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Aula 7 -‐ Trombocitopoiese (17/10) Vamos começa começar com outra área da hematologia, que é a parte da Hemostasia. A hesmostasia é a capacidade que teremos de fazer a coagulação o sangue. Por isso, devemos entender as plaquetas, que são responsáveis pela hemostasia primária. Aqui podemos ver um megacariócito, uma célula grande que é produtora de plaquetas. Nossa produção diária pode chegar a 100 trilhões sob uma demanda podemos aumentar até 10x a produção de plaquetas. As plaquetas não são células, são fragmentos celulares. Elas não possuem núcleos e sim grânulos, que possuem uma função hemostática que veremos. As plaquetas vão então se originar da fragmentação de uma célula grande (megacariócito). Na lâmina, essas seriam então as plaquetinhas do sangue periférico. Voltando para um slide que já vimos, vemos que o megacariócito vai se originar também da célula tronco hematopoiética. E vai ter um precursor comum com a sério eritróide (Progenitor Megacariocítico e Eritróide). Desse progenitor ele vai virar um megacarioblasto como todas as células que vcs viram que inicialmente que é uma célula mais indiferenciável, que é o blasto da linhagem e vai maturar então para o megacariócito. O megacariócito emite pseudópodes que se fragmentam nos sinusóides da medula se rompe e formam as plaquetas. Da mesma forma que as outras séries agt tem alguns genes que participam da maturação e da diferenciação do megacariócito. Lembrando que o GATA é diferenciável para eritróide seu cofator abaixo dele é o FOG e também vai ajudar na diferenciação megacariocítica. Então ele vai participar da maturação e bloqueio do crescimento maturação megacariocítica. Outros genes GABA o GABPα regula genes da megacariopoiese precoce e o Fli1 da megariopoiese tardia. Veremos o que acontece com a proteína 1B59. O RUNX1/CBFβ regula também uma maturação terminal o SCL maturação terminal com a trombocitopoiese de estresse. E o C-‐Myb exerce um controle negativo da megariopoiese e trombocitopoiese. RESPOSTA A UMA PERGUNTA X – O FOG é o fator de transcrição, quando você ativa o GATA o fator o fator de transcrição dele é o FOG, o qual fica logo abaixo da cascata do GATA caso delete o GATA o bloqueio é mais tardio do que o FOG provavelmente pq deve ter alguma outra coisa que também ativa o FOG e não só o GATA. Bom, além dos genes teremos alguns fatores de crescimento envolvidos da megacariopoiese. Na parte inicial são os mesmo que já vimos em outras aulas o SCF , interleucina-‐3 e logo na última diferenciação teremos a trombopoetina que participa da maturação do megacariócito assim como a eritropoietina que vimos na série eritróide. A medida que ele matura diminui a influência da Interleucina-‐3 (mais inicial) e aumenta a influência da trombopoetina e outros fatores: KIT-‐ligante, interleucina-‐6, interleucina-‐11 e o LIF. A trombopoetina é um hormônio que é sintetizado no braço longo do cromossomo 3 e tem uma produção constitutiva (seria uma produção basal), ou seja, eu produzo independente de outras coisas a maior parte da produção vai estar lá e vai continuar produzindo independente do que vai estar acontecendo. O principal órgão de produção é o fígado e um pouco do rim. E também pode ser induzido em alguns casos no estroma da medula óssea, no baço e raramente na amigdala e no hipocampo. Aqui mais uma vez vcs lembram que a interleucina-‐6 participa da inflamação, então se eu tenho aumento da IL-‐6 agindo no fígado eu posso ter um aumento da produção constitutiva também e por isso que chega um paciente para mim com plaquetose (aumento das plaquetas) e isso pode “reacionar” um processo inflamatório secundário com um aumento da interleucina-‐6. Bom, a trombopoetina vai regular a produção de plaquetas na medula nesse pequeno pedacinho e é necessário para proliferação e proliferação megacariocítica além da trombopoiese. (RESPOSTA A PERGUNTA) O estresse pode aumentar a produção, mas não pode diminuir, ou seja, a sua produção constitutiva vai continuar ali o que vai acontecer é um aumento dessa produção. A trobopoetina vai se ligar em um receptor de trombopoetina, que é chamado de c-‐Mpl. O que ele lembra em relação a eritropoietina? Que também tem um JAK-‐2 do domínio intracitoplasmático. Não é atoa que nas doeças mieloproliferativas... ELA ESTÁ ESCREVENDO NO QUADRO (Exemplos de doenças mieloproliferativas) Policitemia Vera: se caracteriza principalmente por um aumento da hemoglobina da série vermelha. Tem de 95% a 97% de mutação do gene do JAK2, ou seja, o gene fica o tempo todo ativado e continua produzindo serie vermelha independente da eritropoietina. Isso dá uma doença mieloproliferativa crônica. Tem um paciente que chegou com 24 de hemoglobina eo normal é 12 pq a célula fica proliferando sem parar. Trombocitemia essencial: a principal característica é a plaquetose (aumento das plaquetas). Tem um paciente q já chegou com 2 milhões e 700 mil plaquetas e o normal é de 250 mil a 450 mil. O que acontece é que ele também tem uma mutação no JAK2 que faz também com que o receptor fique o tempo todo ativado tendendo a formar plaquetas. 