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25 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Unidade II 5 4 CONTABILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS COM TRIBUTAÇÃO 4.1 Compra de mercadorias com incidência de ICMS / PIS / COFINS recuperáveis Exemplo Vamos considerar uma compra de mercadorias por $ 100.000, com incidência de ICMS à alíquota de 17% e, considerando as alíquotas do PIS a 1,65% e COFINS a 7,6%, deveremos fazer a contabilização da seguinte forma: Nota fiscal de compra de mercadorias Mercadorias – “X” unidades ICMS (17% X 100.000) = 17.000 100.000 100.000 Memória de cálculo 1) Valor da compra 2) ICMS sobre operação (17%) - incluso no preço 3) PIS sobre a operação (1,65%) – incluso no preço 4) COFINS sobre a operação (7,6%) – inclusa no preço Valor líquido de mercadoria = (1 – (2 + 3 + 4) $ 100.000 17.000 1.650 7.600 73.750 Ao adquirir as mercadorias por $ 100.000, $ 17.000 se referem ao ICMS, $ 1.650 ao PIS, e $ 7.600 à COFINS. 26 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Para o comprador, esses tributos, em virtude do princípio da não cumulatividade, representam um adiantamento do que será devido quando da venda deste estoque de mercadorias. Logo, esses valores pagos na compra de mercadorias representam um direito da empresa contra o estado (ICMS) e a União (PIS/COFINS), devendo ser reconhecidos na escrituração contábil através de contas próprias, que podem ser chamadas de contas correntes — C/C ICMS (ou ICMS a recuperar), C/C PIS (ou PIS a recuperar), e C/C COFINS (ou COFINS a recuperar). Todas essas contas são contas de ativo, pois significam direitos. Tais contas têm o seguinte funcionamento: Quando da compra das mercadorias, são debitadas pelo valor embutido (incluído) no preço. Quando do encerramento do período de apuração do imposto, são creditadas para a transferência de seu saldo para as contas do passivo, ICMS a recolher, PIS a recolher e COFINS a recolher. A operação poder ser contabilizada a seguir: 1. Considerando compra à vista: D – Mercadorias $ 73.750 D – ICMS a recuperar $ 17.000 D – PIS a recuperar $ 1.650 D – COFINS a recuperar $ 7.600 C – Caixa $ 100.000 2. Considerando compra a prazo: D – Mercadorias $ 73.750 D – ICMS a recuperar $ 17.000 D – PIS a recuperar $ 1.650 D – COFINS a recuperar $ 7.600 C – Fornecedores $ 100.000 5 10 15 20 25 27 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Observamos que muitas empresas utilizam uma única conta para substituir as contas a recuperar e a recolher. Essa conta é denominada de conta corrente (C/C ICMS; C/C COFINS). Quando a empresa compra mercadorias, a conta corrente é debitada pelos impostos e contribuições incidentes sobre a operação de compra. Por outro lado, quando a empresa vende mercadorias, a conta corrente é creditada pelo valor dos impostos e contribuições incidentes sobre a operação de venda. Assim sendo, no final do período da operação, a conta corrente poderá apresentar saldo devedor ou saldo credor. O saldo devedor da conta corrente indica que a empresa tem um direito contra a Fazenda Pública, sendo, portanto, um ativo. O saldo credor da conta corrente indica que a empresa tem uma obrigação junto à Fazenda Pública, sendo, portanto, um passivo. 