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Apostila do Curso Básico de Redes com o Packet Tracer

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Autor: AGGARB 
03/03/2016 
Curso Básico de Redes com o 
Packet Tracer 
 
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Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
Sumário 
 
Aula 01 – Conceito de Rede e Histórico .............................................................................. 3 
Aula 02 – Modelo OSI ............................................................................................................ 5 
Aula 03 – Tipos de Comunicação ......................................................................................... 7 
Aula 04 – Topologias de Rede .............................................................................................. 9 
Aula 05 – Servidor e Cliente ............................................................................................... 14 
Aula 06 – Protocolos de Comunicação .............................................................................. 15 
Aula 07 – Equipamentos e Recursos de Rede.................................................................. 16 
Aula 08 – Cabeamento e Meios de Comunicação ............................................................ 21 
Aula 09 – Layout e Cabeamento Estruturado ................................................................... 25 
Aula 10 – Tipos de Rede ..................................................................................................... 27 
Aula 11 – A Pilha TCP/IP .................................................................................................... 28 
Aula 12 – Endereçamento IP .............................................................................................. 30 
Aula 13 – Sub-Redes ........................................................................................................... 32 
Links Úteis – Confira ! .......................................................................................................... 34 
 
 
 
 
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Aula 01 – Conceito de Rede e Histórico 
 Uma rede de computadores (Figura 1) consiste em duas ou mais 
máquinas conectadas entre si com o objetivo de compartilhar seus 
recursos. Uma rede também pode conter outros dispositivos conectados 
tais como celulares, tablets, impressoras, scanners, controladores de 
outros sistemas como por exemplo, dispositivos para controle de 
temperatura, controladores de processos industriais, dispositivos de 
automação e tantos outros equipamentos para as mais variadas 
aplicações. 
 
Figura 1 – Conceito de Rede 
 
 As redes de computadores surgiram no início dos anos 70, onde era 
considerado como rede, computadores terminais (apenas teclado e vídeo) 
conectados em mainframes (Figura 2) nos quais vários usuários 
compartilhavam os dados de uma forma limitada e restrita. Durante este 
período a IBM dominava o mercado e apenas empresas de grande porte 
dispunham de tal equipamento. 
 
Figura 2 - Sistema Mainframe 
 
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 Em 1974 surgiram os mini computadores que desencadearam a 
descentralização dos dados e impressão das informações. Esses 
dispositivos trabalhavam com uma tecnologia conhecida na época como 
processamento batch ou processamento em lote. 
 Com o advento dos microcomputadores na década de 80, o processo 
de fabricação tornou-se mais viável devido às especificações abertas, 
logo o preço tornou-se acessível popularizando assim os PC’s (Personal 
Computers). O PC passou a ser um equipamento de uso individual, no 
entanto, ainda havia uma grande dificuldade das conexões de rede entre 
estes dispositivos em função das diferentes especificações de hardware e 
software, por conta deste fato, foram criados órgãos reguladores e 
normas visando compatibilizar os equipamentos de modo que pudessem 
comunicar entre si mesmo e que seu hardware e software fossem de 
fabricantes diferentes. 
 Em seguida surgiram as redes LAN (redes locais) que posteriormente 
evoluíram para as redes MAM uma vez que o número de máquinas 
aumentou consideravelmente até chegar aos dias atuais onde temos o 
mundo todo conectado através da Internet pelo WWW (World Wide Web). 
Podemos afirmar hoje que em nenhuma outra época a humanidade esteve 
tão próxima como é nos dias atuais graças ao avanço tecnológico e a 
evolução do conceito de rede. 
 
Figura 3 – Conceito de Rede com Outros Sistemas 
 
 
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Aula 02 – Modelo OSI 
 O modelo OSI (Open System Interconnect) foi lançado na década de 80 
pelo organismo de padronização internacional ISO (International 
Organization for Standardization), o objetivo do modelo era a 
interoperabilidade entre sistemas de diferentes fabricantes, isto é, definir 
uma maneira que estes equipamentos se comunicassem. Por tratar-se de 
um padrão aberto, as especificações do modelo OSI encontram-se 
disponíveis para todas as pessoas que tiverem interesse em conhecer. 
 O modelo OSI é definido em 7 camadas, onde cada camada gerencia 
um determinado grupo de serviços. A Figura 4 ilustra todas as camadas 
do modelo OSI. 
 
Figura 4 - Camadas do Modelo OSI 
 
 Cada camada do modelo OSI se comunica com a sua camada 
adjacente, por exemplo, a camada 5 pode se comunicar com a camada 6 e 
com a camada 4. Outro aspecto importante a considerar é que as 
camadas também agem como se estivessem comunicando-se com a sua 
respectiva camada em outra máquina, logo, pode-se implementar uma 
comunicação virtual entre as camadas correspondentes em cada 
máquina. A essa comunicação virtual entre camadas denominamos 
comunicação ponto a ponto. 
 
Figura 5 - Fluxo de Comunicação OSI 
 
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 Nos próximos parágrafos será mostrada uma breve explicação de 
cada uma das camadas do modelo OSI. 
Camada 1 – Física: A camada física especifica características físicas tais 
como conectores, tipos de cabo, limite de distância, limite de velocidade e 
codificação dos sinais. Também define as especificações mecânicas, 
elétricas e funcionais de modo que possa estabelecer, manter e encerrar 
a conexão física entre computadores. Pode-se afirmar que esta camada é 
responsável por enviar e receber os bits de informação. Utiliza os 
protocolos RDIS, RS-232, EIA-422, RS-449, ISDN, SONET, DSL, etc. 
Camada 2 – Enlace: A camada de enlace contém as definições de rede e 
protocolo de comunicação, trabalha com o endereço MAC do host de 
origem e do host de destino. Esta camada também é responsável por 
transformar os pacotes de dado em frames e agregar nestes pacotes um 
Header de enlace que contém as informações para o pacote chegar ao 
seu destino e uma vez neste destino, restaurar o pacote original com suas 
características e informações. Utiliza os protocolos Ethernet, 802.11 WiFi, 
HDLC, Token ring, FDDI, PPP, Switch, Frame relay, ATM, etc. 
Camada 3 – Rede: A camada de rede gerencia o tráfego na rede fazendo o 
controle de congestionamento de dados, problemas de roteamento e 
transferências de pacotes de dados. Os segmentos de dados são 
quebrados em pacotes menores para serem transmitidos dependendo da 
situação e reorganizados quando chegam ao destino. Esta camada é 
responsável por endereçar as mensagens, traduzir endereços lógicos em 
endereços físicos e determinar o melhor percurso no roteamento. Utiliza 
os protocolos IP (IPv4, IPv6), IPsec, ICMP, ARP, RARP, NAT, etc. 
Camada 4 – Transporte: A camada de transporte é responsável por 
entregar
os dados sem erros, sem perdas, sem duplicidade e na 
seqüência correta. Também realoca as mensagens em segmentos de 
modo que mensagens longas sejam quebradas em segmentos menores e 
mensagens curtas sejam agrupadas em um segmento, visando aumentar 
a eficiência de transmissão na rede. O serviço desta camada é 
transparente para as camadas superiores a ela. Utiliza os protocolos 
NetBEUI, TCP, UDP,RTP, SCTP, DCCP, RIP, etc. 
Camada 5 – Sessão: A camada de sessão é responsável por estabelecer, 
gerenciar e encerrar as sessões de comunicação entre os dispositivos. 
Uma sessão consiste de requisições e respostas de um determinado 
serviço em uma aplicação que pode estar rodando nos computadores da 
rede. Outra característica importante a considerar é que quando uma 
sessão é estabelecida, um diálogo é aberto com o intuito de definir as 
regras de comunicação, por exemplo, qual máquina faz a transmissão, 
 
