Cabelo - cosmetologia

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Cabelo
APRESENTAR AO ALUNO A ESTRUTURA CAPILAR, OS PRODUTOS COSMÉTICOS QUE TEM POR OBJETIVO
A LIMPEZA DOS CABELOS E DO COURO CABELUDO E AQUELES DESTINADOS A REVERTER DANOS
CAUSADOS PELOS XAMPUS E DEMAIS PROCEDIMENTOS CAPILARES COMO ESCOVAÇÃO, COLORAÇÃO,
ALISAMENTO.
AUTOR(A): PROF. DENILTON SILVA COSTA
Cabelos
A adoração aos cabelos atingiu os impérios, a religião, a mitologia, a cultura, as classes sociais e a ciência.
Algumas literaturas não trazem de forma clara a diferenciação entre cabelo e pelo, no entanto esse anexo
cutâneo pertencente ao grupo do aparelho pilossebáceo é definido como um “pelo que recobre o crânio do
homem”, ou “pelo da cabeça do Homem”.
A pele humana contém aproximadamente 5 milhões de folículos pilosos, com cerca de 100.000 folículos
presentes no couro cabeludo. Este número pode variar conforme a cor dos cabelos. Apresenta-se em maior
número em caucasianos loiros e castanho escuro/preto e em menor quantidade em caucasianos ruivos,
afro-americanos e asiáticos.
O cabelo também chamado de haste capilar é uma estrutura essencialmente lipoprotéica e sem vida.
Enquanto o pelo no ser humano aponta para o início da maturidade sexual dentre outras funções, o cabelo
é considerado como um símbolo de força e atualmente uma forte arma de sedução. Mas não se pode ocultar
a importante função dos cabelos de proteger a cabeça da exposição a radiação ultravioleta através da
melanina presente nele, a qual é também responsável pela sua coloração.
O cabelo é formado por duas partes distintas: a haste, parte visível do cabelo formada por células
queratinizadas, dividindo-se em cutícula, córtex e medula e a raiz, atravessa toda a zona da epiderme e
insere-se profundamente na derme através do folículo piloso. É onde ocorre o desenvolvimento e coloração
do cabelo, pois apresenta na sua extremidade inferior uma dilatação característica que se designa bulbo
piloso onde por sua vez localiza-se a papila dérmica, região bastante vascularizada, que auxilia no
fornecimento de nutrientes. Neste mesmo bulbo encontram-se as células germinativas que são
responsáveis pela produção de novos cabelos.
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O folículo tem uma ou mais glândulas sebáceas que, contêm os sebócitos, que são preenchidos por lipídios.
Esses lipídios são liberados pelas glândulas na forma de uma substância gordurosa, o sebo. Esse sebo
desempenha um papel fundamental na lubrificação e hidratação da fibra capilar mantendo sua flexibilidade
e brilho. Por questões hormonais quando a produção de sebo é excessiva pode prejudicar a saúde capilar e
pode tornar o cabelo oleoso e pesado. Por outro lado, a falta de sebo pode tornar o cabelo danificado, seco
ou opaco.
Além dos sebócitos outras estruturas presentes no folículo piloso são os queratinócitos, células que se
multiplicam numa taxa muito maior do que os queratinócitos da pele. A produção e armazenamento
de  queratina, um processo denominado queratinização, causa um endurecimento destas células,
ocasionando à desintegração de seus núcleos e consequente morte. Os cabelos são estruturas formadas por
unidades proteicas com o formato espiralado, cujos aminoácidos se ligam através de pontes dissulfeto, de
hidrogênio e ligações iônicas, conferindo-lhe ao mesmo tempo firmeza e flexibilidade.