4.2 Compra de mercadorias com incidência de IPI / ICMS / PIS / COFINS recuperáveis A diferença do IPI em relação ao ICMS / PIS e COFINS é que seu valor não está incluído no preço dos produtos. Se o comprador dos produtos sobre os quais incidiu o IPI é contribuinte do IPI (empresa industrial ou equiparada à industrial), e os produtos adquiridos são utilizados em seu processo de industrialização, o IPI incidente na operação de compra poderá ser recuperado quando da venda dos bens industrializados pela empresa (princípio da não cumulatividade). Exemplo Considerando uma compra de matéria-prima por $ 100.000, com incidência de ICMS à alíquota de 17%, do PIS a 1,65% 5 10 15 20 25 28 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 e COFINS a 7,6%, bem como o IPI com alíquota de 30%, a contabilização será feita da seguinte forma: Nota fiscal de compra de matéria-prima Matéria-prima – “x” unidades IPI – 30% sobre 100.000 ICMS (17% sobre 100.000) Valor total da nota fiscal 100.000 30.000 17.000 130.000 Mercadoria de cálculo 1) Valor da compra 2) IPI sobre compra (30%) – não incluso no preço da matéria-prima 3) Valor da nota fiscal 4) ICMS sobre a compra (17%) – incluso no preço da matéria-prima 5) PIS sobre a operação (1,65%) – incluso no preço da matéria-prima 6) COFINS sobre a operação (7,6%) – inclusa no preço da matéria-prima 7) IPI sobre a compra (30%) – recuperável (neste exemplo) Valor líquido da matéria-prima = (3 – (4 + 5 + 6 + 7) $ 100.000 30.000 130.000 17.000 1.650 7.600 30.000 73.750 Como o IPI é recuperável neste exemplo, seu valor não entra na base de cálculo do ICMS (art. 155, parágrafo 2º, inciso XI da Constituição Federal), do PIS (art. 66, parágrafo 3º da Instrução Normativa nº 247/02) e da COFINS (art, 8º, parágrafo 3º, inciso I da Instrução Normativa SRF nº 404 de 12/03/2004). A contabilização, considerando a compra à vista será: D – Matérias-primas $ 73.750 D – ICMS a recuperar $ 17.000 D – IPI a recuperar $ 30.000 D – COFINS a recuperar $ 7.600 D – PIS a recuperar $ 1.650 C – Caixa $ 130.000 5 10 15 29 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 4.3 Compra de produtos para revenda por empresa comercial – IPI não recuperável e ICMS / PIS / COFINS recuperáveis Neste caso, a empresa compradora não é contribuinte do IPI, pois é uma empresa comercial, ou, mesmo sendo contribuinte, não utiliza o produto comprado em seu processo de fabricação, o IPI incidente na operação de compra não será recuperado e, portanto, integrará o custo de aquisição. Exemplo A empresa Comercial Ltda adquire, a prazo, produtos industrializados para revenda por $ 250.000, com IPI à alíquota de 20%, ICMS à alíquota de 17%, PIS à alíquota de 1,65%, e a COFINS à alíquota de 7,6%. Como a empresa compradora não é contribuinte do IPI, este não será recuperável, devendo integrar o custo de aquisição. Nota fiscal de compra do produto Produto – “X” unidades IPI – 20% sobre 250.000 ICMS (17% sobre 250.000) 42.500 250.000 50.000 300.000 Memória de cálculo 1) Valor da compra 2) IPI sobre compra (20%) – cobrado destacadamente 3) Valor da nota fiscal 4) ICMS sobre compra (17%) – incluso no preço (17% X 250.000) 5) PIS sobre compra (1,65%) – incluso no preço (1,65% X 300.000) 6) COFINS sobre compra (7,6%) – inclusa no preço 7,6% X 300.000) Valor líquido do produto (3 – (4 + 5 + 6) $ 250.000 50.000 300.00042.500 4.950 22.800 229.750 5 10 30 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Como o IPI não é recuperável, porém o produto é destinado à comercialização, seu valor (do IPI) não entra na base de cálculo do ICMS (art. 155, parágrafo 2º, inciso XI da Constituição Federal). Entretanto, o valor do IPI integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por interpretação do disposto nos artigos 66, parágrafo 3º, da Instrução Normativa nº 247/02, e 8º, parágrafo 3º, inciso I da Instrução Normativa nº 404, de 12/03/04. A contabilização, considerando a compra a prazo, será: D – Mercadorias $ 229.750 D – ICMS a recuperar $ 42.500 D – PIS a recuperar $ 4.950 D – COFINS a recuperar $ 22.800 C – Fornecedores $ 300.000 4.4 Compra de bens para uso da empresa quando o IPI não é recuperável e ICMS / PIS / COFINS são recuperáveis Exemplo Uma empresa comercial adquire uma máquina para seu ativo permanente imobilizado diretamente