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21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 Morfologia Bacteriana As bactérias são seres unicelulares e apresentam formas simples, apesar dos 4 bilhões de anos de evolução. Com o microscópio ótico, a forma, tamanho e arranjo (agrupamento) das bactérias são facilmente observados. Invisíveis ao olho humano, as bactérias só podem ser visualizadas com auxílio do microscópio, normalmente em aumentos de 1000 vezes, pois seu tamanho é tão pequeno que sua medida é dada em micrômetros (mm), que são equivalentes a 1/1000mm (10-3mm). A maioria das bactérias varia de 0,2 a 2,0 (mm de diâmetro e de 2 a 8mm de comprimento). Cálculos mostram que aproximadamente 1 trilhão (1.000.000.000.000) de células bacterianas pesariam somente um grama. Nem todas as bactérias são iguais.Bactérias de interesse médico podem apresentar diferentes formas básicas (esféricas ou cocóides, cilíndricas ou bastonetes e espirais) e diferentes tamanhos. Algumas bactérias, ainda, se organizam formando arranjos. Formas Básicas das Bactérias As bactérias esféricas (cocóides) são denominadas cocos; redondos, alongados ou achatados em uma das extremidades. Quando os cocos se dividem para se reproduzir, as células podem permanecer unidas umas às outras, surgindo em decorrência os arranjos. Os bastonetes também são conhecidos como bacilos e correspondem a células cilíndricas pequenas ou longas, grossas ou delgadas, pontudos ou com extremidades curvadas. Alguns bacilos são ovais e parecidos com cocos, por isso recebem a denominação de cocobacilos. As bactérias em espirais possuem uma ou mais curvaturas. As que lembram uma vírgula recebem o nome de vibrião e outras, denominadas espirilos, apresentam forma helicoidal, lembrando um saca-rolhas e uma estrutura bastante rígida. Outro grupo de bactérias em espirais apresenta forma espiral e flexível e são denominados espiroquetas. Ao contrário dos espirilos que utilizam flagelos para locomoção as espiroquetas se movem por meio de filamentos axiais, que lembram flagelos, mas estão contidos por uma bainha externa flexível. 01 / 07 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 Divisão Bacteriana e Formação de Arranjos A maioria das espécies bacterianas se reproduz através de um processo conhecido como fissão binária. Algumas bactérias podem se reproduzir por brotamento, formando uma pequena região que inicia um crescimento (broto), que ao atingir o tamanho aproximado da célula parental, separa-se. Observando esse processo, nota-se que algumas espécies de bactérias não se separam completamente após a divisão celular, permanecendo unidas umas às outras, formando agrupamentos denominados arranjos bacterianos. Enquanto as bactérias espiraladas normalmente aparecem como células individualizadas, outras espécies bacterianas podem se reproduzir e formar arranjos ou padrões característicos. Quando um coco se divide em um plano e permanece unido (aos pares) forma-se um arranjo denominado diplococo. Isso caracteriza algumas espécies de Neisseria, incluindo o agente etiológico da gonorréia (Neisseria gonorrhoeae) e meningite (Neisseria meningitidis). Quando cocos unem-se formando uma cadeia, permanecendo unidos após várias divisões, recebem a denominação de estreptococos. Espécies de estreptococos como aquelas responsáveis por infecções de garganta e pneumonia (Streptococcus pneumoniae) apresentam este padrão. Se o coco se divide em mais de um plano ou dimensão durante o crescimento, os arranjos tornam-se mais complexos. Quando um coco tal como o Pediococcus se divide no ângulo direito no primeiro plano de divisão, há formação de tétrades, ou grupos em forma de um quadrado. Uma divisão adicional no terceiro plano pode resultar em um arranjo em forma de cubo com oito bactérias, conhecido como sarcina. Se houver divisão em diversos planos, formando arranjo semelhante a cachos, estes recebem denominação de estafilococos. Esse é o arranjo apresentado pelo Staphylaococcus aureus. 02 / 07 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 Os bacilos se dividem ao longo de seu eixo curto; assim, existem menos arranjos de bacilos do que de cocos. Os bacilos normalmente se apresentam isolados, mas quando ocorrem aos pares após a divisão recebem o nome de diplobacilos, e em cadeias, estreptobacilos. A identificação da forma e arranjo bacteriano aliado ao processo de coloração de Gram é de grande importância no diagnóstico laboratorial de uma infecção, auxiliando o tratamento, uma vez que doenças infecciosas são causadas por bactérias diferentes e apresentam uma variedade de cursos e conseqüências. As figuras abaixo correspondem a fotomicrografias eletrônicas e de microscopia óptica, apresentando exemplos de formas e arranjos de interesse médico. Veja abaixo imagem do arranjo dos cocos, os bacilos e as bactérias espirais. 03 / 07 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 04 / 07 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 05 / 07 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 Sugestão de aula prática: após esses estudos, vamos trabalhar a observação de forma/ arranjo e coloração de Gram. COMPLEMENTAR (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/mibio40/a05tc01_mibio40.pdf) 06 / 07 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 REFERÊNCIA Jawets, E. Microbiologia Médica. 22ª ed., Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006. Madigan, M.T. Martinko, J.M., Parker, J. Microbiologia de Brock. 10ª ed., São Paulo: Pearson, 2004. Pelczar, M.J.Jr., Chan, E.C.S., Krieg, N.R. Microbiologia: Conceitos e Aplicações, 2ª ed., São Paulo: Makkron Books, 1996. Tortora, G.J. Microbiologia. 8ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2005. http://www.cientic.com/imagens/img_monera5.gif (http://www.cientic.com/imagens/img_monera5.gif ) http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/images/img_formas_de_bacteria.gif (http://www.msd- brazil.com/msd43/m_manual/images/img_formas_de_bacteria.gif ) http://virus.usal.es/Web/MicroAli/Enterotoxina/Gram.jpg (http://virus.usal.es/Web/MicroAli/Enterotoxina/Gram.jpg) 07 / 07 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8
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