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Universidade Estadual de Goiás 
Unidade Universitária de Minaçu
Licenciatura Plena em Geografia 
Disciplina: Hidrogeografia 
Docente: Whênia
Dicente: Núbia de Oliveira Mota Santos
A importância do clima, geologia, relevo, solo, rede de drenagem e vegetação, para o planejamento ambiental.
CLIMA
A análise de dados climáticos revela informação extremamente importante, como período de maior potencialidade erosiva das chuvas, riscos de estiagens, geadas, etc. Por meio da análise do sistema de balanço hídrico, é possível conhecer as perdas de água do solo por evapotranspiração, que podem caracterizar ou não períodos de excedente de água no solo ou deficiência hídrica.
É possível que não haja estação meteorológica ou pluviométrica na microbacia, sendo necessária a análise de dados das estações mais próximas. Em função do seu desempenho apresenta um clima bastante homogêneo internamente.
A caracterização desses microclimas e das microbacias é uma tarefa difícil. Inquéritos à população local podem orientar nessa busca, os moradores apontarem as áreas mais chuvosas ou frias, quando existentes. A instalação quando possível, de pluviômetros é essencial para verificar a possibilidade de diferenças internas na microbacia. Na maioria das vezes, eleva os custos da pesquisa.
GEOLOGIA
A variável geológica tem muito a contribuir nas tarefas, não só de caracterização, como também de avaliação e prognóstico da área considerada. Talvez a presença de uma cobertura pedológica, justifique maior ênfase dada ao estudo dos solos em detrimento das rochas, a informação geológica permite a reconstrução histórica da evolução da paisagem e do seu comportamento atual. Informação auxilia, na identificação de áreas de riscos a movimento de massa, que têm como possíveis fatores condicionantes as propriedades mineralógicas e texturais das rochas, existência de faturas, planos de esfoliação e diaclases, foliação e bandamento composicional e posição estratigráfica. O estudo desses atributos permite compreender o intemperismo, o caminho preferencial pela água e descontinuidades mecânicas, que vão definir a maior ou menor estabilidade das encostas.
Para projetos em microbacias, sugere-se uma escala de, ao menos, 1:50.000 para as cartas geológicas. É preciso esta atento ás mudanças na paisagem (relevo, rede de drenagem e solos), percebidas, principalmente, a partir de interpretações de fotografias áreas e durante as pesquisas de campo.
RELEVO
Vários autores têm destacado a importância dos mapeamentos geomorfológicos em projetos de planejamento ambiental. O uso da cartografia e informação geomorfológica objetiva representar a fisionomia da paisagem. Sob o ponto de vista ambiental, as formas de relevo são consideradas fatores que exercem influência sobre as condições locais e criam hidrológicas específicas. Realizado, principalmente, a partir de interpretação de fotografias áreas em escalas maiores ou iguais a 1:25.000 e observações de campo. 
É aconselhado a adoção de uma, legenda, cujo conteúdo considerado subsídio para identificação de ambientes diferenciados e tomada de decisões quando o uso potencial do solo. Um atributo geomorfológico bastante próprio é a inclinação das vertentes. Aliada a outras variáveis, como cobertura vegetal e rugosidade do terreno, a inclinação das encostas é responsável pela maior ou menor velocidade dos fluxos de água, que, por sua vez, podem conduzir à atuação de processos erosivos.
SOLOS
O estudo e mapeamento dos solos como subsídio aos projetos de planejamento ambiental são considerados essenciais. Vários são os fatores ambientais que exercem influência sobre a paisagem, um desses fatores é a interferência antrópica não planejada.	 A justificativa principal do uso do mapa pedológico no planejamento ambiental é atingir aquilo que, em última análise, representa seu maior objetivo: “subdividir áreas heterogêneas em parcelas mais homogêneas, que apresentem a menor variabilidade possível, em função dos parâmetros de classificação e das características utilizadas para a distinção de solos”. Planejamento ambiental em microbacias exigem a produção de informações mais detalhadas, é imprescindível o uso de fotografias aéreas em grandes escalas e, no mapeamento de ultra detalhe, o acompanhamento da variação da cobertura pedológica através de seções de encosta transversais ao canal fluvial, que permitem a reconstituição bidimensional da paisagem.
REDE DE DRENAGEM
O arranjo de rede de drenagem é reflexo de um conjunto de variáveis físicas, como clima, relevo, solo, substrato rochoso e vegetação. Desse modo, é possível tecer considerações acerca dessas variáveis, a partir da analise criteriosa da rede hidrográfica. Tal análise, contudo, tem sido mais importante em trabalho em escalas regionais, envolvendo grandes áreas ou comparando pequenas áreas entre si dentro de áreas maiores. O estudo da rede de drenagem como um indicador ambiental para planejamento em microbacias ainda pode ser explorado. Medidas hidrológicas, como vazão média dos cursos d'água, granulometria dos sedimentos transportados, pH e qualidade da água, exigem pesquisa de campo, coleta de amostras e análise laboratoriais especificas, e, de acordo com as finalidades do projeto e das características da área (presença de agricultura com uso de agrotóxicos, lançamento de resíduos industrial, etc.), podem assumir papel fundamental no planejamento.
COBERTURA VEGETAL
Como é raro encontrar uma área que não tenha sua vegetação original modificada ou até mesmo devastada, é preciso ter cuidado na utilização deste parâmetro para verificação das diferenças ambientais em microbacias hidrográficas. A identificação dos diferentes tipos de cobertura vegetal atual informa, principalmente, sobre o nível de proteção do solo, já que a cobertura vegetal é responsável pela proteção contra a ação do impacto das gotas da chuva, pela diminuição da velocidade do escoamento superficial, através do aumento da rugosidade do terreno, e pela maior estruturação do solo, que passa a oferecer maior resistência à ação dos processos erosivos. O levantamento dos dados sobre cobertura vegetal, em geral, vem acompanhado pela informação sobre o uso atual do solo, já que ambos estão estreitamente relacionados, permite criar o estabelecimento das atribuições ou sugestões ou alterações de uso do solo. Desse modo, é possível eleger áreas prioritárias para o inicio da etapa de implantação do projeto de planejamento ambiental.
Quanto ao mapeamento da cobertura vegetal em microbacias, vale ressaltar a necessidade de bases cartográficas não só em escalas apropriadas, mas também em datas apropriadas. É importante produzir informações bastantes atualizadas, o que pode não ser muito fácil, visto que voos aerofotogramétricos recentes nem sempre estão disponíveis. É preciso estar atento à variação da resposta espectral do alvo, que difere de acordo com a época do ano, periodicidade da vida vegetativa, estágio de crescimento do cultivo, etc.

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