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Conceitos básicos sobre Direito Penal. Conceitos e explicações sobre os artigos 14, 15, 16, 17, 18 e 19 do CP. Conceitos . Crime: Crime é um fato típico e antijurídico. A culpabilidade constitui pressuposto da pena. . Fato típico: É o comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca um resultado (em regra) e é previsto em lei penal como infração. O fato típico é composto dos seguintes elementos: conduta, resultado, nexo de causalidade e tipicidade. . Antijuricidade: É a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico. A conduta descrita em norma penal incriminadora será ilícita ou antijurídica quando não for expressamente declarada lícita. . Culpabilidade: É a reprovação da ordem jurídica em face de estar ligado o homem a um fato típico e antijurídico. Reprovabilidade que vem recair sobre o agente, porque a ele cumpria conformar a sua conduta com o mandamento do ordenamento jurídico, porque tinha a possibilidade de fazê-lo e não o fez, revelando no fato de não o ter feito uma vontade contrária àquela obrigação. No comportamento se exprime uma contradição entre a vontade do sujeito e a vontade da norma. . Conduta: É a ação ou omissão humana consciente e dirigida a determinada finalidade. . Resultado: É a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano voluntário. Art. 14 ao 17, CP. . Nexo Causal: É relação d e causa e consequência entre a ação do agente criminoso e o seu resultado. Art. 13, CP. . Tipicidade: É a adequação do fato criminoso ao tipo legal. (Aquilo que a lei penal prevê que deveria ser uma conduta). . Fase interna: Cogitação, deliberação, resolução. . Fase externa: Manifestação, preparação, execução, condenação, exaurimento. . Crime consumo: É o tipo penal em que foi integralmente realizado. . Tipo penal: É a descrição abstrata de uma conduta, tratando-se numa conceituação puramente funcional, que permite concretizar o princípio da reserva legal. . Princípio da Reserva legal: Art. 5º, II e XXXIX, CF e Art. 1º, CP- É um direito fundamental, não há crime sem lei anterior que o defina, todo crime deve ser previsto em lei e essa lei deve ser antes conduta criminosa. . Normas penais incriminadoras: Define o crime e fixa a pena (Preceito + Sanção). . Normas penais não incriminadoras: Estabelecem a licitude e a impunidade de determinados comportamentos permitidos pela lei penal, podendo ainda: a) Esclarecer determinados conceitos; b) Fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal; c) Fornecer princípios gerais p ara aplicação da lei penal. D) Tornar lícitas determinadas condutas; Afastar a culpabilidade do agente. Pode ainda a norma penal não incriminadora, se configurar sob três espécies: a) Norma Permissiva b) Norma Explicativa c) Norma penal complementar. . Teoria psicológica: A vontade dolosa ou culposa de realizar o tipo penal; E a atitude subjetiva que liga o autor ao evento antijurídico por ele praticado, a culpabilidade esta na cabeça do agente. Culpabilidade: Dolo/Culpa. . Teoria psicológica- normativa: É a censurabilidade de conduta típica e antijurídica, praticada com dolo ou culpa em sentido estrito, por um indivíduo com capacidade penal e desde que fosse razoável exigir-lhe comportamento conforme o direito. Culpabilidade: Dolo/culpa+imputabilidade +exigibilidade de conduta diversa. . Teoria normativa: “teoria adotada pelo CP BR”- A culpabilidade é um juízo de reprovação que incide sob a conduta típica do agente imputável que tenha atuado com consciência de ilicitude e desde que, nas circunstâncias, fosse razoável exigir-lhe comportamento conforme o direito; A culpabilidade é um fenômeno hoje, puramente normativo, porque caberá ao juiz decidir se o agente imputável tinha ou deveria ter consciência de ilicitude do fato ou se poderia ter agido de forma adversa. A culpabilidade esta na cabeça dos juízes. O dolo e a culpa passam a integrar o tipo penal como um dos seus elementos. Culpabilidade: Imputabilidade+exigibilidade da conduta diversa+ Potencial de consciência de ilicitude. . Imputabilidade: É a capacidade psíquica do agente em entender a ilicitude da conduta delituosa, e agir de modo diverso conforme o direito. . Potencial conhecimento da ilicitude: É uma valoração paralela do agente na esfera do profano, bastando, para que seja atingida, que cada um reflita sobre os valores ético-sociais fundamentais da vida comunitária de seu meio. . Exigibilidade de conduta conforme o direito: O agente deveria e poderia ter agido conforme o direito evitando, assim, a realização do tipo penal. . Culpa em sentido amplo: (Reprovação)- Compreendido como a falta cometida contra o dever, por ação ou omissão precedida de ignorância ou negligência. Ou seja, não existe a intenção, o dano ocorreu devido ao comportamento negligente do agente, que, consequentemente, provocou o dano. . Dolo: O agente quer o resultado, pode