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Equipamentos de Superfície

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Equipamentos de 
Superfície 
 
 
 
José Luiz de Paula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizada em 2004 
 
 
 
 1 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Capítulo 1 – CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
 
1.1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 05 
1.2. PRESSÃO DE TRABALHO................................................................. 08 
1.3. PRESSÃO DE TESTE.......................................................................... 10 
1.3.1. Procedimentos de Teste......................................................... 10 
1.4. GARANTIA........................................................................................... 10 
1.5. EFEITO DA TEMPERATURA............................................................... 11 
1.6. MATERIAIS USADOS NA FABRICAÇÃO........................................... 11 
1.7. PASSAGEM VERTICAL....................................................................... 13 
1.8. FLAGES API......................................................................................... 13 
 
Capítulo 2 – CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 
2.1. CABEÇAS DE REVESTIMENTO......................................................... 19 
2.2. CABEÇAS DE REVESTIMENTO TIPO CR OU CM............................ 19 
2.3. SUSPENSOR TIPO CR/CM.................................................................. 21 
2.4. CABEÇA DE REVESTIMENTO TIPO C-22......................................... 21 
2.5. SUSPENSOR DE REVESTIMENTO TIPO C-22.................................. 23 
2.6. CABEÇA DE REVESTIMENTO TIPO C-29 E C-29-L.......................... 24 
2.7. SUSPENSOR DE REVESTIMENTO TIPO C-29.................................. 26 
2.8. CABEÇA DE REVESTIMENTO TIPO CARRETEL.............................. 26 
 
Capítulo 3 – ADAPTADORES PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 
3.1. DESCRIÇÃO......................................................................................... 33 
3.2. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO TIPO A-1................ 33 
3.3. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO A-3......................... 33 
3.4. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO A-4......................... 33 
 
 2 
Capítulo 4 – CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 
4.1. CABEÇA DE PRODUÇÃO - DESCRIÇÃO........................................ 37 
4.2. CABEÇAS DE PRODUÇÃO MAIS USADAS NA PETROBRAS...... 38 
4.2.1. Cabeça de Produção Tipo T-16............................................... 38 
4.2.2. Cabeça de Produção Tipo T-16-00.......................................... 39 
4.2.3. Cabeça de Produção Tipo TC-00............................................ 40 
4.2.4. Cabeça de Produção Tipo TC-60............................................ 40 
4.2.5. Cabeça de Produção Tipo Universal....................................... 41 
4.2.6. Cabeça de Produção Tipo CR................................................. 43 
 
Capítulo 5 – SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 
5.1. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO......................................................... 47 
5.2. SUSPENSOR DE COLUNA USADOS NAS CABEÇAS T-16 
E T-16-00.............................................................................................. 49 
5.2.1. Suspensor Tipo T-16............................................................... 49 
5.2.2. Suspensor Tipo T-16-BP......................................................... 49 
5.2.3. Suspensor Tipo WA-4............................................................. 49 
5.2.4. Suspensor Tipo T-16-T........................................................... 50 
5.2.5. Suspensor Tipo T-16 Stripper................................................. 50 
5.2.6. Suspensor Tipo TC-1A............................................................ 50 
5.2.7. Suspensor Tipo TC-1A-BP...................................................... 51 
5.2.8. Suspensor Tipo TC-1W........................................................... 51 
5.2.9. Suspensor Tipo TC-T.............................................................. 51 
5.2.10. Suspensor Tipo TC-Stripper.................................................... 51 
5.2.11. Suspensor Tipo TC-60 Dual Split Hanger............................... 52 
5.2.12. Suspensor Tipo TC-1A-EN (Extended Neck).......................... 52 
5.2.13. Suspensor TCB-EC (Eletro Sub)............................................. 53 
5.3. SUSPENSORES DE COLUNA USADOS NAS CABEÇAS DE 
PRODUÇÃO UNIVERSAL................................................................... 53 
5.3.1. Suspensor Tipo U-30.............................................................. 53 
5.3.2. Suspensor Tipo U-41.............................................................. 53 
5.3.3. Suspensor Tipo U-Stripper...................................................... 53 
5.3.4. Suspensor Tipo U-60............................................................... 53 
 
 
Capítulo 6 – ADAPTADORES PARA A ÁRVORE DE NATAL 
 
 
6.1. DESCRIÇÃO......................................................................................... 57 
6.2. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO B-1, B-2P E B-S.... 58 
6.3. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO TIPO A-2................ 59 
 
 3 
6.4. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO BO-2............. 59 
6.5. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO B0-2H........... 59 
6.6. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO A-D E A-2S.. 60 
6.7. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO A5SH............ 61 
6.8. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO A-3-EC 
(ELETROSUB)...................................................................................... 62 
6.9. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO TIPO KTH.............. 63 
 
Capítulo 7 – ÁRVORE DE NATAL 
 
7.1. CONCEITO............................................................................................65 
7.2. CLASSIFICAÇÃO................................................................................. 65 
7.3. COMPONENTES...................................................................................65 
7.3.1. Válvulas................................................................................... 65 
7.3.2. Cruzeta.................................................................................... 69 
7.3.3. Adaptador de Teste................................................................. 69 
 
 
Capítulo 8 – EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES E ACESSÓRIOS 
 
 
8.1. INTRODUÇÃO...................................................................................... 73 
8.2. JUNTA ANEL........................................................................................ 73 
8.3. PROJETOR DE FLANGE......................................................................76 
8.4. PARAFUSOS........................................................................................ 76 
8.5. TAMPÃO............................................................................................... 77 
8.6. VR PLUG.............................................................................................. 77 
8.7. VÁLVULA DE CONTRA PRESSÃO................................................... 77 
 
Capítulo 9 – POÇO TIPO 
9.1. INTRODUÇÃO...................................................................................... 83 
9.2. POÇOS-TIPO........................................................................................ 83 
 
 
BIBLIOGRAFIA............................................................................................. 90 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 1Capítulo 1Capítulo 1Capítulo 1 
 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 5 
 
1.1. INTRODUÇÃO 
 
Equipamento de superfície é o termo usado para descrever o 
equipamento acoplado ao topo do revestimento de superfície num poço de 
petróleo. Este equipamento tempor objetivo sustentar as outras colunas de 
revestimento descidas e a(s) coluna(s) de produção, promovendo a vedação 
entre colunas e controlando a produção de hidrocarbonetos do poço. 
 
Os equipamentos de superfície obedecem à especificações ditadas 
pelo Instituto Americano de Petróleo (API), que é o órgão que determina 
padrões para os tamanhos (sizes), graus de aço, projetos, dimensões e 
qualidade dos equipamentos ligados à indústria do petróleo. 
 
Nessa apostila abordaremos apenas os equipamentos aceitos pelos 
padrões do API, usados na PETROBRAS. 
 
São os seguintes os equipamentos de superfície: 
 
• cabeças de revestimento; 
• cabeças de revestimento tipo carretel; 
• suspensores de revestimento; 
• adaptadores para cabeça de produção; 
• cabeça de produção; 
• suspensores de coluna de produção; 
• adaptadores para árvore de natal; 
• árvore de natal. 
 
A seqüência de instalação de cada equipamento é mostrada a seguir. 
O detalhamento será dado mais adiante. 
 
A situação encontrada pela completação, após a perfuração do poço, é 
mostrada na Figura 1.1. a situação mostrada é aquela onde não foi descido o 
revestimento intermediário, visto que, quando este revestimento é descido faz-
se necessário à utilização da cabeça de revestimento tipo carretel. 
 
Para a completação de um poço, inicialmente instala-se um adaptador 
para cabeça de produção e a cabeça de produção (Figura 1.2). Os 
adaptadores, como o próprio nome diz, podem ser necessários ou não, a 
depender dos flanges ou roscas dos equipamentos a serem acoplados. Caso 
coincidam, os adaptadores deixam de ser necessários. 
 
Na seqüência, instala-se o preventor de erupção (BOP), com o que o 
poço pode ser considerado seguro para ser completado (Figura 1.3). Acima da 
cabeça de produção, normalmente é instalado um adaptador A-4 para permitir 
a instalação do BOP devido o mesmo possuir flange inferior diferente do flange 
superior da cabeça de produção. 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 6 
 
Figura 1.1 – Poço a ser Completado 
 
 
 
Figura 1.2 – Situação Anterior a Instalação do BOP 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 7 
 
 
 
Figura 1.3 – Instalação do Preventor de Erupções (BOP) 
 
Após a descida da coluna de produção, com seu respectivo suspensor, 
instala-se uma válvula de contra-pressão (BPV – back pressure valve) no perfil 
interno do suspensor de coluna, caso o suspensor disponha deste perfil. A BPV 
se faz necessária para que existam duas barreiras de segurança no momento 
da retirada do BOP. Usualmente, a BPV não é instalada na grande maioria dos 
poços terrestres. 
 
Após a retirada do BOP, é instalado o adaptador para árvore de natal e 
a árvore de natal (Figura 1.4). Retira-se, então, a BPV e coloca-se o poço em 
produção. 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 8 
 
 
Figura 1.4 – Esquema Padrão de Poço Surgente 
 
 
1.2. PRESSÃO DE TRABALHO 
 
A pressão de trabalho é diferencial máximo de pressão que os 
equipamentos de superfície suportam, de dentro para fora, respeitando os 
limites de temperatura estabelecidos pelo API, desde que tenham sido 
aprovados nos testes estáticos de pressão. Dentro deste conceito, a API 
Specification 6A estabelece que os equipamentos fornecidos de acordo com 
seus critérios sejam especificados para as seguintes pressões de trabalho: 
 
1000 2000 3000 5000 10000 15000 20000 psi 
 
As válvulas e chokes com conexões rosqueadas são cobertos apenas 
para pressões máximas de 2, 3 e 5 KSI. Os equipamentos básicos (cabeça de 
revestimento, cabeça de produção) e acessórios (corpos de válvulas, chokes, 
etc.) com conexões flangeadas são cobertos para pressões de trabalho de 2 a 
20 KSI. 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 9 
Obviamente, a pressão de trabalho de um equipamento é limitada pelo 
componente de menor pressão de trabalho. A pressão de trabalho de um 
equipamento de superfície depende da temperatura a que o mesmo está 
submetido, razão pela qual, não tem sentido a informação de uma sem que a 
outra tenha sido informada. Neste trabalho, sempre que especificarmos a 
pressão de trabalho de um equipamento, estaremos considerando a mesma 
nas condições standard da API Spec 6A, ou seja, entre – 29 ºC e 121 ºC, que 
é o range de temperatura para o qual os equipamentos são projetados. 
 
Ocasionalmente os equipamentos de superfície e as válvulas são 
submetidos, por acidente ou de modo intencional a pressões maiores que as 
pressões de trabalho de projeto, notadamente durante operações de 
restauração e estimulação. Embora o equipamento quase sempre resista, 
estas práticas devem ser evitadas. 
 
Os equipamentos de superfície, que já tenham sido utilizados, devem 
suportar as pressões originais de trabalho, desde que sejam aprovados em 
novos testes de pressão antes de serem novamente instalados, pois não 
devem se deformar nas condições de trabalho. As pressões mencionadas 
nesse trabalho são restritas para os equipamentos feitos de materiais metálicos 
de acordo com a API Spec 6A. As partes não metálicas estão sujeitas às 
limitações de temperatura próprias dos elastômeros. Na prática, os 
fornecedores, vêem utilizando as borrachas nitrílicas para as temperaturas 
normais (-29 ºC a 121 ºC) e o viton (fluorcarbono) para altas temperaturas. 
 
As roscas também, em função das particularidades de projeto, 
apresentam pressões de trabalho que variam com cada tipo, em face disto, nos 
equipamentos de superfície que apresentarem roscas, essas limitações 
também deverão ser levadas em conta. 
 
