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Revista Trabalho e Sociedade, Fortaleza, v.2, n.2, Jul/Dez, 2014, p.43-57 
 
 
 
ASPECTOS HISTÓRICOS DO SISTEMA EDUCACIONAL NO 
BRASIL E SEUS PARADIGMAS NA BUSCA DA QUALIDADE 
 
 
HISTORICAL ASPECTS OF THE EDUCATIONAL SYSTEM IN BRAZIL 
AND ITS PARADIGM IN SEARCH OF QUALITY 
 
Leônidas Pimentel Batista1 
 
 
RESUMO 
O artigo visa analisar o sistema educacional brasileiro, desde o período colonial até as 
normatizações advindas com as edições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDBs 
dos anos de 1961, 1971 e 1996 e suas implicações na promoção do desenvolvimento do 
Estado do Ceará. A análise da bibliografia sobre a História da Educação no Brasil e seus 
paradigmas fomentou o eixo metodológico permitindo impressões combinadas com 
observações e indagações em forma de questionário com 120 docentes do ensino básico 
que atuam em 16 escolas na capital e no interior do Estado. Dados estatísticos divulgados 
pela UNESCO e pelo IBGE sobre Educação no Brasil também foram consultados e 
apresentados na pesquisa. Constatou-se que muito ainda há que ser feito pela conquista da 
educação de qualidade no Brasil, principalmente no que se refere à gestão da Educação. As 
políticas de investimento em educação também devem valorizar o professor, pois este é o 
principal agente na formação do cidadão. 
Palavras chave: Educação, desenvolvimento, paradigmas, qualidade. 
 
ABSTRACT 
The article aims to analyze the Brazilian educational system , from the colonial period to 
the issues arising with the Law of Guidelines and Bases of Education , LDBS the years 
1961 , 1971 and 1996 and their implications in promoting the development of the State of 
Ceará norms. The literature review on the History of Education in Brazil and its 
methodological paradigms promoted the shaft allowing combined with observations and 
questions in a questionnaire to 120 teachers of primary schools working in 16 schools in 
the capital and in the State impressions . Statistical data published by UNESCO and the 
IBGE on Education in Brazil were also consulted and presented in the survey . It was 
found that there is still much to be done for achievement of quality education in Brazil , 
especially with regard to the management of education . Investment policies in education 
should also value the teacher, as this is the main agent in the formation of the citizen . 
 
Keywords: Education, development, paradigms, quality. 
 
 
 
1 Doutorando em Educação na Universidad Internacional Tres Fronteras-UNINTER 
 
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ASPECTOS HISTÓRICOS DO SISTEMA EDUCACIONAL NO 
BRASIL E SEUS PARADIGMAS NA BUSCA DA QUALIDADE 
Leônidas Pimentel Batista 
 
Revista Trabalho e Sociedade, Fortaleza, v.2, n.2, Jul/Dez, 2014, p.43-57 
INTRODUÇÃO 
 Nos primórdios da construção da nação brasileira, nos idos do período de 
colonização, já se denotavam os interesses da Coroa portuguesa em catequizar os índios 
para que servissem aos interesses de exploração da nova terra. 
 O interesse de Portugal em colonizar o chamado “Mundo Novo” era a exploração 
comercial, sem se importar com quem ocupava e como utilizava a terra; que tipo de 
sociedade havia, como “se dava a formação cultural e intelectual” dos habitantes 
encontrados na terra Brasil. 
 Nesse patamar, BELLO (2001), relata que a História da Educação Brasileira é 
marcada por rupturas bem definidas e de fácil observação. Ainda corroborando com o 
autor, os portugueses impuseram aos nativos uma educação baseada no modelo europeu, o 
que contrariava com as práticas “educacionais” das populações indígenas que povoavam 
esta terra. 
Ao longo da nossa história, constatamos que o modelo de civilização lusitana criou 
uma segmentação social, estratificada em castas, nos conduzindo a entender que o 
formalismo personalista, hodiernamente persistente, remete ao período colonial, 
influenciando, de forma marcante, na construção dos paradigmas que norteiam a formação 
do sistema educacional brasileiro. 
Ainda BELLO (2001) retrata que, em comparação com outras nações colonizadas 
pela Espanha, a educação não era uma prioridade dos povos colonizados, mas que, apesar 
disso, em 1538 já existia a Universidade de São Domingos, no México e em 1551 a de 
Lima, no Peru. No Brasil, a primeira Universidade é criada em São Paulo, em 1934. 
Conforme evolui as relações comerciais no mundo, novas necessidades também se 
impõem na construção de uma formação para o desenvolvimento de cada país. A Educação 
é, nesse tocante, a que mais necessita se modernizar e trazer o equilíbrio na qualidade de 
vida dos cidadãos, bem como disponibilizar o conhecimento necessário para o 
desenvolvimento econômico. Assim vem atuando o Brasil na busca de uma Educação de 
qualidade que não prioriza só a formação da mão-de-obra que o mercantilismo globalizado 
de hoje exige, mas na busca da formação do ser social pleno que atue com ética e moral na 
construção de uma sociedade mundial mais justa e igualitária. 
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BRASIL E SEUS PARADIGMAS NA BUSCA DA QUALIDADE 
Leônidas Pimentel Batista 
 