da indústria por $ 50.000, com alíquota de IPI de 20%, de ICMS de 17%, de PIS de 1,65% e da COFINS de 7,6%, à vista. Como se trata de uma aquisição para uso e não para revenda, o IPI não será recuperável, devendo integrar o custo de aquisição. Nota fiscal de compra da máquina Máquina IPI – 20% sobre 50.000 ICMS (17% sobre 60.000) $ 10.200 50.000 10.000 60.000 5 10 15 20 31 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Memória de cálculo 1) Valor da compra 2) IPI sobre compra (20%) – cobrado destacadamente 3) Valor da nota fiscal 4) ICMS sobre compra (17%) – incluso no preço 5) PIS sobre compra (1,65%) – incluso no preço 6) COFINS sobre compra (7,6%) – inclusa no preço Valor líquido da máquina – (3 – (4 + 5 + 6) $ 50.000 10.000 60.000 10.200 990 4.560 44.250 A contabilização, considerando a compra à vista: D – Máquinas $ 44.250 D – ICMS a recuperar $ 10.200 D – PIS a recuperar $ 990 D – COFINS a recuperar $ 4.560 C – Caixa $ 60.000 4.5 Outros gastos nas compras: imposto de importação, fretes e seguros 1) Quanto ao imposto de importação, não existe a possibilidade de sua recuperação pelo importador. Portanto, o mesmo deverá acrescer o custo de aquisição das mercadorias importadas. 2) Quanto aos fretes e seguros que o comprador é obrigado a pagar, seus valores devem integrar o custo de aquisição das mercadorias compradas. 4.6 Contabilização das operações de vendas Para o registro das operações de vendas de mercadorias, são efetuados débitos de uma conta que representa a disponibilidade (caixa ou bancos) no caso de venda à vista, ou de uma conta representativa de um direito (clientes 5 10 15 32 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 ou duplicatas a receber), no caso de venda a prazo. Como contrapartida, tem-se um crédito em uma conta de receita (vendas ou receita bruta de vendas). 4.6.1 Impostos e contribuições incidentes sobre vendas Considerando-se as diversas legislações (federal, estadual), quando uma empresa vende uma mercadoria ou um produto, no preço desses bens estão embutidos impostos e contribuições sobre o valor das vendas, tais como ICMS, PIS, COFINS, dentre outros, que deverão ser recolhidos aos cofres públicos. Observamos que o IPI não integra a receita bruta, apesar de compor o preço final da nota fiscal (Decreto nº 3.000/99, artigo 279, parágrafo único). 4.6.2 Revenda de mercadorias sem incidência do IPI Exemplo: operação a prazo pelo valor de $ 100.000,00. a) Pelo reconhecimento da receita D – Clientes – 100.000 C – Vendas brutas – 100.000 b) Pelo reconhecimento dos impostos e contribuições sobre vendas D – Tributos sobre vendas 26.250 C – ICMS a recolher 17.000 C – PIS a recolher 1.650 C – COFINS a recolher 7.600 A conta tributos sobre vendas foi debitada, pois irá reduzir as vendas brutas. A contrapartida foi efetuada em contas que representam obrigações da empresa junto às fazendas públicas. Dos $ 100.000 cobrados, somente $ 73.750 pertencem à empresa. O restante, $ 26.250, pertence aos cofres públicos. 5 10 15 20 25 33 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 4.6.3 Venda de produto fabricado pela empresa com alíquota de IPI de 10% Exemplo: operação a prazo pelo valor de R$ 100.000,00. Nesta operação, o valor do IPI é de $ 10.000, sendo a contabilização feita da seguinte forma: a) Pelo reconhecimento de venda com IPI D – Clientes 110.000 C – Receita bruta 110.000 b) Pelo reconhecimento do IPI D – IPI faturado 10.000 C – IPI a recolher 10.000 c) D – Tributos sobre vendas 26.250 C – ICMS a recolher 17.000 C – PIS a recolher 1.650 C – COFINS a recolher 7.600 Pelo reconhecimento dos impostos e contribuições sobre vendas Memória de cálculo Vendas brutas IPI faturado = Receita bruta de vendas ICMS sobre vendas PIS sobre vendas COFINS sobre vendas = Receita líquida de vendas $ 110.000 (10.000) 100.000 (17.000) (1.650) (7.600) 73.750 Observamos que substituímos na memória de cálculo a conta tributos sobre vendas por outras três contas — ICMS sobre vendas, PIS sobre vendas e COFINS sobre vendas. 