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Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
quando essa transmissão é feita, qual o tempo da transmissão, etc. Utiliza 
o protocolo NetBIOS. 
Camada 6 – Apresentação: A camada de apresentação é responsável por 
executar funções de compressão, descompressão, criptografia, 
descriptografia, conversão e codificação dos dados. Os dados serão 
apresentados no formato adequado, por exemplo, uma informação que 
representa uma imagem será decodificada e apresentada como tal, logo, 
não será apresentada como um texto ou um vídeo. Utiliza os protocolos 
XDR, TLS, etc. 
Camada 7 – Aplicação: A camada de aplicação é responsável por prover o 
acesso aos aplicativos e aos serviços de rede. Consiste de um suporte 
direto ao aplicativo que o usuário está rodando. Utiliza os protocolos 
HTTP, SMTP, FTP,SSH, Telnet, SIP, RDP, IRC, SNMP, POP3, IMAP, etc. 
Aula 03 – Tipos de Comunicação 
 Antes de iniciarmos este tema, é importante entendermos o que é um 
sinal elétrico analógico e um sinal elétrico digital. 
 O sinal elétrico digital é formado a partir de uma onda quadrada 
(podemos visualizar esta onda através de um aparelho de medição 
chamado osciloscópio) onde o nível baixo desta onda pode representar 
um nível de tensão ou corrente nulo ou negativo e o nível alto um valor de 
tensão ou corrente positivo. Isto vai depender muito do circuito 
empregado, das portas físicas utilizadas e das referências de sinal. Como 
o foco deste curso não é eletrônica vamos adotar a forma genérica onde o 
nível baixo corresponde a 0 (sem tensão) e o nível alto corresponde a 1 
(com tensão) conforme ilustrado na Figura 6. 
 
Figura 6 - Representação de um Sinal Digital 
 
 O sinal elétrico analógico (Figura 7) é formado a partir de uma onda 
senoidal (podemos visualizar esta onda através de um aparelho de 
medição chamado osciloscópio) onde cada parte da onda representa um 
valor de tensão ou corrente que varia entre um ponto máximo e um ponto 
 
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mínimo, isto é, neste formato de sinal são considerados todos os valores 
intermediários. Ex: -2v, -1.9, -1.8 ... 0 ... 1, 1.01 e assim por diante. 
 
Figura 7 - Representação de um Sinal Analógico 
 
 A comunicação entre dispositivos em uma rede, tais como 
computadores, celulares, tablets, impressoras, servidores, etc., possui 
determinadas classificações com suas respectivas características que 
estudaremos a seguir. 
Modo de Comunicação: Todas as informações, dados, caracteres, etc. 
são transmitidos como sinais elétricos durante um determinado período 
de tempo. A sincronia entre os dispositivos pode definir: 
 Transmissão Síncrona – A sincronia entre os dispositivos é feita 
antes da transmissão dos dados por meio de caracteres de 
sincronismo. Os dispositivos também devem estar em sincronia 
durante a comunicação 
 
 Transmissão Assíncrona – A sincronia entre os dispositivos ocorre 
de forma individual onde temos um sinal de início de caracter e 
outro sinal de fim de caracter. Este tipo de transmissão também é 
conhecido como START/STOP, os dispositivos não precisam estar 
previamente sincronizados antes de iniciar a comunicação e os 
dados são transmitidos de forma intermitente. 
Técnica: Transmissão simultânea de vários sinais em um único meio, que 
pode ser um cabo por exemplo, a partir daí temos: 
 Banda Base (Baseband) – Amplamente utilizada em redes LAN 
(redes locais), esta técnica utiliza a capacidade total de 
comunicação do meio de transmissão para trafegar um único sinal 
que faz uso da banda inteira. O sinal transmitido no meio é digital. 
 Banda Larga (Broadband) – Nesta técnica um único meio de 
transmissão realiza o transporte de vários sinais analógicos 
simultaneamente dentro dele. 
 
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Operação: O modo de operação define o sentido de comunicação, 
podendo ser transmitida a informação do emissor para o receptor e vice-
versa. Os modos de operação classificam-se em: 
 Half Duplex – A comunicação entre os dispositivos ocorre em um 
sentindo e depois é invertida para o outro sentido (Figura 8). Os 
dispositivos não se comunicam simultaneamente. 
 
 
 Figura 8 - Comunicação Half Duplex 
 
 Full Duplex – A comunicação entre os dispositivos ocorre nos dois 
sentidos. Os dispositivos se comunicam simultaneamente, não 
existe inversão no sentido da comunicação (Figura 9). 
 
 
Figura 9 - Comunicação Full Duplex 
Aula 04 – Topologias de Rede 
 Em redes, existem dois tipos de topologia, são elas a topologia física e 
a topologia lógica. 
Topologia Física: Define a maneira como os dispositivos são ligados na 
rede fisicamente. A seguir, veja os principais exemplos de topologia 
física: 
 Topologia Barramento (Bus): Nesta configuração os dispositivos 
são conectados em um cabeamento central que forma um 
barramento (Figura 10). O funcionamento consiste em apenas uma 
máquina enviar dados no barramento em um determinado momento 
ao passo que as outras máquinas “escutam” essa mensagem e 
 
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pegam apenas as mensagens direcionadas a elas, quando uma 
máquina transmite, a rede permanece ocupada e se outra máquina 
durante este tempo tentar enviar uma mensagem, uma colisão de 
pacotes ocorre e a transmissão é reiniciada. A Figura 11 mostra um 
exemplo do funcionamento de uma topologia de rede em 
barramento para simular no Packet Tracer. 
 
