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MITOCÔNDRIA MITOCÔNDRIA • Produção de energia a partir da luz e dos alimentos A mitocôndria e o cloroplasto como máquinas conversoras de energia elétrica. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. Mitocôndria Substratos: moléculas de gordura, carboidratos e O2 Produtos: CO2 e H2O Cloroplasto Substratos: H2O e CO2 Produtos: moléculas de carboidratos e O2 • Cilíndros alongados com 0,5 a 1 mm em diâmetro; • As mitocôndrias possuem uma membrana externa e uma interna formando 2 compartimentos: matriz e espaço intermembrânico; • Membrana interna possui ácido graxo cardiolipina e componentes da cadeia respiratória, forma as chamadas cristas mitocondriais; • Membrana externa (porinas); permeável a moléculas de até 5.000 daltons • Matriz possui centenas de enzimas, DNA, ribossomos, tRNAs • Espaço intermembrânico possui enzimas que usam o ATP para fosforilar outros nucleotídeos Organização geral da mitocôndria. Micrografia eletrônica. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. Comparação entre mitocôndrias e cloroplastos. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition • Maioria dos elementos da cadeia respiratória estão na membrana interna das mitocôndrias; • Determinação da composição bioquímica de cada uma das membranas e separação dos componentes da cadeia respiratória; • Partículas submitocondriais podem ser isoladas de mitocôndrias. • As reações de oxidação na mitocôndria começam quando grande quantidade de Acetil CoA é produzida na matriz a partir de ácidos graxos e piruvato • O Ciclo do ácido cítrico ou de Krebs, oxida o grupo acetil da Acetil CoA gerando NADH e FADH2. • A oxidação de gordura libera + de 6X + energia do que a mesma massa de carboidratos. • O músculo cardíaco depende da quebra das gorduras como fonte de energia Ciclo de oxidação dos ácidos graxos Complexo piruvato desidrogenase Ciclo do Ácido cítrico. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. 7 Reações sequenciais • Acetil CoA + 2H2O + 3 NAD+ + FAD-ligado à succinato desidrogenase >> 2 C02 + 3 H + + 3 NADH + FADH2-ligado à succinato desidrogenase + 1 GTP; • O ciclo de Krebs representa 2/3 da oxidação total dos compostos de carbono na maioria das células; • Uma das mais importantes contribuições são os elétrons de alta energia derivados da oxidação dos átomos de C do Acetil para o C02; • Um processo quimiosmótico converte a oxidação de energia em ATP na membrana interna da mitocôndria... Resumo do metabolismo energético mitocondrial. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. • Elétrons são transferidos do NADH ao oxigênio através de 3 grandes complexos enzimáticos • H2 + 1/2 O2 >> H2O; • O processo de transporte de elétrons começa quando o íon “H:-” é removido de NADH para regenerar NAD+ e é convertido em um próton e 2 elétrons (H:- >> H+ + 2 e-); • A liberação de energia pela passagem dos elétrons ao longo da cadeia respiratória é estocada como um gradiente eletroquímico de prótons (gradiente de pH e de voltagem) através da membrana interna; • A energia estocada no gradiente (força movida a próton) é usada para produzir ATP e para transportar metabólitos e íons inorgânicos para dentro ou fora da matriz Os dois componentes do gradiente eletroquímico de prótons. Mecanismo geral da fosforilação oxidativa. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. Gradiente eletroquímico de prótons: Síntese de ATPs e transporte ativo de proteínas, substratos, íons; Proteínas carreadoras de membrana: transporte ativo de moléculas (contra o gradiente) - co-transporte de outra molécula (a favor do gradiente). Processos de transporte ativo direcionados pelo gradiente eletroquímico de prótons. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. H+ H+ H+ H+ • A cadeia respiratória e a ATP sintetase (membrana interna possui 70% proteína e 30% fosfolipídeo por peso); • A respiração celular é muito eficiente; • 1 par de elétrons doado pelo NADH produz +/- 2,5 ATPs e 1 par de elétrons doado pelo FADH2 produz 1,5 ATP; • 1 acetil CoA produz 10 moléculas de ATP; • 1 Glicose produz 20 moléculas de ATP (30 no total); • 1 moléula de palmitato produz 84 ATPs (110 no total); NADH desidrogenase: possui 1 flavina 5 proteínas ferro-enxofre. Citocromo b-c1: que possui 3 hemes ligados a citocromos e 1 uma proteína ferro-enxofre. Citocromo oxidase: possui 2 hemes ligados a citocromos e 2 proteínas com átomos de cobre. Os potenciais redox aumentam a medida que os elétrons fluem pela cadeia respiratória até o oxigênio. