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A Bela e A Fera

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Unirb 
Aila Meireles de Jesus Bispo
A BELA E A FERA – Uma Análise Junguiana
Salvador
2017
Aila Meireles de Jesus Bispo
A BELA E A FERA – Uma Análise Junguiana
Trabalho apresentado no curso de
Graduação em Psicologia da
Universidade Regional da Bahia, na 
Disciplina Teorias e Técnicas Junguianas.
Professor: José Augusto Neto
Salvador
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...............................................................................
OS CONTOS DE FADAS E OS SIMBOLOS .................................
ANIMA, ANIMUS E COMPLEXO PATERNO ................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................
ANEXO ..........................................................................................
REFERÊNCIAS .............................................................................
INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata-se de uma analise do filme A Bela e a Fera. A escolha do filme ocorreu por uma identificação com o mesmo, com a protagonista e sua postura com relação à vida. O desejo de conhecer mais sobre o filme e explorar mais a história através de uma ótica psicológica também foi um grande incentivo. 
A análise psicológica será feita através de referenciais teóricos da Psicologia Analítica de Jung, tais como pesquisas bibliográficas, uso de materiais eletrônicos e artigos. O objetivo geral do trabalho em questão é explorar o conteúdo do filme e toda sua riqueza, explanando assuntos como Anima, Animus, Símbolos e Complexo Paterno.
O trabalho será dividido em duas partes, sendo elas um breve apanhado sobre os contos de fada e a importância deles no desenvolvimento, símbolos, a análise do filme e a relação da anima e animus nos protagonistas e o complexo paterno existente no filme.
OS CONTOS DE FADA E OS SÍMBOLOS
Inconscientemente o homem sempre esteve ligado ao inconsciente coletivo e seus arquétipos. Os contos de fadas são expressões do inconsciente coletivo e os arquétipos, são nossos sonhos e fantasias. Segundo Von Franz, os contos são a expressão mais pura e mais simples dos processos psíquicos do inconsciente coletivo, pois eles representam os arquétipos na sua forma mais simples, plena e concisa. (Von Franz, 1990).
Apesar do foco dos contos de fadas atuais serem voltados para as crianças, eles são carregados de uma série de significados e conteúdos, trazendo referência a iniciação, a passagem da imaturidade infantil para a maturidade adulta.
Von Franz diz que para ela os contos de fada são como o mar, e as sagas e os mitos são como ondas desse mar; um conto surge como um mito, e depois afunda novamente para ser um conto de fada. Aqui novamente chegamos à mesma conclusão: os contos de fada espelham a estrutura mais simples, mas também a mais básica — o esqueleto — da psique.
É por essa questão que os contos e seus personagens mostram um pouco de nós, ainda que não consigamos perceber e/ou aceitar, eles estão através de nossas sombras, medos e conflitos internos.
Como a Psicologia Junguiana trás sempre o simbólico, tais interpretações também são feitas através dos símbolos, afinal, o que é mais encontrado nos contos de fadas são referências a símbolos. 
O símbolo é o que está dentro de cada um de nós, não é isso ou aquilo, porém, pode ser isso e aquilo, e aquilo outro e aquilo outro. O símbolo é basicamente o significado de algo para uma e para outra pessoa, ainda que pareça conter o mesmo significado, a maneira de sentir não será a mesma pois há uma variedade de sentidos.
O espelho é um exemplo de símbolo encontrado em vários contos de fadas, inclusive no filme em questão. Algumas culturas falam a respeito de propriedades mágicas tidas no espelho, e outras falam sobre a possibilidade do objeto ser um portal para outros mundos. 
A rosa vermelha é mais um símbolo presente em muitos contos de fadas, inclusive, no conto a ser trabalhado, ela se torna um elemento essencial. Na Idade Média, estudos da alquimia faziam uma associação da rosa com o órgão sexual feminino. Em poesias, na literatura, eram encontradas essa analogia apontando para as características da flor. Em algumas pesquisas feitas sobre os contos, fica claro que quando uma rosa está presente, o personagem principal é uma que está prestes a descobrir o desejo masculino. 