Revista Trabalho e Sociedade, Fortaleza, v.2, n.2, Jul/Dez, 2014, p.43-57 
Na tentativa de construir uma educação que rompesse paradigmas, um grupo de 
intelectuais brasileiros, em 1932, editam o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. O 
Manifesto apresentava uma necessidade de interferir na formação de um modelo de 
organização da sociedade brasileira através da educação. Trazendo assinaturas de 
intelectuais como Anisio Teixeira, Lourenço Filho, Cecília Meireles, o documento defendia 
uma educação de escola única para a população, laica, gratuita e obrigatória. 
No Manifesto, os signatários defendiam um modelo educacional de qualidade que 
não favorecesse apenas aos que pertenciam a classe rica, mas que atendesse às 
necessidades de qualquer classe ou escola. 
Sabe-se que, apesar de tanta luta pela Educação de qualidade e para todos, no Brasil 
ainda existe a “escola para os ricos”, que são as escolas privadas e a “escola para o pobre”, 
que são a maioria das escolas públicas. 
Ainda hoje, no Brasil, quando se fala em investimentos para a educação, não se 
diferencia o quanto o Governo irá gastar com educação na rede pública e quanto gastará na 
rede privada, através dos programas FIES, PROUNI, bolsas de estudos, dentre outros. 
No ensino superior, nas Universidades, principalmente nas públicas, ainda 
persistem os Cursos para os filhos dos ricos e os Cursos para os filhos dos pobres. Não que 
a simples condição de ser pobre seja exclusiva, mas as condições de vida dos mais 
favorecidos economicamente permitem mais dedicação na edificação de uma vida melhor, 
conquistada pelo sucesso progressivo na formação educacional de qualidade. 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A Educação Jesuítica no Brasil (1549 – 1759) 
 A primeira fase marcante da educação no Brasil durou 210 anos, quando os jesuítas 
trouxeram o modelo pedagógico europeu e o impuseram aos índios, inicialmente. 
Ao iniciar sua colonização no Brasil, após trinta anos do descobrimento oficial, Portugal 
dedicou-se exclusivamente à exploração das riquezas naturais e minerais do território sem, no 
entanto, preocupar-se com a cultura do povo que aqui já habitava. 
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BRASIL E SEUS PARADIGMAS NA BUSCA DA QUALIDADE 
Leônidas Pimentel Batista 
 