Figura 10 - Topologia Barramento 
 
 
Figura 11 - Simulação de Topologia Barramento com Hubs 
 
 Topologia em Anel (Token Ring): Esta configuração consiste de 
dispositivos que são conectados em um circuito fechado que forma 
um anel com as máquinas conectadas em série (Figura 12). O 
funcionamento deste tipo de rede consiste em cada nó (dispositivo 
ligado na rede), esperar a sua vez para enviar e receber dados por 
meio de um token. Este token é enviado junto com os dados da 
primeira para a segunda máquina, da segunda para a terceira e 
assim por diante. Neste processo apenas o nó com o token pode 
 
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enviar e receber dados e todos os outros nós permanecem 
aguardando a passagem do token. 
 
Figura 12 - Topologia em Anel 
 
 Topologia em Estrela (Star): Nesta configuração os dispositivos 
são conectados a um equipamento central que controla o tráfego 
de dados
e repassa esses dados para os demais dispositivos na 
rede. A topologia estrela (Figura 13) é uma das configurações mais 
utilizadas atualmente em pequenas redes. 
 
Figura 13 - Topologia em Estrela 
 
 Topologia Híbrida: A topologia de rede híbrida é a configuração 
física na qual são combinados diferentes tipos de topologia, isto é, 
pode-se formar uma grande rede na qual existam trechos dessa 
rede que podem ter sido feitos com topologia barramento ligados a 
outros trechos que podem ser com topologia anel, estrela, etc. vai 
depender muito da aplicação, por exemplo, algumas infraestruturas 
de cabeamento antigas que tenham uma topologia bus, nas quais 
 
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deseja-se aproveitar a instalação, podem ser conectadas a uma 
infraestrutura nova, por esta razão torna-se conveniente o uso de 
redes híbridas. Nas figuras a seguir, serão ilustrados mais alguns 
tipos de topologia de rede para conhecimento. 
 
Figura 14 - Topologia Estrela Estendida 
 
 
Figura 15 - Topologia Hierárquica ou Topologia em Árvore 
 
 
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 Por fim, encerrando o tópico “Topologia Física”, segue o último 
exemplo de ligação em rede ilustrado na Figura 16, a configuração de 
topologia em malha. 
 
Figura 16 - Topologia em Malha 
 
Topologia Lógica: Define a maneira como os dados são enviados através 
de uma rede partindo de um ponto para outro sem levar em consideração 
a ligação física dos dispositivos. Este tipo de topologia pode ser 
configurada estatica ou dinamicamente por switches e roteadores, 
normalmente as topologias lógicas trabalham através de endereço MAC e 
protocolos de comunicação. Em suma, a topologia lógica define os 
métodos de acesso para a transmissão de dados em um ambiente 
compartilhado. A seguir, veja os principais exemplos de tipos de 
topologia lógica: 
 Passagen de Token: Um pacote chamado Token que contém 
autorização para transmitir dados fica circulando na rede. 
 
 Contenção: Múltiplo acesso dos dispositivos a um sinal elétrico 
chamado portadora com detecção ou aviso de colisão de pacotes. 
 
 Prioridade de Demanda: Prioriza os dados de acordo com um 
esquema de contenção. 
 
 
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Aula 05 – Servidor e Cliente 
 Os dispositivos de rede como computadores, controladores 
programáveis (utilizados para automação) e tantos outros, podem exercer 
na rede a função de cliente ou servidor (Figura 17). 
 Um dispositivo é considerado servidor quando disponibiliza seus 
recursos na rede e é considerado cliente quando utiliza um determinado 
recurso na rede disponibilizado por algum servidor. 
 Outro aspecto importante é que um cliente pode se conectar a vários 
servidores e um servidor pode disponibilizar recursos para vários 
clientes. 
 
Figura 17 - Clientes e Servidor 
 
 A partir deste conceito, podemos classificar uma rede em ponto a 
ponto ou baseada em servidor. 
 A rede baseada em servidor possui dispositivos dedicados a execução 
de tarefas específicas como por exemplo servidor de banco de dados, 
hospedagem WEB, servidores de aplicação como Apache, GlassFish, 
TomCat, Jboss, servidores de e-mail, etc. O dispositivo fica dedicado 
apenas a executar sua tarefa, podendo também existir a possibilidade de 
um dispositivo prover mais de um serviço, isto é, uma máquina pode ser 
um servidor de banco de dados e páginas WEB simultaneamente. 
 A rede ponto a ponto é também conhecida como peer to peer, nesta 
rede todos os dispositivos podem ter a função de cliente ou servidor. 
Cada dispositivo pode compartilhar os seus recursos atuando como 
servidor e pode também utilizar os recursos de outros dispositivos 
atuando como cliente. 
 
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Aula 06 – Protocolos de Comunicação 
 Protocolo de comunicação é uma definição de regras e normas para 
que possa existir a comunicação entre os dispositivos em uma rede. 
Imagine por exemplo que você deseja conversar com um amigo através 
de uma vídeo conferência pelo Skype, para isso você terá que ter alguns 
recursos e seguir alguns procedimentos, como ligar seu computador, 
acessar a Internet, logar no Skype, discar para o seu amigo, esperar ele 
atender e quando o seu amigo atender ele poderá iniciar a comunicação. 
Para os computadores o processo é bem parecido pois da mesma forma 
que você seguiu alguns procedimentos para se comunicar com o seu 
amigo o computador também deverá seguir um conjunto de regras e 
procedimentos para se comunicar com outro dispositivo na rede, ou seja, 
ele seguirá um protocolo de comunicação, logo pode-se concluir que para 
que haja a comunicação entre dois ou mais dispositivos em uma rede, é 
necessário que todos estes dispositivos que desejam se comunicar 
utilizem sempre o mesmo protocolo. 
 Atualmente existe uma infinidade de protocolos de comunicação, cada 
um com suas vantagens ou funcionalidades específicas dedicadas para 
uma determinada aplicação, por exemplo, temos o protocolo Modbus 
utilizado em redes 485, o protocolo TCP muito utilizado em redes de 
computadores e em alguns casos até mesmo protocolos fechados de 
fabricantes de dispositivos específicos para uma aplicação como ocorre 
muito no caso da automação industrial e predial. 
 Os protocolos também podem ser utilizados juntos, pode-se usar mais 
de um protocolo. Quando os protocolos são utilizados em conjunto 
recebem o nome de pilha e cada nível de uma pilha de protocolo 
corresponde-se com o nível do modelo OSI, isto é, a camada mais alta da 
pilha de protocolo se relaciona com a camada mais alta do modelo OSI, 
como exemplos de pilhas de protocolos temos as mais famosas: TCP/IP, 
IBM SNA, AppleTalk entre outros. 
 O funcionamento dos protocolos consiste em quando um dispositivo 
for enviar dados, este dispositivo passa os dados para o protocolo ou 
pilha de protocolos que fará a conversão dos dados no formato mais 
adequado para a transmissão levando em conta as características da 
rede. No pacote serão incluídas informações adicionais (Header) como 
por exemplo, os endereços de origem e destino, a prioridade, o tipo, etc. e 
o dispositivo receptor deverá possuir o mesmo protocolo ou pilha de 
protocolos para interpretar as informações adicionais e restaurar nele os 
dados recebidos. 
 
