensinamentos, alguns conhecidos outros não. Podemos através deste trabalho formular pensamentos e ideias, e aprender como a Topografia é uma área complexa e rica em conhecimento. „A vida é como topografia. Há picos de felicidades e sucessos, pequenos campos da chata rotina e vales de frustrações e fracassos…“ — Calvin 25 Referências Bibliográficas https://www.significados.com.br/topografia/ https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/topografia/livros/CONCEITOS%20DE %20TOPOGRAFIA.pdf https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/geodesia.htm https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/ https://pt.slideshare.net/Lorenarq64/topografia-para-arquitetos https://www.passeidireto.com/arquivo/17518289/aula-06-geodesia-conceitos https://www.stoodi.com.br/blog/2018/11/13/topografia-o-que-e-divisao-e-aplicacoes/ https://pt.scribd.com/doc/44955746/Conceito-de-Topografia https://www.engenhariacivil.com/dicionario/aterro https://www.embrapa.br/solos/sibcs/propriedades-do-solo https://www.escolaengenharia.com.br/nocoes-basicas-de-fundacoes/ http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/02/o-que-e-plato/ https://www.reativarambiental.com/2015/02/instrumentos-acessorios- topograficos.html http://www.cartografica.ufpr.br/docs/topo2/apos_topo.pdf https://www.significados.com.br/azimute/ http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/leituras_cartograficas/Le_ Ca_A07_J_GR_260508.pdf https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/curva-nivel.htm https://educalingo.com/pt/dic-pt/hipsometria https://www.significados.com.br/topografia/ https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/topografia/livros/CONCEITOS%20DE%20TOPOGRAFIA.pdf https://www.bibliotecaagptea.org.br/agricultura/topografia/livros/CONCEITOS%20DE%20TOPOGRAFIA.pdf https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/geodesia.htm https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Cartografia/ https://pt.slideshare.net/Lorenarq64/topografia-para-arquitetos https://www.passeidireto.com/arquivo/17518289/aula-06-geodesia-conceitos https://www.stoodi.com.br/blog/2018/11/13/topografia-o-que-e-divisao-e-aplicacoes/ https://www.engenhariacivil.com/dicionario/aterro https://www.embrapa.br/solos/sibcs/propriedades-do-solo https://www.escolaengenharia.com.br/nocoes-basicas-de-fundacoes/ http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/02/o-que-e-plato/ https://www.reativarambiental.com/2015/02/instrumentos-acessorios-topograficos.html https://www.reativarambiental.com/2015/02/instrumentos-acessorios-topograficos.html http://www.cartografica.ufpr.br/docs/topo2/apos_topo.pdf https://www.significados.com.br/azimute/ http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/leituras_cartograficas/Le_Ca_A07_J_GR_260508.pdf http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/leituras_cartograficas/Le_Ca_A07_J_GR_260508.pdf https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/curva-nivel.htm https://educalingo.com/pt/dic-pt/hipsometria
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