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Como relata VILLALTA (2002), supunham os jesuítas que os índios por não terem 
em seu falar as o som das letras ‘F, L, nem R’, não possuíam ‘Fé, Lei, nem Rei’ e vivendo 
‘desordenadamente’. Impuserama “ordem” deles através da obediência a um Rei, 
difundindo uma Fé e estabelecendo uma Lei, uma norma de vida a partir daquele 
momento. 
 Ao aportarem no Brasil, os jesuítas implementaram uma educação almejada pelo 
Ratio Studiorum, que pode ser traduzido como um “Plano de Estudo”, que tinha como 
meta a formação do homem conhecedor do seu próprio mundo, do cristão consciente da 
sua fé. Porém, toda essa formação pretendida pelos jesuítas apenas contemplava a elite 
colonial. 
 SANGENIS (2004) relata que o objetivo dos jesuítas era empreender uma obra 
missionária, uma evangelização, traduzindo-se numa educação escolar poderosa e eficaz. 
Prosseguiram essa obra organizando uma ampla rede de escolas, colégios, tudo bem 
planejado conforme a Ratio Studiorum. 
 Essa pedagogia era carregada da moral, dos costumes e da religiosidade praticadas 
na Europa, fortalecendo a cultuara formalista e patrimonial que, na Europa, era praticada. 
 Como relatado anteriormente, um modelo próprio de educação no Brasil se dá 
muito além do descobrimento, da colonização, quando toda uma cultura já vem rompendo, 
ou tentando romper com os modelos de educação praticados na Europa, embora ainda 
arraigados nos moldes da educação jesuítica. 
Para melhor entender as origens de tudo isso, reforçando as “teses” defendidas 
pelos exploradores colonialistas que ainda hoje persistem, quando aqui chegaram os 
portugueses, encontraram um povo com suas crenças, seus valores, sua organização social 
do trabalho e de sua convivência social, com sua civilidade. Mas como bons eurocêntricos, 
os lusitanos ignoraram tudo, tratando logo de impor as suas concepções, sua civilidade. 
Surge, então, primeiro extermínio cultural. Com o foco de explorar e escravizar os nativos 
a educação Jesuíta, sob a tutela do Cristianismo evangelizador, impôs um processo de 
culturação que viria a negar sua identidade. 
 
Educação Pública no Brasil 
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 A História da Educação no Brasil, que de início pretendia converter os índios à fé 
católica, mascarando a imposição dos costumes europeus, se traduzia na “pedagogia 
jesuítica”. 
 Marques de Pombal, ao expulsar os jesuítas do Brasil, implanta a Aulas Régias, que 
seria uma escola pública com pretensão pedagógica embasada nas ideias iluministas. A 
educação então passou a ser estabelecida em forma de leis: ensino primário para todos, 
curso secundário e universidade. 
 SAVIANI (2004), analisa a trajetória da escola pública em três períodos distintos, 
da seguinte forma: 
 
1890 a 1931 
 Nesse período a escola seria a solução para os problemas sociais da nação, com a 
instalação e manutenção de escolas em todos os Estados do Brasil. Inicialmente não se 
concretizou pela centralização do poder local mantido pelos fazendeiros produtores de 
café. 
 Com a publicação de um decreto em 1890, instalam-se escolas-modelo de 2º e 3º 
graus, copiando experiências de países como Estados Unidos e outros da Europa. Esses 
modelos permeavam ideias como: 1) educação pública como elemento de progresso; 2) 
instrução primária bem difundida e convenientemente ensinada; 3) professores bem 
preparados e instruídos nos processos modernos da pedagogia. 
 Para bem preparar professores para o ensino primários foram criadas escolas de 
formação. Segundo SAVIANI (2004), “uma escola era uma classe regida por um professor, 
que ministrava o ensino elementar a um grupo de alunos em níveis ou estágios diferentes 
de aprendizagem”. 
 Esse modelo surgiu em São Paulo e disseminou-se pelo país, mas funcionava 
apenas no meio urbano, permanecendo no meio rural as “escolas isoladas”. 
 