A Tabela 1.1 apresenta pressões máximas de trabalho para as roscas 
comumente usadas nos equipamentos de superfície. 
 
 
TIPO DE ROSCA PRESSÃO DE TRABALHO (KSI) 
PRESSÃO DE 
TESTE (KSI) 
½” LP 10 15 
¾” – 2” LP 5 10 
2½” – 6” LP 3 6 
1.050” – 4½” EU e NU 5 10 
4½” – 10¾” CSG, BUT e EL 5 7,5 
11¾” – 133/8” CSG, BUT e EL 3 4,5 
16” - 20” CSG, BUT e EL 1,5 2,25 
 
Tabela 1.1 – Pressão de Trabalho e Pressão de Teste para Conexões Rosqueadas 
 
 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 10 
1.3. PRESSÃO DE TESTE 
 
 
A pressão de teste é definida pela API Spec 6A como sendo 1,5 (um e 
meio) ou 2 vezes o valor da pressão de trabalho. Os valores das pressões de 
trabalho e pressões de teste para conexões roscadas e extremidades 
flangeadas estão nas Tabelas 1.1 e 1.2 respectivamente. 
 
Da mesma forma que a pressão de trabalho, a pressão de teste de um 
equipamento é limitada pelo componente de menor pressão. 
 
 
PRESSÃO DE TESTE FLANGES API (KSI) PRESSÃO DE TRABALHO (KSI) 
ATÉ 13 5/8” MAIOR QUE 13 5/8” 
1 2 1,5 
2 4 3 
3 6 4,5 
5 10 7,5 
10 15 15 
15 22,5 - 
20 30 - 
 
Tabela 1.2 – Pressão de Trabalho e Pressão de Teste 
 
 
1.3.1. Procedimentos de Teste 
 
Os teste de fábrica devem ser efetuados antes da pintura dos 
equipamentos, à temperatura ambiente. 
 
Basicamente os testes hidrostáticos consistem em três partes: 
 
• período primário de sustentação da pressão; 
• redução da pressão a zero; 
• período secundário de sustentação da pressão de teste. 
 
Os períodos de sustentação da pressão de teste não devem ser 
menores que 3 minutos, começados a contar após atingir a pressão de teste. 
 
 
1.4. GARANTIA 
 
Como garantia para que os equipamentos de superfície suportem 
pressões de trabalho e pressões de teste, o API estabelece as dimensões dos 
flanges, as propriedades físicas e químicas dos materiais metálicos de 
fabricação dos equipamentos, e até mesmo o torque a ser aplicado nas porcas 
durante as montagens dos conjuntos. 
 
 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 11 
1.5. EFEITO DA TEMPERATURA 
 
A temperatura é o único fator fora do projeto de um equipamento de 
superfície,que reduz a pressão de trabalho para a qual o equipamento foi 
especificado. 
 
As partes metálicas dos equipamentos de superfície, fabricados 
conforme a API Spec 6A, são adequados para trabalharem em temperaturas 
entre –29 ºC a 121 ºC. Para temperaturas entre 121 ºC e 343 ºC há uma 
redução na pressão de trabalho para a qual o equipamento foi especificado. A 
nova pressão de trabalho do equipamento é uma função da temperatura de 
trabalho, conforme mostrado na Tabela 1.3. Acima de 343 ºC não é 
recomendada a utilização dos equipamentos fabricados conforme a API Spec 
6A, porque os aços começam a revenir em torno de 400 ºC, reduzindo a 
resistência mecânica. 
 
EFEITO DA TEMPERATURA 
TEMPERATURA 
°C °F 
PRESSÃO DE TRABALHO (PSI) 
- 29 à 121 - 20 à 250 2000 3000 5000 
149 300 1955 2930 4880 
177 350 1905 2860 4765 
204 400 1860 2785 4645 
232 450 1810 2715 4525 
260 500 1735 2605 4340 
288 550 1635 2455 4090 
316 600 1540 2310 3850 
343 650 1430 2145 3575 
 
Tabela 1.3 – Efeito da Temperatura na Pressão de Trabalho 
 
O revenido é um tratamento térmico que consiste em reaquecer os 
aços temperados (endurecidos) a temperaturas elevadas, seguindo-se um 
resfriamento lento. O revenido alivia as tensões internas criadas pelos bruscos 
resfriamentos nas temperas, mas reduz a dureza e aumenta o alongamento do 
aço temperado. 
 
 
1.6. MATERIAIS USADOS NA FABRICAÇÃO 
 
O API Spec 6A tece considerações sobre as características que os 
materiais usados na fabricação dos equipamentos de superfície devem possuir. 
Segundo essa norma, os materiais dos componentes dos equipamentos de 
superfície deverão ser fabricados com aço, tendo propriedades físicas e 
químicas iguais ou superiores àquelas listadas na Tabela 1.4: 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 12 
* A concentração pode variar de fornecedor para fornecedor 
 
Tabela 1.4 - Materiais Usados na Fabricação dos Equipamentos de Superfície 
 
A escolha do tipo de aço é função da aplicação e classe de pressão 
dos equipamentos que serão fabricados. 
 
Na PETROBRAS, grande parte dos equipamentos de superfície é 
confeccionada usando o aço tipo 2, em virtude de utilizarmos equipamentos 
com pressão de trabalho de até 10.000 psi. Também os materiais usados na 
fabricação dos parafusos, porcas, anéis metálicos seguem a especificação do 
API. 
 
Com relação aos materiais de vedação, a única afirmação existente 
nas normas API Spec 6A é de que os mesmos deverão ser capazes de 
suportar as condições de pressão e temperaturas estipuladas, além de serem 
compatíveis com os fluídos com os quais entrarão em contato. 
 
Para melhor compreensão deste trabalho, vamos definir 
resumidamente o que significa, aço carbono, aço liga, e aço inoxidável, visto 
que, nos equipamentos de superfície estes materiais são sempre usados. 
 
AÇO CARBONO: define-se metalurgicamente aços carbono como sendo ligas 
de ferro e carbono contendo até cerca de 2% de carbono. Entretanto, 
nos aços para equipamento de processo que são os que estamos 
estudando, a quantidade máxima de carbono é de 0,35%. Alem de 
ferro e carbono, esses aços contêm sempre alguma quantidade de 
manganês, enxofre e fósforo. Alguns aços poderão apresentar ainda 
pequena adição de silício, alumínio e cobre. 
 
MATERIAIS USADOS NA FABRICAÇÃO (API EPEC. 6 A) 
 
PRESSÃO DE 
TRABALHO.DE 
1.000 PSI 
PRESSÃO DE TRAB. 
DE 1.000, 2.000, 
5.000 E 10.000 PSI 
PRESSÃO DE 
TRAB. DE 15.000 
E 20.000 PSI 
PRESSÃO DE TRAB. 
2.000, 3.000 E 5000 
PSI, PARA FLANGE COM 
PESCOÇO PARA SOLDA 
PROPRIEDADE AÇO TIPO 1 AÇO TIPO 2 AÇO TIPO 3 AÇO TIPO 4 
Tensão de 
escoamento (psi) 70.000 90.000 100.000 70.000 
Limite de escoamento 
mínimo (psi) 36.000 60.000 75.000 45.000 
Elongação mínima 
em 2” (%) 21 18 17 19 
Redução da área 
mínima (%) - 35 35 32 
Carbono , % máxima * * * 0,35 
Manganês, % máxima * * * 0,90 
Enxofre, % máxima * * * 0,05 
Fósforo, % máxima * * * 0,05 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 13 
AÇOS LIGA: recebem a denominação geral de aços-liga todos os aços que 
possuem qualquer quantidade de outros elementos, além dos que 
entram normalmente na composição química dos aços-carbono. Esses 
elementos adicionais são denominados elementos de liga. Conforme a 
percentagem total de elementos de liga presentes, distinguem-se três 
classes de aços de liga: 
 
• aços de baixa liga – até 5% de elementos de liga; 
• aços de média liga – de 5% a 10% de elementos de liga; 
• aços de alta liga – mais de 10% de elementos de liga. 
 
AÇOS INOXIDÁVEIS: são aços de alta liga, contendo pelo menos 12% de 
cromo, o que lhes confere a propriedade de não enferrujar, mesmo em 
exposição prolongada a atmosfera normal, embora isso não signifique 
que não se enferrujem em nenhuma outra situação. 
 
1.7. PASSAGEM VERTICAL 
 
A fim de permitir a passagem de ferramentas e equipamentos de fundo 
de poço, o diâmetro de passagem mínimo dos componentes dos equipamentos 
de superfície deverá ser aproximadamente 1/32” maior que o drift do 
revestimento ao qual o equipamento está acoplado. 
 
1.8. FLANGES API 
 
Grande parte dos equipamentos de superfície apresentam flanges nas 
partes superiores e/ou inferiores e ainda nas partes laterais. 
 
A padronização destes flanges também consta da norma API Spec 6A, 
que cita as características, dimensões e propriedades que os mesmos devem 
possuir. Esta norma classifica dois tipos de flanges, a saber: 
 
• Tipo 6B ( para pressões de 2 a 5 KSI ); 
• Tipo 6BX ( para pressões de 5 a 20 KSI ), com exceção do flange de 26 ¾”, 
que existe apenas nas pressões de 2 e 3 KSI. 
 
Nos flanges dos equipamentos de superfície existem recessos 
circulares que servem como alojamento do anel metálico usado na vedação 
entre os dois flanges. O flange tipo 6B exige o uso de anéis do tipo R ou RX, e 
o flange tipo 6BX requer o uso de anéis tipo BX. Algumas características 
desses anéis serão vistas mais adiante. 
 
Os flanges apresentam ainda furos distribuídos ao longo do seu corpo, 
que servem para a colocação dos parafusos estojo, usados no aperto entre os 
mesmos. 
 
Os flanges são classificados de acordo com o seu tipo (B ou BX), seu 
diâmetro nominal e pressão de trabalho. Com estes três dados é possível 
identificarmos todas as demais características do flange. 
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 14 
O diâmetro nominal de um flange, na notação atual, coincide com o 
seu “bore” ou diâmetro de passagem. Desta maneira, um flange classificado 
como 7 1/16” - 5000 psi significa dizer que o mesmo possui diâmetro de 
passagem de 7 1/16” e é recomendado para pressão de trabalho máxima de 
5000 psi. 
 
Nas Tabelas 1.5 e 1.6 estão listadas as principais características dos 
flanges, que possibilitam a identificação dos mesmos. 
 