50% a 60% dos pacientes tem mutação do JAK2 e outros tem a mutação do c-‐Mpl. Então na clínica quando um paciente chega com um aumento de hemoglobina pede-‐se estudo da mutação do JAK2 (faz por PCR). Se o paciente chega com plaquetose a primeira coisa que fazemos é ver se não é reacional, ou seja, secundário a inflamação ou secundário a falta de ferro pq já vimos que o ferro base pode dar uma plaquetose reacional. Se não tiver nenhuma inflamação e nenhuma alteração relacionada ao ferro, o próximo passo é ver o caso de mutação de JAK2. Bom, se bloquear o c-‐Mpl eu vou ter um bloquei da unidade formadora de colônia de megacariócito se eu detectar o gene de c-‐Mpl ou se eu detectar o gene da trombopoetina a produção de megacariócito e plaquetas vai ser reduzida de 80-‐90% . As plaquetas e megacariócitos desses casos vão manter a estrutura normal o TPO vai ter papel na expansão e no desenvolvimento dos progenitores megacariocíticos, mas não na maturação terminal e liberação das plaquetas. A ligação do c-‐Mpl ao TPO vai levar a proliferação e diferenciação. O c-‐Mpl está nas plaquetas (20/200 receptores), nos megacariócitos e se vcs lembram lá da célula tronco teremos também receptor de TPO na CTH então ela também vai ter importância nos controles da linhagem. O c-‐Mpl vai ser regulado negativamente pelo LNK e pela internalização e degradação do receptor após ligar-‐se ao TPO. Então também tem alguns casos em que eu tenho a mutação do LNK que deixa de inibir o c-‐Mpl e ele continua constitutivamente ativo, isso também é descrito na trombocitemia essencial. FUNÇÕES DA TROMBOPOETINA 1. Maturação dos megacariócitos: 2. Formação de grânulos específicos nas plaquetas 3. Desenvolvimento das membranas de demarcação do megacariócitos 4. Expressão de proteínas específicas da membrana plaquetária • GP IIb/IIIa (receptores de fibrinogênio) • GP IbIXV (receptores do fator de von Willebrand) 5. Adesão de megacariócitos pela ativação da GP IIb/IIIa, VLA-‐4 e VLA-‐5 6. Endomitose e o resultante estado de poliploidia 7. Formação de plaquetas a partir de megacariócitos isolados em culturas livres de soro 8. Sobrevida de células hematopoiéticas primitivas (sem TPO cai 25% hematopoiese de todas as linhagens) O megacariócito ao contrário das outras células não consegue sofrer o processo de mitose normal, ou seja, uma célula normal não origina uma célula 2n com o mesmo material genético que a mãe. O megacariócito pelo processo de endomitose ele multiplica seu material genético e não consegue dividir o citoplasma então eu fico com um material genético muito apertado e a célula vai a 2n, 3n, 4n, 5n, 6n e vai embora o número de n. Por isso que aquela célula grande que agt vê lá no microscópico com aquele núcleo grande polilobulado. As fases em que vamos passar aqui de 2n a 4n até a unidade formadora de colônia e depois a 4n a 8n até o megacarioblasto e por fim até o o 128n já está maturando com estadia de maturação 3 e 4 e vai começar a fragmentar e produzir plaquetas. RESPOSTA A UMA PERGUNTA o receptor de TPO vai existir nas CTH, nas plaquetas e nos megacarioblastos, mas tem um pequeno da nossa CTH que vai ter receptor então também tem uma participação lá atrás da maturação da célula tronco hematopoiética depois ela vai ter participação agora na formação das plaquetas. Essa célula que é o megacarioblasto e vai virando megacariócito ela tem c-‐Mpl na superfície ela tem receptor na plaqueta. Hoje em dia existe uma medicação que se liga na c-‐Mpl então os pacientes que tem por exemplo, PTI (Púrpura trombocitopenia autoimune) em que as plaquetas estão diminuídas na circulação quando a PTI é refratária a imunossupressores uma estratégia que posso usar é usar esses remédios tentando estimular o megariócito para produzir um pouco mais de plaquetas. O megacarioblasto vai originar o megacariócito e depois para megariócito maduro. Quando vc vai olhando para a maturação da célula vocês verão que o citoplasma vai ficando mais reticulado e ele vai se enchendo de grânulos e esses grânulos que vão emitir pseudópodes de citoplasma e os grânulos juntos com esses fragmentos vão originar as plaquetas que são os grânulos plaquetários. Então geralmente ..... (não entendi 20:11 min) o citoplasma vai se tornar mais grânulos então vai começar a produção dasplaquetas. E aqui o núcleo com vários Ns, poliploide. Aqui é para agente entender esse negócio da produção constitutiva das plaquetas então agente tem uma produção basal constitutiva de trombopoetina no fígado e um pouco no rim e depois de ser produzida nesses locais ela vai para a circulação e ai ela encontra a nossa massa de plaquetas e passa para a MO e encontra nossa massa de megacariócitos. Quando ela encontrar ela encontra as plaquetas e os megacariócitos que tem o seu receptor de c-‐mpl a trombopoetina liga no seu receptor e isso é finalizado. Quando a plaqueta vai para a circulação ela a trombopoetina junto com ela para o baço. Então quem vai regular o nosso nível de trombopoetina no sangue é a nossa massa plaquetária. Se eu não produzo plaqueta e eu tenho uma aplasia de medula óssea, por exemplo, e tenho um defeito na CT na qual ela não produz plaqueta. Terá plaqueta para ligar no sistema TPO? Não. E como estará o TPO? Aumentado ou diminuído? Aumentado porque eu não estou conseguindo tirar ele da circulação. Na plaquetopenia o que acontece é que a plaqueta estará na circulação (produzi na medula e joguei na circulação) o que acontece é que eu tenho um anticorpo na contra minha plaqueta o que vai fazer com que o baço tire ela precocemente ela da circulação (isso é a plaquetopenia autoimune). Mas eu tenho a plaqueta