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Gabarito prova 2 Exercı´cio 1. Sejam a, b > 0 fixados e λ ∈ R um paraˆmetro. Se considere o problema de Sturm- Liouville ∆u + λu = 0 no retaˆngulo (0, a) × (0, b), com condic¸o˜es de contorno u(0, y) = u(a, y) = 0, ∂yu(x, 0) = ∂yu(x, b) = 0. Se determinem os valores de λ para os quais existe uma soluc¸a˜o ao problema, e explicitar a soluc¸a˜o. Demonstrac¸a˜o. Procedemos por separac¸a˜p de varia´veis. Escrevemos u(x, y) = X(x)Y(y). Enta˜o a EDP da´ X′′Y + XY′′ + λXY = 0, seja X′′ X + Y′′ Y + λ = 0, enta˜o existe uma constante σ tal que X′′ X = −Y ′′ Y − λ = σ. A primeira EDO X′′ − σX = 0, tem condic¸o˜es de contorno X(0) = X(a) = 0. Enta˜o para ter soluc¸o˜es na˜o triviais e´ preciso σ = −(pia m)2, com m inteiro, e nestes casos, a soluc¸a˜o e´ X(x) = A sin( pi a mx), por algum A ∈ R. Uma vez determinado σ, podemos olhar a segunda EDO Y′′ − (λ + σ)Y. Ela tem condic¸o˜es de contorno Y′(0) = Y′(b) = 0, enta˜o para ter soluc¸o˜es e´ preciso λ + σ = −(pib n)2 com n inteiro. Nestes casos, a soluc¸a˜o e´ Y(y) = B cos( pi b ny), por algum B ∈ R. A forma de σ determinada em precedeˆncia implica que λ = ( pi a m)2 − (pi b n)2. (1) Poderia acontecer que duplas distintas (m,n) da˜o o mesmo valor de λ pela formula (1). Seja Dλ este conjunto de duplas, enta˜o a soluc¸a˜o da EDP e´ u(x, y) = ∑ (m,n)∈Dλ Am,n sin( pi a mx) cos( pi b ny). � 1 Exercı´cio 2. Se resolva o problema de Laplace no disco de raio 1 com condic¸a˜o ao contorno u(1, θ) = pi2 − θ2, com θ ∈ (−pi, pi). Demonstrac¸a˜o. A soluc¸a˜o geral do problema de Laplace no disco e´: u(r, θ) = ∞∑ m=1 rm(am cos(mθ) + bm sin(mθ)) + 1 2 a0. Os coeficientes am e bm se determinam olhando a condic¸a˜o ao contorno. Imediatamente podemos afirmar que os bm sa˜o todos nulos, pois u(1, θ) e´ par. Os am sa˜o dados pelos coeficientes de Fourier am = 2 pi ∫ pi 0 (pi2 − θ2) cos(mθ)dθ. Por m = 0, a0 = 43pi 2. Por m ≥ 1, am = − 4pim2 (−1)m. Enta˜o a soluc¸a˜o do problema e´: u(r, θ) = − 4 pi ∞∑ m=1 (−1)m m2 rm cos(mθ) + 2 3 pi2. � Exercı´cio 3. Se resolva o problema da membrana vibrante com condic¸o˜es de Dirichlet e condic¸o˜es iniciais u(r, θ, 0) = 0 e ∂tu(r, θ, 0) = J0(λ0,kr). Demonstrac¸a˜o. As condic¸o˜es iniciais na˜o dependem de θ, enta˜o a soluc¸ao geral do problema e´ u(r, t) = ∑ n∈N (an cos(λ0,nt) + bn sin(λ0,nt))J0(λ0,nr). As condic¸o˜es iniciais, juntas a`s relac¸o˜es de ortogonalidade para as func¸o˜es J0(λr), implicam que an = 0 e bn e´ na˜o nulo so´ quando n = k, no qual caso bk = 1λ0,k . Enta˜o a soluc¸a˜o do problema e´: u(r, t) = 1 λ0,k sin(λ0,kt)J0(λ0,kr). � Exercı´cio 4. Se resolva o problema de Laplace na bola de raio 1, con condic¸a˜o de contorno u(1, θ, φ) = cos3 θ + cos2 θ. Demonstrac¸a˜o. As condic¸o˜es iniciais na˜o dependem de φ, enta˜o a soluc¸ao geral do problema e´ u(r, θ) = ∑ n∈N anrnPn(cosθ). O polinoˆmio x3 se escreve com respeito a base ortonormal de polinoˆmios de Legendre: x3 = 2 5 P3(x) + 3 5 P1(x). 2 O polinoˆmio x2: x2 = 2 3 P2(x) + 1 3 P0(x). Enta˜o a soluc¸a˜o do problema e´: u(r, θ) = 1 3 P0(cosθ) + 3 5 rP1(cosθ) + 2 3 r2P2(cosθ) + 2 5 r3P3(cosθ). � Exercı´cio 5. Escrever a func¸a˜o f (x) = 1 em se´rie de Fourier-Bessel com respeito as func¸o˜es J0(λx). Deduzir ∑ 1 λ = 1 4 . Demonstrac¸a˜o. A se´rie de Fourier-Bessel e´ ∑ AλJ0(λx), aonde o somato´rio e´ feito sobre as raı´zes λ da func¸a˜o de Bessel J0, e os coeficientes sa˜o: Aλ = 2 J1(λ)2 ∫ 1 0 J0(λx)xdx. Apo`s a mudanc¸a de varia´vel y = λx, dy = λdx, o integral e´ Aλ = 2 λ2J1(λ)2 ∫ λ 0 J0(y)ydy. Utilizando a relac¸a˜o xJ0(x) = (xJ1(x))′, deduzimos que Aλ = 2 λ2J1(λ)2 J1(λ)λ = 2 λJ1(λ) . Enta˜o a se´rie de Fourier-Bessel de f (x) = 1 e´∑ 2 λJ1(λ) J0(λx). Agora, utilizamos a identidade de Parseval: ‖ f ‖2 = ∫ 1 0 xdx = ∑ A2λ‖J0(λx)‖2 = ∑( 2 λJ1(λ) )2 J1(λ)2 2 . Logo, 1 2 = ∑ 2 λ2 . � 3
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