 
 
Tabela 1.5 - Tabela de Dimensões dos Flanges API Tipo 6B e 6BX 
 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 2.000 PSI ( 138 bar ) 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 3.000 PSI ( 207 bar ) 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 5.000 PSI ( 345 bar ) 
 
FLANGES API TIPO 6B 
PARAFUSOS 
Aproximado 
Standoff - 
Distância 
 
 
 
Diam. 
Nominal 
( in ) ( mm ) 
 
 
Antiga 
Denominação 
 
 
 
Diametro 
Externo 
( in ) ( mm ) Quantidade 
Diametro 
( in ) 
Comprimento 
 ( in ) ( mm ) 
 
 
 
Anel 
API R RX 
2 1/16 52,4 2 6 ½ 165 8 5/8 4 ½ 114 23 3/16 15/32 
2 9/16 65,1 2 ½ 7 ½ 191 8 ¾ 5 127 26 3/16 15/32 
3 1/8 79,4 3 8 ¼ 210 8 ¾ 5 ¼ 133 31 3/16 15/32 
4 1/16 103,2 4 10 ¾ 273 8 7/8 6 152 37 3/16 15/32 
5 1/8 130 5 13 330 8 1 6 ¾ 171 41 3/16 15/32 
7 1/16 179,4 6 14 356 12 1 7 178 45 3/16 15/32 
9 228,6 8 16 ½ 419 12 1 1/8 8 203 49 3/16 15/32 
11 279,4 10 20 508 16 1 ¼ 8 ¾ 222 53 3/16 15/32 
13 5/8 346,1 12 22 559 20 1 ¼ 9 229 57 3/16 15/32 
16 ¾ 425,516 27 686 20 1 ½ 10 ¼ 260 65 3/16 15/32 
21 ¼ 539,8 20 32 813 24 1 5/8 11 ¾ 298 73 1/8 19/32 
2 1/16 52,4 2 8 ½ 216 8 7/8 6 152 24 3/16 15/32 
2 9/16 65,1 2 ½ 9 5/8 244 8 1 6 ½ 165 27 3/16 15/32 
3 1/8 79,4 3 9 ½ 241 8 7/8 6 152 31 3/16 15/32 
4 1/16 103,2 4 11 ½ 292 8 1 1/8 7 178 37 3/16 15/32 
5 1/8 130 5 13 ¾ 350 8 1 ¼ 7 ¾ 197 41 3/16 15/32 
7 1/16 179,4 6 15 381 12 1 1/8 8 203 45 3/16 15/32 
9 228,6 8 18 ½ 470 12 1 3/8 9 229 49 3/16 15/32 
11 279,4 10 21 ½ 546 16 1 3/8 9 ½ 241 53 3/16 15/32 
13 5/8 346,1 12 24 610 20 1 3/8 10 ¼ 260 57 3/16 15/32 
16 ¾ 425,5 16 27 ¾ 705 20 1 5/8 11 ¾ 298 66 5/32 15/32 
20 ¾ 527 20 33 ¾ 857 20 2 14 ½ 368 74 3/16 23/32 
2 1/16 52,4 2 8 ½ 216 8 7/8 6 152 24 3/16 15/32 
2 9/16 65,1 2 ½ 9 5/8 244 8 1 6 ½ 165 27 3/16 15/32 
3 1/8 79,4 3 10 ½ 267 8 1 1/8 7 ¼ 184 35 3/16 15/32 
4 1/16 103,2 4 12 ¼ 311 8 1 ¼ 8 203 39 3/16 15/32 
5 1/8 130 5 14 ¾ 375 8 1 ½ 10 254 44 3/16 15/32 
7 1/16 179,4 6 15 ½ 394 12 1 3/8 10 ¾ 273 46 1/8 15/32 
9 228,6 8 19 483 12 1 5/8 12 305 50 5/32 15/32 
11 279,4 10 23 584 12 1 7/8 13 ¾ 349 54 5/32 15/32 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 15 
FLANGE API 
 
FLANGE API TIPO 6BX 
 
Tabela 1.6 - Tabela de Dimensão dos Flanges API TIPO 6BX 
 
FLANGES API TIPO 6BX 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 2000 PSI 
PARAFUSOS Diâmetro 
nominal 
(pol) (mm) 
Diâmetro 
externo 
(pol) (mm) Quantidade 
Diâmetro 
(pol) 
Comprimento 
(pol) (mm) 
Anel 
API 
26 ¾ 680 41 1040 20 1 ¾ 13 ¾ 349 BX – 167 
30 762 44,19 1125 32 1 5/8 14 ¼ 362 BX – 303 
 
 
 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 3OOO PSI - ( 207 bar ) 
26 ¾ 680 43,38 1100 24 2 17 432 BX – 168 
30 762 46,68 1185 32 1 7/8 17 ¾ 451 BX – 303 
 
 
 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 5000 PSI – ( 345 bar ) 
13 5/8 346,1 26 ½ 673 16 1 5/8 12 ½ 318 BX – 160 
16 ¾ 425,5 30 3/8 772 16 1 7/8 14 ½ 368 BX – 162 
18 ¾ 476,3 35 5/8 905 20 2 17 ½ 445 BX – 163 
21 ¼ 539,7 39 991 24 2 18 ¾ 476 BX – 165 
 
 
 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 10.000 PSI ( 690 bar ) 
1 13/16 46,0 7 3/8 187 8 ¾ 5 127 BX – 151 
2 1/16 52,4 7 7/8 200 8 ¾ 5 ¼ 133 BX – 152 
2 9/16 65,1 9 1/8 232 8 7/8 6 152 BX – 153 
3 1/16 77,8 10 5/8 270 8 1 6 ¾ 171 BX – 154 
4 1/16 103,2 12 7/16 316 8 1 1/8 8 203 BX – 155 
5 1/8 130,2 14 1/16 357 12 1 1/8 8 ¾ 222 BX – 169 
7 1/16 179,4 18 7/8 479 12 1 ½ 11 ¼ 286 BX – 156 
9 228,6 21 ¾ 552 16 1 ½ 13 330 BX – 157 
11 279 25 ¾ 655 16 1 ¾ 15 381 BX – 158 
13 5/8 346,1 30 ¼ 768 20 1 7/8 17 ¼ 438 BX – 159 
16 ¾ 425,5 34 5/16 872 24 1 7/8 17 ½ 445 BX – 162 
18 ¾ 476,3 40 15/16 1040 24 2 ¼ 22 ¼ 572 BX – 164 
21 ¼ 539,8 45 1143 24 2 ½ 24 ½ 662 BX – 166 
ESPECIFICAÇÃO DO FLANGE API TIPO 6BX COM 15.000 PSI DE PRESSÃO DE TRABALHO 
Diâmetro 
Nominal (pol) 
Diâmetro 
(pol) 
Espessura 
(pol) 
Número de 
Estojos 
Diâmetro dos 
Estojos (pol) 
Diâmetro Circ. 
Furação 
Número do 
anel API 
1 11/16 7 5/8 1 ¾ 8 3/4 x 5 ¼ 6 BX –150 
1 13/16 8 3/16 1 25/32 8 7/8 x 5 ½ 6 5/16 BX –151 
2 1/16 8 ¾ 2 8 7/8 x 6 6 7/8 BX –152 
2 9/16 10 2 ¼ 8 1 x 6 ¾ 7 7/8 BX –153 
3 1/16 11 5/16 2 17/32 8 1 1/8 x 7 ½ 9 1/16 BX –154 
4 1/16 14 3/16 3 3/32 8 1 3/8 x 9 ¼ 11 7/16 BX –155 
7 1/16 19 7/8 4 11/16 16 1 ½ x 12 ¾ 16 7/8 BX –156 
9 25 ½ 5 ¾
 
 16 1 7/8 x 15 ¾ 21 ¾ BX –157 
11 32 7 3/8 16 2 x 19 ¼ 28 BX –158 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 16 
 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 15.000 psi ( 1035 bar ) 
1 13/16 46,0 8 3/16 208 8 7/8 5 ½ 140 BX – 151 
2 1/16 52,4 8 ¾ 222 8 7/8 6 152 BX – 152 
2 9/16 65,1 10 254 8 1 6 ¾ 171 BX – 153 
3 1/16 77,8 11 5/16 287 8 1 1/8 7 ½ 191 BX – 154 
4 1/16 103,2 14 3/16 360 8 1 3/8 9 ¼ 235 BX – 155 
7 1/16 179,4 19 7/8 505 16 1 ½ 12 ¾ 324 BX – 156 
9 228,6 25 ½ 648 16 1 7/8 15 ¾ 400 BX – 157 
11 279,4 32 813 20 2 19 ¼ 489 BX – 158 
13 5/8 346 34,88 885 20 2 ¼ 21 ¼ 539,8 BX – 159 
18 ¾ 476 45 ¾ 1160 20 3 26 ¾ 679,5 BX – 164 
 
 
PRESSÃO DE TRABALHO: 20.000 PSI ( 3435 bar ) 
1 13/16 46,0 10 1/8 257 8 1 7 ½ 191 BX – 151 
2 1/16 52,4 11 5/16 287 8 1 1/8 8 ¼ 210 BX – 152 
2 9/16 65,1 12 13/16 325 8 1 ¼ 9 ¼ 235 BX – 153 
3 1/16 77,8 14 1/16 357 8 1 3/8 10 254 BX – 154 
4 1/16 103,2 17 9/16 446 8 1 ¾ 12 ¼ 311 BX – 155 
7 1/16 179,4 25 13/16 656 16 2 17 ½ 445 BX – 156 
9 228 31,69 805 16 2 ½ 22 3/8 568,3 BX - 157 
11 279 34,75 880 16 2 ¾ 23 ¾ 603,3 BX – 158 
13 5/8 346 45,75 1160 20 3 30 762 BX - 159 
 
 
 
 
 17 
 
 
 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 2Capítulo 2Capítulo 2Capítulo 2 
 
 
CABEÇAS E SUSPENSORES 
DE REVESTIMENTO 
 
 
 
 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 19 
 
2.1. CABEÇA DE REVESTIMENTO 
 
A cabeça de revestimento é um equipamento rosqueado e/ou soldado 
ao revestimento de superfície que sustenta o revestimento intermediário 
(quando existir), o revestimento de produção, a coluna de produção presa à 
cabeça de produção através de um suspensor e a árvore de natal (Figura 1.4). 
 
A cabeça de revestimento oferece também o apoio para o 
Equipamento de Segurança de Cabeça de Poço (ESCP) imprescindível para os 
trabalhos de perfuração. 
 
O seu corpo compreende basicamente uma parte interna com 
alojamento apropriado para receber o suspensor de revestimento, uma parte 
superior flangeada ou com porca e uma parte inferior que pode ser dotada de 
rosca caixa, ou pino, ou com guia para solda. As cabeças com flange superior 
podem ser fornecidas com ou sem parafusos prisioneiras do suspensor. 
 
As cabeças de revestimento são fornecidas, normalmente, com saídas 
laterais com rosca caixa 2” LP, estojadas ou flangeadas no tamanho 2 1/16”. As 
saídas estojadas e flangeadas apresentam também rosca caixa 1 ½” LP para 
colocação de VR plug, que é um plugue que permite a retirada da válvula 
lateral da cabeça, mesmo que haja pressão no anular. 
 
A cabeça de revestimento deve ter uma pressão de trabalho 
compatível com pressão estática da formação, na profundidade final que o 
próximo revestimento será descido. 
 
O suspensor de revestimento é um dispositivo que assenta no corpo 
da cabeça de revestimento e tem como finalidade manter suspensa a próxima 
coluna de revestimento e proporcionar vedação entre o revestimento suspenso 
e o corpo da cabeça. O tipo mais usual consta de um conjunto único com 
cunhas de fixação e engaxetamento de vedação. Seu assentamento é feito 
mediante o envolvimento do revestimento, por meio de um sistema de trinco e 
dobradiça, e descida através do BOP. Quando o revestimento é liberado do 
elevador, logo após a cimentação do poço, teremos automaticamente um 
perfeito assentamento e vedação do espaço anular entre os dois 
revestimentos. 
 
Neste trabalho usaremos a nomenclatura do fabricante CBV por ser 
esta a mais usual no campo. 
 
Os principais tipos de cabeças de revestimento são: CR ou CM, C-22, 
C-29 e C-29-L. 
 
2.2. CABEÇA DE REVESTIMENTO TIPO CR OU CM 
 
É o tipo de cabeça de menor custo. É indicado para pressões máximas 
de até 2000 psi, razão pela qual é sempre usada em poços de campos não 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 20 
muito profundos, onde apenas o revestimento de superfície e o revestimento de 
produção são descidos. 
 
A conexão inferior da cabeça pode ser fornecida com rosca tipo caixa 
ou pino, sendo as mais comuns as com roscas caixa 9 5/8” BUTTRESS e 10 ¾” 
BUTTRESS (Figura 2.1). 
 
