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Aula 1 Modelos Atômicos Estrutura Atômica Revisão . No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo Demócrito imaginaram que se partíssemos a matéria variadas vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena e indivisível, denominada de átomo. . Átomo é uma palavra de origem grega derivada de "a + thomos", que significa "sem divisão". . Esta ideia de que os átomos seriam pequenas partículas indivisíveis perdurou durante mais de vinte séculos! Teoria Atômica de Dalton • John Dalton (1766-1844) – Novo sistema da Filosofia Química, 1808 – Todos os corpos são constituídos por um vasto número de partículas extremamente pequenas, ou átomos de matéria ligados por uma força de atração. Teoria Atômica de Dalton Em resumo: Dalton acreditava que o átomo era uma esfera maciça, homogênea, indestrutível, indivisível e de carga elétrica neutra. Se fizermos uma comparação, os átomos seriam semelhantes a bolinhas de gude: maciças e esféricas. Simbolos de Dalton, 1808 Name Symbol Name Symbol Name Symbol Name Symbol Oxygen O Tungsten Tn Palladium Pa Uranium U Sulphur S Antimony Sb Silver Ag Cerium Ce Phosphorus P Tellurium Te Mercury Hg Yttrium Y Muriatic radicle (chlorine) M Columbium (nioblium) Cl Copper Cu Glucinum (beryllium) Gl Fluoric radicle F Titanium Ti Nickel Ni Aluminum Al Boron B Zirconium Zr Cobalt Co Magnesium Ms Carbon C Silicium Si Bismuth Bi Strontium Sr Nitric radicle N Osmium Os Lead Pb Barytium Ba Hydrogen H Iridium I Tin Sn Calcium Ca Arsenic As Rhodium Rh Iron Fe Sodium So Molybdenum Mo Platinum Pt Zinc Zn Potassium Po Chromium Ch Gold Au Manganese Ma Jon Jakob Berzelius, 1813: Símbolos dos Elementos Pedaços do Átomo – o elétron • Heinrich Geissler (1814-1879) • Julius Plücker (1801-1868) – Tubo de vácuo brilhava, 1859 – Raios afetados por campos magnéicos • Johann Wilhelm Hittorf (1824-1914) – Tudo de Cruz de Malta, 1869 • Raios viajam em linha reta • Gerando sombras dos objetos • William Crookes (1832-1919) – Verificou as observações anteriores, 1879 – Causou a movimentação em uma ventoinha • Constituída de Partículas – Possuía carga negativa • William Crookes (1832-1919) Aplica-se uma grande voltagem (20.000 V) dentro de um tubo. Pressão normal: nada acontece Pressão reduzida: incandescência no interior do tubo Pressão próxima de zero: incandescência na extremidade oposta ao cátodo; objeto produz sombra. Conclusão: raios deixam o cátodo, em linha reta, em direção ao ânodo; foram chamados raios catódicos. • Joseph John Thomson (1846-1940) Thomson: dedicou-se a estudar os raios catódicos • Fazem girar uma ventoinha localizada no ânodo: possuem massa Descoberta do elétron, 1887: toda matéria possui partículas idênticas carregadas negativamente: elétrons • desviadas em direção ao ânodo quando expostos a um campo elétrico: possuem carga negativa • independem do material que constitui o cátodo • Joseph John Thomson (1846-1940) e/m = -1.759 x 108 coulomb/g - 1897 • Robert Millikan (1868-1923) – Experimento da gota de óleo– 1909 e = -1.602 x 10-19 coulomb N = 6.062 x 1023 moléculas/g-molécula • J. J. Thomson – Pudim de Passas – 1904 Modelo atômico de Thomson: esfera carregada positivamente com elétrons incrustrados (pudim de passas). Elétrons uniformemente distribuídos (devido à repulsão Coulombiana) no interior de uma distribuição contínua de carga positiva, de modo a manter o átomo neutro. Passas negativas pudim positivo Partes dos Átomos – O próton • Eugen Goldstein (1850-1930) – Raios Canal - 1886 Descoberta do próton (Goldstein, 1886) • Goldstein verificou a formação de raios (raios canais) em sentido oposto ao dos raios cátódicos; • Estes raios apresentavam carga positiva (desvio contrário ao do raio catódico em um campo magnético ou elétrico) Tubo de Cookes modificado (fenda no cátodo) Descoberta do próton (Goldstein, 1886 e Rutherford, 1904) • Posteriormente, em 1904, o cientista neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937), ao realizar o mesmo experimento com o gás hidrogênio, detectou a presença de partículas com carga elétrica positiva ainda menores, as quais ele denominou prótons (p). A massa de um próton é aproximadamente 1836 vezes maior que a de um elétron. Radioatividade Wilhelm Conrad Roentgen 1845-1923 Descoberta dos Raios - X 1895 Platinocianeto de Bário Henri Becquerel (1852-1908) Atividade Radioativa, 1896 Imagem de Sulfato de Urânio Nitrato de Urânio Marie Curie e Pierre Curie Uranita Brometo de Rádio Pierre Curie (1859-1906) Marie Curie (1867-1934) Radioatividade - 1898 Polonium - 1898 Radium - 1898 Ernest Rutherford (1871-1937) α, β, γ - 1903 Ernest Rutherford (1871-1937) α, β, γ - 1903 