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 Para que as informações sejam enviadas e recebidas de forma 
adequada é necessário que os dispositivos cumpram todas as etapas de 
forma correta, portanto devem executar o mesmo protocolo. 
 Os protocolos podem ser classificados em 3 níveis: 
 Protocolos de Aplicativo: São os protocolos que atuam nas 3 
camadas mais altas do modelo OSI (Aplicação, Apresentação e 
Sessão). Estes protocolos permitem a interação entre aplicativos e 
a troca de dados. Ex: APPC, FTP, SNMP, SMTP, X.400, X.500, etc. 
 Protocolos de Transporte: São os protocolos responsáveis por 
garantir a entrega segura dos dados. Ex: SPX, TCP, UDP, Nwlink, 
NetBEUI, etc. 
 Protocolos de Rede: São os protocolos cuja função é controlar as 
informações de endereçamento e roteamento, realizar testes de 
erros, solicitações de retransmissão e estabelecer as regras de 
comunicação entre os dispositivos. Ex: IPX, IP. 
Aula 07 – Equipamentos e Recursos de Rede 
 Para que a comunicação entre
os computadores em uma rede possa 
ocorrer é necessário que existam alguns recursos que possibilitem esta 
comunicação. Estes recursos podem variar desde hardware como 
equipamentos para ampliar uma rede, por exemplo, bridges, repetidores, 
switches, hubs, etc. até software, como por exemplo protocolos e 
sistemas operacionais de rede. 
 A seguir serão demonstrados os principais equipamentos e recursos 
utilizados em uma rede. 
Dispositivos Mobile: São os tablets (Figura 18 – Esquerda) e celulares 
(Figura 18 – Direita). Atualmente pode-se executar quase todas as tarefas 
que realizamos em um computador pessoal, pode-se acessar a internet, 
enviar e receber e-mails, utilizar planilhas eletrônicas, documentos de 
texto em diversos formatos, ver vídeos, acessar a internet e etc. 
 
Figura 18 - Mobile 
 
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Computador Pessoal: Também conhecido pelo termo Estação de Rede, 
pode ser portátil como os notebooks (Figura 19 – Lado Direito) ou 
computadores desktop (Figura 19 – Lado Esquerdo) projetados para uso 
fixo. Normalmente os computadores exercem a função de cliente, no 
entanto, também é possível configurar um computador para exercer a 
função de servidor na rede. 
 
Figura 19 - Computadores 
 
Servidores: São computadores com a tarefa específica de fornecer 
recursos para os clientes da rede. Possuem a confiabilidade que um 
computador pessoal não tem para garantir um bom funcionamento na 
rede e a estabilidade do sistema para fornecer os serviços. Seus 
componetes são dimensionados com base no menor índice de falhas 
(componentes de maior qualidade), seu gabinete permite expansão para 
HD, pode-se utilizar diversos processadores, possuem redundância de 
dispositivos críticos (se um componente falha o outro assume) e alguns 
servidores (Figura 20) ainda apresentam a tecnologia hot swap que 
permite trocar componentes como um disco rígido por exemplo, sem 
desligar a máquina. 
 
Figura 20 - Servidores 
 
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Sistema Operacional de Rede: O Sistema Operacional é o software que 
facilita a comunicação entre o usuário e a máquina e ainda gerencia de 
forma transparente ao usuário os recursos do computador, já um Sistema 
Operacional de Redes, consiste de um conjunto de módulos que 
aumentam a capacidade do Sistema Operacional utilizando recursos 
compartilhados na rede. Cada cliente na rede deve possuir um Sistema 
Operacional Local, por exemplo, Windows, Linux, Android, etc. e este 
sistema local é complementado por um Sistema Operacional de Redes 
que utiliza um módulo redirecionador fazendo com que o usuário não 
perceba que o recurso uilizado é remoto. 
Repetidor: Dispositivo utilizado para expandir uma rede além do limite 
físico do cabo. Todo cabo apresenta um comprimento máximo no qual é 
possível transmitir um sinal com segurança, no entanto, o sinal elétrico 
transmitido vai enfraquecendo ao longo do meio de transmissão, esse 
fenômeno chama-se atenuação. Se haver a necessidade de usar um cabo 
maior, fora da especificação do comprimento de segurança, o sinal ficará 
mais fraco podendo até mesmo corromper os dados. Para resolver este 
problema utiliza-se um repetidor no meio do circuito, pois o repetidor 
regenera o sinal garantindo a integridade da informação no próximo 
segmento da rede. 
 
Figura 21 - Repetidor 
 
Hub: Dispositivo pelo qual se transmite dados, tendo, como principal 
característica, que a mesma informação está sendo enviada para todos os 
receptores simultaneamente (Processo de broadcast). O hub (Figura 22), 
pode ter várias portas para conectar o cabo de rede de cada computador, 
normalmente 8, 16, 24 e 32 portas. A quantidade varia de acordo com o 
modelo e o fabricante do equipamento. Embora semelhantes, por 
apresentar mais limitações, menos vantagens e ser mais simples que o 
switch, o hub caiu em desuso. 
 
Figura 22 - Hub Doméstico 
 
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Bridge: Também conhecida pelo nome de Ponte (Figura 23), executa a 
mesma função de um repetidor porém com uma performance maior, isto 
é, não gera tráfego inútil na rede devido a trabalhar na camada 2 do 
modelo OSI, fazendo acesso ao endereço MAC para saber o segmento da 
rede em que está o dispositivo para o qual deseja-se enviar uma 
informação. A Bridge faz uma filtragem do tráfego de rede, gerenciando 
os pacotes de origem e destino. 
 