Na parte superior do corpo apresenta rosca externa, cuja principal 
finalidade é permitir a instalação de um flange adaptador para a colocação do 
BOP, visto que essas cabeças não possuem flange superior, mas apenas uma 
porca de aperto (Figura 2.2). 
 
Quando a rosca superior for do tipo ACME a cabeça é dita CR e 
quando a rosca superior for do tipo “8 RD CASING” ela é dita CM. Apresentanormalmente duas saídas laterais com rosca caixa 2” LP. 
 
Figura 2.1 – Cabeça CR ou CM e Suspensor Tripartido 
 
 
Tabela 2.1 – Especificação Cabeça CR ou CM 
 
 
 
 
 
Cabeça de Revestimento 
Tipo CR/CM 
Suspensor cabeça CR/CR 
 
NOMINAL SAÍDA 
LATERAL 
ROSCA 
SUPERIOR 
ROSCA 
INFERIOR 
9 5/8” CSG 9 5/8” x 5 ½” 2” LP 13 3/8” – 8NA – 2G 9 5/8” BUTTRESS 
9 5/8” CSG 9 5/8” x 7” 2” LP 13 3/8” – 8NA – 2G 9 5/8” BUTTRESS 
10 ¾” CSG 10 ¾” x 5 ½” 2” LP 13 3/8” – 8NA – 2G 10 ¾” BUTTRESS 
10 ¾” CSG 
11” 
10 ¾” x 7” 2” LP 13 3/8” – 8NA – 2G 10 ¾” BUTTRESS 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 21 
 
 
 
 
 
 
C.R Tipo CR/CM 
Figura 2.2 – Flange Adaptador Para BOP 
 
 
2.3. SUSPENSOR TIPO CR/CM 
 
O conjunto de suspensão da cabeça de revestimento CM/CR é 
composto, basicamente, de uma cunha tri-partida e articulada, uma borracha 
de vedação interiça e um anel metálico também inteiriço, como mostrado na 
figura anterior (Figura 2.1). 
 
Sua colocação é muito simples, bastando após a cimentação, abrir a 
cunha, envolver o tubo de revestimento, fechar a cunha e travá-la com 
parafuso ALLEN. 
 
Após o assentamento da cunha no alojamento da cabeça e retirada do 
BOP, a borracha de vedação e o anel metálico são colocados apertados com a 
porca da cabeça de revestimento. 
 
 
2.4. CABEÇA DE REVESTIMENTO C-22 
 
Possui rosca caixa ou encaixe para solda na extremidade inferior e 
flange na extremidade superior. 
 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 22 
O alojamento interno paralelo evita que os tampões usados na 
cimentação fiquem presos, evita danos na área de vedação pelas brocas. 
 
Essas cabeças aceitam os suspensores de revestimento tipo C-22 e 
podem ser fornecidos com conexão inferior roscada, ou encaixe para solda 
com base de apoio. As saídas laterais podem ser fornecidas com rosca API 2” 
LP ou 2 1/16” flangeada. Os flanges superiores são disponíveis em pressões de 
trabalho até 10.000 psi (Figura 2.3 e 2.4). 
 
 
 
Figura 2.3 – Desenho e Especificações da Cabeça C-22 
 
Para a especificação da cabeça de revestimento deve ser fornecido: o 
fabricante, tipo da cabeça, rosca do revestimento no qual está enroscada, size 
e pressão de trabalho do flange superior. 
 
 
CABEÇA DE REVESTIMENTO / CBV / C-22 10 ¾” CSG X 13 5/8 - 3000 psi 
CABEÇA DE REVESTIMENTO / CBV / C-29-L 10 ¾” CSG X 11 - 5000 psi 
 
FLANGE CABEÇA DE 
REVEST. C-22 NOMINAL 
( IN ) 
PRESSÃO 
( PSI ) 
REVEST. QUE 
PODE SER 
ACUNHADO 
( IN ) 
REVESTIMENTO 
EM QUE PODE 
SER POSICONADA 
( IN ) 
9 2000 4 ½ – 5 ½ 7 5/8 
9 2000 4 ½ – 5 ½ 8 5/8 
11 2000 4 ½ – 7 5/8 9 5/8 
11 2000 4 ½ – 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 2000 5 ½ – 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 2000 5 ½ – 10 ¾ 11 ¾ 
13 5/8 2000 5 ½ – 10 ¾ 13 3/8 
16 ¾ 2000 9 5/8 – 11 ¾ 16 
Pressão de 
trabalho 
2000 psi 
21 ¼ 2000 10 ¾ – 16 20 
9 3000 4 ½ – 5 ½ 7 5/8 
9 3000 4 ½ – 5 ½ 8 5/8 
11 3000 4 ½ -–7 5/8 9 5/8 
11 3000 4 ½ – 7 5/8 9 5/8 
13 5/8 3000 5 ½ – 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 3000 5 ½ – 8 5/8 11 ¾ 
13 5/8 3000 5 ½ – 10 ¾ 13 3/8 
16 ¾ 3000 9 5/8 – 11 ¾ 16 
Pressão de 
trabalho 
3000 psi 
21 ¼ 3000 10 ¾ – 16 20 
9 5000 4 ½ – 5 ½ 8 5/8 
11 5000 4 ½ – 7 9 5/8 
11 5000 4 ½ – 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 5000 5 ½ – 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 5000 5 ½ – 8 5/8 11 ¾ 
13 5/8 5000 5 ½ – 10 ¾ 13 3/8 
16 ¾ 5000 9 5/8 – 11 ¾ 16 
 
 
 
 
 
Cabeça C –22, 
solda e rosca 
Pressão de 
trabalho 
5000 psi 
21 ¼ 5000 10 ¾ – 16 20 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 23 
2.5. SUSPENSOR DE REVESTIMENTO TIPO C-22 
 
É do tipo envolvente, fechando automaticamente contra o corpo do 
tubo, o que reduz drasticamente seu custo de instalação. O corpo, as cunhas e 
os elementos de vedação fazem parte de um único conjunto. O engaxetamento 
expande-se vedando o espaço anular revestimento/cabeça de revestimento, 
quando o peso do revestimento é transferido para as cunhas. Isto permite a 
vedação total do espaço anular antes de remover o BOP e cortar, com 
maçarico, o revestimento (Figura 2.5) de maneira a eliminar possibilidades de 
explosão ou incêndio. 
 
 
 
 
Figura 2.4 – Desenho e Foto da Cabeça C-22 
 
 
 
 
Figura 2.5 – Suspensor de Revestimento Tipo C-22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2.2 – Especificações do Suspensor C-22 
 
 
2.6. CABEÇA DE REVESTIMENTO C-29 E C-29-L 
 
Existem dois tipos principais: 
 
• Com a extremidade inferior roscada; 
• Com a extremidade inferior com base de assentamento e encaixe para 
solda. 
 
As cabeças C-29 e C-29-L são duas polegadas maior em comprimento 
que a C-22 para aceitar o suspensor de revestimento C-29 que é projetado 
para um mínimo de deformação do revestimento. 
 
A cabeça de revestimento C-29 pode vir equipada com parafusos 
prisioneiros, no seu flange superior, que quando atuados energizam o 
suspensor ou revestimento. 
 
Quando a cabeça C-29 é dotada de parafusos prisioneiros, passa a ser 
denominada C-29-L (Figura 2.6). 
 
A cabeça C-29-L com base de assentamento é usada em geral nos 
poços do mar, sendo o tamanho 21 ¼“ x 2000 psi com base de 20” para solda, 
o mais usado na PETROBRAS (Figura 2.7). 
 
 
POLEGADAS - INCHES TAMANHO - SIZE 
D L 
11 x 4 ½ 10 13/16 8 1/16 
11 x 5 10 13/16 8 1/16 
11 x 5 ½ 10 13/16 8 1/16 
11 x 7 10 13/16 8 1/16 
11 x 7 5/8 10 13/16 8 1/16 
11 x 8 5/8 10 13/16 8 1/16 
13 5/8 x 5 ½ 13 7/16 8 1/16 
13 5/8 x 7 13 7/16 8 1/16 
13 5/8 x 7 5/8 13 7/16 8 1/16 
13 5/8 x 9 5/8 13 7/16 8 1/16 
13 5/8 x 10 ¾ 13 7/16 8 1/16 
16 ¾ x 9 5/8 16 9/16 9 
16 ¾ x 10 ¾ 16 9/16 9 
21 ¼ x 13 3/8 20 1/16 9 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 25 
 
Figura 2.6 – Cabeça Tipo C-29 
 
 
 
 
 
Cabeça de Revestimento C-29 
com Base Assentamento 
Cabeça de Revestimento C-29-L 
com Base Assentamento 
 
Figura 2.7 – Cabeça de Revestimento com Base de Assentamento 
 
A Figura 2.8, mostra um desenho esquemático em corte das cabeças de 
revestimento tipo C-29 e C-29L, além das suas especificações. 
 
 
 
Cabeça de Revestimento C-29 Cabeça de Revestimento C-29-L 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 26 
Figura 2.8 - Desenho e Especificação C.R. C-29 e C-29-L 
 
 
2.7. SUSPENSOR DE REVESTIMENTO TIPO C-29 
 
O suspensor C-29 foi projetado para fornecer 
uma comprensão controlada, o que possibilita uma 
redução na deformação do revestimento, muito acima 
dos suspensores convencionais. Possui ainda 
capacidade de suspensão maior que a resistência à 
tração das juntas do revestimento (Figura 2.9). Sua 
instalação é praticamente igual à do suspensor C-22. 
 
 
 
Figura 2.9 – Suspensor C-29 
 
 
 
2.8. CABEÇA DE REVESTIMENTO TIPO CARRETEL 
 
É o equipamento destinado a sustentar o revestimento de produção 
quando houver a necessidade da descida do revestimento inermediário. Trata-
se de um equipamento idêntico à cabeça de revestimento, diferindo apenas por 
possuir dois flanges e no flange inferior possuir engaxetamento. Utiliza, 
inclusive, os mesmos suspensores de revestimento especificados para as 
cabeças de revestimento. 
 
FLANGE CABEÇA DE 
REVEST. C-29 
E C29L Nominal ( in ) 
Pressão 
( psi ) 
REVEST. QUE 
PODE SER 
ACNUNADO 
( IN ) 
REVESTIMENTO 
EM QUE PODE 
SER 
POSICONADA 
( IN ) 
11 2000 4 ½ - 7 5/8 9 5/8 
11 2000 4 ½ - 8 5/8 10 ¾ 
13 5/8 2000 5 ½ - 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 2000 5 ½ - 8 5/8 11 ¾ 
13 5/8 2000 5 ½ - 10 ¾ 13 3/8 
16 ¾ 2000 9 5/8 – 11 ¾ 16 
Pressão detrabalho de 
2000 psi 
21 ¼ 2000 10 ¾ - 16 20 
11 3000 4 ½ - 6 5/8 8 5/8 
11 3000 4 ½ - 7 9 5/8 
11 3000 4 ½ - 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 3000 5 ½ - 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 3000 5 ½ - 8 5/8 11 ¾ 
13 5/8 3000 5 ½ - 10 ¾ 13 3/8 
16 ¾ 3000 9 5/8 – 11 ¾ 16 
Pressão de 
trabalho de 
3000 psi 
20 ¾ 3000 10 ¾ - 16 20 
11 5000 4 ½ - 6 5/8 8 5/8 
11 5000 4 ½ - 7 5/8 9 5/8 
11 5000 4 ½ - 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 5000 5 ½ - 7 5/8 10 ¾ 
13 5/8 5000 5 ½ - 8 5/8 11 ¾ 
13 5/8 5000 5 ½ - 10 ¾ 13 3/8 
16 ¾ 5000 9 5/8 – 11 ¾ 16 
 
 
 
 
 
 
 
Cabeça de 
revestimento tipo C29 
e C29L 
Pressão de 
trabalho 
5000 psi 
21 ¼ 5000 10 ¾ - 16 20 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 27 
A função do engaxetamento é promover uma vedação secundária, 
permitindo que os fluidos do poço fiquem confinados no interior da cabeça de 
revestimento tipo carretel, não permitindo que os mesmos entrem em contato 
com o anel metálico de vedação do flange inferior ou com o engaxetamento do 
suspensor da cabeça de revestimento de superfície. 
 
