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EXISTENCIALISMO O existencialismo foi uma corrente filosófica centrada na liberdade, subjetividade e responsabilidade do homem, afirmava que o ser humano é o único responsável pelos seus atos. Essa doutrina teve influência da fenomenologia e negava a existência de uma essência universal ou que esta essência esteja atribuída a um ser superior. A corrente existencialista está dividida em um ramo ateísta, que nega a natureza humana e, um ramo cristão, que atribui a essência humana a Deus. Os filósofos existencialistas diziam que a existência humana está baseada na angústia e no desespero e para eles, a situação humana é caracterizada pelos seguintes conceitos: facticidade - as pessoas estão em um mundo que não controlam e não escolhem - ansiedade, o homem é dotado de escolhas – e desespero - que consiste na dualidade entre o controle e a liberdade absoluta. Os principais filósofos desse movimento são, Søren Kierkegaard, Friedrich Nietzsche (considerados os precursores desse movimento), Jean-Paul Sartre, Karl Jaspers, Martin Heidegger, Edmund Husserl, Albert Camus e Simone de Beauvoir. No que se refere a Kierkegaard, esse filósofo e teólogo dinamarquês, considerado o pai do existencialismo, se voltava para o existencialismo cristão e defendia o livre arbítrio e a irredutibilidade humana. Ele partia da ideia que o indivíduo é o único responsável em dar significado a sua vida e os obstáculos como desespero, absurdo, alienação e tédio eram considerados por ele, distrações existenciais. A origem do desespero estava na imaginação humana, já a alienação é a falta de consciência do homem em moldar sua existência, a pessoa torna a sua própria negação. E, a angústia é o medo geral ligado a responsabilidade real. Segundo esse filósofo, há três categorias de escolhas fundamentais: estética, ética e religiosa. A estética é caracterizada pelo hedonismo e se contrapõe ao tédio. A ética está ligada a honra e regras universais. E a religiosa é o vínculo entre o homem e Deus. Friedrich Nietzsche foi um filósofo prussiano influenciado pelo romantismo alemão. Considerava a verdade inacessível e como sendo o resultado da soma de todos os instintos. Segundo Nietzsche, a verdade pura só pode ser encontrada no estado primitivo. Ele procurava entender o que o homem desvalorizou no passado, e resume em dois conceitos: vontade de potência, que é a capacidade de dominar racionalmente, gerando regras, e a arte trágica, que consiste na parte que foi desvalorizada. Ainda mais, Nietzsche falava da oposição dos espíritos Apolínio e Dionisíaco, afirmando que para manter a ordem deveria haver o equilíbrio entre ambos. Além disso, ele tratava da transvalorização dos valores, que são novas características atribuídas aos valores tradicionais. Em suas reflexões, Deus era oriundo do desenvolvimento da sociedade e a morte de Deus era um acontecimento cultural e necessário para purificar a existência desse ser supremo e a fé nele. A morte de Deus está associada a superação das regras impostas. Com relação ao filósofo francês Jean-Paul Sartre, este estava envolvido em questões sociais e é considerado um dos maiores representantes do existencialismo. Ele realizou crítica a Aristóteles com relação a potência e ato, pois não considerava as coisas como sendo essencialmente teleológica. Sartre afirmava que a “existência precede a essência”, o homem produz sua consciência ao longo de sua existência. Ainda mais, expressava que o homem está condenado a ser livre. Condenado por não ter criado a si próprio e livre por ele ser responsável por tudo o que acontece a ele. E, pelo fato do homem está condenado a ser livre, a liberdade remete a angústia, que pode ocasionar a cópia dos outros. Sendo que esta cópia é a má-fé, a renúncia da própria liberdade, é o assumir de um papel pronto na sociedade ou atribuindo suas escolhas a fatores externos. Sartre defende a liberdade e a autenticidade de cada ser humano como essenciais, devemos produzimos os nossos valores. Simone de Beauvoir era engajada nos movimentos sociais, estava ligada a defesa e liberdade feminina. Considerava o conceito de gênero e sexualidade como uma construção da sociedade. Por sua vez, Albert de Camus discutiu sobre a essência do ser e tratava dos absurdos da vida. O alemão Arthur Schopenhauer foi considerado o filósofo do pessimismo e do amor. Para ele, o amor é uma armadilha da natureza para a perpetuação da espécie, e o homem age pela forma inconsciente. Diz que buscamos no outro uma força genética para gerarmos descendentes equilibrados. Schopenhauer postulava que o mundo era uma mera representação que contava com o objeto, constituído a partir do espaço e tempo, e a consciência subjetiva acerca do mundo. Afirmava que o homem não exerce sua liberdade plenamente, pois ele necessita fazer escolhas, que são submetidas a alguns critérios que são a representação de si mesmo. Trabalhou com a questão da vontade como força motriz. Segundo ele, a vontade nunca seria satisfeita e geraria angústia. Com isso, a ética seria uma condição de controlar à vontade. Em suma, o existencialismo se fez presente em vários campos do conhecimento e estava centrado nos atos e consequências do sujeito humano como sendo singular. FENOMENOLOGIA A fenomenologia é o estudo dos fenômenos do mundo e da mente que se apresentam no tempo e espaço. Foi inspirada pelos filósofos gregos, mas foi com Edmund Husserl no século XX que adquiriu seu conceito atual. Segundo esse matemático e filósofo alemão, a fenomenologia é a ciência descritiva da essência das coisas. Ainda mais, considera o fenômeno como algo presente na consciência e, essa consciência sempre seria consciência de algo, que deveria ser submetida a interrogação, ignorando o exterior. Conforme Husserl articulava, a filosofia deveria pesquisar, examinar e descrever esse fenômeno, como conteúdo da consciência. Ainda mais, distinguiu a consciência em espacial e temporal. Utiliza- se como exemplo o quadrado, para Husserl não importava o tamanho dos lados do quadrado desde que não interfira em seu formato geométrico. Pois, o que importa é a totalidade e não os elementos sendo analisados de forma fragmentada. Segundos os filósofos da corrente fenomenológica, é necessário apreciar a realidade e tudo o que for exterior a ela é apenas inexistente. Consideravam também, que o homem, a natureza e o mundo são interdependentes, uma vez que refletimos acerca do que percebemos. Na psicologia, a fenomenologia está baseada em um método que busca entender a vivência dos pacientes no mundo e como eles percebem as coisas em sua volta.
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