Geralmente quando isso ocorre, a moça é cheia de potencialidades das quais nem ela mesma tem consciência, o encontro com o masculino é que desperta nela o ser mulher.
ANIMA, ANIMUS E COMPLEXO PATERNO
O conto “A Bela e a Fera” tem como origem o mito Eros e Psique. Atualmente existem várias versões do conto, as mais conhecidas são a da Walt Disney e a versão resumida da obra de Madame Villeneuve. As duas histórias tem contrapontos diferentes, apesar de conter um viés parecido. A analise do conto também não sofre alteração, já que o objetivo e o fundamento do conto continua o mesmo no trabalho em questão.
Trazendo o foco para o filme da Walt Disney, o conto mostrado fala de amor e das aparências, a visão sobre a aparência do outro, sobre a alma do outro e seus valores. A Fera tinha um comportamento arrogante e ríspido, mas no fundo precisava de alguém que pudesse lhe mostrar que a vida não era tão ruim como aparentava ser e que ele poderia mudar.
De acordo com Jung, todo ser humano é dividido entre anima, que é o lado feminino no homem e animus que é o lado masculino na mulher. No caso da Fera, pode-se dizer que ele não tinha uma boa relação com a anima, ele era rígido, inflexível, durão, arrogante, era literalmente uma fera. A Bela, por outro lado, mostrava ter um equilíbrio entre seu lado mulher e o animus.
Na época em que o filme é passado, as mulheres eram destinadas ao casamento, vida de obediência e dependência, porém, Bela caminhava na contra mão desses costumes. Era corajosa, criativa e gostava de ler, algo que para aquele tempo não era “coisa para mulher”. Uma frase que deixa isso claro na animação da Disney é quando o Gaston, mostrado como um homem desejado pelas mulheres da vila, diz “Não é certo uma mulher ler. Logo ela começa a ter ideias, a pensar”, mas em uma coisa ele estava certo, ela passou a desenvolver nela liberdade de pensamento, criatividade e força interior, coisa a qual muitos homens (como o próprio Gaton) não haviam desenvolvido, como fica claro em uma cena que ele diz “Como pode ler isso? Não tem figuras” e Bela responde “Só precisa usar a imaginação”. 
Bela era tão diferente das outras mulheres da vila que até em uma das canções do filme se referem a ela como filha de um matusquela, que seria, em outras palavras, alguém que não é bom da cabeça, ou doido. Ela realmente pensava a frente do seu tempo, enquanto a maioria das mulheres queriam casar com o Gaston, ela rejeitava seus pedidos de casamento, queria sair da pequena vila e experimentar coisas novas. Mas apesar da Bela ter essa postura diferente, ela continua mantendo seu lado feminino, sensível, compreensível e é ai que está o equilíbrio do animus com seu feminino, quando ela se mantém feminina mesmo tendo características masculinas.
O filme nos mostra que a Fera, antes de ser transformado em Fera, era um príncipe egoísta, que julgava as pessoas pelas aparências, até que uma feiticeira o transforma em Fera para que ele aprenda que a aparência nunca foi o mais importante. Ele teria que aprender a amar e ser amado, mas como um homem de coração tão duro conseguiria isso? Ele não tinha o equilíbrio e nem relação alguma com a sua anima. 
Inicialmente a convivência com a Fera era assustadora para ela, mas ao aprender a valorizá-la e respeitá-la, ele passa da Fera com o anima negativo a um homem que tem uma boa relação com o feminino, ou seja, passa a desenvolver sua anima. Quando Bela o conhece, ela o enxerga como um monstro, e a mudança dessa visão dele é quando ela passa a ser tocada por amor a esse homem que existe dentro daFera e passa a vê-lo como um homem desejável.