5 10 15 34 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 4.6.4 Contabilização dos fatos que alteram as compras e as vendas 4.6.4.1 Devoluções de compras Exemplo Compra de 100 unidades de mercadoria “y” para revenda pela empresa “X” por $ 10.000, à vista, mais IPI de 10%, com ICMS de 17%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Quando do recebimento das mercadorias, foram verificados defeitos em cinco unidades e, por esse motivo, a empresa compradora resolve devolver integralmente as mercadorias compradas. Assim teremos: A – Compra das mercadorias Nota fiscal de compra 100 mercadorias “y” x 100 IPI – 10% sobre 10.000 ICMS (17% sobre 10.000) = 1.700 10.000 1.000 11.000 Memória de cálculo Valor da compra IPI sobre compra – cobrado separadamente Valor total da nota ICMS sobre compra – incluso no preço PIS sobre compra – incluso no preço COFINS sobre compra – inclusa no preço Valor líquido da mercadoria $ 10.000 1.000 11.000 1.700 181,50 836 8.282,50 Como o IPI não é recuperável, porém o produto é destinado à comercialização, seu valor não entra na base de cálculo do ICMS, mas integra a base de cálculo do PIS e da COFINS. 5 10 35 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Assim teremos acontabilização pela compra: D – Mercadorias $ 8.282,50 D – ICMS a recuperar $ 1.700,00 D – PIS a recuperar $ 181,50 D – COFINS a recuperar $ 836,00 C – Caixa $ 11.000,00 B - Devolução da compra da mercadoria Nota fiscal de devolução 05 mercadorias “y” x 100 IPI – 10% sobre 500 ICMS (17% sobre 500) 85 500 50 550 Memória de cálculo Valor da devolução IPI sobre devolução – cobrado destacadamente Valor total da nota ICMS sobre devolução (17% s/ 500) – incluso no preço PIS sobre devolução (1,65% s/ 550) – incluso no preço COFINS sobre devolução (7,6% s/ 550) – inclusa no preço Valor líquido da mercadoria devolvida $ 500 50 550 85 9,08 41,80 414,12 Assim teremos a contabilização da devolução de compra de mercadorias: D – Caixa $ 550,00 C – Devolução de compras $ 414,12 C – ICMS a recuperar $ 85,00 C – PIS a recuperar $ 9,08 C – COFINS a recuperar $ 41,80 5 10 15 36 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 4.6.4.2 Devoluções de vendas Usaremos o mesmo exemplo de 4.6.4.1 e registraremos as operações sob o ponto de vista do vendedor. A - Vendas das mercadorias Nota fiscal da venda 100 mercadorias “y” x 100 IPI – 10% sobre 10.000 ICMS (17% sobre 10.000) = 1.700 10.000 1.000 11.000 Memória de cálculo Valor da venda IPI sobre venda 10% – cobrado destacadamente Valor da nota ICMS sobre venda (17%) – incluso no preço PIS sobre venda (1,65%) – incluso no preço COFINS sobre venda (7,6%) – inclusa no preço $ 10.000 1.000 11.000 1.700 165 760 Como a empresa vendedora é contribuinte do IPI, a contabilização da venda é a seguinte: a) D – Caixa $ 11.000 C – Faturamento bruto $ 11.000 b) D – IPI faturado $ 1.000 C – IPI a recolher $ 1.000 c) D – ICMS a recolher $ 85,00 D – PIS a recolher $ 8,25 D – COFINS a recolher $ 38,00 C – ICMS sobre a venda $ 85,00 5 10 15 37 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 C – PIS sobre vendas $ 8,25 C – COFINS sobre vendas $ 38,00 Observamos que as devoluções de vendas constarão da DRE como parcela redutora das vendas brutas. 