se manifestar essa vontade de maneira direta (dolo direto) ou na forma do dolo eventual (o agente prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo, porém, desprezando a sua ocorrência). . Dolo direto: É a vontade do agente dirigida especificamente a produção do resultado típico. Ex.: Quer matar. . Dolo indireto: É a vontade do agente dirigida a um resultado determinado, porém vislumbrando a possibilidade de ocorrência de um segundo resultado não desejado, mas admitido punido ao primeiro. Ex.: Dou um soco em alguém e essa pessoa cai e bate a cabeça, assim, vindo a óbito. a) dolo alternativo: quando a vontade do sujeito se dirige a outro resultado. Ex: o agente desfere golpes de faca na vítima com intenção alternativa: ferir ou matar; b) dolo eventual: ocorre quando o sujeito assume o risco de produzir o resultado, isto é, admite e aceita o risco de produzi-lo. . Elementos do crime doloso: a) consciência da conduta e do resultado; b) consciência da relação causal objetiva entre a conduta e o resultado; c) vontade de realizar a conduta e produzir o resultado. . Culpa: Quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção ou diligência ordinária, ou essencial, a que estava obrigada em flácidas circunstâncias, não previu o resultado do que podia prever, ou prevendo, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-la. . Culpa consciente: O resultado é previsto pelo sujeito, que espera levianamente que não ocorra ou que pode evitá-lo. . Culpa inconsciente: O resultado não é previsto pelo agente, embora previsível. É a culpa comum que se manifesta pela imprudência, negligência ou imperícia. . Elementos do crime culposo: São seus elementos, a conduta humana e voluntária, de fazer ou não fazer, a inobservância do cuidado objetivo manifestado através da imprudência, negligência ou imperícia, a previsibilidade objetiva, a ausência de previsão, o resultado involuntário, o nexo de causalidade e a tipicidade. . Negligência: É a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado. Ex: deixar arma de fogo ao alcance de uma criança. . Imperícia: É a falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão. . Imprudência: É a prática de um fato perigoso. Ex: dirigir veículo em rua movimentada com excesso de velocidade . Previsibilidade do resultado: O resultado é previsível de acontecer. . Crime preterdolosos: Dolo no antecedente e culpa no consequente, ou seja, o agente pratica com o crime com certos intentos, porém, supera esses vindo a alcançar, culposamente, um resultado que não desejava. . Conceito de crime qualificado: É aquele em que o legislador, após descrever uma conduta típica, com todos os seuselementos, acrescenta-lhe um resultado cuja ocorrência acarreta o agravamento da sanção penal. Dolo-Dolo: Art. 155, §5º, CP - Furto+ veículo levado para outro Estado. Dolo-Culpa: Art. 129, §3º, CP – Lesão corporal + Se resulta em morte. Culpa-Culpa: Art. 250, §2º, CP – Incêndio + culposo. . Tipos penais e penas comitivas: É como se chama, no Direito Penal, a descrição de um fato ilícito em um código ou lei e que, portanto, implica a cominação de uma pena. Os elementos que compõem o tipo penal podem ser objetivos, normativos e subjetivos. Os elementos objetivos são facilmente constatados pelo sistema sensorial de cada indivíduo. Já os elementos normativos, para serem constatados, exigem a aplicação de uma atividade valorativa, ou seja, um juízo de valor. Por fim, os elementos subjetivos têm origem na psique e no espírito do autor e manifestam-se como a vontade que rege a ação do autor. - Crimes contra a vida (Art. 121, “caput”, CP. – Crimes contra a integridade física (Art. 129, CP). – Crimes contra o patrimônio (Art. 155, CP). . Crime qualificado pelo resultado: É o delito que possui um fato base, definido e sancionado como crime, embora tenha, ainda, um evento que o qualifica, aumentando-lhe a pena, em razão da sua gravidade objetiva, bem como existindo entre eles um nexo de ordem física e subjetiva. Do crime Art. 14 - Consumação e tentativa I- O crime será consumado quando a conduta do autor se amoldar inteiramente ao tipo penal previsto em lei como criminoso. II- Será tentado quando a conduta dele não realizar inteiramente o tipo penal criminoso, sendo frustrada por circunstâncias alheias à sua vontade. A vontade do agente é importante na caracterização da tentativa, pois, se seu agir foi interrompido por sua própria iniciativa, a tentativa não se caracteriza, sendo o caso, então, de desistência voluntária ou de arrependimento eficaz. No crime culposo não se cogita a hipótese de tentativa. Para a punição da tentativa se considera a extensão da conduta do autor até o momento em que foi interrompida. Quanto mais próxima da consumação, menor deve ser a redução (1/3). De outro lado, quanto mais longe a conduta do autor ficou da consumação delitiva, maior deve ser a redução da pena (2/3). O Juiz deve