1931 – 1961 
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 Durante esse período surge a Regulamentação Nacional do Ensino, por meio de 
Decretos. Somente em 1931 vários Decretos são baixados: Decreto nº 19.850, de 
11/04/1931, que cria o Conselho Nacional de Educação; Decreto nº 19.851, de 11/04/1931, 
que regulamenta e organiza o Ensino Superior com o “regime universitário”; Decreto nº 
19.852, de 11/04/1931, que organiza a Universidade do Rio de janeiro; Decreto nº 19.890, 
de 18/04/1931, que organiza o ensino secundário; Decreto nº 20.158, de 30/06/1931, que 
organiza o ensino comercial e a profissão de contador dentre outras. Como se vê, não 
houve preocupação com o ensino primário. 
 Nesse período ainda não se tem a intenção de um sistema público de educação para 
as massas, ou nem mesmo as formas jurídicas de tais. O processo de educação brasileiro 
fica relegado às famílias e ao seu personalismo. Em decorrência, as primeiras formas de 
educar os cidadãos brasileiros eram formas aristocráticas e conservadoras carregando o 
caráter hereditário do poder político e econômico brasileiro, levando a população ao 
descrédito e ao desinteresse nos assuntos políticos e externos a esfera pessoal. 
 Em 1932 surge um movimento denominado Manifesto dos Pioneiros da Educação 
Nova, que era contrário à escola tradicional e defendia a escola socializada, construída na 
base da atividade e da produção. Assim, segundo GHIRALDELLI JR (2003), a escola 
“restabeleceria entre os homens o espírito da disciplina, solidariedade e cooperação, 
passando por uma profunda obra social que ultrapassasse o quadro estreito de classes”. 
 SAVIANI (0044), descreve a reforma do ensino primário fundamental destinado a 
crianças de 7 a 12 anos; o ensino primário supletivo com dois anos de duração para 
adolescentes e adultos que ficaram fora da escola na idade adequada; o ensino médio com 
4 anos. O ensino secundário profissional foi dividido em industrial, agrícola, comercial e o 
normal que preparava para a prática docente com crianças. 
 
1961 – 1996 
 Nos anos de 1960, com tantas reformas, a pedagogia fervilha. São criados colégios 
de aplicação, ginásios vocacionais, a Lei nº 4.024, de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional). De acordo com PILETTI (2003), suas características são marcadas 
por: 1) objetivos do ensino inspirados nos princípios de liberdade e solidariedade; 2) 
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Leônidas Pimentel Batista 
 
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ensino pré-primário de sete anos, ensino primário de quatro a seis anos; divisão do ensino 
médio em ginasial de quatro anos e colegial de três anos; ensino superior; 3) diversificação 
dos conteúdos curriculares com matérias obrigatórias. 
 Na década de 1970, a educação pública volta-se a atender interesses da classe 
dominante (grandes empresários, industriais, grandes comerciantes) no que culmina com o 
reforço nas relações de exploração. 
 FRIGOTTO (1984) ensina que, para enfrentar os desafios que o século XXI impõe 
na formação do cidadão consciente do seu papel na sociedade, é prioritário “organizar e 
instalar um sistema de ensino capaz de universalizar o ensino fundamental e por esse 
caminho, erradicar o analfabetismo”. 
 Em 2005, o Jornal O Globo publicou um artigo de Arnaldo Niskier (2005), então 
Secretário de Cultura do Rio de Janeiro, no qual criticou a falácia da universalização do 
ensino fundamental, afirmando que a mídia propagou isso sem que fosse verdade, pois não 
se constatava qualidade na educação e que os livros didáticos distribuídos também eram de 
qualidade facilmente contestável.O ensino público no Brasil ainda replica modelos centralizadores, onde as ações, os 
programas, surgem de cima para baixo, denotando um modelo de educação que não 
valoriza a educação pública, uma prática comum de governos centralizadores e de uma 
sociedade burguesa, aristocrática que, desde os primórdios da sua construção de nação 
dominou e continua a dominar os rumos do sistema educacional brasileiro. 
 HOLANDA (2006), cita que “todas as regras e noções de ordem parecem 
inatingíveis e desnecessárias aos povos indígenas, semelhantes às características dos 
aventureiros portugueses”. Diante disso, ocorre a necessidade de estabelecer meios de 
convivência social, tendo o trabalho como pano de fundo. Entre esses meios, segundo 
FAORO (2006), “instituições familiares que, por necessidade, tiveram que introduzir os 
princípios de hierarquia na tentativa de estabelecer e firmar uma organização”, 
introduzindo aí o personalismo que até hoje impera e engessa muitas vezes a mobilidade e 
ascensão social. 
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 é considerada a Carta Magna da 
Educação brasileira. Traz em seus artigos avanços significativos para a concretização de 
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Leônidas Pimentel Batista 
 
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uma Educação mais voltada para a formação do homem social, da formação pautada em 
princípios éticos, morais, mas sem também incentivar a formação técnica, a educação para 
o trabalho. Fortalece e consolida princípios constitucionais conquistados com a 
Constituição Federal de 1988 para a Educação. 
 