4.6.4.3 Abatimentos sobre compras Nas operações mercantis podem ocorrer situações entre a saída da mercadoria do estabelecimento vendedor e o ingresso no estabelecimento comprador. O comprador adquire mercadoria de 1ª qualidade e recebe mercadoria de 2ª qualidade, por exemplo. Neste e em outros exemplos, para evitar a devolução da mercadoria, pode ser negociado entre as partes, comprador e vendedor, um abatimento no preço da mercadoria. Assim, por exemplo, a empresa Comércio de Equipamentos Ltda. compra 20 computadores para revenda por $ 20.000, à vista, com as seguintes alíquotas: ICMS 17%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%. Ao receber a mercadoria, é constatado que dois computadores estão fora das especificações técnicas acordadas. Para que as duas unidades não fossem devolvidas o vendedor concedeu um abatimento no valor total de $ 400, que foi prontamente aceito pelo comprador. A contabilização dessas operações seria feita da seguinte maneira: A – Compra da mercadoria Nota fiscal de compra 20 computadores x 1.000 ICMS (17% sobre 20.000) = 3.400 Valor da nota fiscal 20.000 20.000 5 10 15 20 38 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Memória de cálculo Valor da compra IPI sobre compra (17%) – incluso no preço PIS sobre compra (1,65%) – incluso no preço COFINS sobre compra (7,6%) – inclusa no preço Valor da nota Valor líquido da mercadoria $ 20.000 3.400 330 1.520 20.000 14.750 Contabilização D – Mercadorias $ 14.750 D – ICMS a recuperar $ 3.400 D – PIS a recuperar $ 330 D – COFINS $ 1.520 C – Caixa $ 20.000 Quando ocorrer o abatimento no valor de $ 400, teremos: D – Caixa $ 400 C – Abatimento $ 400 Observamos que não houve ajuste sobre o valor dos impostos incidentes na operação em virtude de ter sido um fato posterior à emissão da nota fiscal, e que não resultou na devolução de mercadorias. 4.6.4.4 Abatimentos sobre vendas Para o vendedor da mercadoria, o abatimento concedido reduz o resultado e deverá ser registrado como uma conta de resultado, redutora da receita bruta de vendas, para apuração da receita líquida de vendas. Utilizamos o mesmo exemplo do item 4.6.4.3, e a contabilização será feita sob o ponto de vista do vendedor. 5 10 15 20 39 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 A – Na venda a) D – Caixa $ 20.000 C – Receita bruta de venda $ 20.000 b) D – ICMS sobre vendas $ 3.400 D – PIS sobre vendas $ 330 D – COFINS sobre vendas $ 1.520 C – ICMS a recolher $ 3.400 C – PIS a recolher $ 330 C – COFINS a recolher $ 1.520 B – No momento da concessão do abatimento a) D – Abatimento sobre vendas $ 400 C – Caixa $ 400 4.6.4.5 Descontos comerciais São aqueles concedidos na nota fiscal, no momento da operação de compra (obtidos) ou de venda (concedidos), em função, normalmente, do volume de vendas ou da qualidade do comprador. 4.6.4.5.1 Descontos comerciais obtidos A regra geral do desconto comercial obtido é a sua não contabilização por parte do comprador, ou seja, a mercadoria é contabilizada pelo seu valor líquido negociado. Entretanto, se a empresa compradora desejar, poderá utilizar uma conta retificadora de comprar descontos comerciais obtidos. Assim, por exemplo, teremos: A empresa “H” Ltda. compra 1.000 unidades de um produto beta da indústria “J” pelo preço unitário de tabela de $ 100, mais 10% de IPI. Como a empresa “H” é um excelente cliente, a indústria “J” concede 20% de desconto no ato da venda. A operação é à vista, com incidência de ICMS 17%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%. 