(...) Toda mulher tem uma dimensão masculina, geralmente oculta em sua psique inconsciente. Corresponde-lhe, no homem, a presença de um lado feminino que, no mais das vezes, é inconsciente e inacessível. A tarefa do crescimento pessoal para cada um é tomar consciência desse lado contrassexual, valorizá-lo e exprimi-lo conscientemente, quando a situação for apropriada. Quando o lado contrassexual é aceito e valorizado, torna-se uma fonte de energia e inspiração, permitindo a união criativa dos princípios masculino e feminino no interior da pessoa, assim como o relacionamento criativo entre homem e mulher. (LEONARD, 1997)
Em relação à Fera, esse animus da anima o pune por causa da sua arrogância e para que ele volte a ser o que era, ele precisa ter amor pela sua verdadeira personalidade, ou seja, ele teria ver além das aparências e aprender a amar a alma feminina. O filme nos mostra as consequências que ocorrem quando um homem não vivencia a adaptação seus aspectos femininos, ou seja, a anima. Somente após esse encontro dos opostos que a Fera conseguiu desenvolver-se. Foi necessário que um fator externo (o feitiço) acontecesse para que a Fera após encontrar, olhasse para dentro de si e despertasse sua anima, que até então estava impossibilitada de vir à consciência.
Somente após o momento em que ele a reconhece como parte de seus aspectos conscientes é que ele torna-se capaz de apropriar-se de sua verdadeira beleza, que é a beleza interior, beleza essa citada pela Madame Samovar, quando junto a ele, percebe que Bela pode ser aquela que irá quebrar o feitiço e o orienta a ser mais amável, sutil, delicado e educado com ela. A partir daí ele passa a tentar ser mais educado com ela, não tendo sucesso a principio, mas após uns tempo consegue alcançar essa mudança, dando a maior prova dela quando liberta Bela para que possa ir socorrer seu pai. A libertação de Bela simboliza a libertação da anima que, anteriormente, mostrava-se incorporada em sua consciência quando ocorre a morte simbólica da Fera, na condição de monstro, para dar vida ao príncipe novamente, no momento em que Bela também declara seu amor por ele.
A Fera foi se transformando ou até mesmo recuperando algo que já era dele quando passou a ficar mais tempo com Bela, ela despertou nele a sua anima, sua fragilidade e sensibilidade para lidar com as coisas a sua volta e até mesmo com ela. O processo de individuação ocorre quando há a percepção de si mesmo em relação à Bela. É possível até ver a figura da Bela como representante da anima da Fera.
No perfil oficial da Disneystrology encontra-se a seguinte descrição da Bela: Você tem sido olhada com uma beleza autêntica. Você gosta de aprender e é imaginativa. Mesmo que você aprecie os confortos da vida, eles não são o que você pretende. Em vez disso, você sacrifica a sua segurança para seus entes queridos e escolhe companheiros, que podem igualar o seu nível de devoção e lealdade. Corajosa, você não tem medo de pedir o que você quer e precisa. A força do seu amor traz à tona a humanidade em outros.
Outra questão importante é como a Bela não tem mãe, supõe-se também um complexo paterno. O animus na pessoa mulher se desenvolve, pelo convívio dela com o pai e torna-se o arquétipo inato do pai, e a experiência vira o complexo de pai na Bela, o que acaba por moldar suas relações com os homens e o funcionamento da sua masculinidade interior.
Bela representa qualquer jovem ou mulher envolvida numa ligação afetiva com o pai, ligação que só não se estreita mais devido à natureza espiritual do sentimento que os une (...) Aprendendo a amar a Fera, Bela desperta para o poder do amor humano disfarçado na sua forma animal (e portanto imperfeita), mas também genuinamente erótica. Presumivelmente, esse fenômeno representa o despertar das verdadeiras funções do seu relacionamento, permitindo-lhe aceitar o componente erótico do desejo inicial que fora reprimido por medo ao incesto (...) Dessa maneira liberta a si mesma e a imagem que faz do homem, das forças repressivas que a envolvem, tomando consciência da sua capacidade de confiar no amor como um sentimento onde natureza e espírito estão unidos, no mais elevado sentido destas palavras. (HENDERSON, 2008)
O pai sendo a primeira figura masculina no qual Bela tem em contato, o mesmo se torna algo a ser vivenciado e preenchido pelo mundo de imagens do inconsciente. Por isso a tendência na mulher a idealizar o pai. Ela entra e permanece no laço pai-filha e precisa ser aceita por um homem que não seja o seu pai, no caso esse homem se encontra no interior da Fera. Mulheres que tem esse tipo de relacionamento com o pai não conseguem se relacionar “romanticamente” com os homens. 