ela chegou lá então o que vai acontecer é que ela vai estar com a meia-‐vida mais curta ela vai estar um pouquinho diminuída então a minha malha plaquetária vai estar retirando a TPO com ela. Nesse caso a TPO não aumenta tanto porque a plaqueta está presente pegou o TPO e foi retirada. Dessa forma, é um caso em que se tem a plaqueta baixa sem uma elevação tão significativa de TPO como no caso da falta de produção da plaqueta, isso seria um excesso de destruição e não falta de produção. A plaqueta constitutiva é diferente do que acontecia com as hemácias em que elas chegavam no rim, o qual tinha um sensor de O2 e se não tinha hemácia ele produzia eritropoietina. Então ele é um regulado pela massa de hemácia. A produção de plaquetas não é regulada por sua massa, pois ela já tem a sua produção basal, mas os níveis séricos vai variar conforme a massa de plaqueta não vai mudar a produção. PERGUNTA: Tem algum fator que aumenta ou diminui a afinidade plaqueta/TPO? RESPOSTA: Não, mas se temos por exemplo um aumento da produção de interleucina 6 ai essa vai aumentar a produção de TPO. É importante entender que não está aumentado porque está faltando plaqueta diferente da hemoglobina que está aumentando porque está faltando hemoglobina. A produção normal de plaquetas é de 250 – 450 mil. A falta de plaquetas no sangue não tem um mecanismo de regulação. O TPO vai aumentar porque ele está sendo menos retirado da circulação porque não tem plaqueta para retirar ele restando mais TPO livre. DINÂMICA DAS PLAQUETAS Aqui temos um megacariócito bonitinho (foi assim mesmo que ela falou) com uma produção de até 5.000 plaquetas. O tempo para produção de 10 dias e a meia-‐vida da plaqueta é de 7-‐10 dias. Isso é importante para o médico porque as vezes tem um paciente usando aspirina e ela faz com que a função da plaqueta fique inibida lá na cicloxigenase. O que acontece é que esse paciente não pode ser operado e tem de suspender o uso da aspirina de 7-‐10 dias (meia-‐vida da plaqueta) antes da cirurgia. As plaquetas também serão removidas quando tiverem senescentes no sistema fagocítico do baço e do fígado. As plaquetas avisam que estão senescentes de forma a diminuir o conteúdo de ácido siálico, vão aumentar a imunoglobulina na superfície e formar neoantígenos na superfície que serão reconhecidos e retirados mais precocemente da circulação. A outra forma de tirar as plaquetas do sangue é pela homeostasia diária para agente evitar que sangue consumimos em torno de 7.000 plaquetas por dia para deixar os nossos vasos bonitinhos. Em baço normal o conteúdo de plaqueta é de 1/3 do nosso sangue. Um paciente que é etilista e que começa a fazer cirrose no fígado e vai fazendo um aumento de hipertensão portal no qual o fígado não consegue passar pelo fígado adequadamente e começa a represar para trás e o baço passa a inchar. Se o baço aumenta de tamanho ele começa a roubar 2/3 das plaquetas do sangue chegando a poder roubar até 90% em casos de esplenomegalias muito aumentadas. Então Quando o paciente chega com plaquetopenia é importante verificar se ele já tem esplenomegalia, porque pode ser que a medula esteja produzindo normalmente só que a distribuição da plaqueta está errada porque o plaqueta do paciente está sendo roubada pelobaço. Esse é outro diagnóstico diferencial quando temos plaquetas baixas. PERGUNTA: Como a prostaglandina atua nesse controle da plaqueta? RESPOSTA: Ela não atua na quantidade de plaquetas e sim a vasodilatação e a inibição da agregação plaquetária. Vai regular a função e não o número de plaquetas, terá um slide sobre isso. Bom, podemos mobilizar esse 1/3 de sangue que tem dentro do baço (pool esplênico) em situações de exercício físico, estresse ou injeção de adrenalina e aférese (máquina que coloca o paciente para doar sangue). No caso das plaquetas não existe um reticulócito para ser avaliado, mas tem o que chama de plaquetas reticuladas, que são plaquetas mais jovens. Entretanto, a técnica de laboratório é bem variada então não é um índice que costuma-‐se usar na clínica como é usado no caso do reticulócito. Ou seja, os laboratórios normalmente não fazem esse teste como exame de rotina, tem de ser laboratórios mais específicos. A sobrevida das plaquetas pode estar reduzida em situações de: -‐ Púrpura trombocitopenia imune (PTI): produção de um autoanticorpo contra a minha plaqueta. Agente tem um receptor de anticorpo lá no macrófago, lembrando que o macrófago tem um receptor FC e esse é a fração da imunoglobulina. ELA VAI DESENHAR O MECANISMO DA PTI NO QUADRO Essa aqui é uma plaqueta e você vai formar um autoanticorpo contra a plaqueta e por qualquer que seja o motivo entrou em contato com o antígeno parecido com o antígeno plaquetário, com uma droga parecida ou que se ligou na superfície da plaqueta, que é plaquetopenia induzida por drogas. Qualquer motiva que faça um autoanticorpo e a (não consegui entender a palavra, entendi ementafação se alguém souber do que se trata por favor me avise) FC tem um receptor lá no sistema macrofágico reticulo endotelial que é um receptor de FC e o que vai acontecer é que vai ligar no macrófago que será retirado precocemente da circulação. Esse é o mecanismo da anemia hemolítica autoimune (hemácia) e o mecanismo da plaquetopenia autoimune (plaqueta). RESPOSTA A UMA PERGUNTA: O sequestro esplênico não vai ser necessariamente por plaqueta, você pode ter