5 10 15 20 25 40 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 A – Compra de produtos Nota fiscal de compra Produto beta 1.000 X $ 100 Desconto (20% sobre 100.000) IPI (10% sobre 100.000) ICMS (17% sobre 80.000) = 13.600 100.000 (20.000) 10.000 90.000 Memória de cálculo Valor da compra Desconto comercial (20% sobre 100.000) IPI sobre compra (10% 100.000) – cobrado destacado Valor total da nota ICMS sobre compra (17% sobre 80.000) – incluso no preço PIS sobre compra (1,65% sobre 90.000) – incluso no preço COFINS sobre compra (7,6% sobre 90.000) – inclusa no preço Valor líquido da mercadoria $ 100.000 (20.000) 10.000 90.000 13.600 1.485 6.840 68.075 Observamos que, como o IPI não é recuperável neste exemplo, mas o produto é destinado à revenda, o valor do IPI não entra na base de cálculo do ICMS (art. 155, parágrafo 2º,inciso XI da Constituição Federal). Porém, integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, por interpretação ao disposto nos artigos 66, parágrafo 3º da Instrução Normativa nº 247/02 e 8º, parágrafo 3º, inciso I da Instrução Normativa SRF nº 404, de 12/03/2004. O lançamento contábil será: D – Mercadorias $ 68.075 D – ICMS a recuperar $ 13.600 D – PIS a recuperar $ 1.485 D – COFINS a recuperar $ 6.840 C – Caixa $ 90.000 5 10 15 41 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Note-se que o desconto comercial não foi contabilizado pelo comprador, sendo esta a forma mais usual de contabilização. 4.6.4.5.2 Descontos comerciais concedidos Na empresa vendedora, os descontos comerciais devem ser registrados em conta redutora da receita bruta de vendas, para apuração da receita líquida. Utilizando-se o mesmo exemplo do item 4.6.4.5, teremos: A – Venda da mercadoria Nota fiscal de compra Produto beta 1.000 x $ 100 Desconto (20% sobre 100.000) IPI (10% sobre 100.000) ICMS (17% sobre 80.000) = 13.600 100.000 (20.000) 10.000 90.000 Memória de cálculo Valor da compra Desconto comercial (20% sobre 100.000) IPI sobre compra (10% 100.000) – cobrado destacado Valor total da nota ICMS sobre compra (17% sobre 80.000 – incluso no preço PIS sobre compra (1,65% sobre 80.000) – incluso no preço COFINS sobre compra (7,6% sobre 80.000) – inclusa no preço Valor líquido da mercadoria $ 100.000 (20.000) 10.000 90.000 13.600 1.320 6.080 68.075 Observamos que: • como o IPI não é recuperável neste exemplo, e o produto é destinado à revenda, seu valor entra na base de cálculo do ICMS (art. 155, parágrafo 2º, inciso XI da Constituição 5 10 42 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Federal), bem como a base de cálculo (no devedor) do PIS e da COFINS; • o valor do PIS e da COFINS para o vendedor é diferente do valor para o comprador, este fato decorre da Legislação de Regência (art. 66, parágrafo 3º da Instituição Normativa nº 247/02 para o comprador, e art. 24 da mesma Instituição no caso do vendedor). Contabilização a) D – Caixa $ 90.000 D – Descontos comerciais concedidos $ 20.000 C – Faturamento bruto $ 110.000 b) D – IPI faturamento $ 10.000 C – IPI a recolher $ 10.000 c) D – ICMS sobre vendas $ 13.600 D – PIS sobre vendas $ 1.320 D – COFINS sobre venda $ 6.080 C – ICMS a recolher $ 13.600 C – PIS a recolher $ 1.320 C – COFINS a recolher $ 6.080 Exercícios resolvidos 1. A Cia. Alfa efetuou as seguintes operações com mercadorias durante o mês de outubro de X8: 1/10 – Compra de mercadorias à vista por $ 60, com ICMS de 17%. 6/10 – Venda de mercadorias à vista por $ 40, com ICMS de 17%. Essas mercadorias estavam no estoque e acusavam o valor de $ 24. 5 10 15 20 25 43 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 8/10 – Devolução de parte das mercadorias compradas em 1/10, no valor de $ 10. Pede-se: 1- Efetuar a contabilização das operações no diário. 2- Transportar as operações do diário para o razão. 3- Apurar o lucro bruto. 