A Fera poderia aparecer inicialmente como um monstro para ela, pois, a principio, foi ele quem quebrou sua relação com o seu pai quando o aprisionou no castelo e quando ocorre à troca, manda ele partir sem que ela possa se despedir dele. A mudança de pensamento ocorre quando ela passa a ver a Fera não apenas como um mostro que a separou do pai, mas também como um homem que passa a despertar nela novas sensações e sentimentos, como diz na canção do filme (letra em anexo).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho trouxe uma analise com base na Psicologia Analítica de Jung, sobre o filme da Disney A Bela e a Fera, com base em estudos vimos à presença dos símbolos nos contos de fadas e a importância deles, a relação anima e animus no filme e um possível complexo paterno da protagonista para com o seu pai. 
O objetivo proposto para o trabalho foi alcançado, uma vez que a analise foi feita e o filme pode ser explorado. O uso de materiais bibliográficos, tanto físicos, quanto digitais, foram de extrema importância para a execução desse estudo.
Esse trabalho foi de muito importante para a ampliação do meu conhecimento tanto do filme, quanto do assunto estudado. Ele trouxe uma nova ótica sobre os personagens, ótica que ainda não havia sido explorada. Ele também foi bastante relevante, pois me fez ver que os assuntos estudados em sala de aula podem ser aplicados a coisas do nosso cotidiano. Pude ver não apenas no filme A Bela e a Fera essas questões trabalhadas aqui, mas também em outros filmes e também em músicas a relação com a anima, animus, símbolos, arquétipos e outros conceitos da Psicologia Analítica de Jung.
ANEXO
Sentimentos – A Bela e a Fera
Composição: Alan Menken / Howard Ashman
Sentimentos são fáceis de mudar
Mesmo entre quem não vê que alguém pode ser seu par
Basta um olhar que o outro não espera
Para assustar e até perturbar, mesmo a Bela e a Fera
Sentimento assim, sempre é uma surpresa
Quando ele vem nada o detém
É uma chama acesa
Sentimentos vem para nos trazer
Novas sensações, doces emoções
E um novo prazer
Numa estação como a primavera
Sentimentos são como uma canção para a Bela e a Fera
Sentimentos são como uma canção para a Bela e a Fera
Sentimento assim, sempre é uma surpresa
Quando ele vem nada o detém
É uma chama acesa
Numa estação como a primavera
Sentimentos são como uma canção para a Bela e a Fera
REFERÊNCIAS
BERTRAND, Lino. Contos de Fadas: Orientações Bibliográficas. Disponível em: http://www.jungnapratica.com.br/contos-de-fadas-orientacoes-bibliograficas/. Acesso em: 23/05/2017.
FRANZ, Marie Louise Von. A Interpretação Dos Contos De Fada. 3ª Edição. São Paulo: Paulus, 1990. 
GRINBERG, Luiz Paulo. Jung, O Homem Criativo. 2ª Edição. São Paulo: FTD, 2003.
JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
LEONARD, L.S. A Mulher Ferida: Em Busca de um Relacionamento Responsável Entre Homem e Mulher. São Paulo: Summus, 1997. 
Personagens de A Bela e a Fera. Disponível em: http://ptbr.disneyprincesas.wikia.com/wiki/Categoria:Personagens_de_A_Bela_e_a_Fera. Acesso em: 27/05/2017. 
SCARDUA, Angelita Corrêa. Rosas, Prostitutas, Santas e Princesas: Expressões da Feminilidade. Disponível em: https://grupopapeando.wordpress.com/2009/01/27/rosas-e-princesas-expressoes-da-feminilidade/#more-330.Acesso em: 23/05/2017.

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