nessas doenças um aumento do baço, mas geralmente é muito pouco. O sequestro esplênico em si é o caso do cirrótico que já foi citado no qual você tem um aumento do baço e ai o sangue vai ser sequestrado dentro deles. As esplenomegalias de diversas causas sequestram o sangue dentro dele. O outro termo para o sequestro esplênico é quando se está diante de, por exemplo, doença falciforme e anemia hemolítica autoimune em que subitamente o baço rouba tudo para dentro dele. O sequestro em alguns casos tanto pode acontecer no fígado (ela citou o caso de uma paciente com anemia falciforme) quanto no baço. Sempre que tem hiperesplenismo a medula óssea vai estar cheia. Então é uma forma de olhar se a doença está na medula ou não. Eu faço um mielograma e a medula está cheia provavelmente é um hiperesplenismo, a falta de sangue que ele está tendo não é porque a medula não está funcionando é porque o baço está roubando o sangue para dentro dele. -‐ HIV: doenças virais como HIV e hepatite também podem fazer uma PTI secundária. O HIV também pode fazer lesão direta no megacariócito em vários mecanismos. Então deve-‐se pensar em doenças retrovirais quando se tem plaqueta baixa. A esplenectomia pode fazer com que as plaquetas “vivam” mais, uma vez que é no baço que essas células são destruídas. A atividade da plaqueta vai estar diretamente relacionada diretamente com o tamanho delas e com a quantidade de grânulos. Tinha um paciente tinha apenas 1.000 plaquetas (normal entre 250-‐450 mil) e ele nunca sangrava porque tinha uma PTI autoimune e as poucas plaquetas que sobram nesses pacientes são tão grandes e com tantos grânulos que elas conseguem fazer a função das plaquetinhas pequenas maduras. Então quando tem plaquetas jovens, ou seja, grandes elas são tão funcionantes que os pacientes podem não sangrar nem toda PTI vai sangrar. Em um exame de sangue vocês verão o que é chamado de VPN (volume plaquetário médio), que é +-‐ equivalente ao CHCM das hemácias. O VPN de um paciente com PTI geralmente está aumentado porque ele faz plaquetas jovens (grandes). FORMAÇÃO DAS PLAQUETAS O megacariócito vai se desenvolvendo vai formando os grânulos e possui essas áreas de invaginação na qual ele consegue aumentar muito a sua membrana. Depois o megacariócito começa a evaginar o citoplasma e os grânulos produzidos por ele vão juntos. Em determinado momento ele entra no sinusóide e quebra e ai são geradas as plaquetas. Então, as plaquetas na verdade são fragmentos citoplasmáticos do megacariócitonão sendo células em si, não tem núcleo. Os grânulos que estão nelas foram produzidos pelo megacariócito e uma parte pode ser absorvida diretamente do plasma. DOENÇAS DO MEGACARIÓCITO Foto – Síndrome do 5q-‐ (tipo SMD) O que está acontecendo com esse megacariócito aqui? É normal esse núcleo? Como era o núcleo do megacariócito? Polilobulado. Então aqui eu tenho megacariócitos que são chamados de mononucleados ou encomobados (foi isso que entendi, mas acho que não é essa palavra). Isso é muito típico da síndrome dos 5q-‐, que é uma síndrome mielodisplásica. Toda síndrome mielodisplásica é uma condição pré-‐leucemica. Então eu faço uma medula óssea e quando estou investigando uma citopenia, por exemplo, eu vejo o sítio do megacariócito eu já sei que as chances de ele vir com a deleção do braço longo do cromossomo 5 é muito grande. E eu tenho um remédio chamado de lenoadenolida que faz ele funcionar ao normal. Foto – Micromegacariócitos Eu tenho também um outro sinal de síndrome mielodisplásica que pode ser encontrado. Esse megacarioblasmo quase não tem citoplasma para o tamanho do núcleo, é pequeno e quase do tamanho das outras células do sangue e isso é o que agente chama de micromegacariócito. É uma displasia do megacariócito, mal formação dessa célula . Que agt encontra também em outras síndromes megacarioblastas. Foto – PTI Na PTI teremos esses megacariócitos que podem estar mais aumentados e geralmente se vcs observarem o citoplasma estará mais azulado, que são megacariócitos mais jovens. Foto – Trombocitemia Essencial Em uma medula óssea da TE eu terei um aumento dos megacariócitos mais maduros. Como vcs podem ver o citoplasma já está bem maior o núcleo está bem hiperlobulado. Mutação no receptor na qual não consegue parar de produzir. Foto – LMA M7 (leucemia megacarioblástica) Podemos ter também uma leucemia de megacariócitos, uma leucemia de megacarioblastos. Que é a leucemia mieloide aguda que chamamos de M7. Então aqui eu tenho vários megacarioblastos. Essa é uma leucemia de péssimo prognóstico e é uma leucemia que vemos associada a Síndrome de Down também. Aula 8 – Hemostasia Primária (17/10) As plaquetas, vão participar da nossa hemostasia primária, uma vez que nós temos dois tipos de hemostasia: a primária e a secundária. Qual é a diferença entre a hemostasia primária e secundária? Primeiramente vou mostrar por fotos. Na hemostasia primária, a plaqueta participa então pode-‐se ter pequenos sangramentos geralmente cutâneos ou mucosos. Quando as petéquias são um pouco maiores chamamos de púrpuras. Na hemostasia secundária, eu tenho a ativação da cascata de coagulação pode-‐se ter grandes hematomas e sangramentos profundos, por exemplo, os articulares. Aqui temos manifestações diferentes, nessa aqui eu machuquei e formo um trombo de plaqueta para parar o sangramento depois eu tenho que estabilizar esse trombo e se