fixar a redução dentro desses limites, de modo justificado. Art. 15 – Desistência voluntária e arrependimento eficaz O dispositivo legal em análise disciplina duas situações em que o delito não se consuma, no entanto, não é correto falar aqui em tentativa, já que, como dito anteriormente, esta só se verifica quando a ação do agente é interrompida por circunstâncias alheias à sua vontade. Aqui o delito não se realiza pela vontade do próprio autor, em hipóteses que se denominam desistência voluntária e arrependimento eficaz. A desistência voluntária, prevista na primeira parte do artigo ("... desiste de prosseguir na execução..."), ocorre no curso da ação criminosa promovida pelo delinquente. O arrependimento eficaz, mencionado na segunda parte do artigo 15 ("... impede que o resultado se produza..."), verifica-se em momento posterior aos atos de execução perpetrados pelo autor, mas antes de o delito se consumar. Nessas situações a desistência do autor não pode ser motivada por embaraços que encontrou no curso da ação criminosa, que, pelo impedimento que causariam à consumação do crime, fizeram-no desistir da conduta. Nesta situação deve se considerar a figura da tentativa, já que foram circunstâncias alheias à sua vontade que provocaram a desistência. Art. 16 - Arrependimento posterior Não obstante deslocado à teoria do crime dentro do Código Penal, porquanto deveria estar localizada no tópico da aplicação da pena, esta causa geral de diminuição da sanção penal encerra um favor ao autor do delito cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. Quando ele repara o dano ou restitui a coisa, a redução da pena, na etapa de sua dosimetria, é obrigatória. No mais, embora a reparação do dano e a restituição da coisa possam dar a endenter que se tratam de situações próprias dos crimes contra o patrimônio, o teor da norma alcança também outros delitos alheios à tutela de tal bem jurídico, sendo amplamente aplicável desde que a conduta inicial do autor venha desassistida de alguma violência ou grave ameaça. Não bastasse, a incidência do dispositivo no caso concreto deve ser decorrência de uma liberalidade do próprio agente, quando ele age pela própria consciência. Novamente, aqui, não se compreende a aplicação de tal causa de diminuição quando o autor do fato é coagido a reparar o dano ou restituir a coisa, seja pela autoridade policial ou por terceiros. A diminuição ocorre no mínimo em um terço (1/3) e no máximo em dois terços (2/3). O ato de arrependimento do autor deve também ocorrer antes do recebimento da denúncia ou queixa. Após, será uma circunstância atenuante genérica, na forma do artigo 65, inciso III, "b", do Código Penal. Art. 17 - Crime impossível Por óbvio, a absoluta impossibilidade de consumar o crime impede sua punição e, sobre a tentativa, quando os meios adotados forem absolutamente ineficazes ou os objetos forem absolutamente impróprios, também não haverá responsabilização penal. A contrariu sensu a ineficácia dos meios ou a impropriedade dos objetos, quando relativas, não impedem a punição do autor do fato. Esta relatividade decorre da verificação, no caso concreto, da existência de alguma possibilidade de o autor do fato lograr êxito na prática do fato. Um exemplo corrente de idoneidade relativa do meio empregado (da eficácia das medidas adotados pelo autor do crime para realizá-lo) que não afasta a punição do agente, é o uso de armas de brinquedo em crimes de roubo. Isso porque, quando semelhantes com as verdadeiras, causam justo temor à vítima do assalto, que acredita estar sofrendo uma grave ameaça autêntica, suficiente para que entregue seus bens ao delinquente. Há, aqui, boa possibilidade de o autor do fato consumar o ilícito, justamente porque pode a vítima acreditar que está sendo ameaçada com instrumento potencialmente lesivo. Neste caso a tentativa é punível. Com relação à impropriedade do objeto, por ele não existir de fato ou por não ter as propriedades exigidas pela norma penal, o autor do fato acabará respondendo pela tentativa quando, no curso da ação criminosa sofrer alguma interferência de terceiro que o impeça de prosseguir em seu desiderato. Isso mesmo se verificando posteriormente que, efetivamente, era impossível ofender o bem jurídico tutelado. Neste caso, reitera-se, se a ação do autor for frustrada pela ingerência de terceiro. Assim, a tentativa será punível. Ex: TACRSP - "Se o agente pretendia roubar tão somente dinheiro destinado ao pagamento de funcionários, mas deixa o local sem nada subtrair e sem sofrer qualquer interferência alheia que determinasse a interrupção da prática, após ter sido informado de que no local não havia qualquer valor, pois o estabelecimento já havia sido assaltado naquele mesmo dia, incorre no denominado crime impossível, por absoluta impropriedade do objeto que, neste caso, não existia." (RT 799/628) Art. 18 - O dolo e a culpa Como