Figura 23 - Bridge 
 
Roteador: É um equipamento que permite interligar duas redes lógicas, 
que podem ser de diferentes classes, tipos e tecnologias. O roteador 
(Figura 24) pode acessar o endereço de rede e possui uma tabela interna 
que define a melhor rota para entregar um pacote de informação. Trabalha 
na camada 3 do modelo OSI (Rede) e é capaz de se auto configurar a 
partir de uma linguagem própria criando tabelas de roteamento que são 
alteradas dinâmicamente. Uma grande vantagem que este equipamento 
apresenta é que se por ventura um novo roteador for instalado na rede ou 
uma rota for alterada, todos os roteadores da rede se comunicam e 
atualizam de forma automática suas respectivas tabelas de roteamento. 
 
Figura 24 - Roteadores 
 
Switch: É um dispositivo semelhante ao hub, no entanto, ao passo que o 
hub compartilha a largura de banda para todas as suas portas, um switch 
(Figura 25) dedica a largura de banda para cada porta. Por exemplo, uma 
rede cuja largura de banda é de 10Mbps, fazendo a utilização de um hub, 
esta largura será compartilhada para todas as portas, no entanto se para 
 
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Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
esta mesma rede utilizarmos um switch, para cada porta será dedicado 
este valor, logo a rede será transformada em vários segmentos de 10Mps 
onde cada segmento é dedicado e evitando a colisão entre eles, logo o 
switch evita a possibilidade de congestionamento no meio físico e perda 
de tempo em retransmitir informações. Considerando que o hub divide a 
largura da banda entre as portas, o switch possibilita que cada 
equipamento da rede se comunique com a velocidade total. Quanto aos 
tipos de switch em relação ao modelo OSI, podem ser classificados em: 
 Switch Layer 2 – Atua na camada de enlace fazendo a verificação 
apenas dos endereços MAC; 
 
 Switch Layer 3 – Atua na camada de rede. Gerencia o tráfego de 
rede e evita tráfego desnecessário, trabalha com o endereço de 
rede no entanto não possui tantos recursos quanto um roteador; 
 
 Switch Layer 4 ao 7 – Atua nas camadas mais altas em relação à 
camada de rede e gerencia os tipos de tráfego para priorizar 
aplicações mais críticas. 
 
Figura 25 - Switch 
 
Firewall: Consiste de uma solução de segurança para redes desenvolvida 
em hardware (Figura 26 – Esquerda) ou software (Figura 26 – Direita). No 
Firewall pode-se definir instruções que analisam o tráfego da rede para 
determinar quais operações de transmissão ou recepção podem ser 
executadas. O Firewall é uma parede de defesa (traduzindo literalmente 
“Parede de Fogo”) com o objetivo de bloquear tráfego de dados 
indesejado e liberar acesso de tráfego confiável. 
 
Figura 26 - Firewall 
 
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Gateway: Consiste de um servidor (Figura 27) que possibilita que 
sistemas com diferentes tecnologias, protocolos de comunicação, 
estrutura de rede, etc. possam se comunicar. Todos os dispositivos de
um sistema conseguem se comunicar com os dispotivos de outro de 
sistema diferente por meio do Gateway. 
 
Figura 27 - Conceito de Gateway 
Aula 08 – Cabeamento e Meios de Comunicação 
 Nesta aula serão apresentados os principais meios de comunicação e 
cabeamento que permitem a conexão dos equipamentos vistos na aula 
anterior, também serão demonstradas as limitações e características de 
cada meio. 
 O cabeamento consiste de um meio físico onde trafegam os sinais 
elétricos de informação entre servidores, clientes e outros periféricos e 
em alguns casos, além de sinais de dados, existe também a possibilidade 
de transmitir sinais de alimentação para manter os equipamentos 
energizados. É através das características do meio, como por exemplo, 
tipo de cabo, material com o qual o cabo é fabricado, comprimento 
máximo recomendado para determinado tipo de cabo que pode-se 
determinar a distância máxima para transportar um sinal elétrico de sua 
origem até seu destino. Quanto a velocidade de transmissão, deve-se 
levar em conta que é determinada pelos métodos de acesso 
especificados na camada 2 do modelo OSI, no entanto o meio físico 
escolhido deve ser compatível e suportar esta velocidade. Vejamos agora 
os principais meios físicos de transmissão e suas características: 
Cabo de Par Trançado: O cabo de par trançado (Figura 28 – Esquerda) 
consiste de 2 ou mais pares de fios de cobre isolados e torcidos entre si, 
internamente agrupados e com um revestimento externo para proteção. 
Podem ser de dois tipos: Com blindagem (STP) e sem blindagem (UTP). 
Um cabo de par trançado pode transmitir um sinal elétrico a uma 
distância máxima de até 100 metros. A conexão deste cabo pode ser feita 
através do uso de conectores RJ-45 (Figura 28 – Centro) e este tipo de 
 
22 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
cabo é classificado em categorias de acordo com a aplicação. As 
categorias são: 
 Categoria 1 – Utiliza-se para transporte de voz, cabo UTP usado 
para telefonia; 
 
 Categoria 2 – Cabo formado por 2 pares, possui certificação para 
transmitir sinais até uma frequência de 4MHz; 
 
 Categoria 3 – Cabo formado por 2 pares, possui certificação para 
transmitir sinais até uma frequência de 10MHz; 
 
 Categoria 4 – Cabo formado por 4 pares, possui certificação para 
transmitir sinais até uma frequência de 16MHz; 
 
 Categoria 5 e 5e – Cabo formado por 4 pares, possui certificação 
para transmitir sinais até uma frequência de 100MHz; 
 
 Categoria 6e – Cabo formado por 4 pares, possui certificação para 
transmitir sinais até uma frequência de 250MHz; 
 
 
Figura 28 - Cabo de Par Trançado e Conector RJ-45 
 
Cabo Coaxial: O cabo coaxial é um cabo composto de um núcleo de 
cobre revestido por um material isolante que pode variar de teflon ou PVC 
cuja função é proteger o cabo evitando que se quebre. Possui uma 
camada de blindagem para proteger os dados que atua absorvendo os 
sinais de ruído elétrico logo acima da camada isolante que pode ser de 
alumínio ou malha de cobre e por fim revestindo essa malha, o cabo 
contém a capa de proteção externa do fabricante. Em redes de 
computadores, utilizavam-se dois tipos de cabo coaxial, são eles: 
 Cabo Coaxial Grosso (Thicknet): Consiste de um cabo rígido 
(Figura 29 a esquerda), o que torna um pouco difícil seu 
manuseamento. Este cabo pode transportar sinais elétricos de 
 
23 
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informação até uma distância de 500 metros. Utiliza-se o conector 
AUI (Attachment Unit Interface – Figura 29 a direita) de 15 pinos em 
conjunto com um cabo transcepetor para fazer a conexão. 
Atualmente esta tecnologia caiu em desuso, no entanto é 
importante que o leitor tenha este conhecimento devido a 
existência de sistemas antigos e possíveis questões em provas e 
testes diversos. 
 
