Buscar

trabalho de introducao ao direito caso exploradores de caverna

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRABALHO 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 
Professor: Francisco Thiago
Aluno: Carlos Maicon da silva Barcelos
O caso dos Exploradores de Cavernas
Obra do jurista americano e professor de Jurisprudência da Faculdade de Direito da Universidade de
Harvard.
 Lon Luvois Fuller (1902-1978).
Antes de me ater ao resumo do livro gostaria de elencar a sociabilidade humana descrita pelo jurista Dr.
Paulo Nader, a própria constituição do ser humano revela que ele foi programado para conviver e se
contemplar com outro ser de sua espécie. Outro fator importante de se elencar é o estado de natureza, é na
sociedade que o homem encontra o ambiente propício ao seu pleno desenvolvimento. A Sociedade cria o
Direito como instrumento para alcançar a justiça e a segurança. Direito é a expressão da Vontade da
Sociedade como Adaptação Social decorre da necessidade de paz, ordem e bem comum de toda a
sociedade (homem fora da sociedade vive fora do império das leis) – Noção de Coletividade sempre
presente Direito como meio de possibilitar a convivência e o progresso social e as Instituições jurídicas são
inventos humanos para garantir equilíbrio e harmonia social. 
“O Direito nasce da vida social, se transforma com a vida social e deve se adaptar à vida social” 
(Francesco Consentini).
Dogmática Jurídica: parte da Ciência do Direito que estuda o direito enquanto norma, sem preocupações
com o questionamento sobre a justiça ou os aspectos político-sociais do direito. Estuda a norma jurídica,
analisando todos os componentes de todos os ramos do direito em um estudo técnico. Trata-se da regra, da
lei imposta à sociedade de maneira obrigatória. O Direito norma vou somente expor o direito positivo e o
direito natural; dessa dicotomia surge o positivismo e o naturalismo jurídico.
Direito Natural: decorre da natureza humana por intermédio da razão, intuição ou da revelação. Direito
dado e não estabelecido em estatutos e surge antes do Estado. Direito positivo surge do Estado.
Direito positivo: é o conjunto de normas de um Estado em determinado época postos para regular a vida em
sociedade. O Direito Natural representa o ordenamento ideal correspondente a uma justiça superior; são
princípios preexistentes.
Vou relatar somente oque eu entendi do livro em resumo, e o julgamento dos cincos juízes: Truepenny,
Foster, Tatting, Keen e Handy, dos 4 acusados do crime de assassinato do quinto explorador Roger
Whetmore.
Em princípios de maio do ano de 4299, no Condado de Stowfield, cinco integrantes de uma organização
amadorística de exploradores de cavernas ficam presos no interior de uma caverna, devido a um
desmoronamento. A partir daí começa uma longa, onerosa e difícil operação de resgate, na qual morreram
dez operários, que trabalhavam na desobstrução da caverna, em um de vários outros desmoronamentos
que ocorreram. No vigésimo dia após o incidente, soube-se que os exploradores tinham levado consigo
para a caverna um rádio comunicador, e a equipe de resgate logo tratou de estabelecer contato com eles.
Os exploradores perguntaram quanto tempo seria necessário para que os libertassem e os engenheiros
responsáveis pela operação de salvamento responderam que seriam necessários pelo menos dez dias,
desde que não ocorressem novos desmoronamentos. Como já se esgotavam seus mantimentos,
perguntaram se havia algum médico no acampamento para dizer se eles conseguiriam sobreviver por mais
dez dias sem alimentos, o presidente da comissão dos médicos respondeu que havia uma escassa
possibilidade de sobrevivência. Após algum tempo o explorador Roger Whetmore, falando em seu nome e
em representação dos demais, indagou se eles seriam capazes de sobreviver por mais dez dias se se
alimentassem da carne de um dentre eles, o presidente da comissão respondeu, a contragosto, em sentido
afirmativo. Whetmore ainda perguntou se seria aconselhável que tirassem a sorte para determinar qual
dentre eles deveria ser sacrificado, mas ninguém se dispôs a responder. A partir daí, não se receberam mais
mensagens de dentro da caverna.O caso dos exploradores de cavernas, tornou se um clássico para nós
iniciantes ao estudo do direito, processados e condenados a morte a forca pela Suprema Corte de
Newgarth, Ano de 4300. 
O desenrolar desse caso nos mostra 5 homens lutando por sua sobrevivência a partir da ocorrência de uma
avalanche quando exploravam uma caverna, estavam com recursos escassos e um dos exploradores
chamado Roger Whetmore perguntou aos médicos se poderiam sobreviver e quantos dias, inquirindo o
médico chegou a conclusão de que só poderiam sobreviver se ingerissem carne e com pouca provisão, ele
perguntou; se um de nós for sacrificado há possibilidade de sobrevivermos? O médico disse que sim porém
não aconselhou tal brutalidade. 
No trigésimo segundo dia após terem entrado na caverna, os homens foram finalmente libertados e soube-
se que, no vigésimo terceiro dia, Roger Whetmore tinha sido morto e servido de alimento a seus