isso não acontecer eu continuo sangrando ou faço um sangramento mais profundo. Então quem tem distúrbio de coagulação secundário é depois do plugue plaquetário. Então, clinicamente como é que eu distingo? O tipo que acontece na hemostasia primária são as petéquias, que são aquelas manchinhas que eu mostrei na pele e se vocês olharem ela lembra muito as vezes uma picada de insento ou uma alergia. Como é que eu distingo se aquilo é uma alergia ou sangramento? Se for alergia, quando apertar vai ficar branco e depois vai ficar vermelho. Caso seja sangramento não vai mudar a cor. Outra coisa importante é você distinguir as petéquias hematológicas (púrpura hematológica) das petéquias da vasculite, que é lá da reumatologia e é uma inflamação do vaso. As petéquias da vasculite ou púrpuras da vasculite são paupáveis, então quando você passa o dedo você tem uma ondinha. As petéquias da hemato normalmente um distúrbio de plaquetas, uma junção de plaquetas, elas são lisas. RESPOSTA: O menino com joelho inchado é um caso de porfiria por deficiência de fator 8 Então, no caso de distúrbio plaquetário, hematomas profundos são raros; equimoses superficiais (aquelas manchas roxas típicas) podem acontecer; hematrose (sangramento articular típico dos hemofílicos) é distubio de hemostasia secundário, não é distúrbio de plaquetas; sangramento tardio também não a plaqueta tem aquele sangramento que ocorre e já tampona então o paciente que tem plaqueta baixa vai dizer que corta e continua sangrando. O paciente que tem distúrbio de hemostasia secundária vai dizer que eu se feriu e na hora não sangrou, mas depois começou a sangrar porque tem um plugue de plaqueta parafechar inicial só que ele não consegue sustentar o plugue, isso é hesmostasia secundária; vamos perceber que é mais comum em mulheres por provavelmente doença de Von Willebrand e no sexo masculino as hemofilias ligadas ao X. RESPOSTA: O hemofílico tem a plaqueta normal, você machucou ele fez o plugue de plaqueta. Então ele não sangra na hora, mas ele não consegue estabilizar esse plugue porque para isso precisa ocorrer a ativação da cascata de coagulação se ele não tem fator 8 nessa cascata ele não consegue estabilizar o plugue então depois de um tempo ele vai sangrar. É diferente de um caso que não tem plaqueta, mas tem fato de coagulação. O cara que não tem plaqueta ele não consegue nem formar o plugue então ele continua sangrando. Então são formas de você diferenciar aonde está o problema do seu paciente. O paciente hemofílico, esse cara que do joelho, ele vai ter batido o joelho e não foi te procurar na hora que ele bateu porque na hora não sangrou. Na hora o primeiro responsável por fazer a hemostasia é a plaqueta o problema dele não é a plaqueta. O problema é que no plugue da plaqueta agente forma a reestabilização da cascata de coagulação (que vocês verão na aula que vem). Para fazer a cascata de coagulação ele precisa ter fator 8 e ele não tem se é hemofílico. Então depois de um tempo ele começa a sangrar. PLAQUETAS – FRAGMENTOS DO CITOPLASMA DOS MEGACARIÓCITOS Bom, aqui é uma foto da plaqueta e a quantidade normal é de 150-‐450 mil. Ela tem mais ou menos 3,0 x 0,5 micrometro de diâmetro. E o volume médio (volume plaquetário médio que tem no hemograma) é de em torno de 7-‐11 fentolitros. Então, por exemplo, na PTI costumamos ver esse valor acima de 11. Dentro da plaqueta teremos grânulos densos, que são ricos em cálcio, ADP e serontonina. O cálcio ele que dá essa característica de denso na microscopia eletrônica dai o nome. Então agente vai os grânulos-‐alfa, que vai estar cheio de fatores: fibrinogênio, fator V, fator de Von Willebrand, conectina, beta trombolina, PFA4 (foi isso que entendi) e a trombospondina. Também pode ter os lisossomos que participam da degradação e da degeneração do trombo. MEMBRANA DAS PLAQUETAS Das estruturas da plaqueta que são importantes para a hemostasia nós temos coisas importantes nas membranas e coisas importantes nos grânulos. Na membrana eu vou ter as glicoproteínas: • GP IIb-‐IIIa: importante para formar as pontes entre as plaquetas que é principalmente formada por fibrinogêniob – agregação plaquetária; Essa ponte é formada principalmente usando fibrinogênio que liga as proteínas das plaquetas. • GP Ib-‐V-‐IX: que é o receptor principalmente do fator de Von Willebrand, crítico para adesão plaquetária • GP Ia-‐IIa e a GP VII: vão ser os receptores principalmente do colágeno, crítico para a adesão plaquetaria. Vamos ter dentro das plaquetas esse sistema canalicular aberto, elas fazem várias invaginações aumentando muitas vezes a superfície das plaquetas. Essas invaginações vão ter uma série de importâncias no sistema canalicular aberto. Ela vai produzir e absorver proteínas então a troca dela de proteínas vai aumentar porque ela consegue então aumentar a sua superfície vai permitir fluidez e vai permitir que seja secretado e absorvido esses materiais. Tanto secretado da superfície quanto absorvidos materiais da superfície. Regulando então a atividade coagulante da plaqueta. GP Ib-‐V-‐IX A glicoproteína Ib-‐V-‐IX (ou IX-‐V) ela também tem os seus CDs (CD42b/CD42a/CD42d) então eu posso por técnicas de citometria de fluxo determinar os receptores que estão em cima da superfície da plaqueta. E principalmente o receptor do fator de Von Willebrand. O que acontece é que quando eu machuco o vaso ocorre uma força