Buscar

Acesso Vascular para Diálise

Prévia do material em texto

Acesso Vascular 
para Hemodiálise
Acesso Venoso para 
Hemodiálise
• Existem basicamente três tipos de acesso 
vascular para a realização da hemodiálise:
 1) O Cateter duplo lúmen para 
hemodiálise.
 2) A Fistula Arterio-venosa
 3) A Prótese ou enxerto de Gore-tex
 CATETERES DUPLO 
LÚMEN 
• Os cateteres duplo lúmen de inserção 
percutânea é a opção de via acesso 
venoso central, rápida, segura e 
temporária para realização de hemodiálise 
por períodos curtos de tempo, em torno de 
três semanas, enquanto ocorre a 
maturação do acesso venoso definitivo 
(fístulas artério-venosas).
INDICAÇÕES
• As indicações do acesso venoso para 
hemodiálise são: 
a) Acesso venoso para hemodiálise por tempo 
menor que três semanas, inseridos de forma 
percutânea; 
b) Necessidade de hemodiálise imediata em 
pacientes com insuficiência renal com clearence 
de creatinina menor de 25 ml/min e níveis de 
creatinina sanguínea maior de 4 mg/dl; 
c) Dificuldade de diálise peritoneal efetiva para o 
tratamento da insuficiência renal.
Catéter temporário para hemodiálise
CATETER VENOSO 
CENTRAL
Cuidados de Enfermagem para 
Pacientes com Acesso Vascular 
para Diálise:
Cateter venoso de luz dupla:
■ Verificar radiograficamente a posição do cateter de 
linha central antes do uso.
■ Não injetar líquidos ou medicamentos intra-venosos 
dentro do cateter, ambas as luzes do cateter são 
preenchidas com heparina concentrada.
■ Não retirar o clampe do cateter a menos que esteja 
preparado para a terapia de diálise. Porque pode 
fazer com que o sangue encha a luz do cateter e 
coagule.
■ Manter a técnica estéril no manuseio do acesso 
vascular; curativo seco;
■ Observar o sítio da saída do cateter quanto a 
sinais de inflamação ou dobra do cateter
ACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE
A Fístula Arterio-Venosa
• Resulta de uma cirurgia, onde se faz a união (ou 
anastomose) de uma veia diretamente com uma 
artéria.
• Essa é a melhor via de acesso para a 
hemodiálise. Como a pressão na artéria é 
sempre maior que na veia, o sangue passa a 
correr mais pela veia, causando com isso uma 
dilatação do calibre desta veia (por isso elas 
ficam “saltadas ou dilatadas”).
FÍSTULA ARTERIOVENOSA
As fistulas são feitas habitualmente 
em três diferentes locais do corpo:
1) Braço (bráquio-cefálica: anastomose da artéria braquial 
com a veia cefálica)
2) Antebraço (radial: anastomose da artéria radial com a 
veia cefálica)
3) Coxa (safeno-femoral: anastomose da artéria femoral com 
a veia safena).
 Normalmente quando se confecciona uma fistula arterio- 
venosa, passamos a ter a sensação de uma espécie de 
vibração no trajeto da veia. Esta vibração é denominada de 
FRÊMITO.
PRINCIPAIS CUIDADOS COM A 
FISTULA
• Quando são utilizadas duas agulhas, ambas são 
colocadas dentro da veia próxima à fístula. A 
agulha arterial leva o sangue para o dialisador é 
sempre colocada pelo menos 3 cm distante do 
local da anastomose arteriovenosa. A agulha 
venosa deve ser inserida apontando-a em direção 
ao coração, aproximadamente 5 cm proximal à 
agulha arterial.
• Após a confecção de uma fistula para 
hemodiálise, deve-se esperar aproximadamente 
trinta dias antes de podermos usá-la (é o que 
chamamos de “amadurecimento da fistula”).
• Se a fistula foi em membro superior (braço ou 
antebraço), fique atento para sinais de temperatura 
baixa (pele fria) ou edema importante na mão, 
adormecimento nas extremidades ou dor nos dedos. 
Além de mantê-lo elevado nos primeiros dias, para evitar 
edema.
• Após o segundo dia de confecção da fistula, deve-se 
começar a fazer exercícios de abrir e fechar as mãos, 
comprimindo ou apertando continuamente uma pequena 
bola de borracha, a fim de ajudar no processo de 
fortalecimento e dilatação da veia.
• Não se deve dormir sobre o braço. Caixas, bolsas ou 
outros tipos de peso não devem ser colocados sobre a 
fistula.
• A medida da pressão arterial, a coleta de amostra de 
sangue e a aplicação de injeções não devem ocorrer 
no membro em que foi confeccionada a fistula.
• O próprio paciente e seus familiares devem aprender a 
perceber a presença de frêmito na área da fistula.
• Os sangramentos devem ser observados. 
• Deve-se sempre estar atento a sinais de inflamação e 
infecção no local da fistula. Estes sinais são aumento 
de temperatura local, vermelhidão, edema (inchaço) na 
área da fistula, dor, e, eventualmente secreção no local 
da fistula. Nestes casos, sua equipe de médicos e 
enfermeiros deve sempre ser comunicada o mais 
precocemente possível.
•
• Os curativos realizados após as sessões 
de diálise nunca devem ser circulares, 
garroteando a fistula. Retirar seis horas 
após o termino da sessão de hemodiálise.
• Evite usar pomadas, cremes ou 
compressas quentes no local da fistula ou 
das punções. 
• HIGIENE PESSOAL NO LOCAL DA 
FISTULA
• Mudar o local das punções
A Prótese de Gore-Tex (Enxerto 
Vascular)
• Neste procedimento cirúrgico, um material 
especial denominado gore-tex (um tubo de 
material sintético) é implantado no paciente. 
Este tubo é ligado (anastomosado) de um lado 
com a veia onde está sendo feito o implante, e 
do outro, com a artéria.
• Este tubo fica interposto entre a veia e a artéria, 
diferente da fistula, em que a veia é ligada 
diretamente na artéria.
• Este tipo de acesso vascular, somente deve ser 
indicado para aqueles pacientes que não têm 
condições de realizarem uma fistula 
arteriovenosa.
• Quanto aos cuidados com o enxerto vascular, 
devem seguir os descrito para as fistulas arterio-
venosas. Lembre-se, porém, de que os 
enxertos, por serem de material estranho ao 
organismo, são ainda mais susceptíveis a 
infecções e as tromboses. 
• Ambas as agulhas são colocadas dentro do 
enxerto. A agulha arterial é inserida na parte do 
enxerto mais próxima da anastomose arterial, 
mas pelo menos 3 cm distante do sítio 
anastomótico. A agulha venosa é inserida 
naquela parte do enxerto mais próxima à 
anastomose venosa, com no mínimo 5 cm de 
distância da agulha arterial.
• Pode ser utilizado imediatamente para diálise. 
Por outro lado, a utilização de um enxerto 
arteriovenoso deve ser adiada por 2-3 semanas, 
se for possível, de maneira a permitir a 
cicatrização

Continue navegando