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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA TRABALHO ACADÊMICO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS MEDIDAS DE PRESSÃO AMANDA ALVES CAVALCANTE – 20160143251 AMANDA PEREIRA DE LIMA – 20170171204 CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA PEREIRA -11218653 CLINTON DA SILVA SARMENTO - 11410271 MATHEUS SOARES BRUM DE MELO – 11505383 SANIEL PEDROSO DIAS - 11426876 João Pessoa - PB Março de 2018 OBJETIVOS Apresentação dos principais tipos de medidores de pressão e aferição de manômetro mecânico através da utilização de um sistema composto por um manômetro de tubo U, algumas válvulas e um insuflador. INTRODUÇÃO TEÓRICA Por definição, pressão é uma grandeza derivada de força e massa: P = (1) Por outro lado, a equação fundamental da fluidoestática para um fluido incompressível, permite relacionar a pressão com a altura de uma coluna de fluido. (2) Onde: = massa específica g= aceleração da gravidade h= altura da coluna de fluido Muitos dos aparelhos empregados para a medida de pressões utilizam a pressão atmosférica como nível de referência e medem a diferença entre a pressão real ou absoluta e a pressão atmosférica. Os medidores que fornecem a pressão na escala manométrica são ditos manômetros, enquanto os que o fazem na escala absoluta são chamados de barômetros. (Eq. 3) O manômetro em tubo U, utilizado neste experimento, é construído basicamente em tubo reto em forma de “U” preenchido com fluído manométrico até a sua metade, sendo que as extremidades deste tubo devem estar abertas para a atmosfera. Seu princípio de funcionamento consiste na aplicação de pressão num de seus ramos o que provocará o líquido descer por este ramo e a subir no outro. Na condição de repouso (sem aplicação de pressão) como ambos abertos para a atmosfera a força atua nas superfícies consideradas como niveladas e simultaneamente referenciadas ao zero da escala. A pressão indicada é mostrada pela diferença de altura em função do movimento do fluído nos dois ramos e lida através de uma escala graduada. Medidores de pesos mortos Este tipo de instrumento mede a pressão desconhecida através da força que ela gera quando atua numa área conhecida. Uma variante deste instrumento - o calibrador de pesos mortos - é padrão numa faixa ampla de medição de pressão. Neste caso, uma força conhecida (peso-padrão) é aplicada através de um pistão a um fluído e essa pressão é transmitida para o manômetro a ser calibrado. Dependendo da exatidão dos pesos-padrão e da área do pistão, é possível conseguir medidas muito exatas. É comum encontrar instrumentos comerciais com erro menor que 0,1 %. Uma fonte de erro considerável é o atrito entre o óleo e o pistão. Assim, costuma-se girar o pistão com os pesos-padrão, durante a execução das medidas, para minimizar o efeito do atrito. Medidores de colunas de líquido Manômetro de Tubo U Este tipo de manômetro é certamente o mais comum e o mais simples medidor de coluna de líquido. Ele consiste de um tubo em forma de “U” e com um líquido de densidade específica conhecida em seu interior. Por ser um medidor diferencial, a diferença de pressão entre a saída 1 e saída 2 será dada por: (Eq. 4) Manômetro de cisterna ou de cuba É muito semelhante ao manômetro de tubo U, porém existe uma diferença muito grande entre as áreas das seções 1 e 2. Esta diferença de área proporciona uma leitura mais rápida da pressão, visto que, o deslocamento da superfície do fluido na seção de área maior é desprezível, podendo ser tomada como zero. Esse pequeno erro cometido na aproximação pode ser corrigido com uma leve distorção na escala. Uma vez que o fluido manométrico é incompressível, a diferença de pressão pode ser relacionada com L, da seguinte forma: (Eq. 5) Manômetro inclinado É uma variação do manômetro de cisterna. Entretanto, o tubo de menor diâmetro é inclinado. Esta inclinação do tubo, proporciona leituras em escalas cada vez menores, da ordem de L=h/sen . A variação da pressão para esta variante de manômetro de cisterna pode ser dada por: (Eq. 3) Barômetro de Torriceli O instrumento que serve para a medição da pressão do ar chama-se barômetro. O primeiro barômetro foi construído por Evangelista Torriceli, de Faenza (1608-1647), discípulo do grande cientista Galileu Galilei. Torricelli encheu completamente de mercúrio um tubo de vidro de cerca de um metro de altura, fechado numa extremidade. Depois, tapando o bocal com um dedo, voltou o tubo para baixo, mergulhando-o numa bacia larga e baixa, que também continha mercúrio. Retirando o dedo, Torricelli viu que o mercúrio não saia completamente, mas permanecia em grande parte no tubo, numa altura de cerca de 76 cm, isto porque a pressão exercida pela atmosfera sobre o mercúrio, na bacia, era igual ao peso da coluna de 76 cm contido no tubo. Acabara de nascer o barômetro. Medidores à deformação de sólido. Tubo de Bourdon A maioria dos medidores de pressão usada industrialmente emprega um tubo de Bourdon. A forma mais simples de um tubo de Bourdon consiste num tubo de seção oval dobrado de maneira circular. Uma das extremidades (inferior) é selada, presa a um quadrante pivotado. A outra extremidade (superior) está conectada a um sistema dentado que, por