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LEG TRIBUTÁRIA PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

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Processo Administrativo Fiscal - melhor opção para defesa e 
discussão dos direitos tributários da empresa 
A defesa (impugnação) administrativa de Auto de Infração ou Notificação Fiscal é 
uma importante ferramenta que a empresa possui a seu favor, desde que bem 
estudada e feita estrategicamente, no sentido de beneficiar a empresa. 
A impugnação ao auto de infração pode ser realizada pelo Contabilista ou outro 
profissional com conhecimento do assunto, não sendo necessário um profissional do 
Direito. 
Na maioria das vezes, a esfera administrativa é desprezada pelo advogado da 
empresa, pelo fato que domina mais a esfera judicial do processo tributário do que a 
administrativa, sendo que está exige mais conhecimentos contábeis e técnicos. 
Os julgadores administrativos chegam tecnicamente o mais perto possível da 
verdade material, pois são profissionais escolhidos pela Fazenda Nacional e pelos 
Contribuintes, conhecedores da contabilidade, legislação tributária e processo 
administrativo fiscal, com comprovada experiência; enquanto que os juízes, além de 
julgar os assuntos tributários devem julgar as demais matérias (civil, penal, comercial, 
etc.), sendo o julgamento mais superficial. 
São razoáveis as possibilidades de se obter vitórias na esfera administrativa, sejam 
elas totais ou parciais, restando para o julgamento judicial realmente a matéria em 
que a empresa não logrou êxito na defesa, isto porque se administrativamente for 
dado ganho de causa parcial para o fisco, a empresa recorre judicialmente, somente 
da parte que perdeu, pois a parte em que obteve êxito o fisco não poderá recorrer na 
esfera judicial. Assim, mesmo sendo um assunto provavelmente indefeso, a empresa 
ganhará tempo na esfera administrativa, motivo pelo qual dificilmente deve 
desperdiçá-la. 
Outro fator importante pelo qual não se pode desperdiçar o processo administrativo 
fiscal, é a utilização de gestão fiscal, quando feita administrativamente será menos 
oneroso (não tem custas processuais, honorários de sucumbência e é mais formal) 
do que o judicial e não chama a fiscalização à empresa. Exemplificando: 
- A empresa não concorda com determinada Instrução Normativa da Receita Federal 
ou Lei que viola seus direitos, inclusive há jurisprudências administrativas ou judiciais 
corroborando seu entendimento. Então, qual é a melhor forma de seguir a 
jurisprudência: judicial ou administrativamente? 
- Se a empresa aproveitar certo creditamento face divergência entre a Lei e a 
Jurisprudência e optar pela esfera judicial, automaticamente suprime a esfera 
administrativa. O Fisco será obrigado a autuar a empresa no valor dos recursos 
recuperados incluindo multas e juros, caso a Receita não autue a empresa por 
ocasião do ingresso do processo judicial, após a decisão judicial, passados 5 anos do 
fato gerador, o tributo não poderá ser mais exigido, pois houve decadência do 
lançamento, enquanto que depois de emitido o auto de infração, o processo judicial 
pode durar qualquer tempo, e se a empresa perder, deverá pagá-lo atualizado e 
ainda com multas, juros e ainda honorários de sucumbência. Resumindo, a empresa 
chama fiscalização, assumindo todo o risco. 
 
- Na mesma situação, porém na esfera administrativa, a empresa utiliza normalmente 
os créditos, mantém planilhas com as memórias dos cálculos, jurisprudências, 
exposições, contabilizando-os, apresenta normalmente todas as declarações 
exigidas pela Receita Federal. A empresa não se manifesta, aguarda a fiscalização 
chegar espontaneamente. Sendo fiscalizada a empresa apresenta os documentos e 
faz seus argumentos ao fiscal e se este não considerar as alegações, autua a 
empresa e esta faz a defesa administrativa, e se perder na nesta esfera, resta-lhe a 
via judicial. 
- Optando pela forma administrativa, a empresa não se entrega à fiscalização; a 
multa de ofício é a mesma tanto no processo administrativo como judicial, pois não 
há indício de fraude, simulação ou conluio, há apenas divergência na interpretação 
da Lei, baseada em jurisprudência. 
Por outro lado, o processo judicial deve ocorrer quando a empresa não utilizou os 
créditos a que a jurisprudência lhe confere, ou seja, o tributo foi pago a maior e agora 
deve ser recuperado o valor anteriormente não utilizado, antes da decadência (5 
anos). A escolha do processo judicial visa reconhecer um direito que não foi utilizado 
e requerer sua compensação. Assim poderá onerar a empresa somente com relação 
ao honorário de sucumbência e do seu próprio advogado, caso não seja reconhecido 
o direito do crédito. Se a decisão judicial for contrária à empresa, não há a exigência 
da multa e os juros, pois os valores não foram compensados, também não se fala em 
auto de infração. 
Antes de concluir qual é a melhor opção, o gestor deverá consultar mais de um 
profissional, para que tenha total segurança sobre o procedimento ideal a ser 
adotado. 
ETAPAS DO PROCESSO DE DEFESA ADMINISTRATIVA 
Acabando o processo de fiscalização, o fiscal emitirá um termo de encerramento de 
fiscalização mencionando que não encontrou irregularidades na empresa ou emitirá 
um AUTO DE INFRAÇÃO, cobrando os tributos que julga serem devidos. A partir do 
momento da lavratura do auto de infração, a empresa deve efetuar a defesa 
administrativa de fato e de direito, anexando provas com o objetivo de reverter a 
cobrança dos tributos. 
O processo de defesa administrativa pode ser elaborado pelo Contador ou qualquer 
outro profissional, não havendo a exigência de um profissional específico. 
O contribuinte, se perder o processo na esfera administrativa, poderá recorrer ao 
Poder Judiciário na tentativa de anular a exigência fiscal. Um processo de defesa 
administrativa, considerando as três instâncias, tem uma estimativa de duração de 03 
a 05 anos; no Judiciário a estimativa é de mais uns 04 a 05 anos. São 07 a 10 anos 
de espera, podendo ocorrer no meio um REFIS/PAES e ainda alguns juristas estão 
pedindo a ISONOMIA CONSTITUCIONAL (igualdade) para com os parcelamentos 
dos órgãos públicos com a União que é de 240 meses. Resumindo, se o Contador, 
por ocasião do lançamento contábil, levantar todas as provas necessárias (mesmo 
em assuntos controversos pela fiscalização) poderá administrar com sobra todos os 
aspectos de tributação da empresa. 
Paulo Henrique Teixeira é Contabilista, Auditor e Consultor Tributário, autor de várias 
obras, entre as quais: Auditoria Tributária, Defesa do Contribuinte, Auditoria Contábil, 
 
Auditoria Gerencial, Controladoria Empresarial, Blindagem Fiscal e Contabilidade 
Tributária. 
Fonte: http://www.portaltributario.com.br/artigos/defesaadministrativa.htm

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