4- Informar o valor do ICMS a recolher no mês. 5- Informar o valor do ICMS a recuperar no mês. Resolução I- Operação em 1/10 (compra): a) Valor do ICMS contido na operação: 17% sobre $ 60 = $ 10,2. b) Valor das mercadorias: $ 60 - $ 10,2 = $ 49,8. c) Contabilização no diário. D – Mercadorias $ 49,8 (1) D – ICMS a recuperar $ 10,2 (1) C – Caixa $ 60,00 (1) II- Operação em 6/10 (venda): a) Valor do ICMS contido na operação: 17% sobre $ 40 = $ 6,8. b) Custo das mercadorias vendidas: $ 24. c) Contabilização no diário. D – Caixa $ 40 (2) C – Venda $ 40 (2) D – CMV $ 24 (3) C – Mercadorias $ 24 (3) 5 10 15 20 25 44 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 D – ICMS nas vendas $ 6,8 (4) C – ICMS a recolher $ 6,8 (4) III- Operação em 8/10 (devolução compras): a) Valor do ICMS contido na operação: 17% sobre $ 10 = 1,7. b) Valor das mercadorias devolvidas: ($ 10 - $ 1,7) = $ 8,3. c) Contabilização no diário. D – Caixa $ 10 (5) C – Mercadorias $ 8,3 (5) C – ICMS a recuperar $ 1,7 (5) IV – Operação em 30/10 (encerramento do mês no diário): D – ICMS a recolher $ 6,8 (6) C – ICMS a recuperar $ 6,8 (6) D – Vendas $ 6,8 (7) C – ICMS nas vendas $ 6,8 (7) D – Vendas $ 33,2 (8) C – Resultado com mercadorias $ 33,2 (8) D – Resultado com mercadoria $ 24 (9) C – CMV $ 24 (9) Contabilização no razão (de todas as operações) Mercadorias ICMS a recuperar Caixa Venda (1) 49,8 8,3 (5) (1) 10,2 1,7 (5)6,8 (6) (2) 40 (5) 10 60(1) (7) 6,8 40 (2) 41,5 1,7 (8) 33,2 33,2 5 10 15 45 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 ICMS nas vendas ICMS a recolher CMV RCM (4) 6,8 6,8 (7) (6) 6,8 6,8 (4) (3) 24 24(9) (9) 24 33,2 (8) 41,5 1,7 21,2 DRE em 30/10/ da Cia. Alfa: Vendas brutas ICMS nas vendas = Venda líquida CMV = RCM $ 40 $ 6,8 $ 33,2 $ (24,0) $ 9,2 Respostas a) O lucro bruto é de $ 9,2. b) O ICMS a recolher no mês é zero. c) O ICMS a recuperar no mês é: $ 1,7. 2. A empresa Trevo de Quatro Folhas realizou apenas duas vendas no mês de agosto X8. Uma de 300 unidades, no dia 15, e outra de 480 unidades, no dia 25. O valor apurado foi o mesmo em cada operação, sendo a primeira operação a prazo e a segunda operação à vista. O valor total cobrado foi de $ 5.280, correspondente ao preço da venda com incidência de ICMS de 17% e de IPI de 10%. Exclusivamente com base nas informações apresentadas, podemos dizer que o preço unitário de venda alcançado nas operações dos dias 15 e 25 de agosto, foram de: 5 10 15 20 46 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Resolução a) Como o valor total nas duas vendas foi de $ 5.280, e o valor de cada venda foi o mesmo, cada venda teve o valor de: 5.280 ÷ 2 = 2.640 b) Venda realizada em 15 de agosto: 2.640 ÷ 300 unidades = 8,90 Preço unitário de venda + IPI de 10% = 8,80 ∴ 8,0 – 110% ∴ x = 8,0 x – 100% Preço unitário da venda = $ 8,00 c) Venda realizada em 25 de agosto: 2.640 ÷ 480 unidades = 5,50 Preço unitário de venda + IPI de 10% = 5,50 ∴ 5,50 – 110% ∴ x = 5,00 x – 100% Preço unitário devenda = $ 5,00 Resposta Preço unitário de venda em 15 de agosto = $ 8,00. Preço unitário de venda em 25 de agosto = $ 5,00. 3. Considere uma empresa comercial que tenha comprado a prazo 600 unidades de uma determinada mercadoria, ao custo unitário de $ 30, pagando frete de $ 0,50 por unidade. Em seguida, tenha vendido metade dessas compras, emitindo nota fiscal de venda no valor de $ 12.000, com entrega em domicílio, pagando frete total de $ 320. Sabendo-se que não havia estoques iniciais, que o frete está isento de tributação, mas que as compras e vendas foram tributadas com ICMS à 5 10 15 20 25 47 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 alíquota de 17%, assinale a opção que indica corretamente o lucro bruto alcançado na operação. a) $ 3.490. b) $ 2.465. c) $ 2.340. d) $ 2.170. e) $ 2.020. Resolução Custo de aquisição 600 unidades a $ 30 = $ 18.000 Frete: 600 unidades a $ 0,50 = $ 300 Total gasto na aquisição = $ 18.300 ICMS incluso na compra - 18,00 x 17% = $ (3.060) Custo das mercadorias compradas $ 15.240 Conforme o enunciado, o ICMS incide apenas sobre o preço das mercadorias. Por ser imposto recuperável, o ICMS não é considerado parte do custo de aquisição das mercadorias. O frete deve ser computado como parte