Buscar

Relatório 7 - Estágio em Patologia

Prévia do material em texto

Peterson Vinicius Elias da Silva 15/0064021
Relatório 7 do Estágio em Patologia – 26/04/2017
	No dia, cheguei ao estágio por volta de 9h e acompanhei o Prof. Takano e alguns residentes na microscopia.
	O primeiro caso era de um tumor ovariano benigno, não foi informado de que tipo de tumor se tratava. A microscopia evidenciou esteatonecrose, indicando morte de adipócitos. Suspeita-se que tenha ocorrido uma torção do tumor e de partes moles adjacentes, principalmente o omento.
	O segundo caso era lâminas da placenta de uma mãe diabética. O professor descreveu que havia uma corioamnionite aguda, sendo os achados microscópicos característicos o infiltrado inflamatório, o edema e a congestão, e essa inflamação foi causada por uma possível infecção materna ascendente, geralmente por bactérias que adentram pelo canal vaginal [1]. Suspeita-se também que a mãe apresente traço falcêmico (heterozigose com presença de um alelo HbS), por conta de algumas hemácias com formato típico encontradas na circulação materna.
	O terceiro caso apresentava múltiplos leiomiomas uterinos. Foi somente destacada a presença de metaplasia escamosa endocervical, porém nenhuma alteração preocupante.
O quarto caso também foi de útero, a lâmina demonstrava uma cervicite inespecífica crônica, uma inflamação do epitélio do colo do útero, que não se sabe ser de origem infecciosa ou não, porém, não apresenta muito perigo à paciente [1]. A lâmina não apresentava nenhum sinal de neoplasia.
O quinto caso também veio com lâminas de placenta. A mãe possui hipertensão arterial sistêmica e seu filho nasceu com 6 pontos no primeiro minuto e 8 no quinto minuto na escala de Apgar, uma escala que avalia o estado geral do recém-nascido de acordo com a presença ou não de alguns sinais vitais (Figura 1). A única observação do professor era que os vasos sanguíneos estavam normais. 
O sexto caso era de uma grávida de 27 semanas que possuía um hematoma subcorial, um sangramento sem causa conhecida que ocorre entre a placenta e o útero. A microscopia revelou infiltrado inflamatório, muita fibrina no tecido, corioamnionite e sinais de hipofluxo placentário.Figura 1: Tabela mostrando as diferentes pontuações atribuídas a sinais específicos do recém-nascido. Imagem disponível em: http://www.unimed.coop.br/portal/conteudo/materias/1283450201127tabela.jpg
O sétimo caso vinha com lâminas de colo de útero. A análise revelou uma lesão NIC III (Neoplasia Intraepitelial Cervical). As lesões NIC I são lesões de baixo grau do epitélio cervical, as NIC II são displasias de alto grau e as NIC III já são carcinomas in situ.
O oitavo caso foi uma citologia de tireóide por punção aspirativa. A citologia deve apresentar material colóide e grupamentos de células foliculares, porém, essa punção obteve apenas um único grupamento e foi laudada como amostragem insuficiente.
O nono caso foi de uma paciente de 46 anos com miomatose uterina também. A única menção sobre a microscopia foi que apresentava um endométrio atrófico.
O décimo e último caso que vi era de uma lesão no septo nasal. À analise, levantou-se a suspeita de leishmaniose tegumentar americana (LTA), porém, o parasito não foi encontrado na amostra, foi então pedido uma outra coloração para análise posterior.
Essa visita à microscopia foi melhor do que eu esperava, acompanhamos vários casos diferentes, porém eles foram passados bem rápido e tive um pouco de dificuldade em acompanhar, mas tento o máximo possível para tirar o melhor proveito possível de cada atividade.
Referências bibliográficas:
 [1] KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins Patologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013

Continue navegando