Os tipos mais usuais são: C-22-00 (Figura 2.10), C-29-00 e C-29-L-00 
(Figura 2.10 e 2.11). O índice “ 00 ” indica a presença de duas gaxetas de 
vedação no flange inferior. 
 
 
 
Carretel C-22 Carretel C-29L 
Figura 2.10 – Cabeça de Revestimento Tipo Carretel 
 
 
FLANGE SUPERIOR 
 
FLANGE INFERIOR PRESSÃO DE 
TRABALHO 
 ( PSI ) DIÂMETRO 
NOMINAL 
( IN ) 
PRESSÃO 
( PSI ) 
REVESTIMENTO 
A ANCORAR 
( IN ) 
DIÂMETRO 
NOMINAL 
( IN ) 
PRESSÃO 
( PSI ) 
REVESTIMENTO 
VEDAÇÃO 
SECUNDÁRIA ( IN ) 
9 2000 4 ½ – 5 ½ 11 2000 7 – 9 5/8 
11 2000 4 ½ – 7 5/8 11 2000 7 – 9 5/8 
11 2000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 2000 7 5/8 – 10 ¾ 
13 5/8 2000 7 – 10 ¾ 16 ¾ 2000 9 5/8 – 13 3/8 
2000 PSI 
16 ¾ 2000 9 5/8 – 11 ¾ 21 ¼ 2000 10 ¾ - 16 
 
 
9 3000 4 ½ – 5 ½ 11 3000 7 – 9 5/8 
9 3000 4 ½ – 5 ½ 11 2000 7 – 9 5/8 
11 3000 4 ½ – 7 11 3000 7 – 9 5/8 
11 3000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 2000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 3000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 3000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 3000 4 ½ – 8 5/8 16 ¾ 2000 9 5/8 – 13 3/8 
11 3000 4 ½ – 8 5/8 16 ¾ 3000 9 5/8 – 13 3/8 
13 5/8 3000 7 – 10 ¾ 16 ¾ 3000 9 5/8 – 13 3/8 
3000 PSI 
16 ¾ 3000 9 5/8 – 11 ¾ 21 ¼ 2000 10 ¾ – 16 
 
 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 28 
9 5000 4 ½ – 5 ½ 11 3000 7 – 9 5/8 
11 5000 4 ½ – 7 11 5000 7 – 9 5/8 
11 5000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 3000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 5000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 5000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 5000 4 ½ – 8 5/8 16 ¾ 3000 9 5/8 – 13 3/8 
13 5/8 5000 7 – 10 ¾ 16 ¾ 3000 9 5/8 – 13 3/8 
13 5/8 5000 7 – 10 ¾ 16 ¾ 5000 9 5/8 – 13 3/8 
13 5/8 5000 7 – 10 ¾ 21 ¼ 2000 10 ¾ – 16 
5000 PSI 
13 5/8 5000 7 – 10 ¾ 20 ¾ 3000 10 ¾ – 16 
 
Tabela 2.3 - Especificação Carretel de revestimento C-22 e C-22-BP 
 
 
Tabela 2.4 - Especificação Carretel de Revestimento C-29 e C-29-L 
FLANGE SUPERIOR FLANGE INFERIOR PRESSÃO DE 
TRABALHO 
 ( PSI ) DIÂMETRO 
NOMINAL 
( IN ) 
PRESSÃO 
( PSI ) 
REV. A 
ANCORAR 
( IN ) 
DIÂMETRO 
NOMINAL 
( IN ) 
PRESSÃO 
( PSI ) 
REV. – VEDAÇÃO 
SECUNDÁRIA ( IN ) 
11 2000 4 ½ – 7 11 2000 7 – 9 5/8 
11 2000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 2000 7 5/8 – 10 ¾ 2000 PSI 
11 2000 4 ½ – 8 5/8 16 ¾ 2000 9 5/8 – 13 5/8 
 
11 3000 4 ½ – 7 11 3000 7 – 9 5/8 
11 3000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 2000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 3000 4 ½ – 7 5/8 13 5/8 3000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 3000 4 ½ - 7 5/8 13 5/8 2000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 3000 4 ½ – 8 5/8 16 ¾ 3000 9 5/8 – 13 5/8 
13 5/8 3000 7 – 10 ¾ 13 5/8 3000 7 5/8 – 10 ¾ 
13 5/8 3000 7 – 10 ¾ 16 ¾ 2000 9 5/8 – 13 5/8 
3000 PSI 
13 5/8 3000 7 – 10 ¾ 16 ¾ 3000 9 5/8 – 13 5/8 
 
11 5000 4 ½ – 7 11 3000 7 – 9 5/8 
11 5000 4 ½ – 7 13 5/8 2000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 5000 4 ½ – 7 13 5/8 3000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 5000 4 ½ – 7 13 5/8 5000 7 5/8 – 10 ¾ 
13 5/8 5000 7 – 9 5/8 16 ¾ 3000 7 5/8 – 11 ¾ 
13 5/8 5000 7 – 9 5/8 16 ¾ 5000 7 5/8 – 11 ¾ 
13 5/8 5000 7 – 9 5/8 21 ¼ 2000 13 5/8 – 16 
5000 PSI 
13 5/8 5000 7 – 9 5/8 20 ¾ 3000 13 5/8 – 16 
 
11 10000 4 ½ – 7 13 5/8 5000 7 5/8 – 10 ¾ 
11 10000 4 ½ – 7 13 5/8 10000 7 5/8 – 10 ¾ 
13 5/8 10000 7 – 9 5/8 16 ¾ 5000 9 5/8 – 11 ¾ 
10000 PSI 
13 5/8 10000 7 – 9 5/8 21 ¼ 5000 13 5/8 
 
15000 PSI 11 15000 4 ½ – 7 13 5/8 10000 7 – 9 5/8 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 29 
Poço de 36” com
Revestimento de 30”
Poço de 26” com
Revestimento de 20”
Poço de 17 1/2” com
Revestimento de 13 3/8”
Poço de 12 1/4” com
Revestimento de 9 5/8”
Poço de 8 1/2” com
Revestimento de 7”
 
 
 
C.R. Tipo Carretel C-29 C.R. Tipo Carretel C-29-L 
 
Figura 2.11 – Cabeça de Revestimento Tipo Carretel C-29 e C-29L 
 
2.9. MONTAGEM, INSTALAÇÃO E TESTES DOS EQUIPAMENTOS 
DE SUPERFÍCIE 
 
Na Figura 2.12 abaixo, estão mostrados um desenho esquemático do 
cabeçal de revestimento e da composição dos revestimentos descidos. Como 
pode ser visto, a cabeça de revestimento, é enroscada no revestimento de 
superfície, e oferece um perfil interno para o alojamento do “casing hanger” que 
ancora o revestimento intermediário. Sobre o flange superior da cabeça de 
revestimento é instalada a cabeça de revestimento tipo carretel, em cujo 
perfil interno será instalado o suspensor que ancora o revestimento de 
produção. Sobre o flange superior do carretel de revestimento é instalada a 
cabeça de produção que “veste” o revestimento de produção promovendo 
através de gaxetas a vedação entre o revestimento de produção e a cabeça de 
produção. 
 
 
 
Cabeçal de Revestimento Esquema dos Revestimentos 
 
Figura 2.12 – Cabeçal e Composição de Revestimentos 
 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 30 
Normalmente a cimentação do revestimento seguinte atinge a sapata 
do revestimento anterior. Podem existir situações onde não se faça necessário 
ou seja impraticável este procedimento. 
 
Após a cimentação e ancoragem do revestimento em cada uma das 
fases da perfuração, o revestimento deve ser cortado e preparado (biselado) 
para receber o flange da cabeça imediatamente superior, de modo a promover 
a vedação secundária. O comprimento “L” deixado para receber o flange 
inferior do equipamento que esta sendo instalado é função da posição das 
gaxetas de vedação secundária localizadas no interior deste último. Esse 
comprimento pode variar, normalmente é de 6 +/- ¼” polegadas para os 
equipamentos da FMC/CBV (Figura 2.13). É sempre recomendável medir o 
comprimento interno do recesso do carretel superior que abrigará a 
extremidade do revestimento mais a altura do anel antes de cortar o 
revestimento. 
 
Figura 2.13 – Corte e Vedação Secundária do Revestimento 
 
A segunda coluna da Figura 2.13 acima, mostra o detalhe da vedação 
secundária estabelecida entre o engaxetamento do flange superior e o tubo de 
revestimento. A vedação primária ocorre entre o revestimento e o “casing 
hanger” energizado. Na base do flange superior pode ser visto uma abertura 
lateral que permite o acesso e teste de estanqueidade do suspensor de 
revestimento e do engaxetamento do flange superior. Esse “test port” deve ser 
sempre utilizado para testar as vedações após a montagem dos equipamentos. 
 
2.10. ACESSÓRIOS DO CABEÇAL DE REVESTIMENTO 
 
2.10.1. BUCHA ADAPTADORA (Bucha de Redução) 
 
Equipamento que faz a compatibilização entre os flanges das cabeças 
de revestimentos e a cabeça de produção ou outro flange superior com o 
revestimento descido. Por facilidade e economia na fabricação, os carreteis são 
fabricados com diâmetros internos padronizados e compatíveis com o maior 
 
Detalhe do corte do Revestimento Detalhe ancoragem e vedação secundária 
do revestimento 
CABEÇAS E SUSPENSORES DE REVESTIMENTO 
 31 
diâmetro de revestimento que este equipamento pode vestir; casos onde se 
faça necessário a antecipação de descidade revestimentos de menor diâmetro 
recorre-se às buchas adaptadoras para garantir vedação secundária e 
centralização dos revestimentos. 
 
 
 
 
 
Bucha adaptadora Bucha adaptadora instalada 
 
Figura 2.14 – Acessórios da Cabeça de Revestimento 
 
2.10.2. BORE PROTECTOR 
 
Equipamento semelhante à bucha que é instalado no interior da 
cabeça de revestimento ou cabeça de produção para proteger a área selante 
(seal bore), onde se alojará o casing ou tubing hanger, durante os trabalhos de 
perfuração ou workover, (descida de broca, estabilizadores, centralizadores, 
raspadores, packers etc). O “bore protector” é descido e assentado com a 
ferramenta (running tool) especialmente projetada para sua instalação e 
posterior recuperação. 
 
 
 
 
Bore Protector e sua Running Tool Instalação Bore Protector e Test plug 
 
Figura 2.15 – Acessórios da Cabeça de Revestimento 
 
 
 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 3Capítulo 3Capítulo 3Capítulo 3 
 
ADAPTADORES PARA 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
ADAPTADORES PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 33 
 
3.1. DESCRIÇÃO 
 
 
São equipamentos destinados a promover a adaptação entre a cabeça 
de revestimento e a cabeça de produção, ou no caso da descida de 
revestimento intermediário, entre a cabeça de revestimento tipo carretel e a 
cabeça de produção, caso não seja possível fazê-lo de modo direto. 
 
 
3.2. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO TIPO A-1 
 
Permite que se adapte uma cabeça de produção rosqueada sobre o 
flange da cabeça de revestimento. O pino superior normalmente é de 5 ½” 
BUTTRESS ou de 7” BUTTRESS (Figura 3.1). 
 