Figura 29 - Cabo Coaxial Grosso e Conectores AUI 
 
 Cabo Coaxial Fino (Thinnet): Consiste de um cabo similar ao 
anterior porém, com um diâmetro menor (Figura 30 – Esquerda). A 
conexão pode ser feita por meio de um conector BNC tipo T (Figura 
30 – Centro) em conjunto com um conector BNC fêmea simples em 
cada uma das pontas que estão ligadas ao T que por sua vez são 
ligadas ao cabo. Para a placa de rede local utiliza-se um conector 
BNC macho. Este cabo pode levar um sinal até uma distância 
máxima de 185 metros, no entanto esta tecnologia também 
encontra-se em desuso. 
 
Figura 30 - Cabo Coaxial Fino e Conector BNC 
 
Cabo de Fibra Óptica: Este cabo consiste de um filamento de vidro 
revestido de uma substância que contém um baixo índice de refração 
fazendo com que os raios luminosos sejam refletidos na parte interna do 
cabo, o que minimiza muito as perdas de transmissão. Cada um dos 
filamentos de vidro que compõe o cabo permitem que o sinal seja 
transportado apenas em um sentido, por esta razão, o cabo é formado por 
duas fibras ópticas. Os cabos de fibra óptica (Figura 31) utilizam 
 
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conectores SC, ST e MT-RJ em suas extremidades para fazer a conexão e 
podem ser classificados em dois tipos, são eles: 
Monomodo – Este cabo utiliza um diodo emissor de luz (LED) como 
fonte de luminosidade, por isso apresenta menor custo. Pode 
transportar dados até 2Km com uma velocidade de 100Mbps ou 
ainda transportar um sinal a 550m com uma velocidade de 1Gbps. 
 Multimodo – Este tipo de fibra utiliza o laser como fonte de 
luminosidade, e os filamentos são mais delicados. Pode transportar 
um sinal até 5Km de distância com uma velocidade de 1Gbps, no 
entanto apresenta um custo maior. 
 
Figura 31 - Cabos de Fibra Óptica 
 
Sistema Wireless: Também conhecido pelo termo “sem fio”, este sistema 
permite que exista conexão entre dispositivos sem a utilização de cabos 
através do princípio de transmissão por ondas eletromagnéticas, que 
transportam os dados usando como meio o ar. Atualmente muitos 
switches domésticos e dispositivos mobile utilizam esta tecnologia, no 
entanto é possível utilizar adaptadores wireless para comunicar um 
computador desktop ou outros dispositivos por exemplo, sem usar cabo. 
 
Figura 32 – Dispositivos para Comunicação Wireless 
 
25 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
Aula 09 – Layout e Cabeamento Estruturado 
 Cabeamento estruturado é a modalidade cujo principal objetivo é 
estudar a disposição organizada e padronizada de conectores e meios de 
transmissão para as redes sejam elas de computadores ou telefonia, de 
modo que a infraestrutura de cabeamento seja livre quanto ao tipo de 
aplicação e layout, permitindo a interligação entre diversos equipamentos 
de rede. O cabeamento estruturado utiliza conectores RJ-45 e cabos 
UTP como mídias-padrão para a transmissão de dados. Quanto aos 
objetivos principais do cabeamento estruturado, pode-se destacar: 
 Redução de custos de gestão do sistema; 
 
 Dispor de um sistema de cabos que atenda tanto a rede de dados 
como a rede de telefonia; 
 
 Proporcionar facilidade de expansão para uma rede local ou 
adaptação de novas redes; 
 
 Facilitar a manutenção; 
 
 Definir normas para instalação; 
 
 Garantir bom funcionamento dos serviços. 
 Como o assunto de cabeamento estruturado é muito extenso 
necessitando um curso apenas para tratar sobre o tema, então para este 
curso cujo objetivo são conceitos fundamentais de rede, será mostrada 
apenas uma visão geral sobre cabeamento
estruturado sem entrar em 
maiores detalhes. 
 Um sistema de cabeamento estruturado pode ser definido por 4 
principais componentes, a seguir serão explicados cada um destes 
componentes do sistema: 
 1-) Área de Trabalho: Consiste do lugar definido para alocação de 
uma estação de rede (computador) e que possibilita a utilização de 
um usuário para tal. Uma quantidade de cabos é definida para 
atender uma determinada quantidade de áreas de trabalho de 
acordo com o projeto do local. 
 
 2-) Sala de Comunicação ou Sala de Equipamentos: Corresponde 
ao local onde são instalados os equipamentos de rede como 
switches, roteadores, servidores, etc. Normalmente estes 
equipamentos são instalados em grandes armários metálicos 
 
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Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
denominados racks. Os racks mais utilizados para esta finalidade 
contém uma estrutura metálica capaz de armazenar os dispositivos 
em pilha de forma que fiquem alocados um sobre o outro porém 
acoplados na estrutura interna do rack. Os racks também possuem 
painéis instalados nele, conhecidos pelo nome de patch panel, 
onde são ligados os cabos que procedem de todas as estações que 
usam dispositivos deste rack, e por fim, as conexões são feitas 
através do patch panel (Figura 33 – Esquerda) até os dispositivos 
de rede como um switch por exemplo, utilizando um patch cord 
(Figura 33 – Direita). Um patch cord muito comum para este tipo de 
aplicação, consiste de um pedaço de cabo de par trançado com 
conectores RJ-45 nas duas pontas com um tamanho máximo de 
5m, seu uso apresenta vantagens como fácil manuseio, 
manutenção, alteração do layout lógico de rede, etc. 
 
Figura 33 - Patch Panel e Patch Cord 
 
 3-) Cabeamento Horizontal: Corresponde ao seguinte conjunto de 
cabos: cabo de rede proveniente da estação de rede, cabo 
horizontal e o patch cord. Um cabo horizontal é também conhecido 
como cabo de link, consiste de um cabo que faz a ligação da 
tomada (ponto de rede) que encontra-se na área de trabalho onde 
fica a estação de rede até o patch panel do rack, sua distância 
máxima é de 90m. Uma vez executado o projeto de cabeamento 
horizontal, qualquer alteração da rede, não deverá ser feita mais 
manuseando o cabeamento horizontal, este manuseio deverá ser 
feito apenas através dos patch cords do rack ou do cabo que liga a 
estação de rede até a tomada de cabeamento horizontal (ponto de 
rede). 
 