de cisalhamento que chamamos de Shear stress o fluxo fica turbulento ali e faz com que o fator de Von Willebrand mude sua conformação e se ligue no vaso. Uma vez ligado no vaso essa plaqueta tem um receptor de (não entendi qual era o nome do receptor) e ela grupa naquele ponto em que o vaso foi “kdfjpado” (nesse trecho tem alguém tossindo mto ai não consigo ouvir algumas palavras). Então o fator de Von Willebrand vai ter principalmente função da adesão plaquetaria. Então uma pessoa que tenha a doença de Von Willebrand ela não possui esse fator normal e consequentemente vai ter defeito de hemostasia primária vamos ver também que vai ter secundária, mas por enquanto é primária. RESPOSTA: As plaquetas também tem antígenos em sua superfície parecidos com o do sistema ABO, mas não é tão rígido como no caso da hemácia. Caso não tenha aplaqueta que queremos, podemos usar outra. Se a pessoa não tem fator de Von Willebrand ou GB Ib-‐V-‐IX (Síndrome de Bernard-‐Soulier) ela não consegue fazer adesão plaquetária. Bom, como já falei atua na adesão plaquetária localizando a plaqueta no sítio do sangramento onde tem que fazer a hemostasia. Existe uma outra doença na qual tem uma grande função da GP Ib-‐V-‐IX que chamamos de pseudo doença de Von Willebrand. O que acontece é que a a GP Ib-‐V-‐IX está tão ávida a fator de Von Willebrand que ela consegue se ligar ao fator de Von Willebrand circulante não precisa esperar ele sofrer o tampão conformacional no local. Então dá um surto hemostático. GP Ia-‐IIa e a GP VI As outras glicoproteínas que nós temos é a GP Ia-‐IIa e a GP VI essas duas são proteínas de ligação ao colágeno. O que acontece é que quando que machuca o vaso eu já tenho colágeno no meu subendotélio dessa forma o colágeno vai ser exposto assim a plaqueta que tem receptor para colágeno poderá ligar-‐se. Contudo, primeiro age o fator de Von Willebrand porque facilita que os receptores GP Ia-‐IIa e GP VI se liguem ao colágeno. Então a primeira ligação que é a do fator Von Willebrand quando ele se ligava ao endotélio ele podia se ligar e desligar rolando por cima do endotélio. Quando ela liga ao receptor de colágeno forma uma adesão fixa no local do sangramento então ela participa também de adesão. Então é isso aqui que acontece, na primeira vez vem o vWF que sofreu mudança conformacional passou a ter afinidade agora pelo GP Ib-‐V-‐IX e a plaqueta se liga sobre o subendotélio lesado. Só que essa é uma ligação fraca ela liga e desliga então a plaqueta vai rolando naquele local. A partir dessa ligação a plaqueta começa a ficar mais ávida por colágeno. Porque a plaqueta vai ativando aos poucos campos conformacionais. Quando acontece essa ligação a plaqueta passa a expressar a GP VI (muda a expressão dele), que adquire afinidade pelo colágeno e também pelo subendotélio. Quando o GP VI liga ao colágeno a ligação passa a ser fixa e a plaqueta deixa de rolar ela realmente passa a tamponar aquele local. Ela se liga na GP VI e GP Ia-‐IIa e a adesão fica fixa. E daqui pra frente a plaqueta vai ser ativada e outro receptor que ela tem na superfície sofre alteração conformacional e ele vai poder se ligar a outras plaquetas. GP IIb-‐IIIa A proteína GP IIb-‐IIIa liga-‐se principalmente ao fibrinogênio e pode-‐se ligar ao fator de Von Willebrand também. E esse receptor precisa estar ativo para funcionar e ele só fica ativo quando a plaqueta está ativa. É o receptor mais abundante da superfície plaquetária e é também um dos principais responsáveis pela plaquetopenia induzida por droga agente no qual tem um auto-‐anticorpo contra essa proteína de superfície. Uma vez que a plaqueta foi ativada dá um campo conformacional de GP IIb-‐IIIa e passa então a se ligar ao fibrinogênio formando pontes entre as plaquetas que vai segurando a agregação plaquetária. FOSFOLÍPIDES ANIÔNICOS Uma outra coisa importante na superfície das plaquetas que agente tem são os fosfolípides, que era o chamado de fator plaquetário 3. Também assim como a GP IIb-‐IIIa os fosfolípides precisam da plaqueta ativada para exercer o seu papel na coagulação, a hemostasia primária. O que acontece é que usamos os fosfolípides para formar uma superfície aniônica com uma plaqueta ativada baseada nos fosfolípedes onde agente vai montar a cascata de coagulação e da hemostasia secundária ai em cima dos fosfolípedes. Os fatores de coagulação dependentes de vitamina K vão precisar deles para se ligarem na superfície da plaqueta. Os fatores dependentes de vitamina K são o II, VII , IX e X (2, 7, 9 e 10 e ela vai perguntar na prova). Além disso os fosfolípides tem papel na formação de ácido araquidônico como substrato para a síntese de prostaglandina e tromboxano A2. Que também vão participar do nosso processo de coagulação. SÍNTESE DE PROSTACICLINA E TROMBOXANO A2 Agora respondendo sua pergunta sobre a prostaglandina no caso aqui sobre prostaciclina. Aqui eu tenho um vaso e aqui eu tenho a plaqueta o que acontece é que o fosfolípide passa pela fosfolipase A12 e faz o ácido araquidônico que passa pela ciclo-‐oxigenase forma então endoperoxidases que passa pelo tromboxano sintase e forma o tromboxano A2. O tromboxano A2 vai inibir o AMPc e diminuí-‐lo e dessa forma aumenta o cálcio e leva a agregação e adesão. Então o tromboxano A2 vai ter um papel na agregação plaquetária e na vasoconstricao. Vai ajudar a formaro “ninho” de plaqueta. Do outro lado eu tenho