Possui um engaxetamento para o revestimento (que penetra no 
mesmo) e espaço suficiente para que se coloque uma bucha de redução, caso 
o revestimento empregado seja de menor diâmetro. 
 
O engaxetamento vai impedir que a pressão existente na cabeça de 
produção seja transferida para o anular revestimento de produção/revestimento 
de superfície ou intermediário. 
 
 
 
 Adaptador para CP Tipo A-1 Adaptador para CP Tipo A-3 e A-4 
 
Figura 3.1 – Adaptador para Cabeça de Produção Tipo A-1, A-3 E A-4 
 
 
3.3. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO A-3 
 
É um adaptador para flange com diferentes pressões de trabalho e/ou 
size, e, portanto, diferentes dimensões API. A conexão entre os flanges é feita 
através de parafusos, havendo ainda um ganho de altura para permitir o 
posicionamento das porcas dos parafusos tipo estojo. (Figura 3.1). 
 
 
3.4. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO TIPO A-4 
 
Utilizado para uma simples transformação de flanges que tem 
diferentes sizes e pressões de trabalho com um ganho de altura mínimo. Os 
parafusos são fixos em ambos os lados do adaptador (estojados). (Figura 3.2). 
ADAPTADORES PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 34 
 
 
 
Flange Adaptador para Cabeça 
de Produção tipo A-4 
 
Flange Adaptador tipo A-4 
Mostrando Grove para Anel 
Figura 3.2 – Adaptador para Cabeça de Produção Tipo A-4 
 
 
ADAPTADORES PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 4Capítulo 4Capítulo 4Capítulo 4 
 
 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 37 
 
4.1. CABEÇA DE PRODUÇÃO - DESCRIÇÃO 
 
É um equipamento conectado à cabeça de revestimento (ou à cabeça 
de revestimento tipo carretel), com o auxílio ou não de adaptadores. Na maioria 
dos casos, suporta diretamente a coluna de produção através de um 
suspensor, proporcionando vedação do anular entre o revestimento de 
produção e a coluna de produção. Em alguns casos, a sustentação da coluna 
de produção é feita através de um adaptador instalado entre a cabeça de 
produção e a árvore de natal (BO-2, BO-2H). 
 
Proporciona acesso ao espaço anular revestimento de 
produção/coluna de produção, através de saídas laterais em seu corpo, e por 
conseqüência, colocadas sempre abaixo do suspensor de coluna de produção. 
 
As saídas laterais podem ser rosqueadas (em cabeças com pressão 
de trabalho até 3000 psi), estojadas ou flangeadas (para pressões de trabalho 
mais elevadas). A exemplo das cabeças de revestimento, nas saídas laterais 
estojadas e flangeadas, existe rosca caixa 1 ½” LP para a instalação do VR 
Plug. 
 
O peso da coluna de produção é transmitido à cabeça de produção 
pelo suspensor de coluna de produção, enquanto a vedação do anular é obtida 
por meio de gaxetas distribuídas externamente a estes suspensores. 
 
O flange superior da cabeça de produção é dotado de parafusos de 
fixação em número de 4, dispostos ao longo da circunferência do mesmo. A 
função destes parafusos prisioneiros é manter o suspensor perfeitamente 
encaixado no corpo da cabeça de produção, mesmo quando submetido a 
pressões de baixo para cima (Figura 4.1 e 4.2). 
 
Para o dimensionamento da pressão de trabalho da cabeça de 
produção, considera-se a pressão estática do intervalo mais profundo atuando 
na cabeça do poço. A rigor esta situação não ocorre, haja vista o gradiente do 
fluido. Essa segurança adicional pode ser particularmente útil quando das 
operações realizadas durante a vida produtiva do poço, notadamente nas 
operações de estimulação, quando o equipamento de superfície pode ser 
submetido a pressões elevadas. 
 
Os tipos mais usuais de cabeça de produção utilizadas pela 
PETROBRAS são: 
 
• extremidade inferior caixa e superior flangeada; 
• extremidade inferior caixa e superior com porca sobreposta; 
• extremidades inferior e superior flangeadas. 
 
As cabeças biflangeadas podem possuir no seu flange inferior duas 
gaxetas de vedação, que promovem uma vedação secundária contra o 
revestimento de produção, evitando que as pressões oriundas do poço ou da 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 38 
superfície atuem sobre o anel do flange inferior da cabeça ou sobre a vedação 
do suspensor da cabeça de revestimento. 
 
Quando dotadas desse engaxetamento, as cabeças biflangeadas 
possuem no seu flange inferior (lateralmente) um orifício que possibilita o teste 
da vedação secundária da cabeça de produção e da vedação primária da 
cabeça de revestimento (anel metálico de vedação e gaxeta do suspensor de 
revestimento). 
 
Existem cabeças de produção que só aceitam suspensores para 
completação simples (T-16), enquanto outras (Universal e TC) podem alojar 
suspensores simples ou duplos. 
 
As cabeças de produção utilizadas pela PETROBRAS estão descritas 
na Tabela 4.1 abaixo. 
 
PETROBRAS PETROL CBV HUGHES-WKM IM3 
TRRD CP-01 CR L HRR 
TRF–15 CP-04A T-15 --- HRF-15 
TRF–16 CP-04 T-16 SSR HRF-16 
TRF–16–00 CP-05 T-16-00 SSF HFF-16-00 
TRF–FC–00 --- TC-00 UA HFF-FC-00 
TRF–FC–60 --- TC-60 DP/DPS HFF-FC-60 
TRF–U–00 --- U UA HFF-U-00 
TBCS HÉRCULES --- DPS-CS HBCS 
TIV CP-03 SCL U HIV 
 
Tabela 4.1 – Equivalência Petrobras/Fabricantes para Cabeça de Produção 
 
 
4.2. CABEÇA DE PRODUÇÃO MAIS USUAIS NA PETROBRAS 
 
4.2.1. Cabeça de Produção Tipo T-16 
 
Possui rosca caixa (normalmente rosca Buttress) na sua extremidade 
inferior e flange com 4 parafusos prisioneiros na superior. O alojamento para o 
suspensor da coluna de produção é de formato cônico e as saídas laterais são 
do tipo rosqueadas com caixa 2 LP. Estas cabeças são enroscadas 
diretamente sobre a rosca API tipo Buttress do pino do revestimento de 
produção ou no adaptador tipo A-1 instalado sobre o flange superior da cabeça 
de revestimento. São disponíveis com o flange superior na classe de pressão 
de 2000 e 3000 psi. (Figura 4.1) 
 
A cabeça de produção T-16 pode receber uma variada linha de 
suspensores de coluna para completação simples, cada um com aplicação 
CABEÇADE PRODUÇÃO 
 39 
específica. Dentre esses suspensores podemos citar: T-16, T-16 Packoff, 
T-16-T, T-16-BP, WA-4. Este tipo de cabeça não tem sido muito utilizada na 
PETROBRAS. 
 
 
 
Cabeça de Produção 
Tipo T-16 
Cabeça de Produção 
Tipo T-16 
Figura 4.1 – Cabeça de Produção T-16 e Especificações 
 
4.2.2. Cabeça de Produção Tipo T-16-00 
 
Difere da cabeça T-16 por ser biflangeada e possuir vedação 
secundária para 7” 0D na sua parte interna inferior (Figura 4.2). Desta maneira, 
quando usada em poços cujo revestimento de produção é de 5 ½” 0D, exige o 
emprego de uma bucha de redução de 7” x 5 ½” (Figura 4.3). 
 
O perfil para o alojamento do suspensor é idêntico ao da cabeça T-16, 
portanto faz uso dos mesmos suspensores. 
 
São disponíveis com saídas laterais com rosca caixa 2” LP, estojadas 
com diâmetro nominal 2 1/16“ (neste último caso apresentam ainda rosca caixa 
1 ½” LP para enroscamento do VR PLUG). 
 
 
 
 
Cabeça de Produção 
Tipo T-16 00 
Cabeça de Produção 
Tipo T-16 00 
 
Figura 4.2 – Cabeça de Produção T-16-00 e Suspensor (em corte) e Cabeça de Produção T-16-00 
 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 40 
Figura 4.3 – Bucha de Redução DE 7” x 5 ½” 
 
 
4.2.3. Cabeça de Produção Tipo TC-00 
 
Difere da cabeça de produção tipo T-16-00 por possuir o perfil para 
alojamento do suspensor na forma cilíndrica (Figura 4.4). 
 
A cabeça de produção tipo TC-00 pode receber uma variada linha de 
suspensores de coluna para completação simples ou dupla, cada um com 
aplicação específica. Dentre esses suspensores podemos citar: TC-1W, 
TC-1A, TC-1A-BP, TC-1A-EN, TC-T, etc. 
 
 
Cabeça de Produção TC- 00 com 
Suspensor TC- 1A- BP 
 
Foto Cabeça de Produção 
TC- 00 
 
Figura 4.4 – Cabeça de Produção TC e Suspensor TC- 1A - BP 
 
 
4.2.4. Cabeça de Produção Tipo TC-60 
 
É a cabeça de produção mais versátil da linha TC. Possui três pinos de 
alinhamento e aceita todos os suspensores da linha TC em numero de 16. 
É usada principalmente nos poços de completação dupla (Figura 4.5). 
 
 
Buchas de redução Vista engaxetamento da 
bucha de redução 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 41 
Para possibilitar a instalação de suspensores para completação dupla, 
possuem na sua parte superior um pino retrátil de alinhamento, que orienta o 
suspensor de coluna dupla. Esse pino deve coincidir quando da instalação dos 
suspensores com o rasgo lateral existente nos mesmos. 
 
 
 
 
 
Cabeça de Produção TC-60 Cabeça de Produção TC-60 
Figura 4.5 – Cabeça de Produção TC-60 em corte e Fotografia 
 
A Figura 4.6 abaixo mostra o detalhe do pino de alinhamento do suspensor da 
cabeça TC-60 bem como esta mesma cabeça com um suspensor TC1-A 
instalado. 
 
 
 
Cabeça de Produção TC-60 mostrndo 
detalhe pino de alinhamento 
 
Cabeça de Produção TC-60 com suspensor 
TC-1A 
Figura 4.6 – Cabeça de Produção TC-60 com suspensor TC1-A 
 
4.2.5. CABEÇA DE PRODUÇÃO TIPO UNIVERSAL 
 
É biflangeada, possui alojamento cônico que permite o assentamento de 
suspensores de coluna para completação simples ou dupla, razão pela qual é 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 42 
equipada com dois pinos retráteis de alinhamento que são usados para alinhar 
o suspensor para completação dupla quando usado. Pode ser fornecida com 
ou sem gaxetas para vedação secundária.A Figura 4.7.abaixo, mostra o 
detalhe do pino de alinhamento do suspensor da cabeça Universal bem como 
esta mesma cabeça com um suspensor U-30, que é utilizado quando o poço é 
equipado para completação simples utilizando a CP Universal. 
 
A cabeça de produção universal pode receber uma variada linha de 
suspensores para completação simples ou dupla, cada um com aplicação 
específica. Dentre esses suspensores podemos citar: U-30, U-41, U-60. 
 
 
 
Cabeça de Produção Universal mostrando 
detalhe parafuso de alinhamento 
 
Cabeça de Produção Universal com 
suspensor U-30 
 
 
 
 
Cabeça de Produção Universal Cabeça de Produção Universal 
Figura 4.7 – Cabeça Produção Universal e Especificações 
 
 
 
 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 43 
4.2.6. Cabeça de Produção Roscada com Porca Sobreposta Tipo CR 
 
Este tipo de cabeça de produção é diretamente enroscada no 
revestimento de produção e ao invés de parafusos prisioneiros possui uma 
sobreposta (castanha) que prende o suspensor (Donat). Esse conceito é 
definido pelo API Spec 6-A como “Cabeça de produção Independente”. Nesta 
configuração é dispensado o uso do adaptador e a Árvore de Natal fica 
diretamente enroscada no suspensor através de um niple Adaptador. 
 