 4-) Cabeamento de Backbone: Corresponde ao cabeamento que faz 
a ligação entre as salas de comunicação. Estas salas, podem estar 
 
27 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
fisicamente situadas em pavimentos diferentes ou no mesmo 
pavimento de uma edificação. O tipo de cabo implementado (STP, 
UTP, Fibra, etc.) irá variar de acordo com alguns fatores como a 
distância, ambiente, ruído, entre outros. A Figura 34 ilustra uma 
visão simples e conceitual que descreve o cabeamento estruturado 
com base nos itens 1, 2, 3 e 4 explicados previamente. 
 
Figura 34 - Cabeamento Estruturado 
Aula 10 – Tipos de Rede 
 As redes podem ser classificadas de acordo com o seu tamanho, 
atualmente existem diversos tipos de classificação para os tipos de rede, 
a seguir serão explicados os três grandes principais tipos de rede. 
LAN (Local Area Network) – É um tipo de rede cuja cobertura abrange 
uma pequena área geográfica. Uma rede LAN faz a conexão entre 
computadores, servidores, impressoras e outros dispositivos dentro de 
uma pequena área geográfica que pode ser uma residência, um prédio ou 
vários prédios dentro de uma área privada por exemplo. Este tipo de rede 
apresenta uma alta velocidade e uma baixa taxa de erros. 
MAN (Metropolitan Area Network) – Este tipo de rede faz a interligação de 
várias redes que encontram-se geograficamente próximas dentro de uma 
zona urbana, todos os pontos desta rede comunicam-se como se 
estivessem dentro da mesma rede local. A distância para interligar as 
redes do tipo MAN pode variar até dezenas de quilômetros, como um 
exemplo de rede MAN pode ser considerado o sistema de TV a cabo que 
era utilizado na década de 90 em grandes cidades do Brasil como São 
Paulo, Rio de Janeiro e outras. 
 
28 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
WAN (Wide Area Network) – A rede WAN consiste de uma rede de longa 
distância, é um tipo de rede que abrange uma ampla área geográfica 
como por exemplo, várias cidades, um país ou um continente. 
 
Figura 35 - Redes LAN, MAN e WAN 
Aula 11 – A Pilha TCP/IP 
 O TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol) consiste 
de uma pilha de protocolos padrão atualmente disponível em quase todos 
os equipamentos. Esta pilha padrão permite que diferentes dispositivos e 
sistemas operacionais se comuniquem. 
 Existe um conjunto de documentos chamados de RFC (Request For 
Comments), onde é publicada a padronização do TCP/IP. Esses 
documentos descrevem todos os trabalhos que são feitos para a 
padronização da Internet, alguns destes documentos ainda descrevem os 
serviços de rede e os protocolos de comunicação bem como suas 
implementações. 
 A pilha TCP/IP é dividida em 4 camadas que se relacionam com as 
camadas do modelo OSI conforme mostra a Figura 36. 
 
Figura 36 - Modelo OSI e Pilha TCP/IP 
 
29 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
 A seguir, uma breve explicação de cada uma das camadas e suas 
funções na pilha TCP/IP. 
Interface de Rede – Também conhecida como “Acesso à Rede”, 
representa a camada mais baixa da pilha equivalendo às camadas Física e 
de Enlace no modelo OSI. A função desta camada é colocar e retirar os 
dados no meio físico. 
Internet – Equivalendo à camada de Rede no modelo OSI. A função desta 
camada é endereçar, empacotar e rotear os dados. Nesta camada, 
encontramos alguns protocolos importantes como: 
 ARP (Address Resolution Protocol) – Responsável por resolver 
endereços de hardware de hosts (computadores) que encontram-se 
na mesma rede física, executam esta tarefa com o objetivo de 
localizar os endereços dos hosts de destino; 
 
 ICMP (Internet Control Message Protocol) – Responsável por enviar 
mensagens e informar os erros que por ventura possam ocorrer na 
entrega dos pacotes; 
 
 IP (Internet Protocol) – Responsável por endereçar e rotear pacotes 
entre hosts (computadores) e redes. 
Transporte – Esta camada é equivalente à camada de Transporte no 
modelo OSI. A função desta camada é proporcionar a comunicação entre 
os hosts. Nesta camada os principais protocolos são: 
 TCP (Transmission Control Protocol) – Responsável por fornecer e 
estabelecer antes da transmissão uma comunicação segura e 
confiável. Este protocolo é muito utilizado em aplicações que 
enviam grandes quantidades de dados de uma só vez ou 
aplicações que necessitam de confirmação de recebimento de 
dados. 
 
 UDP (User Datagram Protocol) – Este protocolo permite enviar um 
datagrama (unidade independente com informações que permitem 
seu roteamento) encapsulado em um pacote IP e não garante a 
entrega dos pacotes, por isso não é muito confiável. Normalmente 
seu uso é feito em aplicações que transmitem pequenas 
quantidades de dados de uma só vez, devido as limitações deste 
protocolo, o aplicativo deverá ter lógicas e rotinas de confirmação 
para o recebimento dos dados. 
 
 
30 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
Aplicação –
Esta camada é equivalente às camadas de Sessão, 
Apresentação e Aplicação no modelo OSI. A função desta camada é 
proporcionar o acesso do aplicativo à rede. Esta camada possui dois 
tipos de sistemas de interface, são eles: 
 NetBIOS – Responsável por fornecer uma interface de programação 
para os protocolos que possuem suporte a convenção de nomes 
NetBIOS para endereçamento. 
 
 Sockets – Permitem oferecer uma interface de programação 
padronizada para aplicativos que pode ser utilizada em diversos 
tipos de sistemas operacionais. 
Aula 12 – Endereçamento IP 
 O esquema de endereçamento IP permite que um host TCP/IP possa ser 
identificado na rede. Considera-se um host, qualquer hardware que possa 
receber um endereço IP, por exemplo, um computador, um tablet, um 
servidor, um CLP, etc. 
 Dentro de uma LAN, todo dispositivo deve ser identificado por um 
endereço único e que tenha um formato padronizado. 
 Atualmente, existem dois tipos de endereçamento IP, o IPv4 e o IPv6. O 
IPv4 trabalha com endereços de 32 bits, suporte opcional de Ipsec, seus 
endereços de broadcast são utilizados para enviar tráfego para todos os 
hosts de uma rede, suporta pacotes de 576 bytes, etc. O número 
crescente de dispositivos, está fazendo com que o IPv4 não possua mais 
endereços disponíveis para todos os dispositivos, por isso ficará 
obsoleto no futuro. Visando a solução deste problema, foi criado o 
conceito de IPv6 com o intuito fornecer um número muito maior de 
endereços IP de modo a permitir que mais dispositivos possam se 
conectar a rede mundial. O IPv6 trabalha com endereços de 128 bits, 
suporte obrigatório de Ipsec, seus endereços de broadcast deixam de 
existir para dar espaço ao multicast e suporta pacotes de 1280 bytes entre 
tantas outras vantagens. 
 Por ser mais didático e visando facilitar o aprendizado do leitor, este 
curso irá mostrar o conceito de endereçamento IP, utilizando como base 
o IPv4, pois este ainda é muito utilizado mundialmente. 
 Um endereço IP (IPv4) consiste de um total de 32 bits, composto por 4 
campos de 8 bits. Cada campo é separado por um ponto e este campo 
representa um número decimal que varia de 0 a 255. 
 