A experiência de Rutherford (1911) Rutherford bombardeou uma fina lâmina de ouro (0,0001 mm) com partículas "alfa" (núcleo de átomo de hélio: 2 prótons e 2 nêutrons), emitidas pelo "polônio" (Po), contido num bloco de chumbo (Pb), provido de uma abertura estreita, para dar passagem às partículas "alfa" por ele emitidas. Envolvendo a lâmina de ouro (Au), foi colocada uma tela protetora revestida de sulfeto de zinco (ZnS). Modelo Atômico de Rutherford Observando as cintilações na tela de ZnS, Rutherford verificou que muitas partículas "alfa" atravessavam a lâmina de ouro, sem sofrerem desvio, e poucas partículas "alfa" sofriam desvio. Como as partículas "alfa" têm carga elétrica positiva, o desvio seria provocado por um choque com outra carga positiva, isto é, com o núcleo do átomo, constituído por prótons. Observações e conclusões de Rutherford Observação • a) A maior parte das partículas α atravessava a lâmina sem sofrer desvios. • b) Poucas partículas α (1 em 20.000) não atravessavam a lâmina e voltavam. • c) Algumas partículas α sofriam desvios de trajetória ao atravessar a lâmina. Conclusões • A maior parte do átomo deve ser vazio. Nesse espaço (eletrosfera) devem estar localizados os elétrons. • Deve existir no átomo uma pequena região onde está concentrada sua massa (o núcleo). • O núcleo do átomo deve ser (+), o que provoca uma repulsão nas partículas α (+) Modelo Atômico de Rutherford Assim, o átomo seria um imenso vazio, no qual o núcleo ocuparia uma pequena parte, enquanto que os elétrons o circundariam numa região negativa chamada de eletrosfera, modificando assim, o modelo atômico proposto por Thomson. Descoberta do nêutron, 1932 Através da espectroscopia de massa é possível verificar que, para um mesmo elemento, existem átomos com diferentes massas. Ex. Neônio Conclusão: existência de um terceiro tipo de partícula, com massa semelhante a do próton e eletricamente neutro (nêutron). prótons: carga positiva (+1) nêutrons: partículas nêutras (0) núcleo região extranuclear: átomo • diâmetro do átomo 100.000 diâmetro do núcleo (corresponde a uma bola de gude no centro de um estádio como o Maracanã. • átomo neutro: no de prótons = no de elétrons elétrons: carga negativas (-1) As partículas subatômicas Particle Symbol Charge coulomb Mass g Relative ChargeRelative Mass amu electron -1.602 x 10-19 9.109 x 10-28 -1 0.0005486 ≈ 0 proton 1.602 x 10-19 1.673 x 10-24 +1 1.0073 neutron 0 1.675 x 10-24 0 1.0087 0 1 ore e 1 1orp H 1 0orn n • O modelo planetário de Rutherford feria os conceitos da Física clássica (Física Newtoniana) pois todo corpo carregado sujeito a ação de uma força deve emitir energia radiante, caso do elétron sujeito à força centrípeta de atração do núcleo. Assim, a energia do elétrons seria constantemente diminuída e este se movimentaria em espiral em direção ao núcleo, levando ao colapso do átomo. • O elétron parado seria atraído em direção ao núcleo. A Física clássica não foi capaz de explicar a estabilidade do átomo. Modelos Atômicos - Continuação Planck e Einsten, início do séc. : Física não-clássica (Física Quântica) Bohr, 1913: 1o modelo não-clássico para o átomo Bohr foi o primeiro cientista a propor que a elucidação da estrutura atômica seria encontrada na natureza da luz emitida pelas substâncias a temperaturas altas ou sob influência de uma descarga elétrica. • Antes de entendermos o modelo de Bohr, precisamos fazer um “parênteses” para relembrar algumas características da energia radiante Energia radiante Campos elétricos e magnéticos (radiação eletromagnética) perpendiculares oscilantes • Amplitude: altura da onda acima do ponto central determina a intensidade (brilho) da radiação am p li tu d e • Frequência (): número de cristas que passam por um ponto do espaço por segundo. - A frequência da radiação afeta sua aplicação. - Para luz visível 1015 s-1 (Hz) - mil trilhões • velocidade (c): velocidade com que uma crista viaja no espaço; c = 3,0 x 108 m/s (1 bilhão km/h) • comprimento de onda (): distância entre duas cristas comprimento de onda • Desde que c é constante e existe uma relação clara entre c, e (c = .), a cada valor de corresponde um diferente valor de . Nossos olhos enxergam diferentes cores porque respondem de maneira diferente a radiações de diferentes . • A luz branca é uma combinação de radiações de todas as frequências do visível. • Ao passar por um prisma de vidro, as componentes da luz branca são separadas devido à ocorrência do processo de refração. Newton, 1665 Este é o fenômeno que ocorre na formação do arco-íris, onde gostas de chuva fazem o papel de prismas. • Uma gota separa os de um raio de sol. Se este raio incidir aproximadamente na