A BUSCA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO NA MODERNIDADE 
 Inserido economicamente num contexto privilegiado em relação a países da 
América Latina, o Brasil sustenta uma economia forte. Porém a taxa de analfabetismo 
ainda é significativa, fazendo-o figurar como o 8º. País com maior índice de analfabetos no 
mundo, conforme o Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, da 
UNESCO, divulgado em janeiro de 2014. O levantamento foi realizado entre 2005 e 2011. 
Estima-se um contingente de aproximadamente 14 milhões de analfabetos adultos. 
 Em 2001 a Lei nº 10172 (2001), aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE), que 
foi originada de uma pressão social, com forte participação de entidades constituídas por 
educadores, pais de alunos e estudantes, com objetivo de num período de 10 anos, ou seja, 
de 2001 a 2010, dentre outras metas: 1) Ensino Fundamental de 9 anos (cumprido); 2) 
Atendimento de 50% da população de jovens e adultos sem ensino regular (apenas um 
terço de mais de 29 milhões de jovens e adultos que em 2010 não haviam chegado à 4ª. 
série); 3) Reduzir a repetência e o abandono em 50% (quanto ao abandono o resultado 
foi positivo, pois caiu de 9,6 para 4,8%. Quanto a reprovação aumentou de 11 para 12%): 
4) Erradicar o analfabetismo (apenas caiu 3%, passando 13 para 10% da população); 5) 
Piso salarial e planos de carreira para professores (o piso foi estabelecido apenas em 
2009. Considerado ainda muito baixo para uma carga horária de 40 horas. Alguns Estados 
já vem cumprindo essa meta, mas ainda encontram barreiras nas assembleias estaduais e 
câmaras municipais); 6) Aprimorar o sistema de avaliação (Essa meta foi atingida, 
destacando-se o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica-IDEB). 
 Como se verifica, nessa primeira edição do plano decenal para a Educação, apenas 
uma meta foi voltada para o incentivo ao trabalho docente, a questão de regulamentação da 
carreira e melhoria do salário, mesmo que ainda pouco expressiva. 
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 Em sua edição para o decênio 2011-2020, o Plano Nacional da Educação-PNE traz 
entre suas diretrizes e metas, ações como: 1) Erradicar o analfabetismo (em relatório 
divulgado em janeiro de 2014, pela UNESCO, o Brasil ocupa a 8ª. posição em índice de 
analfabetismo); 2) Superação das desigualdades educacionais; 3) Melhoria da qualidade de 
ensino; 4) Valorização dos profissionais da educação. 
 A melhoria na qualidade da educação, necessariamente, passa pela melhoria na 
preparação, na melhoria da formação do profissional da educação do ensino básico. Dentre 
as metas do PNE 2010-2020 (2013), destacam-se: 
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-
graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área 
de atuação; 
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o 
rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de 
escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade 
equivalente; 
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira 
para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino. 
 
 As mudanças advindas com investimentos direcionados à valorização do 
profissional da educação, certamente repercutirá positivamente na qualidade da educação. 
 
ROMPENDO PARADIGMAS 
 Pouco ou de nada adiantará propostas e ações descontextualizadas do cotidiano da 
escola, onde devem atuar harmoniosamente todos os segmentos envolvidos nos processos 
de formação cidadã: estudantes, professor e família. O professor, com sua prática, 
fundamenta determinadas teorias do conhecimento e da aprendizagem que se estendem aos 
demais membros da família por meio do aluno. A um só tempo a educação é influenciada 
pelo paradigma da família e esta também é determinante àquela. O modelo de educação 
que explica a relação com a vida social também esclarece a maneira como se constrói o 
indivíduo no mundo moderno, atuante na sociedade ética e moralmente constituída. 
 A escola do mundo moderno deve produzir seres competentes, capazes de pensar, 
de se autoconhecerem e capazes de conduzir suas próprias vidas. O bom professor, o 
professor bem preparado não afasta seu aprendiz do processo de construção pessoal do 
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conhecimento, fazendo-o refletir, criar e construir um mundo melhor, uma sociedade mais 
justa. 
 Os paradigmas na escola de hoje já não se adequam às reais necessidades de uma 
“humanidade” evoluída. ILLICH (1977) relata que a ideia de “escola para todos” é utópica, 
não existe e que a escola hoje se transformou num modelo opressor, pois como está, ela 
qualifica e desqualifica e mais agravante, leva o indivíduo a aceitação de sua condição.
 Algo há de ser feito em prol da escola pública, principalmente, porque é para os 
menos favorecidos economicamente que ela existe e é bancada com o dinheiro público. Em 
termos de investimento em educação o Brasil situa-se na vanguarda, mas em termos de 
resultados, de qualidade do ensino praticado, ele fica entre os piores resultados. Mais 
recursos humanos para a Educação e não mais recursos financeiros. A maneira como se dá 
a aplicação dos recursos já existentes é que tem significado mais privilégios a poucos em 
detrimento de muitos. 
 
