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Dentística – Aula 1 – 04/08 - Nomenclatura e Classificação das Cavidades Maria Clara Spinola Teixeira Classificação Quanto: Ao número de faces Simples – Uma só face Composta – Duas faces Complexa – Três ou mais faces A face envolvida A denominação pode ser exemplificada por letras O = Oclusal MO = Mesioclusal MOD = Mesioclusaldistal A forma e extensão - Intracoronárias (Inlay - A) – Restritas ao centro da coroa, não envolve cúspide - Extracoronárias Parciais (Onlay - B) – Envolve uma cúspide ou mais, ou uma parede ou mais - OVERLAYC C – Onlay muito grande que não chega a ser uma coroa total - Extracoronárias Totais D – Envolve toda a coroa do dente (no caso cimentamos uma coroa) Inlay Onlay Coroa total Planos dentários (para indicação de entrada e caminho da broca) - Horizontal - Vestibulolingual - Mesiodistal Nomenclatura das partes constituintes: Paredes, ângulos diedros, ângulos triedros, ângulos cavosuperficiais. Paredes: Podem ser circundantes (deu exemplo da sala) e de fundo. Essas paredes levam os nomes das faces que elas estão voltadas. As de fundo podem ser axiais ou pulpares – quando paralelas ao longo eixo do dente elas são axiais e quando estão perpendiculares ao longo eixo são chamadas pulpares. Ângulos diedros – São formados pelo encontro de duas paredes - 1° Grupo: ângulos formados pelo encontro de paredes circundantes (ex. ângulo entre distogengival) - 2° Grupo: ângulo formado pelo encontro de paredes circundantes com parede de fundo - 3° Grupo: Encontro de parede axial e de fundo (pulpar) Ex. Axio-pulpar Ângulos triedros – formados pelo encontro de três paredes Ângulos cavo superficiais (é margem da cavidade, o encontro dela com a superfície externa) Nítido, sem bisel, próximo de 90º e Biselado (maneiras diferentes para cada material – para matérias pouco resitentes não pode existir bisel, e em caso de metais fundidos pode existir bisel pois facilita a adaptação do material e ele tem uma certa resistência à fratura) Exceções: Ângulo Áxio-axial (excessão de diedro) / Ângulos Incisais (Inciso-incisal) Classificação das cavidades (Black) Cicatrículas e Fissuras – região mais suscetível à cárie Classe I - Cavidades preparadas em má coalescência de esmalte, cicatrículas e fissuras (oclusais, vestibular de molar, terço palatino de um molar, região de pré - forame cego) Superficies Lisas Classe II - Cavidades preparadas nas faces proximais dos dentes posteriores (pode envolver proximal e oclusal etc, mas passou a envolver proximal já é classe II) Slot vertical de markley pré molares sem envolvimento das cúspides oclusais Tipo Túnel apenas a proximal sem envolvimento da crista (não é aconselhável) Caso de Slot Classe III - Cavidades preparadas nas proximais dos dentes anteriores. Classe IV - Cavidades preparadas nas proximais dos dentes anteriores com remoção do ângulo incisal. Classe V - Cavidades preparadas no terço gengival, não de cicatrículas, das faces vestibular e lingual de todos os dentes. Por abrasão erosão etc - Classe VI de Howard e Simon - Bordas incisais e pontas de cúspides - Classe I de Sockwell - Cavidades cicatrículas de vestibular dos anteriores Princípios gerais dos Preparos cavitários Forma de Contorno - Normalmente restrita à extensão e remoção do tecido cariado que pode variar de acordo com a idade do paciente (quanto mais novo maior a cavidade pulpar e maior a chance de atingir a polpa). A estética também é importante pois não se deve estender uma cavidade até a vestibular por exemplo se for possível. Extensão de conveniência – justamente para remover toda a cárie e depois facilitar a inserção do material restaurador, como por exemplo, em uma cavidade proximal é conveniente que eu tenha um afastamento do dente adjacente par que eu possa fazer um bom acabamento na margem dessa restauração. Como também é importante observar a oclusão do paciente, pois se estiver pegando bem na interface dente/restauração e isso não é interessante, pois a força gerada pela mordida gera uma deformação, e o dente e a restauração respondem de forma diferente, podendo levar a uma infiltração, assim pode ser que seja necessária a remoção de tecido sadio. (Forma de conveniência, contorno e de resistência inter-relacionam) Quando remover a crista? Na verdade precisamos ter algum remanescente dessa crista, precisamos ter uma certa espessura, não pode restar só uma casquinha de esmalte, deve ter uma dentina remanescente. No caso também de duas cavidades que podem estar muito próximas, e no caso de estarem com menos de 1mm entre si será necessária a união delas. No caso dessa imagem não podemos deixar a interface dente/restauração para dentro do ponto de contato, pois assim não teremos certeza de que estamos selando bem essa restauração. Afastamento necessário para uma restauração direta (resina por exemplo) Afastamento necessário para uma restauração indireta (molde protético) Também é bom ter um afastamento na parede gengival ou na parede cervical (nunca subgengival). Forma de Resistência Curva Reversa de Hollenback – Fazemos uma curva contrária tentando chegar no ângulo cavo superficial com um ângulo próximo de 90º, evitando que fique uma ponta muito fininha de material restaurador, um ângulo agudo. Nesse caso não seria necessária estender a cavidade até mais próximo da polpa para que fique com a superfície pulpar plana, podemos preencher esse espaço com cimento ionômero de vidro. Nesse caso teremos uma maior resitência se o ângulo axio-pulpar for mais arredondado, não tendo assim uma concentração de força. Forma de Retenção – Considerando que estamos trabalhando com um material que não tem adesão à estrutura dental. Cavidades Simples – Sempre que a altura da cavidade for maior do que a altura ela já é autoretentiva, as paredes podem ser paralelas entre si que a restauração não vai sair. Mas ainda assim podemos criar formas adicionais de retenção. Cavidades Compostas e Complexas – A= cauda de andorinha (fazendo como uma peça de quebra cabeça, impedindo o deslocamento no sentido axio-proximal) a convergência das paredes é importante e no caso de uma restauração indireta, as paredes não poderão convergir para oclusão, se não não permitirão o encaixe da peça, elas devem divergir obedecendo a angulação de 6, 8 a 10 graus, sendo metade de cada lado (3 e 3, 4 e 4) Pinos intradentinários (não se usa muito mais), necessária uma quantidade de dentina remanescente. Canaletas Retenção feita dentro do canal, colocação de um pino pré fabricado e material condensado. Forma de Conveniência: tudo que ajuda na realização da restauração. A = Esta imagem mostra uma forma de conveniência biológica, já que o corno pulpar acompanha as cúspides, em caso de pré-molares inferiores, o corno da vestibular será mais alto, enquanto o da lingual será mais baixo, então para fugir desse corno, a parede pulpar será paralelo ao longo eixo da oclusão e não ao longo eixo do dente. B e C = Também fugindo do corno pulpar, a parede de fundo não será plana, vai acompanhar a superfície vestibular, e, além disso, evita a remoção de uma grande quantidade de tecido sadio. A e B = Acessar a cavidade por oclusal para fazer um preparo, ou pela proximal para preservar a crista. Temos também uso de elástico ortodôntico para separação de dentes em caso de restauração interproximal Remoção de dentina cariada – Primeiro removo a cárie para saber o desing/ a forma da cavidade para saber depois onde aumento o desgaste, melhoro o ângulo etc. Acabamento das paredes de esmalte Limpeza da cavidade