A queratina é incolor, desta a forma coloração dos cabelos ocorre por meio dos melanócitos. Os melanócitos
são células dendríticas de origem ectodérmica que sintetizam pigmento melânico. Localizam-se na camada
basal e seus dendritos estendem-se por longas distâncias na epiderme, estando em contato com muitos
queratinócitos para os quais transfere melanina. Os melanócitos usam seus dendritos para injetar os
pequenos grânulos de pigmento. Deste modo, o cabelo é incolor no início. Diferentemente da pele, os
melanócitos do folículo piloso não precisam da luz do Sol para produzir melanina. Os melanócitos
produzem a melanina em organelas especializadas chamadas de melanossomos. As diferenças de coloração
são devidas às diferenças no número, tamanho e arranjo dos melanossomos.
Como citado anteriormente a haste capilar é dividida em cutícula, córtex e medula, conforme representado
na Figura 1
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Legenda: ANATOMIA DO CABELO
A cutícula situa-se na parte mais externa e é formada por camadas concêntricas de células ricas em
queratina, que é responsável pela sua coesão. Esta característica é extremamente importante, dado que
dessa coesão depende a aparência do cabelo no que respeita à flexibilidade, resistência, brilho e suavidade.
Não há melanina na cutícula o que dá a ela uma transparência. Ela pode ter até 12 camadas e sua função é
proteger a parte interna do fio das agressões externas.
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O córtex, parte intermediaria dos fios, formada porcélulas de queratina muito unidas, ocupa a maior parte
da área do cabelo e é constituído por melanina, pigmento responsável pela cor que os cabelos apresentam.
A medula situa-se na parte central e é constituída por células anucleadas. Não se conhece qualquer função
vital desta camada.
O ciclo fisiológico do crescimento dos fios de cabelo é algo que acontece descontinuamente, intercalando
fases de crescimento com fases de repouso. Se todos os cabelos estivessem na mesma fase, a cada final de
um ciclo de crescimento haveria uma perda de cabelo total e assim o individuo ficaria calvo. Esse ciclo é
dividido em três fases sendo elas, Anágena, Catágena e Telógena:
anágena: fase de crescimento ativo, com duração de 2 a 3 anos; corresponde a 85% dos cabelos;
catágena: fase de involução / repouso, com duração de 3 semanas; corresponde a 1% dos cabelos;
telógena: fase de queda, com duração de 3 a 4 meses; corresponde a 14% dos cabelos.
Cada fase tem um período de duração e um fio de cabelo cresce por um período médio de dois a oito anos,
após o tempo máximo de crescimento, a matriz para de produzir cabelo, se desprende e desloca-se no
sentido da superfície da pele.
 
REFERÊNCIA
1- ABRAHAM, L.S.; MOREIRA, A.M.; MOURA, L.H.; GAVAZZONI, M.F.R. Tratamentos estéticos e cuidados
dos cabelos: uma visão médica (parte 1). Surgical & Cosmetic Dermatology 2009;1(3):130-136.
2-  ABRAHAM, L.S.; MOREIRA, A.M.; MOURA, L.H.; GAVAZZONI, M.F.R.; ADDO, F.A.S. Tratamentos
estéticos e cuidados dos cabelos: uma visão médica (parte 2). Surgical & Cosmetic Dermatology
2009;1(4):178-185.
3- BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Cartilha sobre alisantes: orientações quanto
ao uso correto, cuidados e precauções necessárias 2007a. Informações gerais mais relevantes. (online).
Disponível em: <http:// anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/folder. Acessado no dia 19 de novembro de
2014.
4- DRAELOS, ZD. Cosméticos em dermatologia. 2a ed. São Paulo: Revinter, 1999. 329p.
5-  PEYREFITTE, G.; CHIVOT, M.; MARTINI, M. Cosmetologia. In: PEYREFITTE, Gerard; CHIVOT, Martine;
MARTINI, Marie-Claude. Estética - cosmética: cosmetologia, biologia geral, biologia da pele. São Paulo:
Organização Andrei, 1998. 505p.
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6- POZEBON, D.; DRESSLER, V.L.; CURTIUS, A.J. Análise de cabelo: uma revisão dos procedimentos para a
determinação de elementos traço e aplicações Química Nova, 22(6) (1999).
7- ROBBINS, C. R. Chemical and physical behavior of Human Hair. 5th ed. New York: Springer, 2012.
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