METODOLOGIA 
 
 De natureza qualitativa a pesquisa aqui praticada teve por base a literatura que 
versa sobre a História da Educação no Brasil, construiu-se, num primeiro momento a 
fundamentação teórica. Também foram consultados relatórios de avaliação da educação 
divulgados pela ONU, através da UNESCO. Programas como Plano Nacionalda 
Educação, avaliações como IDEB, do ensino básico, ENEM, do ensino médio e ENADE 
do ensino superior e mais recente a Provinha Brasil, tem contribuído para a implementação 
de outros programas de investimento como PROUNI, FIES, Educa Mais, dentre outros que 
financiam o acesso à educação de qualidade, na rede privada de ensino. 
 Os instrumentos da observação e aplicação de questionário fechado servirão de 
aporte para a sondagem primária em torno da perspectiva do professor quanto ao seu fazer 
pedagógico e suas condições de trabalho. Foram aplicados questionários específicos 
envolvendo 120 docentes. Dentre eles professores com larga experiência no magistério, em 
vias de se aposentarem e a maioria jovens docentes iniciantes na carreira do magistério, 
localizados numa cidade do interior na região do Cariri, estado do Ceará. 
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 RESULTADOS 
 Os velhos paradigmas de um modelo ultrapassado de “fazer educação” no Brasil se 
comprova quando se vai a campo, quando se constata in loco a visão da comunidade 
escolar, como demonstrado nos gráficos a seguir: 
 
Gráfico 1 – Titulação dos docentes 
 
 Embora no questionário houvesse opções para indicar titulação stricto sensu, 
nenhum dos docentes assim se identificou. Destaque para o fato de que todos os que 
possuem especialização (68%), o fizeram nas áreas de conhecimento específico da sua 
prática docente. 
 
Gráfico 2 – Rede de ensino em que atua prioritariamente 
 
 As anotações de campo constatam que a preferência pela escola privada (63%) se 
dá mais pela maior disciplina dos alunos em sala de aula e pela maior autonomia do 
docente que lhe é conferida pela direção da escola. 
 
Gráfico 3 – Carga horária semanal. 
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 Os docentes relatam que há uma necessidade de se dedicar mais do que 40 horas 
semanais (58%) para que possa ter uma renda que permita uma vida social mais digna, 
embora sacrificando o convívio familiar. 
 
Gráfico 4 – Renda mensal em Salários Mínimos 
 
 Na contramão dos investimentos em educação pelo poder público, não se vislumbra 
valorização do professor em renda. A maioria (79%) tem renda mensal em torno de 2 (R$ 
1.400,00) a 4 (R$ 2.800,00) salários mínimos em início de carreira. Essa maioria que 
ganha menos está em início de carreira. Os que já estão com mais tempo na carreira da 
docência ficam em torno de 8 (R$ 5.600,00). 
 
Gráfico 5 – Pensou em mudar de profissão 
 
 Tanto é desestimulante atualmente a profissão docente que, dos 120 pesquisados, 
80 (67%) pensam em seguir outra carreira e essa maioria é constituída de jovens iniciantes 
na docência do ensino básico. 
 