regra, a conduta do homem é sempre voltada a uma finalidade, um objetivo. Efetivamente, o que motiva a conduta do ser humano é sempre a obtenção de um resultado. Na natureza, de outro lado, os demais serem vivos agem por instinto e, ainda que alcancem determinados objetivos com sua conduta, não há evidências de ela é conscientemente direcionada ao resultado que alcançam. Essa premissa do ato humano, de ser motivado por uma finalidade, é o que caracteriza o dolo e, em face da leipenal, define o crime doloso. De fato, a doutrina destaca que o dolo advém da consciência do autor de que sua conduta o levará a um resultado criminoso, previsto no tipo penal. E para que aquele se caracterize, os elementos do dolo, consistentes na consciência da conduta, do resultado e do nexo causal, devem estar presentes. Sobre a ação humana, pode se dizer que ela se desdobra em duas etapas, a idealização do modo como agirá para obter o resultado e a efetiva prática da ação imaginada, que produzirá efeitos no mundo exterior. No direito penal, somente o segundo momento é objeto da tutela repressiva e é nele que se encontra o dolo da conduta do autor. O crime doloso, então, ocorre quando o autor quis o resultado de sua conduta ou assumiu, com ela, o risco de produzi-lo. Nos desdobramentos do dolo, quando indireto, alternativo ou eventual, deve se ter presente que, mesmo tendo o autor dúvida que sua conduta pode ou não levar a um resultado criminoso, mas sabendo que este pode ocorrer, caso venha agir, ele assume o risco produzir o resultado. Haverá, então, a caracterização do dolo, justamente porque assumiu o risco do resultado tipificado na lei penal. Sobre a culpa, o Código Penal pugna seu reconhecimento quando presentes a imprudência, a negligência ou a imperícia na ação do autor. É correto afirmar, aqui, que a conduta do autor foi voluntária, mas o resultado alcançado não era pretendido, tendo ocorrido por sua negligência, imprudência ou imperícia, porque deixou de tomar um cuidado objetivo, que lhe era exigível em face das circunstâncias. A imprudência reside na conduta afoita, açodada, apressada e sem os devidos cuidados. A negligência é a displicência, o desleixo em face de uma cautela que não foi adotada. A imperícia é a falta de habilidade, de aptidão ou de conhecimento técnico para a realização de determinado ato, advindo dele o resultado lesivo. Entre o dolo e a culpa pode haver tênue divisão, notadamente quanto se confronta o dolo eventual e a culpa consciente. Contudo, há diferenças. Naquele, o autor, mesmo percebendo possível o resultado criminoso, pratica a conduta, aceitando a possibilidade do resultado. Na culpa consciente, de outro lado, o autor o recusa, mesmo tendo ciência de que ele pode acontecer. Como regra geral, no Brasil, o delito previsto em lei só pode ser punido quando praticado dolosamente. Para que seja punido culposamente deve haver expressa previsão normativa nesse sentido. Assim, caso se pratique de forma culposa um delito previsto apenas na modalidade dolosa, estará afastada a tipicidade da conduta, já que a conduta do autor não se amoldou perfeitamente ao tipo penal previsto em lei. Esse é o espírito da norma prevista no parágrafo único do artigo 18 do Código Penal brasileiro. Art. 19 - Agravação pelo resultado Atos cujo resultado extrapola a vontade do agente só o responsabilizam penalmente quando forem praticados ao menos culposamente, ao menos quando ele agiu sem observar um dever de cuidado, atuando com imprudência, negligência ou imperícia. Uma responsabilização que extrapola a órbita do dolo e da culpa, por sua vez, torna-se objetiva, por escapar, inclusive, da previsibilidade do resultado, que na hipótese de culpa não é almejado, muito embora previsível. A responsabilidade objetiva, contudo, é rejeitada pela norma penal, que aceita apenas o dolo ou a culpa. O dispositivo penal em análise contempla tal entendimento. Sobre os crimes preterdolosos, encontrados de forma esparsa no Código Penal, caracterizam-se eles por preverem uma conduta inicial dolosa e um resultado adicional culposo, que justifica o agravamento da sanção. Um exemplo clássico é a lesão corporal seguida de morte (art. 129, §.3.º, do Código Penal), na qual se pode falar em dolo na lesão corporal e culpa no evento morte. Ainda que este último não tenha sido o objetivo pretendido pelo autor, está previsto como resultado culposo, razão pela qual incide responsabilidade penal sobre ele. À luz do art. 19 do Código Penal, a responsabilidade do autor não poderia ir além da culpa, justamente porque se tornaria objetiva. Pode se dizer, então, que a lesão corporal seguida de morte, assim como outros delitos preterdolosos, versa sobre hipótese na qual o dolo e a culpa estão previstos no tipo penal, sendo o resultado plenamente oponível ao autor, porque previsto também a título de culpa.
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