A cabeça de produção tipo CR é uma adaptação das cabeças de 
revestimento tipo CR e CM, razão pela qual apresenta as principais 
características dessas cabeças. 
 
São disponíveis em duas versões a saber: 
 
• com rosca externa 10 ¾” 8 RD casing (adaptação da CM); 
• com rosca externa 10 ¾” ACME (adaptação da CR). 
 
 
A conexão inferior é com rosca tipo caixa que pode ser enroscada 
diretamente na rosca pino do tubo de revestimento de produção, e as saídas 
laterais são dotadas de rosca caixa 2 LP. 
 
Na parte superior do seu corpo apresenta rosca externa cuja principal 
finalidade é permitir o enroscamento de um flange adaptador para instalação 
do BOP durante intervenções nos poços (Figura 4.8). 
 
Os adaptadores para a instalação do BOP mais usados são: 
 
• 10 ¾” rosca 8 RD caixa x 7 1/16 – 2000/3000 psi; 
• 10 ¾” rosca Buttress x 7 1/16 – 2000/3000 psi. 
 
 
Essas cabeças têm sido muito pouco utilizadas na PETROBRAS 
sendo que aquela adaptada a partir da cabeça tipo CM não tem sido mais 
adquirida. São disponíveis para pressões de trabalho máximas de 2000 psi. 
 
Os suspensores para as cabeças CR são do tipo monobloco e são 
disponíveis para completação simples ou dupla. 
 
CABEÇA DE PRODUÇÃO 
 44 
 
 
Cabeça de Produção Tipo CR/CM com 
Suspensor e T de Bombeio 
Cabeça de Produção CR/CM 
instalada 
Figura 4.8 – Cabeça de Produção Tipo CR 
 
 
 
 
 45 
 
 
 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 5Capítulo 5Capítulo 5Capítulo 5 
 
 
SUSPENSOR PARA COLUNA 
DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 47 
5.1. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO 
 
E o equipamento utilizado geralmente dentro da cabeça de produção 
para suportar a coluna de produção e promover a vedação do anular coluna de 
produção/revestimento de produção. Em alguns casos fica preso ao adaptador 
colocado sobre a cabeça de produção (BO-2 e BO-2H). 
 
Podem ser classificados quanto ao formato em: monobloco, 
braçadeira e stripper. 
 
O tipo monobloco é inteiriço. A coluna fica enroscada e suspensa 
diretamente na sua extremidade inferior. Possui um engaxetamento externo 
que promove a vedação na cabeça de produção, e uma rosca caixa na sua 
parte interna superior. 
 
O tipo braçadeira ou envolvente é bipartido e articulado. Quando 
alojado no perfil adequado da CP, envolve a coluna de produção, promovendo 
a vedação do anular coluna de produção/revestimento de produção, permitindo 
que a coluna de produção seja movimentada para abertura de alguma junta, 
mesmo que haja pressão no anular ou coluna. Não possui a função de ancorar 
a coluna. 
 
O tipo stripper tem o corpo constituído principalmente de borracha. 
Quando alojado no perfil adequado da CP, envolve a coluna de produção, 
promovendo a vedação do anular coluna de produção/revestimento de 
produção, permitindo que a coluna de produção seja movimentada durante 
uma operação de stripping. Também não foi projetado para ancorar a coluna 
de produção. Os tipos de suspensores e suas especificaçõesestão mostrados 
na Tabela 5.1 
 
 
Tabela 5.1 – Tipos de Suspensores e Especificações 
 
TIPO MANDRIL 
MANDREL TYPE 
TIPO GAXETAMENTO 
STRIPPER PACKOFF 
TYPE 
TIPO ENVOLVENTE 
SPLI-SLICK-JOINT- 
WRAPAROUND TYPE 
CABEÇA 
TUBULAÇÃO 
TUBING 
HEAD Suspensor 
Hanger Tamanho Size 
Suspensor 
Hanger Tamanho Size 
Suspensor 
Hanger Tamanho Size 
6 x 2 3/8 6 x 2 3/8 6 x 2 3/8 
6 x 2 7/8 
6 x 3 ½ 
6 x 2 7/8 6 x 2 7/8 T-16 T-16 
6 x 4 
T-16 
6 x 3 1/2 
WA-4 
6 x 3 ½ 
6 x 2 3/8 6 x 2 3/8 6 x 2 3/8 
6 x 2 7/8 6 x 2 7/8 6 x 2 7/8 U U-30 
6 x 3 1/2 
U 
6 x 3 1/2 
U-41 
6 x 3 ½ 
6 x 2 3/8 6 x 2 3/8 
6 x 2 7/8 
6 x 2 3/8 6 x 2 7/8 
8 x 2 3/8 8 x 2 3/8 
TC TC-1A 
8 x 2 7/8 
TC 
6 x 2 7/8 
TC-1W 
8 x 2 7/8 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 48 
A seguir, será mostrada uma tabela de Equivalência 
PETROBRAS/Fabricantes para os Suspensores de Coluna padronizados pela 
PETROBRAS (Tabela 5.2). 
 
PETROBRAS PETROL CBV HUGHES-WKM IMS 
P–15 ST-01-05A T-15 H-15 
P–16 ST-01 T-16 SS H-16 
P–16–PACKOFF 
 T-16-PACKOFF SS-S H-16-PACKOFF 
P–16–BP 
 T-16-BP SS-B H-16-BP 
P–16–T ST-02 T-16-T SS-TT H-16-T 
PC–1A 
 TC-1A U-MH HC-IA 
PC–1A–BP 
 TC-1A-BP U-MH-BP HC-IA-BP 
PC–T 
 TC-T U-TT HC-T 
PC–1A–EN 
 TC-1A-EM USS-1 HC-1A-EN 
PWA–5 ST-07 WA-5 SS-W HWA-5 
PC–1W 
 TC-1W UWA HC-IW 
PU–60 
 U-60 DP-2/UA HU-60 
PC–60 
 TC-60 DP-2H HC-60 
PR-2S 
 CR-2S LS HR-2S 
PR–2C ST-05 CR-2C LC HR-2C 
PR–1C–1S 
 CR-1C-1S LC-1 HR-1C-1S 
PBCS 
 DP-1CS 
PBCS–C 
 TCB-EC LC-EC HBCS-C 
PC–1AV ST-13 SC-1A UEN-AV HC-1AV 
 
Tabela 5.2 – Equivalência Petrobras/Fabricantes para Suspensores de Coluna de Produção 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 49 
 
5.2. SUSPENSORES DE COLUNA USADOS NAS CABEÇAS T-16 E 
 T-16-00 
 
5.2.1. Suspensor Tipo T-16 
 
É do tipo monobloco, possui formato cônico, duas gaxetas de vedação 
na sua parte externa e rosca caixa na sua parte interna superior e inferior. Não 
dispõe de perfil interno para assentamento de “Back Pressure Valve”. 
 
É usado principalmente nos poços produtores por bombeio mecânico 
(Figura 5.1). 
 
5.2.2. Suspensor Tipo T-16-BP 
 
Difere do tipo T-16 pelo fato de possuir perfil interno para 
assentamento de B.P.V. 
 
É utilizado principalmente nos poços terrestres produtores de óleo por 
gás lift ou surgentes (Figura 5.1). 
 
 
Suspensor T-16 Suspensor T-16 BP 
Figura 5.1 – Suspensores T-16 e T-16 BP 
 
 
5.2.3. Suspensor Tipo T-16-T 
 
É do tipo monobloco, usado nos poços onde seja necessário deixar a 
coluna de produção ancorada sobre tração, como é o caso daqueles onde são 
descidos packer’s mecânicos de assentamento a tração (poços injetores de 
água) ou ainda nos poços profundos equipados para produção por bombeio 
mecânico onde são descidos “Tubing Anchor”. É composto basicamente de 
três partes: o corpo, uma luva rosca interna superior e inferior e um anel 
metálico de fixação, bipartido com as duas partes sustentadas por dois anéis-
presilha (Figura 5.2). 
 
 
 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 50 
 
 
Figura 5.2 – – Suspensores Tipo T-16, T-16-T e T-16-BP 
 
5.2.4. Suspensor Tipo WA-4 
 
É do tipo envolvente, tem apenas a função de vedação. É usada 
principalmente em conjunto com o BO-2 e Hanger Coupling nos poços 
terrestres produtores de óleo por surgência bem como nos poços produtores de 
gás. Neste caso a função de suspensão da coluna é desempenhada pelo 
Hanger Coupling (Figura 5.3). 
 
5.2.5. Suspensor Tipo T-16 Stripper 
 
É do tipo stripper pode ser utilizado nas operações de stripping a baixa 
pressão (manobra forcada da coluna com o poço pressurizado) bem como nos 
poços injetores de água, quando essa injeção é também realizado pelo anular 
revestimento de produção x coluna de produção (Figura 5.3). 
 
Tem sido muito pouco utilizado no âmbito da PETROBRAS. 
 
 
Suspensor WA-4 instalado Suspensor Stripper instalado 
Figura 5.3 – Cabeça de Produção T-16-00 com Suspensor WA-4 e Stripper 
 
5.3. SUSPENSORES DE COLUNA USADOS NAS CABEÇAS TC-00 e 
TC-60 
5.3.1. Suspensor Tipo TC-1A 
 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 51 
É do tipo monobloco, correspondente ao tipo T-16, tendo, portanto, as 
mesmas aplicações (Figura 5.4). 
 
 
5.3.2. Suspensor Tipo TC-1A-BP 
 
É do tipo monobloco, corresponde ao TC-16-BP tendo, portanto, as 
mesmas aplicações (Figura 5.4). 
 
 
Figura 5.4 – Suspensor TC-1A-BP e TC- 1A 
 
5.3.3. Suspensor Tipo TC-T 
 
É do tipo monobloco, corresponde ao T-16-T tendo, portanto, as 
mesmas aplicações (Figura 5.5). 
 
5.3.4. Suspensor Tipo TC-1W 
 
É do tipo envolvente, corresponde ao WA-4 tendo, portanto, as 
mesmas aplicações (Figura 5.5). 
 
5.3.5. Suspensor Tipo TC-Stripper 
 
É do tipo stripper, corresponde ao T-16 stripper tendo, portanto, as 
mesmas aplicações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5.5 – Suspensor TC-1W e TC- T 
 
 
 
 
 
Suspensor TC-1A-BP e TC-1A 
(Fotografia) 
Suspensor TC-1A 
BP (Corte) 
Suspensor 
TC-1A (Corte) 
 
 
Suspensor TC-1W Suspensor TC-T(Corte) 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 52 
 
5.3.6. Suspensor Tipo TC-60, Dual Split Hanger 
 
É um suspensor da linha TC, bipartido, tipo monobloco, usado para 
completações duplas. Cada uma das “meias-luas” que constituem o suspensor 
sustentam uma das colunas de produção. Esse suspensor é similar ao tipo U-
60 usado nas cabeças de produção universal, pode ainda dispor de orifício 
para acesso a linha de controle da válvula de segurança. (Figura 5.6). 
 