sua vez, está conectado aos dentes de uma engrenagem que movimenta o ponteiro, Ou seja, a deformação produzida no tubo é amplificada mecanicamente e transformada em movimento angular de um ponteiro associado a uma escala previamente calibrada. Os tubos são confeccionados com uma variedade de materiais, dependendo da natureza do fluído cuja pressão deve ser medida (bronze, aço inox, Be-Cu, etc.). O comportamento de tais sensores varia bastante, não só como o resultado do desenho básico, mas, também, dos materiais envolvidos, mas também devido às condições de uso. As principais fontes de erro são: histerese mecânica do tubo, mudança de sensibilidade devido à temperatura, efeitos de atrito. Comercialmente, são encontrados na faixa de 0,5% a 2% do fundo de escala, normalmente. Tubos de Bourdon podem ser acoplados a dispositivos eletromecânicos, para garantir um sinal elétrico, o que facilita o seu uso em controle de processos, automação, etc. Diafragma/fole Sensores do tipo diafragma (ou membrana) ou fole representam tipos similares de deformação elástica. Talvez o mais simples manômetro do tipo diafragma é o sensor de Schaffer, que consiste de um diafragma de aço inox corrugado, termicamente tratado, de aproximadamente 65 mm de diâmetro, mantido entre dois flanges. A pressão a ser medida é aplicada na parte inferior do diafragma e o movimento resultante no centro do diafragma é transmitido até ao tubo de Bourdon. Neste tipo de sensor, as propriedades elásticas do diafragma metálico governam a faixa e a exatidão do instrumento. Uma variante desse tipo de instrumento é o medidor de diafragma do tipo fole. Neste caso, é comum associar um dispositivo eletromecânico para saída elétrica, o que é conveniente não só em medição, mas também em processos de automação e controle. O diafragma pode estar instrumentado com extensômetros. Na medida que o elemento elástico deforma, os extensômetros colados na face oposta onde está sendo aplicada a pressão a ser medida irão variar sua resistência, que será lida por um circuito tipo Ponte de Wheatstone. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Material utilizado: - Manômetro em tubo U, graduado numa escala de 0-300 mmHg - Manômetro de cápsula - Bomba pneumática com ar comprimido Primeiramente foi verificado, com os dois lados do manômetro abertos, a medição 0 mmHg referente à pressão atmosférica (manométrica). Após essa constatação, começou-se a aplicação de pressão pelo lado direito do manômetro através da liberação de ar comprimido. Foram medidas as pressões no tubo graduado do manômetro em tudo U a medida que essa pressão era aplicada. Para leituras ascendentes a pressão foi aumentada comincrementos equivalentes a 20 mmHg, exceto na última variação que foi feito o incremento de 10 mmHg, por não ser possível fazer a leitura da pressão no valor de 200 mmHg, com isso, só foi atingido o valor máximo de 190 mmHg. Para as leituras descendentes, o caminho será inverso (190, 180, 160, ...). RESULTADOS Sendo, MC = leitura do manômetro de cápsula (manômetro a ser aferido) MU = manômetro de líquido (manômetro de tubo U) Desvio de cada leitura: Leitura Leitura MU Diferença entre MC e MU MC Crescente Decrescente Crescente Desvio Decrescente Desvio mmHg mmC2H2Br4 mmHg mmC2H2Br4 mmHg % % 0 38 0 38 0 -38 0,00 -38 0,00 20 71,5 15,5 77 16,7 20,6 -22,34 15,1 -16,37 40 213 46,3 198 43,0 -28,9 15,68 -13,9 7,53 60 318 69,1 296 64,3 -41,8 15,13 -19,8 7,17 80 394 85,6 389 84,5 -25,7 6,99 -20,7 5,63 100 492 106,9 475 103,2 -31,7 6,88 -14,7 3,18 120 588 127,7 575 124,9 -35,6 6,44 -22,6 4,09 140 679 147,5 670 145,5 -34,5 5,36 -25,5 3,96 160 759 164,9 752 163,4 -22,5 3,05 -15,5 2,10 180 858 186,4 843 183,1 -29,4 3,55 -14,4 1,74 190 895 194,4 875 190,1 -20,4 2,33 -0,4 0,04 Densidade tetrabromoetano (2,95 g/m³) / Mercúrio (13,58 g/m³) Tabela 1 – Pressões MU e MC (mmHg) para leituras de MC. Gráfico 1 – Pressões MU crescente e decrescente e MC (mmHg) para leituras de MC. Gráfico 2 – Pressões MU e MC (mmHg) para leituras de MC. CONCLUSÕES Primeiramente, devemos ressaltar que ao invés de utilizar mercúrio foi usado tetrabromoetano, o que pode causar distorções nos resultados. Observa-se no gráfico 1, a linha azul que representa o MU (manômetro em U), o qual indica que a partir de ± 30 mmHg, o MC apresenta um erro para menos, pois a linha azul está acima da linha verde, a linha vermelha segue a mesma linha de raciocínio, porém ela representa a pressão decrescendo. No gráfico 2, onde é analisado o desvio padrão, pode-se visualizar melhor o erro para menos que ocorre no MC a partir de ± 30 mmHg. Verifica-se também que na faixa de leitura MC em 30 o desvio zera, no entanto, ele varia entre 30 e 190, já na faixa entre 150 e 190 o desvio vai diminuindo tendendo a zero. A diferença de leitura MU crescente e decrescente na faixa abaixo de 80, possivelmente seja porque foram realizadas por grupos de alunos diferentes. REFERÊNCIAS Notas de aula; FOX, Robert W. & MCDONALD, Alan T., Introdução à Mecânica dos Fluidos. 4º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. 1995; ANDRADE FILHO, Simão de. Roteiro da experiência 03, Medidas de Pressão. Universidade Federal da Paraíba – Laboratório de Hidráulica.
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