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. D potencial Redox entre dois carreadores é proporcional à Energia livre liberada por uma transferência de elétrons entre eles. • A ATP sintetase (F0F1 ATPase) pode ser ser purificada e adicionada à membranas artificiais (possui por volta de 9 polipeptídeos com +/-500.000 Daltons que correspondente a 15% da proteína total da membrana interna); • A porção transmembrana (F0) funciona como uma carreador de H+ e a voltada para a matriz (F1ATPase) normalmente sintetiza ATP quando íons H+ passam por ela a favor de seu gradiente. ATP sintetase. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. • Teoria endossimbiótica da origem das mitocôndrias - Bactérias púrpura •Presença de duas membranas • Divisão binária Comparação entre mitocôndrias e cloroplastos. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition •Próprio DNA, ribossomos, tRNAs e rRNAs • Organização genômica • Códons • Genomas de mitocôndrias Organização do genoma mitocondrial humano. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. Conduzem replicação, transcrição e síntese protéica • Expressão gênica e sensibilidade a antibióticos Ribossomos mitocondriais semelhantes estruturalmente aos ribossomos de bactéria; Sensibilidade a antibióticos bacterianos; Síntese protéica começa com o aminoácido N-formilmetionina a-amanitin acridines or ethidium cycloheximide Chloramphenicol Erytromcyn, or tetracycline Biossíntese de proteínas em mitocôndrias e cloroplastos Origem dos RNAs e proteínas mitocondriais. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. Importação de proteínas pela mitocôndria. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. Dirigida por um gradiente eletroquímico Requere gasto de ATP Algumas doenças mitocôndriais O efeito fenotípico de mutações mitocondriais reflete a extensão da dependência de um certo tecido à fosforilação oxidativa. O sistema nervoso central é o mais sensível, seguido do músculo esquelético, rim e fígado - Algumas doenças são: Leber’s hereditary optic neropathy (LHON) - Perda da visão e disritmia cardíaca. Myoclonic epilepsy and ragged red fiber disease (MERRF) - Anormalidades no sistema nervoso central e deficiências na função dos músculos esquelético e cardíaco. Kearns-Savre syndrome - Sintomas neuromusculares incluindo paralisia dos músculos do olho, demência e ataques. MET de células com miopatia mitocondrial. Peroxissomos são organelas envolvidas por uma membrana; Presentes em células eucarióticas; Proteínas importadasdo citosol; Contêm enzimas oxidativas como catalase e urato oxidase Sítio de utilização de oxigênio; O peroxissomo pode ser um vestígio de uma organela ancestral em que ocorria todo o metabolismo de oxigênio; Possuem enzimas que removem átomos de hidrogênio de substratos orgânicos em reações oxidativas produzindo peróxido de hidrogênio (H2O2) RH2 + O2 R + H2O2 As catalases utilizam o H2O2 para oxidar outros substratos como: fenóis, ácido fórmico, formaldeído e álcool: H2O2 + R´H2 R`+ 2H2O A catalase ainda converte o excesso de H2O2 em H2O: 2H2O2 2H2O + O2 Uma das funções dos peroxissomos é a β-oxidação e a exportação de acetil CoA para o citosol; Os peroxissomos podem diferir em células de um mesmo organismo e ainda possuem alto grau de adaptabilidade: leveduras açúcar metanol leveduras ácidos graxos = acetil CoA Em plantas, os peroxissomos também desempenham funções importantes: processo de fotorespiração; processo de conversão de ácidos graxos em açúcares - gliossomos A importação de proteínas para o peroxissomo depende de um sinal de importação Ser-Lys-Leu na porção carboxi-terminal da proteína; Existe uma proteína na membrana do peroxissomo que reconhece o sinal de importação; Síndrome de Zellweger. Endosimbiose Extrema • Bomba de H+ de Bacteriorodopsina + ATP sintetase + membrana artificial demonstraram que a formação do gradiente de H+ e a síntese de ATP na mitocôndria são eventos separados; • A ATP sintetase pode funcionar na direção contrária e consumir ATP e bombear H+; • Regulada pelo gradiente eletroquímico de prótons • Balanço exato da D da energia livre para a translocação de H+ através da membrana e para síntese de ATP • Aproximadamente 1 ATP é formado para cada 3 H+ que passam pela ATP sintetase. A ATP sintetase é uma máquina acopladora reversível. Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition. • A cadeia respiratória transporta H+ através da membrana interna da mitocôndria e possui 3 grandes complexos enzimáticos inseridos na membrana: • NADH desidrogenase (22 polipeptídeos com mais de 800.000 Daltons); • Complexo citocromo b-c1 (pelo menos 8 polipetídeos e provavelmente funciona como um dímero de 500.000 daltons); • Complexo citocromo oxidase (é isolado como um dímero de 300.000 Daltons, com cada monômero contendo 9 polipeptídeos diferentes). • Os carreadores de elétrons presentes nos 3 complexos enzimáticos foram identificados através de métodos espectroscópicos. Esses carreadores são normalmente proteínas com um átomo metálico responsável pela ligação ao elétrons. • Citocromos a, b e c: Os citocromos constituem uma família de proteínas “coloridas” que são relacionadas com a presença de um grupo HEME em que um átomo de ferro ligado a 4 átomos de nitrogênio. • O átomo de ferro muda do estado férrico (FeIII) para o ferroso (FeII) toda vez que aceita um elétron. Um anel de porfirina similar ao citocromo está relacionado com a cor vermelha (ligada ao átomo de ferro) do sangue e a à cor verde (ligado a um átomo de magnésio) das plantas. Estrutura do grupamento heme ligado ao citocromo c Estrutura tridimensional do citocromo c • Proteínas ferro-enxofre são um segundo grupo de proteínas carreadoras de elétrons presentes nos 3 complexos enzimáticos. Essas proteínas possuem possuem ou 2 ou 4 átomos de ferro ligados a um número igual de átomos de enxofres e a cadeias laterais de cisteínas; • O carreador de elétrons mais simples é a ubiquinona ou coenzima Q. Uma quinona pode se ligar ou doar a 1 ou 2 elétrons. Quinonas Estrutura de dois tipos de centros de ferro-enxofre • Além de 6 hemes diferentes ligados a citocromos, mais de 6 proteínas contendo ferro-enxofre, uma ubiquinona, existem também 2 átomos de cobre e uma flavina servindo como carreadores de elétrons ligados a proteínas da cadeia respiratória no caminho dos elétrons do NADH até o O2. Esse caminho envolve mais de 40 proteínas diferentes. A ordem de cada carreador de elétrons foi determinada por métodos espectroscópicos. Métodos gerais usados para determinar a rota dos elétrons da cadeia transportadora de elétrons • Os citocromos, proteínas de ferro-enxofre e átomos de cobre, podem carregar apenas 1 elétron de cada vez. Cada NADH doa 2 elétrons e cada O2 deve receber 4 elétrons para produzir H2O. Por isso, existem vários pontos dispersores e coletores de elétrons ao longo da cadeia transportadora de elétrons; • Uma proteína contendo ferro-cobre no complexo citocromo oxidase catalisa a redução de O2. Estima-se que essa reação seja responsável por consumir 90% do O2 da célula. Cianeto e azida sódica são tóxicos para as células, pois se ligam fortemente a este complexo, bloqueando o transporte de elétrons; • Potencial de redução (Redox) traduz a afinidade de uma molécula para elétrons; • As mudanças de potencial de redução de um carreador para o próximo são explorados para bombear prótons para fora da matriz mitocondrial; • Uma grande queda no potencial de redução através de cada um dos três complexos enzimáticos fornece energia para o bombeamento de H+; • Para os pares de compostos que possuem redox mais negativo ocorre a tendência de doar elétrons, pois eles possuem carreadores com baixa afinidade para elétrons. • O mecanismo de bombeamento de H+ é mais entendido na bacteriorodopsina; funciona por mudanças alostéricas nas conformações das proteínas; • Ionoporos de H+ (agentes desacopladores) dissipam o gradiente de H+ e desta forma, separam o transporte elétrons da síntese de ATP; • Ionoporos naturais convertem as mitocôndrias da gordura marrom em máquinas geradoras de calor (Brown fat presentes em animais que hibernam e recém-nascidos); • Todas as bactérias utilizam mecanismos quimiosmóticos para produzir energia tendo como último aceptor de elétrons várias substâncias: O2, nitrato ou nitrito, sulfato ou sulfito, fumarato ou carbonato Transporte dirigido por H+ em bactérias. Alberts et al., Molecular Biology of the Cell, Fourth Edition.
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