31 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
 Veja a seguir na Figura 37, a composição de um endereço IP com suas 
representações na base binária (máquina) e na base decimal (usuário). 
 
Figura 37 - Constituição de um Endereço IP 
 
 Um endereço IP é formado por duas partes, a primeira parte é o Net ID 
ou identificação de rede. A parte correspondente ao Net ID serve para 
identificar uma rede sendo que todos os computadores dentro desta rede 
deverão conter em seu IP o mesmo Net ID. A segunda parte é o Host ID 
que serve para identificar um dispositivo (computador, teblet, servidor, 
etc.) dentro de uma rede. O Host ID deve ser único para cada dispositivo. 
 
Figura 38 - Net ID e Host ID 
 
 Um endereçamento IP é definido de acordo com sua classe. Existem 5 
classes de endereçamento IP conhecidas como classe A, B, C, D e E que 
foram definidas para alocar redes de diferentes tamanhos, no entanto, é 
permitido comercialmente apenas o uso das classes A, B e C. 
 As classes de endereçamento IP servem para definir quais campos 
serão utilizados pelo Net ID e pelo Host ID. 
 
 
 
32 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
 Aula 13 – Sub-Redes 
 O conceito de sub-redes surgiu em 1985 com a necessidade de dividir 
as redes formadas a partir das classes A, B ou C em outras redes 
menores. Este conceito foi definido através de um procedimento padrão 
por meio do RFC 950 com o objetivo de resolver dois problemas: 
1-) Evitar que os administradores locais de rede fizessem numerosas 
requisições de número de rede para instalação de novas redes; 
2-) Adequar os sistemas a expansão da Internet, que fazia as tabelas de 
roteamento crescerem. 
 A solução encontrada foi a adição de mais um nível na estrutura de 
endereçamento, logo, o número do host foi dividido em uma parte 
destinada a numeração da sub-rede e a outra destinada a numeração do 
host, logo o esquema ficou conforme mostra a Figura 39. 
 
Figura 39 - Esquema de Endereço de Sub-Rede 
 
 Com esta solução, o conceito de sub-rede ajudou a diminuir o 
crescimento da tabela de roteamento na Internet uma vez que a estrutura 
de sub-rede não é visível externamente, com isso todas as sub-redes 
dentro de um local, estão associadas a uma única entrada na tabela de 
roteamento da Internet, o que faz o roteamento da Internet para qualquer 
uma dessas sub-redes internas usar sempre o mesmo endereço IP. Uma 
sub-rede é administrada localmente e é vista pelo ambiente externo 
(Internet), como sendo uma única rede. 
 Um endereço de rede, pode ser dividido em várias sub-redes sendo que 
o endereço mais baixo dará o endereço da rede (campo destinado a host 
ID preenchido por zeros) e o endereço mais alto será o endereço de 
broadcasting (pacote de dados que é enviado para todas as máquinas na 
rede). 
 
 
33 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
 Para entender melhor o conceito, veja o exemplo a seguir onde temos 
uma sub-rede formada a partir de uma classe C: 
Exemplo 1 – Endereçamento de Sub-Redes 
Endereços de Sub-Redes: 200.10.80.0 (Sub-Rede 1 – Rede 80) 
 200.10.85.0 (Sub-Rede 2 – Rede 85) 
 200.10.88.0 (Sub-Rede 3 – Rede 88) 
 
Exemplo 2 – Endereçamento de Máquinas em uma Sub-Rede (Rede 88) 
Endereço da Rede: 200.10.80.0 (Endereço mais baixo) 
Endereços Válidos de Host: 200.10.80.1 
 200.10.80.2 
200.10.80.3 
200.10.80.4 
... 
200.10.80.254 
Endereço da Broadcasting: 200.10.80.255 (Endereço mais alto) 
 
 Uma outra coisa importante a se considerar é a máscara de sub-rede. É 
ela quem define quantos endereços IP serão permitidos utilizar na sub-
rede, define o tamanho da sub-rede, também serve para identificar as 
partes do endereço IP que correspondem à rede pública (Internet), à rede 
local (Sub-Rede) e ao host (máquina). 
 A máscara de sub-rede padrão sempre vai estar de acordo com a 
classe do endereço IP, por exemplo: 
Classe A: 255.0.0.0 
Classe B: 255.255.0.0 
Classe C: 255.255.255.0 
 As máscaras de sub-rede podem usar até 32 bits que são divididos em 
duas partes: um bloco de bits em “1”, seguido por outro bloco de bits em 
“0”. Os bits em “1” indicam a parte do endereço IP reservada à rede e os 
bits em “0” indicam a parte reservada ao host. 
 
34 
Distribuição Gratuita – Venda Proibida Elaborado por AGGARB 
 As técnicas utilizadas para endereçamento IP e subneting requerem 
muitos cálculos e conceitos, para tal seria necessário desenvolver um 
outro curso abordando apenas estes assuntos, como a proposta deste 
curso é dar ao leitor a base do que é uma rede, seus fundamentos e a 
utilização de ferramentas de simulação para construir, testar e simular 
seus próprios projetos, no momento encerra-se por aqui o curso básico 
de redes. 
 Agradeço e espero que todos que tenham lido este material e assistido 
as aulas, tenham absorvido e entendido de uma forma fácil o 
conhecimento sobre os conceitos de rede e desejo que você leitor não 
pare por aqui, isto é apenas o começo de uma caminhada, continue 
procurando mais conhecimento sobre redes, leia bons livros, faça 
diversos cursos (matricular-se em um bom curso presencial ajuda muito 
além de proporcionar um certificado), procure mais material na Internet, 
na biblioteca de sua
faculdade ou em qualquer outro local, faça provas 
para obter certificações, leia, pesquise, jamais se contente com o básico, 
sempre procure mais, sempre aprenda mais, pois isso poderá fazer a 
diferença na sua vida profissional. 
 Boa Sorte ! 
 
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