no vaso ao invés da formação de tromboxano eu tenho a prostaciclina que age ao contrário. Ela ativa a formação do AMPc e dessa forma eu diminuo o cálcio e evito a agregação plaquetária. A aspirina age de forma a diminuir a cico-‐oxigenase e assim forma menos tromboxano A2 e diminui a agregação plaquetária. LISOSSOMOS Os lisossomos estão dentro da plaqueta e acreditam que têm um papel na hidrólise do trombo, ou seja, na digetão do trombo. GRÂNULOS-‐ALFA São sintetizados nos megacariócitos ou são capturados do plasma por receptores plasmáticas ou por endocitose não específica. Proteínas que estão dentro dos grânulos por síntese endógena (síntese do megacariócito): • Fator de von Willebrand: forma multimeros grandes • Fator plaquetário 4: antagonista de heparina • Multimerina: carreia o fator V plaquetário • Fator de crescimento das plaquetas: multiplicação das células musculares lisas vasculares para cura do dano vascular (angiogênese) • Beta-‐tromboglonulina: necessário para atrair fibroblastos (principalmente) e neutrófilos • Trombospondina: Proteína de adesão e estabilização de agregados plaquetarios • Pequena quantidade de fator V: vai participar do processo de coagulação Proteínas adquiridas do plasma por endocitose mediada por receptores • Fibrinogênio (ligado à IIb/IIIa) • Fator de coagulação V Proteínas adquiridas do plasma por endocitose não-‐específica (pinocitose) • Albumina • IgG, IgA e IgM GRÂNULOS PLAQUETÁRIOS As plaquetas grandes (plaquetas jovens) vão ter mais grânulos e por isso vão ter mais funções. GRÂNULOS DENSOS • Adenosina disfosfato (ADP): -‐ É um agonista plaquetário no qual recruta plaquetas para o plug plaquetário -‐ Tem um receptor para o P2Y12 • Adenosina trifosfato (ATP) • Serontonina • Cálcio (participa da cascata de coagulação) ANTÍGENOS NA SUPERFÍCIE DAS PLAQUETAS • Antígeno plaquetário humano (HPA) -‐ Equivalente do HLA -‐ Quando eu dou uma transfusão de plaquetas de um paciente com um tempo ele pode formar um anticorpo contra os leucócitos, contra o HLA. E com um tempo ele também pode formar um anticorpo contra o antígeno plaquetário. Então em um transplante de MO, por exemplo, que eu transfundo muito o meu paciente ele pode ficar sensibilizado. Dessa forma, a primeira coisa que eu faço é pedir para um parente que tenha um DNA plaquetário mais parecido com o dele e doar. Porque é mais comum agente formar anticorpo contra o HLA do outro. Daí o parente muitas vezes doa e o paciente rende. Se a doação do parente não rendeu pode ser que o anticorpo o paciente está produzindo seja contra o HPA, que está nas plaquetas. Ai temos de ir nos bancos de HPA do Brasil, porque não é todo lugar que faz. Daí tenho que tipar o HPA da plaqueta pegar no banco e procurar um HPA compatível para poder transfundir o paciente. (FICOU MEIO CONFUSA DE ENTENDER ESSA EXPLICAÇÃO). Bom, agora que já vimos toda a introdução e todos os nomes das proteínas agora vamos ver como as coisas realmente funcionam como é a formação do plugue plaquetário, adesão, agregação e por fim a formação da superfície pró-‐coagulante para formar a cascata de coagulação. ADESÃO COM ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA Aqui eu tenho um vaso, no subendotélio eu tenho o colágeno, circulando eu vou ter o fator de von Willebrand (que eu falei para vocês que anda principalmente junto com o VIII), o fator I é o fibrinogênio. E aqui eu tenho a plaqueta em que eu tenho a GP Ib-‐V-‐IX e a GP IIb-‐IIIa. Se a plaqueta não está ativada a GP IIb-‐IIIa não está ligando ao fibrinogênio. Se não tem lesão, shear stress, FvW não fica com afinidade. Aqui eu vou machucar o vaso o FvW vai passar por um shear stress (estresse de cisalhamento) e ele sofre alteração conformacional se localizando ai no endotélio. Agora, a GP Ib-‐V-‐IX vai passar a ter afinidade pelo FvW. Então, tem aquela doença que eu falei para vocês na qual se tem uma mutação nessa proteína com ganho de função então na doença de von Willebrand a plaqueta já se liga direto ao von Willebrand sem ter acontecido isso. Então, se a pessoa não tem o FvW o plugue não pode ser formado. Então a pessoa sangra. A outra doença é a falta da GP Ib agente chama de Síndrome de Bernard-‐Soulier. Então, se eu não tenho Ib eu não vou grudar dessa forma nessa síndrome vai ter falta de adesão plaquetária. Uma vez que a plaqueta aderiu aqui eu falei para vocês que ela pode colar no endotélio e as próximas proteínas que ela vai utilizar são a Ia-‐IIa e a VI, que vão fazer a ligação direto com o colágeno para manter ela fixa em cima do loca.Depois que a plaqueta está fixa, ela vai sofrer ativação. Ela muda a sua forma emitindo pseudópodes e ficando grande. Isso é ativação plaquetária. Depois da ativação a plaqueta manda um sinal para modificar a GP IIb-‐IIIa, que como está ativa vai ter afinidade pelo fibrinogênio (principalmente) e também ao FvW. ATIVAÇÃO, SECREÇÃO PLAQUETÁRIA E AMPLIFICAÇÃO A plaqueta ativada agora vai secretar os grânulos-‐alfa e os grânulos densos. E vão ter vários materiais que serão importantes para chamar e para ativar outras plaquetas. O grânulo-‐alfa vai estar secretando fator plaquetário IV, beta-‐tromboglulina, outro FvW e fibrinogênio (mais agregação plaquetária). O grânulo denso está secretando principalmente o ADP, que é um agonista plaquetário e vai ajudar outras plaquetas e a própria plaqueta. Quase não é descrito o papel da