Gráfico 6 – Visão do docente quanto à qualidade da escola pública 
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ASPECTOS HISTÓRICOS DO SISTEMA EDUCACIONAL NO 
BRASIL E SEUS PARADIGMAS NA BUSCA DA QUALIDADE 
Leônidas Pimentel Batista 
 
Revista Trabalho e Sociedade, Fortaleza, v.2, n.2, Jul/Dez, 2014, p.43-57 
 
 
Gráfico 7 - Visão do docente quanto à qualidade da escola privada 
 
 A análise se faz num comparativo entre os resultados dos gráficos 6 e 7. Os 
mesmos docentes que qualificam a escola pública como razoável ou ruim (92,5%), 
qualificam a escola privada como muito boa ou boa (69%). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conforme demonstrado, a educação no Brasil era para a aristocracia e servia aos 
interesses políticos e econômicos. Nesse contexto o processo de formação da nação 
brasileira corrobora com o projeto de construção do seu sistema de educação, sabendo que 
essa análise favorece uma elite aristocrática, desfavorecendo as minorias e as massas. Em 
todo o percurso, estavam a serviço da exclusão e da criação de castas e de maiorias 
marginalizadas. 
 Vale destacar que até aqui o estudo apresenta apenas uma parte da História da 
Educação no Brasil. A partir dos anos 1980 inicia-se um processo de busca pela Educação 
para a cidadania. Muito tem sido sugerido e mudanças resultantes com tais ações. Porém, 
necessário se faz ter cautela com as políticas públicas para a Educação que estão em 
andamento. Muito ainda precisa ser estudado, notadamente com as políticas de avaliação 
do ensino básico, do ensino superior, com as ações da CAPES (Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para avaliação do ensino de pós-
graduação, que forma mestres e doutores. Ampliar esse estudo é trazer elementos que 
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Leônidas Pimentel Batista 
 
Revista Trabalho e Sociedade, Fortaleza, v.2, n.2, Jul/Dez, 2014, p.43-57 
possam fomentar novas ações na construção do modelo de educação que se pretende para o 
desenvolvimento do Brasil moderno, num mundo globalizado e globalizante. 
Aceitar ou argumentar que no Brasil uma reviravolta na distribuição de renda passa 
por uma reforma no sistema educacional significa enfrentar desafios na direção de quebrar 
paradigmas existentes na sociedade brasileira. 
 Cabe aos educadores e profissionais da educação analisar criticamente esse 
processo, e se posicionar na direção contrária dessas vertentes, procurando em suas 
práticas semear o pólen da justiça e da igualdade entre os brasileiros remanescentes dessa 
exclusão. Mesmo que novos paradigmas sejam criados e não recriados, mas a meta seja 
sempre se aperfeiçoar na arte de trabalhar a educação para a formação de uma sociedade 
onde existam verdadeiramente oportunidades para todos, sem distinção de qualquer 
natureza. 
 Para concluir, a pesquisa revelou que a normatização da Educação com três edições 
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em sua primeira edição de 1961, foi objeto de 
disputa política entre os partidos da época; a edição de 1971 visou apenas fortalecer o 
governo militar e valorizar o ensino técnico para formar mão de obra para promover o 
crescimento industrial do sudeste; a edição de 1996, inegavelmente, trouxe avanços, mas 
ainda é considerada uma utopia. As condições precárias das escolas, os baixos salários, a 
desvalorização profissional, dentre outros fatores, impedem os professores de 
desenvolverem melhor ações pedagógicas e não conseguem manter um ensino de 
qualidade. A prática está longe de representar o que está escrito no papel. A visão da 
comunidade escolar ainda está muito aquém do que a educação pode representar para o 
desenvolvimento social da população. 
O relativo descrédito e insatisfação demonstrados na pequena amostra indicativa 
apontam que a atual política de valorização do magistério carece urgentemente de reparos e 
ajustes condizentes com o texto constitucional. O princípio da qualidade do ensino e 
aprendizagem submete-se fundamentalmente ao prazer no exercício docente, no 
atendimento as condições dignas de sobrevivência e numa carga horária que possibilite o 
professor acesso a qualidade de vida e investimentos em sua formação intelectual e 
cultural. 
 
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Leônidas Pimentel Batista 
 
Revista Trabalho e Sociedade, Fortaleza, v.2, n.2, Jul/Dez, 2014, p.43-57 
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