 
5.3.7. Suspensor Tipo TC-1A-EN (Extended Neck) 
 
Este suspensor é do tipo monobloco, da linha TC. É dotado de uma 
rosca para a suspensão da coluna de produção na sua parte inferior. Para 
facilitar sua instalação através da mesa rotativa até a cabeça de produção, 
possui na sua parte superior, uma rosca que tem o mesmo tipo e diâmetro da 
inferior. Possui um engaxetamento externo, que promove a vedação na cabeça 
de produção e no adaptador de cabeça de produção, de modo a formar uma 
câmara que possibilita o suprimento hidráulico da válvula de segurança de sub-
superfície (DHSV), através da linha de controle conectada na sua parte inferior. 
O fluido hidráulico tem acesso à linha de controle através de um orifício 
existente no seu corpo que se comunica com um orifício lateral localizado no 
flange inferior do A-5SH. (Figura 5.6 e 6.7). 
 
Este suspensor possui perfil para receber uma válvula de 
contrapressão (BPV – back pressure valve) que tem a finalidade de servir como 
barreira de segurança durante a manobra com os equipamentos de superfície 
(substituição do BOP pela árvore de natal e vice-versa). 
 
É usado com conjunto com o A5-SH, principalmente nos poços 
marítimos produtores de óleo ou gás, em substituição ao conjunto BO-
2H/Hanger Coupling/TC-1W, que está em desuso. 
 
 
 
 
 
Suspensor TC-60 Suspensor TC-60 Suspensor TC-1A-EN 
 
 
Figura 5.6 – Suspensores TC-60 e TC-1A-EN 
 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 53 
5.3.8. Suspensor TC-BCS (Eletro Sub) 
 
É do tipo monobloco. Este suspensor é utilizado nos poços marítimos 
produtores por bombeio centrífugo submerso. É alojado na cabeça de 
produção, possuindo rosca na sua parte inferior pela qual é suspensa a coluna 
de produção (Figura 5.7). 
 
A vedação entre cabeça de produção e o mesmo é feita através de o-
rings que circundam o suspensor. 
 
O suspensor possui 3 orifícios: o primeiro, para permitir a produção do 
poço; o segundo para permitir o acesso à válvula de segurança de sub-
superfície (DHSV), através da linha de controle; e o terceiro para permitir a 
passagemdo cabo elétrico. 
 
No orifício utilizado para produção existe um perfil interno para 
assentamento de válvula de contra-pressão (BPV- Back Pressure Valve). 
 
Este suspensor tem rosca na parte superior para facilitar sua 
instalação. 
 
 
5.4. SUSPENSORES DE COLUNA USADOS NAS CABEÇAS DE 
PRODUÇÃO UNIVERSAL 
 
5.4.1. Suspensor Tipo U-30 
 
É do tipo monobloco, correspondente ao tipo T-16 E TC-1A, tendo, 
portanto, as mesmas aplicações (Figura 5.7). 
 
 
5.4.2. Suspensor Tipo U-41 
 
É do tipo envolvente, correspondente aos suspensores WA-4 e TC-
1W, tendo, portanto, as mesmas aplicações que estes últimos (Figura 5.7). 
 
 
5.4.3. Suspensor Tipo U-STRIPPER 
 
É do tipo stripper, correspondente aos suspensores T-16 stripper e TC-
stripper, tendo, portanto, as mesmas aplicações que estes últimos. 
 
5.4.4. Suspensor Tipo U-60 
 
É um suspensor bipartido do tipo monobloco, usado em completações 
duplas, especialmente em poços equipados para produção por GL. (Figura 
5.7). 
Cada coluna é sustentada independentemente pelo respectivo 
suspensor em forma de meia lua, de tal forma que cada coluna pode ser 
manobrada em separado. 
SUSPENSOR PARA COLUNA DE PRODUÇÃO 
 54 
 
Cada suspensor tem um perfil IS para o assentamento de “Back 
Pressure Valve” o que possibilita uma maior segurança quando da retirada do 
BOP para a instalação da árvore de natal (Figura 4.8). 
 
 
Suspensor Tipo U-60 e U-30 Suspensor TC-BCS (Eletro sub) 
Figura 5.7 - Suspensores U-60, U-30 e TC-BCS (Eletro sub) 
 
 
 
 
 
 55 
 
 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 6Capítulo 6Capítulo 6Capítulo 6 
 
 
ADAPTADORES PARA 
ÁRVORE DE NATAL 
 
 
 
ADAPTADORES PARA ÁRVORE DE NATAL 
 57 
6.1. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL-CONCEITO E 
FUNÇÃO 
 
O adaptador para a árvore de natal é o equipamento que faz a 
conexão entre a cabeça de produção e a árvore de natal ou outro equipamento 
que faça a função desta última (Tê de fluxo). 
 
Estes adaptadores podem executar outras funções, tais como: 
 
• suspensão da coluna de produção e abertura de juntas de coluna de 
produção (BO-2); 
• permitir o acesso à linha de controle da válvula de segurança de sub-
superfície (A-5SH, BO-2H, etc.), e passagem para o cabo elétrico 
usado para bombeio centrífugo submerso (A-3-EC). 
 
A tabela abaixo mostra a equivalência PETROBRAS/Fabricantes 
(Tabela 6.1) para a nomeclatura dos adaptadores utilizados pela 
PETROBRAS. 
 
 
PETROBRAS PETROL CBV HUGHES-WKM IMS 
PA–1 ACP-1 A-1 U-T HA-1 
PA–4 ACP-2 A-4 ADE HA-4 
PA–4H A-4H HA-4H 
PA–5P ACP-2 A-5P U-E HA-5P 
PA–5S A-5S HA-5SH 
PA–5PH ACP-4 A-5PH USS-1 HA-5PH 
PA–5SH ACP-5 A-5SH USS-1 HA-5SH 
PBO–2 ACP-6 BO-2 WBU HBO-2 
PBO–2H ACP BO-2H WBU HBO-2H 
PA–D ACP A-2-D DAF HA-D 
PA–DH ACP A-2-D DP-2H HA-DH 
PA–2S ACP-II A-2S DS HA-2S 
PA–3–EC ACP A-3-EC DP-CS HA-3-EC 
PKTH ACP KTH SM-KTH HKTH 
PA–2 A-2 HA-2 
 
Tabela 6.1 – Equivalência Petrobras/Fabricantes para Adaptador para Árvore de Natal 
 
 
ADAPTADORES PARA ÁRVORE DE NATAL 
 58 
6.2. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO B-1, B-2P 
 E B-2S 
 
O adaptador B-1 tem rosca superior e flange na sua parte inferior. É 
utilizado para instalação de árvore de natal rosqueada e também para 
instalação do “ Tê “ de surgência ou “tê”de fluxo ou bombeio nos poços 
produtores por bombeio mecânico. Possui ainda rosca interna na parte inferior 
onde pode ser enroscada a coluna de produção (Figura 6.1). 
 
Os adaptadores B-2P e B-2S são biflangeados e utilizados para 
instalação de árvore de natal flangeadas. Diferem entre si pelo fato de no B-2S 
haver um ganho de altura. Ambos possuem rosca interna na sua parte inferior, 
onde pode ser enroscada a coluna de produção (Figura 6.2). 
 
 
 
 
Foto B-1 Desenho B-1, mostrando Rosca Interna 
Figura 6.1 – Adaptador para Árvore de Natal Tipo B-1 
 
 
 
Foto B-2P Desenho B-2P, mostrando Rosca Interna 
Figura 6.2 – Adaptador para Árvore de Natal Tipo B-2P 
 
 
Foto B-2S e Dual Adapter Adaptador Tipo A-2 com 
Bujão e Válvula Agulha 
Figura 6.3 – Adaptador para Árvore de Natal Tipo B-2S e A-2 
ADAPTADORES PARA ÁRVORE DE NATAL 
 59 
 
6.3. ADAPTADOR PARA CABEÇA DE PRODUÇÃO TIPO A-2 
 
O adaptador A-2 possui flange na sua parte inferior e rosca caixa na 
sua parte superior. É utilizado principalmente para possibilitar a conexão entre 
a linha de produção e a árvore de natal ou para a conexão do bujão com 
válvula agulha. No campo é conhecido como “Flange Companheiro”. Pode 
também ser utilizado para conexão entre o BOP de cabo e a cabeça de 
produção durante as produções de canhoneio e perfilagem (Figura 6.3). 
 
• 2 1/16” – 3000 psi x 2” LP; 
• 2 1/16” – 5000 psi x 2” LP; 
• 3 1/8” – 3000 psi x 3” LP; 
• 3 1/8” – 5000 psi x 3” LP; 
• 7 1/16” – 3000 psi x 7” BUTTRESS. 
 
6.4. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO BO-2 
 
O adaptador tipo BO-2, além de permitir a conexão da árvore de natal 
com a cabeça de produção, pendura a coluna através de uma luva suspensora 
(BO-2 hanger coupling), permitindo que na operação de amortecimento do 
poço seja aberta a junta do packer para uma circulação. (Figura 6.4 e 6.5). 
 
A luva suspensora é dotada de um perfil interno (IS ou ISA) para 
assentamento de BPV. A função de vedação, quando utilizado o BO-2, é 
cumprida pelo suspensor tipo braçadeira WA-4 ou TC-1W. 
 
Este equipamento foi muito utilizado em poços de óleo produtores por 
surgência e poços de gás. Atualmente este equipamento está em desuso, em 
função do receio dos operadores de se pendurar a coluna pela árvore de natal 
durante a abertura da junta do packer. 
 
 
BO-2 Luva Suspensora 
Figura 6.4 – Adaptador para Árvore de Natal Tipo B0-2 e Hanger Coupling 
 
6.5. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO B0-2H 
 
É um adaptador que além de permitir a conexão da árvore de natal 
com a cabeça de produção, sustenta a coluna de produção através da luva 
ADAPTADORES PARA ÁRVORE DE NATAL 
 60 
suspensora (Hanger Coupling) e dá acesso ao fluido hidráulico que irá 
alimentar a válvula de segurança, através da luva suspensora com tubos 
concêntricos e linha de controle (Figura 6.5). 
 
Internamente, na sua parte superior, o adaptador possui perfil com 
rosca tipo ACME para ancorar a luva suspensora com tubos concêntricos e 
coluna de produção. 
 
Atualmente está em desuso, sendo substituído pelo A-5SH. 
 
Tipos de B0-2H, modelo A, utilizados: 
 
 9” - 5000 psi x 3 1/8” - 5000 psi / rosca ancoragem 6” ACME 
11” - 5000 psi x 4 1/16” - 5000 psi / rosca ancoragem 7 ½” ACME 
 11” - 5000 psi x 4 1/16” - 5000 psi / rosca ancoragem 6” ACME 
 
Desenho BO-2 instalado Desenho BO-2H instalado 
 
Figura 6.5 – Adaptador para Árvore de Natal Tipo BO-2 e B0-2H 
 
6.6. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO A-D E A-2S 
 
São utilizados nas completações duplas, fazendo a ligação entre a 
cabeça de produção (universal ou TC) e a árvore de natal dupla. São 
disponíveis em duas versões: 
 
• A - 2S Com flange inferior e rosca caixa superior (usado com AN 
rosqueada) (Figura 6.6); 
• A - D com flange inferior e face superior estojada (usado com AN flangeada) 
(Figura 6.6 e 6.3). 
 
Os tipos mais usados são: 
 
ADAPTADORES PARA ÁRVORE DE NATAL 
 61 
• A - D 7 1/16” – 3000 psi x 2 1/16” x 2 1/16” – 3000 psi 
7 1/16” – 2000 psi x 2 1/16” x 2 1/16” – 2000 psi 
 
• A – 2 S 7 1/16” – 2000 psi x 2 3/8” EU x 2 3/8” EU 
 
 
 
Figura 6.6 – Adaptador para Árvore de Natal Tipo A-D e A-2 S 
 
6.7. ADAPTADOR PARA ÁRVORE DE NATAL TIPO A5SH 
 
É um adaptador que

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