horizontal, os componentes chegarão até a terra em pontos diferentes • A luz de cada cor que chega aos olhos de uma pessoa, portanto, vem de uma gota de altura diferente, o vermelho de uma gota mais alta e o violeta de uma gota mais baixa. • Cada observador observa um arco-íris diferente Espectro Eletromagnético Século XIX radiação: onda matéria: partícula Início século XX, Plank e Einstein: física quântica • No final do século XIX, muitos cientistas estudavam o fenômeno da emissão de radiação por um corpo aquecido, tentando entender a relação entre a temperatura, a intensidade e o comprimento de onda da radiação emitida por esse corpo. • Como as leis da física clássica conhecida na época não proporcionavam explicações adequadas para tais observações, Planck, em 1900, tentando explicar essas emissões, formulou uma hipótese ousada para a época, admitido que a transmissão de energia entre os corpos ocorre através da troca de pacotes ou quanta de energia entre eles e que as radiações se constituíam de quanta (plural de quantum) de energia. Portanto, a energia é transferida de maneira descontínua, ou seja, quantizada Natureza corpuscular da radiação Efeito fotoelétrico Einstein irradiou placas metálicas com radiações de diferentes Quantização de energia Dualidade onda-partícula da radiação • Einstein comprovou que a radiação eletromagnética possui pacotes energia (fótons) E = energia do fóton h = constante de Planck = frequência da radiação (s-1) E = h . Espectros de linhas • Quando um elemento é aquecido ou submetido a uma descarga elétrica, o mesmo emite uma luz que, ao atravessar um prisma, dá origem a um espectro de linhas discretas. • Cada elemento origina um espectro de linhas diferentes, como se fosse sua digital. • Por este motivo, cada elemento emite luz de cor característica, a qual pode ser utilizada na identificação do elemento. Li Na K Rb • Fogos de artifício. • Magnésio: luz branca brilhante • Sódio: amarelo • Estrôncio: vermelho • Cobre: azul • Até 1885, 14 linhas espectrais de hidrogênio tinham sido identificadas e seus comprimentos de onda precisamente medidos. • Johann Balmer propôs uma expressão matemática empírica que descreveu precisamente todos estes comprimentos de ondas conhecidos. n = 3, 4, 5 ..... onde n se supôs serem valores inteiros, isto é, n = 3,4,5,6,..... e R é uma constante que agora é denominadas de constante de Rydberg. • No final do séc. XIX descobriu-se que todas as linhas espectrais estão relacionadas pela equação: 2 2 2 1 n 1 n 1 R 1 Onde: Série de Lyman n1 = 1 n2 = 2, 3, 4, 5,... Série de Balmer n1 = 2 n2 = 3, 4, 5, 6,... Série de Paschen n1 = 3 n2 = 4, 5, 6, 7,... R = cte de Rydberg = 1,0974 x 107 m-1 Espectro de linhas do átomo de hidrogênio Niels Bohr (1885-1962) Bohr, 1913: percebeu que a elucidação da estrutura atômica se daria a partir da natureza da luz emitida pelos elementos • Bohr propôs que um átomo emitisse luz quando aquecido ou submetido a uma descarga elétrica porque seus elétrons absorvem energia e depois a emitissem na forma de luz. • Como as linhas espectrais apresentam definidos, a única explicação racional é a de que os elétrons em um átomo não estão livres para ter qualquer quantidade de energia. • Em um átomo, os elétrons podem ter somente certas quantidades específicas de energia (quantização da energia do elétron em um átomo). Modelo atômico de Bohr (modelo planetário modificado) - - - E(fóton) = E2 - E1 1. O átomo possui um conjunto de níveis de energia que os elétrons podem ocupar. 2. Cada nível de energia tem uma população máxima de elétrons. 3. No estado fundamental, os elétrons ocupam os lugares de menor energia disponíveis. 4. Quando o átomo absorve energia, alguns elétrons são elevados a níveis de maior energia (E2). 5. Assim, níveis de energia mais baixo ficam disponíveis. 6. Os elétrons excitados podem decair de níveis de maior energia (E2) para níveis disponíveis de menor energia (E1). 7. Quando o fazem, emitem um fóton com energia correspondente a E2 - E1. Voltamos à pergunta: o quê os elétrons fazem nos átomos? • Bohr propôs que os elétrons percorressem órbitas em torno do núcleo, justificando que o colapso do átomo não ocorre porque os elétrons não podem emitir radiação continuamente (portanto não podem mover-se em espiral em direção ao núcleo) e porque há um valor mínimo para suas energias. Niels Bohr (1885-1962) Bohr, 1913: Niels Bohr (1885-1962) Bohr, 1913: Cálculo da energia dos orbitais do átomo de hidrogênio Onde:A = 2,18 x 10 -18 J Z = Número Atômico n = é camada do orbital, n=1,2,3..... Bohr, 1913: Bohr, 1913: 2 2 2 1 n 1 n 1 R 1 Niels Bohr (1885-1962) Bohr, 1913:
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