companheiros. Os sobreviventes relataram que tinham decido, em acordo, sacrificar um deles para que a
sobrevivência dos outros quatro fosse garantida, sendo que foi o próprio Whetmore que propôs um sorteio,
por lances de dados, para a escolha daquele que seria sacrificado e tendo-lhe sido adversa à sorte, foi ele
escolhido então morto.
Após os quatro sobreviventes terem passado por tratamentos hospitalares, foram submetidos a julgamento,
acusados pelo homicídio de Roger Whetmore, e declarados culpados em primeira instância pelo Tribunal do
Condado de Stowfield, sendo condenados à pena de morte pela forca. Os acusados, então, recorreram da
decisão à Suprema Corte de Newgarth e o caso passou a ser analisado e julgado pelos cinco juízes da
Suprema Corte: Truepenny, Foster, Tatting, Keen e Handy. Nos seus votos, os juízes têm diferentes
entendimentos diante da mesma lei e do mesmo fato.
O juiz Truepenny, presidente da Corte, expõe minuciosamente todo o caso e mantêm a decisão do tribunal
de primeira instância, que condenou os réus, contudo apoia as petições que tanto o júri como o juiz da
primeira instância enviaram ao chefe do Poder Executivo, pedindo que a sentença fosse comutada, visto
que, pelo seu entendimento, o princípio da clemência executiva seria o único dispositivo legal para que
fosse feita a justiça sem debilitar a letra ou o espírito da lei, que em seu texto prescreve: “Quem quer que
intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte”.
O juiz Foster se espanta com a decisão do presidente e a considera uma solução sórdida e simplista. Foster
em seu principal argumento, baseando-se numa posição jus naturalista, alega que quando Whetemore foi
morto,e os réus não se encontravam em um “estado de sociedade civil”, mas em um “estado natural”, visto
que estavam presos em uma caverna, separados da coexistência com a sociedade, e por isso a lei civil não
poderia ser aplicada, mas sim a lei natural. Com esse e outros argumentos o juiz Foster considera que os
réus são inocentes e que a sentença de condenação deve ser reformada.
O juiz Tatting chega a criticar os posicionamentos do juiz Foster, como no caso em que os réus se
encontravam inseridos em um “estado de natureza”, no qual questiona o momento em que isso ocorre se foi
quando a entrada da caverna se fechou, ou quando a ameaça de inanição atingiu um grau indefinido de
intensidade, ou quando o contrato para o lanço de dados foi celebrado. Contudo juizTatting revela-se
profundamente envolvido emocionalmente no caso e mostra-se confuso ao não poder descobrir nenhuma
fórmula capaz de resolver as dúvidas que por todos os lados lhe perseguem. Por isso recusa-se a participar
da decisão do caso.
O juiz Keen, por sua vez, afasta de imediato duas questões que entendera não serem dacompetência do
Tribunal: a primeira consistia em saber se a clemência executiva deveria ser concedida aos réus caso a
condenação seja confirmada, posicionamento este defendido pelo presidente do Tribunal; a segunda diz
respeito em decidir se o que os réus fizeram foi "justo" ou "injusto", "mau" ou "bom". Para o juiz Keen seu
dever é aplicar o direito do seu país e não suas moralidades, valorando assim o direito positivo, e acaba por
criticar o juiz Foster dizendo que seus argumentos são fantasiosos. Entendendo que os réus privaram
intencionalmente a vida de Roger Whetmore, e seguindo estritamente o texto da lei que diz: “Quem quer
que intencionalmente prive a outrem da vida será punido com a morte”, o juiz conclui que se deve confirmar
a sentença condenatória.
Por fim o juiz Handy diz que se levada em consideração a opinião pública, 90% da população votaria pela
absolvição ou por uma pena simbólica. E baseando-se em fatos antigos, tendo em vista que os réus já
sofreram mais tormento e humilhação do que a maioria suportaria em mil anos, conclui que os réus são
inocentes da prática do crime que constitui objeto da acusação e que a sentença deve ser reformada.
Após os votos, o juiz Tatting ainda foi questionado pelo presidente do Tribunal se queria reexaminar sua
posição, mas reafirmou convictamente que não queria participar do julgamento.
Assim, empatados os votos, a sentença condenatória da primeira instância foi confirmada e determinou-se
que a execução da sentença tivesse lugar às 6 horas da manhã, da sexta-feira, dia 2 de abril do ano 4300.
Finalizo que tendo o Tribunal pronunciado se julgamento, nos leitores que essa é naturalmente fictícia
quanto aos fatos precedentes, nos estudantes e operadores do Direito podemos ou não aceitar e procurar
ponto de vistas semelhantes , o caso foi imaginado com propósito de focalizar certas posturas filosóficas
divergentes a respeito do direito e do Governo. Posturas estas que são hoje ainda as mesmas que agitavam
nos dias de Platão e Aristóteles. E talvez elas continuem a apresentar-se mesmo depois que nossa geração
tenha pronunciado a propósito a sua última palavra. Encerro com essa frase de Emmanuel Kant;
‘Juristas ainda estão à procura de uma definição para o Direito; atualmente permanece a dificuldade
para definir o que é direito”.
Fim

Continue navegando