do custo de aquisição. Apuração do lucro bruto Venda bruta $ 12.000 ICMS sobre venda – 17% sobre 12.000 $ (2.040) Venda líquida $ 9.960 CMV = 15.240 x 50% (7.620) � Lucro bruto $ 2.340 metade do custo de aquisição 5 10 15 20 25 48 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Resposta: C 4. Observe os seguintes dados colhidos na contabilidade da empresa Fritex Comercial Ltda., relativos ao período de um mês: Estoque inicial de mercadorias 2.000 Compra de mercadorias tributadas 3.000 Venda de mercadorias tributadas 4.000 Estoque final de mercadorias 1.000 ICMS à alíquota de 17% COFINS à alíquota de 3% Analisando os dados acima devidamente contabilizados, podemos concluir que no fim do mês referenciado: a) O ICMS a recuperar é de 170. b) O ICMS a recolher é de 680. c) O ICMS a recuperar é de 510. d) O CMV (Custo de Mercadoria Vendida) é de 3.150. e) O resultado do período é um prejuízo de 290. Resolução Na operação CMV, temos: Estoque inicial 2.000 Compras 3.000 ICMS sobre compra – 17% sobre 3.000 (510) Estoque final (1.000) 3490 Em seguida, a demonstração de resultado bruto: 5 10 15 20 25 49 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Vendas brutas 4.000 ICMS sobre venda – 17% sobre 4.000 (680) COFINS - 3% sobre 4.000 (120) Vendas líquidas 3.200 CMV (3.490) Resultado bruto (290) Resposta: E 5. No mês de outubro de 2008, a empresa “X” apurou um lucro operacional bruto de 3.000 nas operações de compra e venda de sua mercadoria “gama”, cuja tributação de ICMS é feita à alíquota de 17%. O cálculo desse lucro considerou a contabilização de receita bruta de vendas no valor de 10.000, e de compra de mercadorias no valor de 7.000. O CMV foi equivalente a 50% do preço bruto de venda, e a COFINS foi de 3%. Não haverá PIS sobre o faturamento. Após a contabilização dos fatos geradores do resultado acima apresentado, ocorreu a devolução de 20% das compras e de 10% das vendas do período. A efetivação dos ajustes contábeis provocados pelas devoluções mencionadas vai evidenciar, para o lucro operacional bruto, o valor correto de: a) 2.000. b) 2.250. c) 2.700. d) 3.000. e) 3.200. 5 10 15 20 25 50 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 Resolução Antes das devoluções a empresa apresentava o seguinte resultado: Vendas brutas 10.000 ICMS sobre venda – 17% sobre 10.000 (1.700) COFINS - 3% sobre 10.000 (300) Vendas líquidas 8.000 CMV (5.000) Lucro bruto 3.000 50% das vendas brutas Quando da devolução de 10% das vendas, o resultado passou a ser o seguinte: Vendas brutas 10.000 Devolução de vendas - 10% sobre 10.000 (1.000) ICMS sobre venda – 17% sobre 9.000 (1.530) COFINS - 3% sobre 9.000 270) Vendas líquidas 7.200 CMV – 50% das vendas após devolução (4.500) 50% sobre 9.000 Lucro bruto 2.700 Resposta: C Obs.: a devolução aos fornecedores de 20% das compras não afeta o resultado. Referências bibliográficas BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento tributário – IPI, ICMS, ISS e IR. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2006. FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade tributária. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 5 10 15 20 51 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0 OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade tributária. 2.. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. OLIVEIRA, Luís Martins de; PEREZ JUNIOR, José Hernandez; GOMES, Marliete et al. Manual de contabilidade tributária. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade básica. 13. ed. São Paulo: Frase, 2006. 52 Unidade II Re vi sã o: A na - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 9/ 02 /1 0 — 2 ºR ev is ão : J ul ia na - C or re çã o: F ab io - 2 2/ 02 /1 0
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