serontonina. AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA (PLUGUE) E ATIVIDADE PRÓ-‐COAGULANTE Dentro da superfície vimos que havia os fosfolípedes da plaqueta levando a formação de tromboxana A2, que também funciona como um agonista plaquetário. E agora com o fibrinogênio eu vou formando a agregação plaquetária. Até o momento só vimos a formação de um trombo branco, um trombo fraco, se eu não fizer nada esse trombo vai ser digerido e vai embora. Com os fosfolípedes da plaqueta ativada agente vai ativar a cascata de coagulação. No final dessa cascata temos a trombina que vai transformar o fibrinogênio em fibrina. A fibrina forma uma rede em cima do trombo que estabiliza o trombo plaquetário, que estabiliza o trombo e ai sim temos o trombo real. Nesse trombo agente pode ver depois que começam a grudar hemácias, formando aquele trombo vermelho que agente conhece. INIBIDORES NATURAIS DA AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA • Óxido Nítrico (NO): quando consome NO causa a vasocontrição então ele é um inibidor natural da ativação plaquetária e promove a vasodilatação. • Prostaciclina: inibe a função plaquetária • PECAM -‐1 (proteína transmembrana de células endoteliais): vai inibir a ativação plaquetária pelo colágeno. FATOR DE VON WILLEBRAND Já vimos a importância do FvW na adesão plaquetária. Então ele vai ter um papel na hemostasia primária. Ele pode também ajudar a formar as pontes de agregação plaquetária, apesar de o principal ser o fibrinogênio. Como ele transporta o fator VIII, que vai participar da cascata de coagulação, ele também vai ter um papel na hemostasia secundária. O fator VIII só fica na circulação se tiver ligado ao FvW. Caso eu não tenha o FvW eu não vou ter muito VIII então vai funcionar como uma hemofilia. Então aquele paciente que tem distúrbio de hemostasia primária e secundária uma hipótese diagnóstica é doença de von Willebrand. O gene do fator de von Willebrand está no cromossomo 12. Pode ser sintetizado nos megacariócitos ou nas células endoteliais e é armazenado nos grânulos-‐alfa ou nos corpúsculos de Weibel-‐Palade lá do endotélio. A maioria do FvW plasmático é originário das células endoteliais na qual uma maioria é por secreção contínua e uma minoria lá dos corpúsculos de Weibel-‐Palade. PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA É uma doença na qual o paciente vem com plaqueta baixa (muito baixa as vezes em torno de 20.000). Obstrução de vaso e plaqueta baixa temos sempre que pensar em púrpura trombocitopênica trombótica. O que acontece nessa doença a ADAMTS-‐13 é uma enzima que é capaz de digerir o FvW. Então quando agente produz o FvW ele é produzido na forma de multimeros de grande peso, enormes, e se agente tiver um trombo enorme eu vou agregar em cima dele porque a plaqueta tem um receptor para ele e pelo fato de esse multimero ter alta afinidade pelo receptor plaquetário. A ADAMTS-‐13 quebra ele em multímeros menores no plasma. Na púrpura trombocitopênica trombótica (doença genética) na qual o paciente nasce sem ADAMTS-‐13 ou por doença adquirida na qual eu faço um anticorpo anti-‐ADAMTS-‐13. Os multimeros de FvW secretados no plasma não conseguem ser quebrados. Dessa forma as plaquetas vão grudando nesse multimero grande acarretando a um infarto. Se eu der plaqueta para esse paciente eu pioro o quadro do paciente. Então nem toda plaquetopenia exige que seja transfundida plaqueta. Pense se não é uma PTT. Uma hemácia que está vindo com alto fluxo e bate no multimeros com plaquetas é fragmentada o que acarreta a formação de pedacinhos de hemácias que chamamos de esquizócitos. Então sempre que estamos diante de um caso de plaquetopenia, principalmente se tiver problema neurológico associado (por causa dos pequenos infartos que podem acontecer no cérebro), aprimeira coisa que vou fazer é olhar a lâmina do paciente para ver se tem hemácias fragmentadas. Caso tenha pode ser uma PTT e vocês não podem dar plaquetas para o paciente se não vocês vão trombosar o resto do sangue dele. O que deve ser dado ADAMTS-‐13, ou seja, deve ser administrado plasma. A plasmaférese é feita na mesma máquina de coleta de sangue ai é retirado o plasma com o ADAMTS-‐13 e transfundindo-‐o no paciente. Caso a pessoa tenha um anticorpo contra o ADAMTS-‐13, ou seja, nos casos de doença adquirida. Ai deve ser investigada a causa para tratar a doença que está causado. No caso do lúpus, por exemplo, eu tenho que estimular uma imunossupressão através do uso do corticoides. Voltando então, eu posso em algumas situações aumentar a quantidade de FvW como no estresse, exercício físico, adrenalina, desmopressina (DDAVP). Então um tipo de doença de von Willebrand na qual o paciente tem pouco fator de FvW e eu preciso fazer um procedimento odontológico, por exemplo, uma estratégia adotada é dar DDAVP (desmopressina) para jogar mais FvW para fora durante o procedimento. Então é outra situação para tratar o paciente. SÍNDROME DA PLAQUETA CINZENTA As plaquetas normais possuem grânulos, só que no caso da plaqueta cinzenta as plaquetas não possuem. Então as pessoas também podem sofrer nesse caso de um distúrbio de agregação plaquetário. Uma vez que vimos que precisamos dos agonistas plaquetários para ativar as plaquetas do corpo. Dessa forma, esses pacientes não podem ser operados porque a plaqueta dele não é normal e para isso tem que transfundir esse paciente.